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Probióticos e a reiteração do que são e do que não são

  • Tuesday, 02 April 2019 11:16

A investigação científica de probióticos cresceu substancialmente nos últimos anos, ganhando bastante destaque nos media e na indústria. Contudo, este interesse é acompanhado do uso incorreto do termo.

A correta definição de probiótico, "microrganismos vivos que quando administrados em quantia adequada conferem um benefício de saúde ao hospedeiro", foi estabelecida em 2002 pela FAO/WHO.

No entanto, a constante descoberta de novos microrganismos com potencial efeito terapêutico tanto na saúde humana como no ambiente, levou ao uso indiscriminado do termo probiótico. Na perspetiva dos investigadores, este uso generalizado do termo cria entraves ao desenvolvimento e validação de terapias científicas baseadas em microrganismos.

A confusão parece persistir com base no desconhecimento das condições necessárias para um um microrganismo único ou um consórcio destes alegarem efeito probiótico (verbo) ou qualificar-se como probiótico (nome).

Para a alegação do efeito probiótico (verbo), os documentos guias disponíveis estipulam a necessidade de identificação da estirpe por métodos fenotípicos e genotípicos, a sua caraterização funcional através de estudos animais, a sua análise de segurança através de estudos realizados em humanos e ainda a comparação da sua eficácia relativamente aos tratamentos convencionais.

Assim, o uso liberal do termo fez com que os probióticos adquirissem um grau de ceticismo global. Tendo em vista a recuperação da sua credibilidade, surgiu um artigo de clarificação na revista Frontiers in Microbiology que se entitula "Probiotics: Reiterating What They Are and What They Are Not".

Recomendamos a sua leitura, assim como partilhamos o guia desenvolvido pela FAO/WHO (2002) relativamente a probióticos, de onde se extraiu a definição acima mencionada. Para aceder a este documento, por favor, clique aqui.

Fonte: Frontiers in Microbiology