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Como assegurar o consumo seguro de cogumelos

  • Friday, 08 February 2019 14:30

Os cogumelos pertencem ao reino dos fungos e isto significa que a grande maioria se alimenta por decomposição da matéria. Assim, a sua capacidade de absorção diretamente do substrato pode levar ao acúmulo de metais prejudiciais à saúde [1]. Para maior segurança, é útil cortar a extremidade do pé que esteve em contato com o chão.

São seres vivos que contêm uma ampla variedade de formas, cores e tamanhos, sendo que alguns são venenosos. Inevitavelmente torna-se desaconselhável a sua captura selvagem, sendo possível adquirir espécies previamente selecionadas de cogumelos, frescos ou enlatados, em lojas e supermercados.

Os cogumelos frescos são produtos que se degradam com rapidez. É aconselhável, portanto, escova-los para retirar a terra e lavar, mas não diretamente para evitar que absorvam a água e que o sabor se perca.

Adicionar vinagre à água pode auxiliar na eliminação de parasitas e se não consumir os cogumelos frescos de imediato, é preferível congelar ou desidratar como método de conservação.

No caso dos cogumelos enlatados, com maior durabilidade, é possível que a sua embalagem contacte com o produto, aumentando o risco da presença de bisfenol e outras substâncias de migração [2].

A intoxicação por cogumelos pode ser uma causa pouco usual na Europa [3], mas não deve descartar a necessidade de atuar nesta situação. Duas a seis horas após ingestão podem surgir os primeiros sintomas, dependendo do organismo.

Os sintomas mais frequentes são vómitos, diarreia abundante e dores abdominais. Nestes casos, deve contatar de imediato o Centro de Informação Antivenenos (CIAV) do INEM, através do 808 250 143.

 

Referências:

[1] Rubio, Carmen, et al. "Trace element and toxic metal intake from the consumption of canned mushrooms marketed in Spain." Environmental monitoring and assessment 190.4 (2018): 237.

[2] Choi, Su Jeong, et al. "Concentrations of Bisphenols in Canned Foods and Their Risk Assessment in Korea." Journal of food protection 81.6 (2018): 903-916.

[3] Schmutz, Maxime, et al. "Mushroom poisoning: a retrospective study concerning 11-years of admissions in a Swiss Emergency Department." Internal and emergency medicine 13.1 (2018): 59-67.

 

Fonte: Deco Proteste