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O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) publicou hoje uma nota de avaliação rápida de risco relativa a um surto de salmonela (Salmonella Enteritidis ST11), que conta com 335 casos identificados em 14 países da UE, bem como no Reino Unido e nos EUA. Tratam-se de três conjuntos de casos registados entre janeiro e outubro deste ano.

“A maioria dos casos reporta o consumo de carne de galinha, incluindo kebabs de frango. Nove casos em três países necessitaram de hospitalização, e registou-se um caso de morte na Áustria, sublinhando o potencial de infeções severas ou fatais neste surto”, assinala o ECDC, em comunicado.

O organismo assinala que bactérias semelhantes às que causaram o surto foram detetadas em amostras de carne de frango e kebabs, sendo que a rastreabilidade das amostras aponta para 7 produtores na Polónia e um na Áustria. No entanto “não foi encontrada prova microbiológica de contaminação em nenhuma das instalações” que foram alvo de fiscalização.

Assim, segundo o ECDC, “os cientistas esperam que seja provável a ocorrência de novos casos neste surto em vários países, uma vez que a fonte de contaminação ainda não foi identificada”.

Os especialistas recomendam investigação adicional para identificar os possíveis locais na cadeia de produção de carne de frango, onde a contaminação por salmonela poderá ter ocorrido.

Entre os países com casos identificados e listados no relatório estão a Áustria, a Dinamarca, a Finlândia, a França, a Alemanha, os Países Baixos, a Noruega, a Polónia, a Eslovénia, a Eslováquia, Itália, Irlanda, Bélgica e o Luxemburgo, bem como o Reino Unidos e os EUA.

Fonte: Executive Digest

A Direção Regional de Alimentação e Veterinária (DGAV) disse hoje que o principal foco, na região Norte, da Doença Hemorrágica Epizoótica (DHE), verifica-se em Trás-os- Montes, onde foram identificados até ao momento 33 casos.

A DGAV indica que a DHE é uma doença viral que afeta os ruminantes, em especial os bovinos e os cervídeos selvagens, com transmissão através de mosquitos.

“A doença está incluída na lista de doenças de declaração obrigatória da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)”, indica à Lusa a mesma fonte.

Este organismo acrescentou que sempre que é detetada uma suspeita de doença, efetua-se colheita de amostras e envio de material ao laboratório, com a respetiva notificação da suspeita aos serviços oficiais da DGAV.

Quanto à origem DHE, a DGAV diz não poder afirmar com segurança qual a proveniência da doença nesta região, mas tratando-se de uma doença transmitida por vetor (mosquito), poderá ter origem no restante território nacional ou em território espanhol.

Questionada pela Lusa, a DGAV indicou ainda que não há limitação de movimentação, que apenas se aplica a trânsito animal de e para outro estado-membro ou país terceiro.

Estas respostas à Lusa surgiram na sequência da preocupação demonstrada pelos produtores de bovinos do Planalto Mirandês que na semana passada se mostraram apreensivos quanto à perda de rendimentos nas explorações devido aos efeitos da Doença Hemorrágica Epizoótica.

O secretário técnico da Associação Nacional de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa, Válter Raposo, afirmou que quando infetados, os animais ficam vulneráveis porque a sua imunidade fica mais comprometida, o que deixa os agricultores apreensivos quanto ao rendimento das suas explorações.

“Depois de um cenário de seca que já dura há dois anos, vir agora uma peste é de ficar muito apreensivo em relação ao futuro das explorações pecuárias e consequente produção de carne”, indicou à Lusa o também médico veterinário.

De acordo com o responsável, esta doença é provocada por um mosquito, não sendo transmitida aos humanos, e tem origem nos cervídeos (corços).

Os primeiros casos detetados nestes territórios são referentes a julho e início de agosto, tendo sido mais frequentes desde o início de setembro.

De acordo com um edital da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) datado de 06 de outubro, encontram-se afetados pela DHE “todos os distritos e concelhos do território de Portugal Continental”.

