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Quase 230 mil toneladas de plástico deitadas fora anualmente no Mediterrâneo

  • Tuesday, 27 October 2020 12:02

Cerca de 230 mil toneladas de plástico são deitadas fora anualmente no mar Mediterrâneo, estima um novo estudo da União Internacional para a Conservação da Natureza esta terça-feira divulgado, que alerta para o risco da duplicação dos números em 2040.

O trabalho, que se baseia na compilação de dados de estudos feitos no terreno e na pegada de plástico marinho calculada pela organização, estima o fluxo de plástico de 33 países em torno da bacia do Mediterrâneo, concluindo que 229 mil toneladas de plástico são desperdiçadas anualmente no mar, uma quantidade equivalente a mais de 500 contentores de navios.

Se não forem tomadas medidas para combater o desperdício, as estimativas poderão no mínimo duplicar em 2040, adverte a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) em comunicado.

A poluição causada por plástico é prejudicial para a vida marinha, causando a morte de animais quando ingerido, e pode afetar a cadeia alimentar, com potenciais efeitos negativos para a saúde humana.

Uma vez deitado fora no mar, o plástico, na maioria das vezes, deposita-se nos sedimentos sob a forma de microplástico (partículas do tamanho inferior a cinco milímetros).

Segundo a IUCN, 94% do plástico deixado no mar Mediterrâneo resulta de desperdício mal gerido.

Os países que mais deitam fora plástico no Mediterrâneo são Egito (74 mil toneladas/ano), Itália (34 mil toneladas/ano) e Turquia (24 mil toneladas/ano).

Por pessoa, os “campeões” são Montenegro (oito quilos/ano) e Albânia, Bósnia-Herzegovina e Macedónia do Norte (três quilos/ano), de acordo com a IUCN.

Restos de pneus (53%) e têxteis (33%) encabeçam a origem do plástico desperdiçado no mar Mediterrâneo.

Medidas como o fim do uso de sacos de plástico e uma melhor gestão da recolha de lixo permitiriam, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, reduzir em mais de 50 mil toneladas a quantidade de plástico deitada fora anualmente no Mediterrâneo.

Fonte: Observador