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Em 2019, foram desperdiçadas 931 milhões de toneladas de alimentos

  • Monday, 08 March 2021 11:28

relatório “Food Waste Index” de 2021 do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) chama a atenção para os números alarmantes a nível global do desperdício alimentar.

Em 2019, 931 milhões de toneladas de alimentos foram desperdiçados em todo o mundo. Cerca de 61% desse desperdício ocorreu a nível doméstico (570 milhões de toneladas), 26% em serviços de distribuição de comida, como restaurantes e cantinas escolares e de hospitais, e 13% em lojas.

Além destas quantidades representarem um grave problema a nível social, representam também a nível económico e ambiental. Entre 8 a 10% das emissões globais de gases de efeito estufa estão associadas a este desperdício, o que contribui para as alterações climáticas e para a destruição da natureza e da biodiversidade.

Em Portugal, o relatório indica que são desperdiçados em casa uma média de 861 838 toneladas por ano. Já no nosso país vizinho, em Espanha, o número sobe para 3 613 954 toneladas por ano, e em outros, como a França e o Reino Unido, registam-se respetivamente 5 522 358 e 5 199 825 toneladas por ano.

A recolha e análise destes dados é crucial, como evidencia Inger Andersen, diretora executiva do UNEP, no documento. Os resultados permitem compreender o que é necessário mudar e que medidas se podem tomar para mitigar estes números em todo o mundo.

Inger Andersen afirma ainda: “Alguns países e atores do setor privado já assumiram o compromisso do ODS12.3 com o coração. Há evidências crescentes de sucesso na redução do desperdício de alimentos – embora não na escala necessária para atingir a meta. Muito mais pode ser feito. Precisamos, por exemplo, de abordar o papel do comportamento do consumidor, em todos os contextos culturais, para atingir a meta. Vamos todos fazer compras com cuidado, cozinhar com criatividade e tornar o desperdício de alimentos em qualquer lugar socialmente inaceitável, enquanto nos esforçamos para fornecer dietas saudáveis e sustentáveis para todos”.

Fonte: Greensavers