As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 31 de Março, apontam para “uma diminuição na produtividade dos cereais face à campanha anterior, consequência da escassa precipitação ocorrida ao longo do mês”.
De acordo com o Instituto “o desenvolvimento vegetativo foi diminuto, encontrando-se a maioria das searas na fase do espigamento”. As estimativas apontam para reduções nos rendimentos unitários de 20% para o trigo duro e triticale, 15% para o trigo mole e aveia e de 5% para o centeio.
Março foi um mês quente e seco. O INE realça que as “condições meteorológicas permitiram a realização, sem constrangimentos e em boas condições, dos trabalhos agrícolas normais para a época, nomeadamente a conclusão das podas nas vinhas e pomares, a aplicação de herbicidas e de produtos fitossanitários e a preparação do solo para a instalação das culturas de Primavera/Verão”.
As condições meteorológicas condicionaram o desenvolvimento das pastagens e das culturas forrageiras.
“As elevadas temperaturas, conjugadas com a reduzida percentagem de humidade do solo, conduziram a um adiantamento dos ciclos vegetativos, parando o desenvolvimento de matéria verde e induzindo a floração”, frisa o INE.
Assim regista-se “uma menor disponibilidade alimentar nas pastagens, que tem conduzido ao suplemento dos efetivos em regime extensivo com alimentos conservados em quantidades superiores ao habitual”.
O INE prevê ainda “uma redução das produções forrageiras para conservação (fenos, silagens e fenosilagens), com impato futuro na alimentação dos efetivos nos períodos de ausência de massa verde nas pastagens”.
Fonte: Rádio Pax