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Evite o calendário do advento do El Corte Inglés

  • Monday, 11 December 2017 17:42

Com o Natal à porta, começa a corrida aos calendários do advento, muito apreciados por miúdos e graúdos. No início de novembro, A DECO realizou um estudo com as congéneres Test-Achats (Bélgica), Altroconsumo (Itália) e OCU (Espanha). Cada país analisou 5 marcas à venda nos respetivos mercados nacionais, num total de 20 produtos. Em Portugal, a DECO comparou as 5 marcas de calendários do advento disponíveis na altura nas principais cadeias de supermercado da região de Lisboa: El Corte Inglés, Favorina (Lidl), Ferbar, Jacquot e Pingo Doce. O objetivo do estudo foi determinar a presença de hidrocarbonetos de óleos minerais (MOSH e MOAH), substâncias consideradas potencialmente perigosas para a saúde, no chocolate desses calendários.

O calendário do advento El Corte Inglés contém hidrocarbonetos aromáticos de óleos minerais (MOAH). Por precaução, não é aconselhado o consumo deste chocolate. Além disso, a DECO encontrou pequenas quantidades de hidrocarbonetos saturados de óleos minerais (MOSH) em todas as marcas. Entretanto a situação já foi reportada à ASAE.

Após a divulgação dos resultados do estudo, o El Corte Inglés reagiu e mandou retirar das prateleiras o calendário do advento de Natal, tanto em Portugal como em Espanha.

MOAH e MOSH: por que devemos evitar

A Europen Food Safety Authority (EFSA, Autoridade Europeia de Segurança Alimentar) admite que os MOAH têm um "potencial risco cancerígeno". Os MOSH não são potencialmente cancerígenos, mas tendem a acumular-se em vários órgãos. Segundo a EFSA, "atualmente é impossível determinar os efeitos para a saúde da acumulação de MOSH".

As agências para a segurança alimentar de França, Bélgica e Alemanha também emitiram pareceres onde recomendam que se limite ao máximo a exposição dos alimentos aos MOAH. Quanto aos MOSH, aconselham a minimização da contaminação alimentar.

Estes hidrocarbonetos de óleos minerais são moléculas que derivam de processos de refinação do petróleo, carvão, gás natural ou biomassa. Podem chegar aos alimentos por via ambiental ou de lubrificantes usados nos equipamentos durante a produção. Outro meio possível são os resíduos resultantes da migração de materiais em contacto com os alimentos.

Por exemplo, alguns sacos que armazenam o cacau e o papelão reciclado usado para proteger o chocolate podem conter estas substâncias e contaminar o produto final. Também um aditivo alimentar, presente em ceras micro-cristalinas, pode contaminar os alimentos. Neste último caso, essas ceras não são permitidas no chocolate.

Fonte: DECO PROTESTE

  • Last modified on Monday, 11 December 2017 17:44