Válter Raposo alertou para a necessidade de haver um cuidado redobrado nas explorações pecuárias com a utilização frequente de repelentes para insetos.

De acordo com o veterinário, os concelhos mais afetados pela DHE neste território nordestino são os de Mogadouro, Miranda do Douro e parte de Vimioso, havendo também registo no concelho de Bragança.

Segundo um edital publicado no sítio oficial da Internet, a DGAV indica que os sinais clínicos desta doença são febre e falta de apetite, estomatite ulcerativa – lesões na mucosa da boca, produção excessiva de saliva e dificuldade em engolir, coxeira devido à inflamação das coroas dos cascos e úbere avermelhado.

Fonte: Agroportal

Uma empresa de investigação brasileira está prestes a lançar cana-de-açúcar transgénica resistente a herbicidas e está a desenvolver uma variedade, também de cana-de-açúcar, para combater o bicudo-da-cana.

“Falar de maior potencial produtivo para o setor sucroenergético significa falar de melhoramento genético”. A declaração é de César Barros, presidente do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), em São Paulo, no Brasil, e foi proferida durante uma palestra na 23ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, no dia 23 de outubro. “Acreditamos que a biotecnologia é o modo mais eficiente de solucionar alguns dos problemas na agricultura brasileira. Ela já é amplamente aplicada noutras culturas, como milho, soja e algodão, encontrado-se numa fase inicial na cana-de-açúcar”, declarou.

César Barros anunciou que o CTC deve lançar ao mercado a “segunda geração” de canas transgénicas com a proteína Bt, já presente nas variedades geneticamente modificadas disponíveis. “Isso traz ainda mais proteção contra a broca”. Além disso, avançou que a cana transgénica tolerante a herbicidas está em fase final de desenvolvimento. “Estamos próximos do seu lançamento. Esta é uma solução economicamente viável, que vai trazer mais proteção e, consequentemente, mais produtividade aos canaviais”, argumentou.

O presidente do CTC acrescentou ainda que a empresa está a desenvolver uma variedade geneticamente modificada para controlar o bicudo-da-cana (Sphenophorus levis), uma das pragas de maior importância da cana-de-açúcar que pode ameaçar seriamente a produtividade da cultura.

Mais informações aqui.

Fonte: CiB - Centro de informação de biotecnologia

Um estudo da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) mostra que há azeites adulterados comercializados em Portugal e na Europa, surgindo como extra virgem ou virgem apesar de serem misturados com refinados. A investigação saiu recentemente na revista npj - Science of Food, do grupo Nature, e revelou também um método mais eficaz, rápido e não invasivo de detetar aquelas adulterações. “Só pela cor e sabor, já percebemos que muitos extra virgem vêm misturados com refinados, para obterem maior número de vendas e estarem dentro dos valores normais”, diz o investigador Vasco Santos.

O estudo avaliou 36 azeites (21 extra virgem, oito virgem e sete refinados) portugueses, espanhóis, italianos e gregos ao dispor no mercado, adquiridos em Braga ou online. As medições usaram técnicas de ressonância magnética no domínio do tempo (relaxometria de NMR multiparamétrica). “Imagine que está numa orquestra e consegue ouvir os sons de todos os instrumentos. Para ouvir apenas um, seria preciso mudar o domínio do tempo, para o da frequência, e separar o som. Como é do domínio do tempo, temos acesso a toda a orquestra, isto é, vemos se cada azeite tem as caraterísticas certas”, explica Vasco Santos. Para obter resultados mais fiáveis, recolheu-se 360 amostras dos azeites no processo de extração.

O azeite é um dos óleos comestíveis mais antigos e está na base da dieta mediterrânica. A sua classificação depende de fatores como as propriedades físico-químicas e o processo de fabricação. “Ao aquecer o azeite, este perde propriedades organoléticas, reduz os antioxidantes; já os extra virgem e virgens não sofrem qualquer tipo de aquecimento, logo o nível de acidez é maior”, elucida o investigador.

