Os habituais sacos e embalagens para fruta e legumes serão proibidos em 2020. Em Valência nascem os sucessores: plásticos biodegradáveis feitos com desperdício alimentar. Chegam este ano aos hipermercados de Portugal.
Em quase tudo é um saco como os outros: leve, transparente e resistente para pesar fruta e legumes. Mas na sua essência é totalmente diferente porque é feito com soro de leite, em vez de petróleo. E se à receita forem acrescentadas cascas de amêndoa moídas, este bioplástico torna-se mais consistente e apto para ser moldado em cuvetes ou outras embalagens.
Criar um bioplástico a partir de desperdícios da indústria alimentar como o soro de leite — e não produtos como cana de açúcar, batata ou beterraba que se destinam à alimentação humana — era parte da missão do projeto YPACK, financiado pela União Europeia e que junta um consórcio de universidades e empresas.
Esse bioplástico tinha também de ser biodegradável e compostável, ou seja, capaz de sofrer uma decomposição biológica como os resíduos orgânicos.
Assim, pretende-se testar a sua produção numa escala industrial e colocá-la no mercado, garantindo que uma empresa que hoje produza plástico a partir de petróleo seja capaz de aplicar a nova receita mudando apenas a matéria-prima.
Fonte: Expresso