É frequente ocorrer alergia na primeira infância às proteínas do leite de vaca, como a caseína é exemplo. Contudo, esta alergia é transitória e a tolerância ao leite acresce com o desenvolvimento imunitário e do aparelho digestivo das crianças.
Por outro lado, a intolerância à lactose está relacionada com a dificuldade do organismo, mesmo em adultos, em digerir e absorver a lactose pela diminuição ou ausência de produção da enzima lactase.
Existem várias alternativas ao leite comum, sendo que a oferta inclui bebidas vegetais de amêndoa, de soja, de cocô, à base de cereais, à base de leguminosas, entre outros.
As alternativas que outrora tinham como público-alvo alérgicos às proteínas do leite de vaca e/ou intolerantes à lactose, agora são moda e vastamente requisitadas em dietas à base de proteína vegetal.
A reputação do setor do leite vê-se ameaçada pela consciência colectiva da administração de antibióticos a bovinos e pela possível crueldade praticada aos animais, acrescido ao impacto ambiental da indústria dos lacticínios e o aumento de alergias e intolerâncias, muitas vezes auto-diagnosticadas.
A alimentação ansiosa que é praticada, resulta que compremos produtos pela ausência de determinados ingredientes do que pelo mérito e benefícios dos mesmos.
Por este motivo, menções como “sem açúcares”, “isento de lactose e glúten”, “baixo em gordura”, entre tantas outras, em bebidas vegetais emergentes promovem uma atitude céptica no momento do consumo do leite regular.
Assim, é importante enfatizar que ambas as alternativas são viáveis e ricas em nutrientes e que apesar de todos os conselhos nutricionais díspares, a última decisão recaí sobre o consumidor e aquilo que o faz sentir bem, adequando às suas necessidades nutricionais.
Fonte: The Guardian