FDA encontra-se a par das informações de que a China começará a testar alimentos na busca de coronavírus.
Frank Yianna (FDA), publicou no twitter que de momento não existe nenhuma evidência ou casos que relacionem a COVID-19 e a transmissão através de alimentos.
“A FDA está a par de que a China testará alimentos como peixe, marisco e carne na procura por coronavírus. Nós, continuamos a avaliar todas as evidências, e factos científicos disponíveis relativos às causas deste vírus. Seguindo as boas práticas, tendo cuidado no manuseamento de alimentos, e aplicando processos que nos protejam dos patogénicos existentes nos alimentos, continua a ser crucial”.
Relação entre a COVID-19 e salmão importado rejeitada
Pequim reportou mais de 100 casos de coronavírus na última semana, depois de quase dois meses sem novos casos de infeção. Pensa-se que o foco teve origem em Xinfadi, um dos grandes mercados retalhistas na Ásia.
Após o surgimento destes casos, surgiram rumores sobre a ligação entre estes e as descobertas numa tábua de corte, utilizada para o preparo de salmão importado da Noruega. Das 40 amostras positivas que resultaram de empregados e ambiente, uma tinha origem na tábua de corte da preparação do salmão.
O Conselho Norueguês responsável por estes produtos, garantiu aos consumidores e comerciais destes produtos que os mesmos são seguros e que a ligação aos surtos foi feita com base em rumores infundados.
“O nosso entendimento é que todos os produtos enviados para Pequim são sujeitos a controlos. Claro que a ligação feita em alguns média entre o salmão e o foco do surto é desafortunada. Precisamos de factos na mesa, e tanto a WHO como FAO e as Autoridades Norueguesas mantêm-se claras na sua comunicação sobre este assunto”, disse Anders Nordøy Snellingen, responsável pelas operações globais do Conselho.
A WHO e a FAO indicaram que não existe evidências que relacionem os géneros alimentícios ou as suas embalagens com a transmissão da COVID-19.
As autoridades norueguesas afirmam que não foram reportados casos de infeção de COVID-19 via ingestão de alimentos contaminados, alimentos importados ou água, pelo que o peixe e derivados com origem na Noruega são produtos seguros para consumo.
Testes de COVID-19 em salmão importado, realizados em Hong Kong com resultados negativos
É ainda incerto o tempo de sobrevivência do vírus em superfícies. A pesquisa, até ao momento, indica que poderá variar entre algumas horas a vários dias. Este tempo estará condicionado por diversas variáveis como, o tipo de superfície, a temperatura, luz solar, e humidade do ar, de acordo com o Instituto Norueguês para a Saúde Pública.
A GSI afirma que peixe, assim como outras superfícies poderão ficar contaminadas devido à falta de aplicação de boas práticas de higiene, quando se manipulam os alimentos, ou quando o manipulador está infetado. Qualquer ligação ao salmão poderá ser resultado de contaminação cruzada.
O Centro para a Segurança dos alimentos em Hong Kong, testou 16 amostras de salmão provenientes da Noruega, Chile, Irlanda, Islândia e Dinamarca e todas as amostras apresentaram resultados negativos para a COVID-19.
Fonte: Food Safety News