Medição mais precisa

A sua ferramenta de medição junta ressonância magnética nuclear no domínio temporal com algoritmos de machine learning, permitindo em minutos identificar e classificar óleos comestíveis. Consegue revelar a quantidade de ácidos mono e poli-insaturados presentes e, especificamente no caso do azeite, caracterizá-los com base no grau de acidez, fazendo-o até de modo mais sensível e rápido face aos atuais métodos analíticos e de espectroscopia (infravermelho próximo e ultravioleta-visível).

A nova técnica é muito barata por análise e por isso torna-se vantajosa, tanto para o consumidor como para as empresas, que veriam os custos de validação e autenticação do produto reduzidos, nota Vasco Santos. Como o equipamento é pequeno, pode ser decisivo em futuras avaliações de amostras no terreno sobre azeites não rotulados ou que gerem dúvidas, acrescenta. Este equipamento pode ser disposto “in line” com o processo de extração, logo “dispensa a remoção da amostra, o encaminhamento para o laboratório ou a sua diluição”, conclui o jovem investigador.

O seu trabalho foi realizado no âmbito da dissertação de mestrado em Biofísica e Bionanossistemas na UMinho, em parceria com o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL). O cientista, natural de Leiria e com 25 anos, está agora a fazer o doutoramento em Imagem e Espectroscopia de Ressonância Magnética na Universidade Médica de Viena (Áustria).

Fonte: Agrotec

Humidade, radiação ultravioleta e temperatura podem ser verificados devido a uma nova solução tecnológica.

Um medicamento, ou um suplemento alimentar, pode estragar-se devido ao seu fraco estado de conservação.

A temperatura, a humidade e a incidência de radiação ultravioleta são factores fundamentais nesse estado.

O CeNTI, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa e a empresa portuguesa Neutroplast – Pharmaceutical Packaging chegaram a uma alternativa: ver o estado de conservação através da embalagem.

As duas entidades criaram embalagens inteligentes, funcionais e sustentáveis, para combater o desperdício de produtos perecíveis, sólidos e líquidos.

Esta novidade integra sensores impressos flexíveis. A inovadora embalagem tem um bioindicador (ser vivo que, pela sua presença, ausência ou abundância, permite avaliar a qualidade do meio ambiente), que comprova, através do aparecimento de uma coloração vermelha na tampa, a presença de humidade no seu interior.

As novas embalagens trazem propriedades avançadas, funcionando como uma barreira ao oxigénio, ao vapor de água e à absorção de humidade, em substituição das soluções convencionais de sílica gel. Garantem assim a maximização da vida útil dos produtos, sem prejuízo da sustentabilidade da embalagem.

Os revestimentos da embalagem incorporam materiais de origem biológica e/ou amigos do ambiente.

E o utilizador pode consultar os dados através de uma aplicação no telemóvel.

Esta nova solução tecnológica tenta aumentar a segurança do consumidor e a sua confiança nas embalagens e, ainda, conservar e potenciar a validade dos produtos, monitorizando as suas condições de armazenamento ou utilização, lê-se em informação enviada ao ZAP.

A ideia é também que cada pessoa faça um correto acondicionamento dos artigos.

O seu aproveitamento também deve ser “ensinado” porque, por vezes, os medicamentos e os suplementos são sujeitos temporariamente a condições não ideais – mas isso não significa que seja logo para o lixo.

As embalagens foram pensadas sobretudo para os contextos de indústrias farmacêuticas e suplementos alimentares, mas pode ser aplicada a qualquer sector alimentar.

O projeto está numa fase de finalização do protótipo e deve ser comercializado daqui a 2 ou 3 anos.

