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UE disponibiliza 3 ME para segurança alimentar em duas províncias moçambicanas

  • Wednesday, 01 July 2020 10:15

A União Europeia (UE) disponibilizou três milhões de euros para apoiar as províncias moçambicanas de Tete e Gaza em segurança alimentar, iniciativa que vai beneficiar 10 mil pessoas.

O valor vai "fortalecer a resiliência de comunidades vulneráveis e com insegurança alimentar, e melhorar a capacidade dos sistemas de proteção social, para melhor adaptação e resposta aos impactos das mudanças climáticas", lê-se num comunicado conjunto de agências da ONU que vão implementar o projeto.

O projeto, de nome Ação Pró-Resiliência (Pro-Act) em Moçambique, vai ser implementado em conjunto pelo Programa Mundial para a Alimentação (PMA) e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), por três anos.

O comunicado avança que é necessário fortalecer pessoas e instituições para gestão de choques climatéricos, tratando-se do "terceiro país mais propenso a desastres climáticos no continente: secas, inundações, ciclones e tempestades".

A iniciativa adotará um modelo de financiamento baseado em previsões, que permite ações antecipadas para mitigação de desastres nos níveis da comunidade e do governo.

"Essas previsões serão vinculadas a planos de contingência pré-determinados, a atores e instrumentos de financiamento que serão usados para reduzir perdas e danos nos meios de vida de pessoas que enfrentam crescentes condições climáticas extremas", explica.

O projeto vai também fortalecer os agricultores através de acesso a bens duráveis, conhecimento e informações climáticas.

"As atividades visam aumentar a resiliência e a produtividade dos agricultores, promovendo práticas agrícolas inteligentes, melhorando a produção animal com melhor acesso a alimentos e serviços de saúde animal, e o uso de informações climáticas", afirmou o representante da FAO em Moçambique, Hernâni da Silva.

A FAO vai criar 40 escolas nos campos de cultivo para beneficiar cerca de mil famílias nos distritos de Guijá e Mabalane, província de Gaza, que são propensos a seca.

A prioridade são as famílias chefiadas por crianças, mulheres com crianças, pessoas acamadas, idosos e pessoas com deficiência.

O PMA vai trabalhar com as instituições ligadas a meteorologia, alimentação, ação social e gestão de calamidades para coordenação de ações humanitárias.

"Como os choques estão a tornar-se mais recorrentes na natureza, e há menos tempo para as pessoas afetadas se recuperarem, é necessário fortalecer a sua resiliência aos choques climáticos", disse o representante interino do PMA, James Lattimer.

Fonte: Sapo