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A atualidade e o futuro da Estratégia Alimentar Nacional

  • Monday, 25 March 2019 12:08

As várias áreas do Governo têm sido cada vez mais sensíveis à importância de hábitos alimentares adequados, o que tem sido determinante para que o país seja considerado uma referência nesta área a nível internacional.

Recentemente, a Assembleia da República aprovou uma lei que visa regular a publicidade alimentar dirigida a menores de 16 anos, medida determinante para proteger a saúde desta faixa etária de portugueses que, de acordo com o último Inquérito Alimentar Nacional (IAN), possuem os hábitos alimentares mais desequilibrados.

A evidência mostra-nos que a publicidade alimentar dirigida a crianças influencia o seu comportamento alimentar com repercussões sérias no estado nutricional e de saúde pelo que nesta matéria a autorregulação de publicidade não é suficiente.

No âmbito da Estratégia Alimentar Nacional, cabe agora à Direção-Geral de Saúde (DGS) definir o perfil nutricional dos alimentos a restringir a publicidade.

Além disto, foram também implementadas medidas fiscais para reduzir o consumo de certos alimentos, nomeadamente o imposto especial de consumo sobre as bebidas refrigerantes que são as que mais contribuem para a ingestão de açúcar.

A implementação de medidas que vieram modificar a oferta alimentar em espaços públicos, como escolas, hospitais e, em geral, instituições e organismos do Estado, é igualmente um trabalho contínuo da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS).

A redução das desigualdades no acesso a uma alimentação adequada tem sido outra prioridade. Estão previstos programas de apoio alimentar destinados às pessoas carenciadas, assim como a implementação de um sistema de monotorização da insegurança alimentar na população.

A reorganização dos serviços de saúde através de um projeto piloto para a identificação e intervenção precoce na área da obesidade nos cuidados de saúde primários é outra prioridade que deriva da pressão crescente desta doença nos atuais sistemas de saúde.

Em breve, a roda dos alimentos, que data de 2003, será também reavaliada, bem como se pretende instruir a população em termos da literacia nutricional.

Em última nota, refere-se também os acordos com os setores da indústria e distribuição alimentar, para o plano de reformulação do teor de sal, açúcar e ácidos gordos trans nos produtos alimentares em Portugal.

Fonte: Público