Entre agosto e novembro de 2021, prevêem-se 23 focos de insegurança alimentar no mundo, indica novo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA). Fatores como os eventos climáticos extremos, os conflitos internos, e os impactos económicos resultantes da Covid-19, vão colocar 41 milhões de pessoas em risco de morrer de fome.
Os 23 focos de fome serão o Afeganistão, Angola, República Centro-Africana, América Central (Guatemala, Honduras, Nicarágua), Sahel Central (Burkina Faso, Mali e Níger), Chade, Colômbia, República Democrática do Congo, República Popular Democrática da Coreia, Etiópia, Haiti, Quénia, Líbano, Madagáscar, Moçambique, Mianmar, Nigéria, Serra Leoa e Libéria, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Síria e Iémen.
Entre este grupo, destacam-se o Afeganistão, o Burkina Faso, a República Centro-Africana, a Colômbia, a República Democrática do Congo, o Haiti, as Honduras, o Sudão e a Síria, pela sua situação particularmente preocupante, devido ao elevado número de pessoas expostas a este risco.
No caso de Angola, por exemplo, as chuvas sazonais 30% abaixo da média e as temperaturas altas levaram à pior seca desde 1981, prejudicando as colheitas e consequentemente os meios de subsistência das famílias. Outro fator que prejudicou a agricultura foram os enxames de gafanhoto-migratórios.
Em 2020, 155 milhões de pessoas de 55 países estiveram classificados como “em crise” ou níveis piores de risco de fome, no relatório “Global Report on Food Crises” da FAO. O relatório dá recomendações específicas para cada país e situação, tanto a curto como longo prazo. Por outro lado, realça também a importância e urgência da ação humanitária, para ajudar a combater e prevenir a fome nestas populações.
Fonte: Greensavers