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Alimentos crus, alterações climáticas e bolores resistentes entre os perigos alimentares emergentes

  • Friday, 08 March 2019 11:58

Uma tendência de rações cruas para alimentar animais domésticos, o potencial crescimento de uma toxina devido às alterações climáticas e o aumento das infeções causadas por um bolor resistente a fungicidas foram identificados como perigos emergentes, de acordo com dados recentes.

Os referidos perigos relacionam-se com a presença de Brucella suis biovar 1 em ração comercial de cão e a presença de cabeças de lebre. Brucella suis biovar 1 é um organismo patogénico que aumenta o risco de contaminação para humanos e animais domésticos.

O segundo perigo mencionado debate a crescente incidência de cianobactérias, diatomáceas e dinoflagelados mundialmente. Este aumento pode levar à produção da toxina beta-metilamino-L-alanina (BMAA), que é biomagnificada na cadeia alimentar, resultando no aumento de doenças degenerativas na EU.

Por último, o terceiro perigo refere o aumento de infeções por Aspergillus spp. resistente ao fungicida azol, largamente utilizado na agricultura.

Estes dados surgem num relatório da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) no âmbito da Rede de Partilha de Riscos Emergentes (EREN) criada em 2010, bem como de uma discussão das partes interessadas neste tema.

Um total de 17 potenciais riscos emergentes foram discutidos em 2017, mas cinco não cumpriam os critérios. Estes critérios incluem novo perigo, nova ou aumentada exposição, novo grupo suscetível e novo veículo de transmissão.

Os tópicos foram classificados por categorias, nomeadamente por perigos, tais como microbiológicos (seis), químicos (quatro) e outros como resistência antimicrobiana e alergias (zero) e/ou transporte subjacente a atividade ilegal (zero), novas tendências de consumo (três), alterações climáticas (dois) e novo processo ou tecnologia (dois).

O relatório concluí que não foi possível determinar se a contaminação de géneros alimentares com resíduos de pesticidas usados no controlo de vetores do vírus Zika na América do Sul e a presença de E. coli produtora de toxina Shiga (STEC) O121 em farinha são ou não riscos emergentes.

Fonte: Food Safety News