Fonte: ZAP aeiou

Depois de 14 anos de seca, o Chile acolhe as chuvas de inverno com um grande alívio. Mas diversos especialistas afirmam que a crise hídrica no país está longe de ser resolvido e que é essencial promover iniciativas que ajudem a mitigar os efeitos das alterações climáticas. A biotecnologia é apresentada como uma aliada para desenvolver culturas resistentes à seca e à salinidade, entre outros desafios climáticos.

Em 2020, um grupo de cientistas da Universidade do Chile iniciou um projeto chamado ‘PlantaComCiencia’, para encontrar soluções viáveis e eficazes para os efeitos das alterações climáticas através do desenvolvimento de variedades de tomate e kiwi resistentes a condições extremas.

Claudia Stange, investigadora do Centro de Biologia Molecular de Plantas da Faculdade de Ciências da Universidade do Chile e diretora do projeto, sublinha que “estas ferramentas biotecnológicas de edição de genes permitem-nos desenvolver novas variedades de plantas em metade do tempo, em comparação com as técnicas não biotecnológicas que são habitualmente utilizadas”. Com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, e em harmonia com o Ministério da Agricultura chileno, a investigadora e a sua equipa esperam conseguir culturas que possam resistir às condições adversas das alterações climáticas, “beneficiando quer as grandes empresas, quer os pequenos produtores”.

O diretor executivo do ChileBio, Miguel Ángel Sánchez, destacou a importância de “reforçar as estratégias público-privadas que nos permitam melhorar a adaptação das plantas e das culturas aos efeitos das alterações climáticas. Temos de compreender que, mesmo com água, muitas das variedades de plantas que produzimos atualmente simplesmente não germinarão com o aumento previsto das temperaturas, da salinidade do solo, etc.”.

A primeira fase do projeto ‘PlantarComCiência’ terminou com êxito em agosto de 2023, depois de os cientistas envolvidos terem conseguido avanços importantes na investigação de genes específicos da variedade de tomate “Poncho Negro”, endémica do Vale de Lluta (região de Arica e Parinacota), bem como de uma variedade comercial de kiwi chamada “Hayward”.

“O trabalho com plantas é complexo e demorado, especialmente no caso do kiwi, que requer até seis meses após a transformação para que os primeiros rebentos apareçam. O tomate “poncho negro” também apresentou desafios, exigindo a normalização do processo de cultura e transformação in vitro”, explicou Claudia Stange.

Ao desativar genes específicos através da edição genética, a equipa de investigadores da Universidade do Chile pretende reforçar a resistência das plantas a condições adversas. “O nosso objetivo é combinar três características: a função, ou seja, que seja tolerante à salinidade ou à seca, que não seja transgénica e que o gene selecionado seja editado”, acrescentou Claudia Stange. Esta conquista permite o desenvolvimento de plantas editadas sem elementos transgénicos, abrindo assim a perspetiva de ter culturas chilenas mais resistentes às alterações climáticas.

No entanto, o caminho para a comercialização é longo. Embora as plantas tenham sido editadas com sucesso e obtidas em condições laboratoriais, é ainda necessário proceder à aclimatação e a ensaios de campo, o que se espera que aconteça nos próximos dois anos.  

Mais informações em ChileBio e MundoAgro.

Fonte: CiB - Centro de informação de Biotecnologia

A água, o recurso mais precioso e subvalorizado do mundo, está no centro de uma crise global crescente que ameaça a saúde humana e do planeta, alerta um novo relatório, publicado no Dia Mundial da Alimentação pela WWF.

O estudo High Cost of Cheap Water (O Alto Custo da Água Barata) fez a primeira estimativa do valor da água e revela uma dura realidade: o valor económico anual da água e dos ecossistemas de água doce está estimado em 58 biliões de dólares - o equivalente a 60% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Mas os ecossistemas mundiais de água doce estão numa espiral descendente, o que representa um risco cada vez maior para estes valores.

