Governo libanês pede ajuda para recuperar do desastre que provocou pelo menos 100 mortos e cerca de 4 mil feridos. Vários países já enviaram equipamento e pessoal médico para apoiar na primeira fase de rescaldo da explosão.
O principal silo de armazenamento de cereais no porto de Beirute ficou completamente destruído na explosão que abalou a capital libanesa na terça-feira, provocando a morte de 100 pessoas e cerca de 4 mil feridos.
Esta quarta-feira, o ministro da Economia do Líbano explicou que, com a explosão "devastadora" de ontem, as reservas de trigo armazenadas ao longo de vários meses desapareceram, deixando a nação com cereais garantidos "para pouco menos de um mês".
Em entrevista à Reuters, Raoul Nehme diz que, para garantir a segurança alimentar da população, o Líbano precisa de reservas para pelo menos três meses.
A explosão deixou a zona portuária de Beirute completamente destruída, inutilizando a principal porta de entrada marítima de importações para alimentar uma nação de mais de seis milhões de habitantes.
O silo que ficou destruído tinha capacidade para armazenar 120 mil toneladas de cereal, de acordo com Ahmed Tamer, diretor do porto de Trípoli, a segunda maior cidade do Líbano.
O porto em Trípoli, o segundo maior do país a seguir ao de Beirute, não está equipado para armazenar cereal, mas o trigo que resta pode ser transferido para armazéns a cerca de dois quilómetros de distância, adiantou Tamer.
Quando se deu a explosão, o silo de Beirute armazenava não mais que 15 mil toneladas de trigo, de acordo com Ahmed Hattit, dirigente do sindicato de importadores de cereais, citado pelo jornal local "Al-Akhbar".
Hattit adianta que as atuais reservas de farinha do Líbano são suficientes para garantir as necessidades do mercado durante um mês e meio. Também assegura que quatro navios de carga, que transportam no total 28 mil toneladas de trigo para o país, ainda não atracaram no porto.
De acordo com uma fonte oficial do Ministério da Economia, citada pela emissora LBCI, o Líbano está a tentar transferir de imediato quatro navios com um total de 25 mil toneladas de farinha para o porto de Trípoli.
Fonte: Rádio Renascença