“A água é a base de toda a nossa existência enquanto espécie”, afirma Ângela Morgado, Diretora-executiva da ANP|WWF. “Este relatório vem mostrar como a água doce e os seus ecossistemas são imprescindíveis para a nossa economia, saúde e ambiente. Rios, lagos e zonas húmidas saudáveis são essenciais para assegurar a nossa alimentação e a nossa própria sobrevivência”.

Cada vez mais pessoas enfrentam a escassez de água e a insegurança alimentar, uma vez que os rios e os lagos estão a secar, a poluição está a aumentar e as fontes de alimentos, como a pesca de água doce, estão a diminuir. Por outro lado, a extração de quantidades insustentáveis de água e as alterações dos caudais dos rios, bem como os impactos das alterações climáticas colocam ainda mais em perigo os ecossistemas de água doce - dois terços dos maiores rios do mundo já não correm livremente, e as zonas húmidas continuam a perder-se três vezes mais depressa do que as florestas.

De acordo com Ângela Morgado, “É urgente inverter este ritmo desastroso de destruição e degradação e resolver rapidamente os problemas relacionados com a água. Também neste ponto, a Lei Europeia do Restauro da Natureza é necessária e pode ser um instrumento fundamental para enfrentar esta crise, reparando os ecossistemas de água doce vitais para a existência de água limpa e abundante para consumo, alimentação, indústria e biodiversidade".

Em setembro, várias ONGs europeias, entre as quais a WWF, alertaram para a necessidade de uma transformação estrutural da Política Agrícola Comum da UE para apoiar uma transição justa para a sustentabilidade. O documento 'A brighter future for EU food and farming' evidenciou os atuais desafios que o sistema alimentar da UE enfrenta, sendo a água que consumimos uma das peças fundamentais para a produção de alimentos. A transformação dos sistemas alimentares é essencial para salvaguardar a nossa capacidade de produzir alimentos a longo prazo, acabar com a fome, e enfrentar as múltiplas crises ambientais mundiais.

Fonte: iAlimentar

A pesca da sardinha vai ter novos limites a partir de hoje, em função do cumprimento das embarcações, tendo sido definido um máximo diário de 900 quilogramas (kg) de sardinha calibrada como T4, anunciou na semana passada a DGRM.

Em 28 de abril, um despacho da secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, definiu as medidas de gestão da pesca da sardinha, ressalvando que a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) pode alterar os limites diários das descargas em função das necessidades de gestão da pescaria e da evolução dos dados recolhidos.

Após a reunião da comissão de acompanhamento realizada na passada segunda-feira, a DGRM decidiu colocar novos máximos à descarga e venda da sardinha, sendo que nestes inclui-se um limite de “900 kg (40 cabazes) de sardinha calibrada como T4, independentemente da existência de outras classes de tamanho”.

Desde o passado dia 18 de setembro que o limite máximo diário de sardinha calibrada como T4 era de 765 quilogramas (kg) ou 34 cabazes.

Nos termos do despacho da DGRM, datado de quinta-feira, para as embarcações com comprimento de fora a fora inferior ou igual a nove metros, o limite passa agora a ser de 2.700 kg (120 cabazes), contra os anteriores 2.250 kg (100 cabazes).

Por sua vez, considerando as embarcações com comprimento superior a nove metros e inferior a 16 metros, o limite é aumentado para 4.725 kg (210 cabazes), acima dos 3.938 kg (175 cabazes) atualmente em vigor.

Já para as embarcações de cumprimento de fora a fora superior a 16 metros, a barreira foi agora fixada em 6.750 kg (300 cabazes), superando os atuais 5.652 kg (250 cabazes).

O despacho da DGRM produz efeitos a partir das 00:00 de segunda-feira.

A pesca da sardinha reabriu em 02 de maio.

Fonte: Executive Digest

Portugal esgotou a quota de captura de goraz, pelo que esta pesca fica proibida a partir desta sexta-feira, indicou a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM).

“Considerando o atual nível de descargas efetuadas pela frota portuguesa de goraz (‘pagellus bagaraveo’) nas águas da União e águas internacionais da subzona nove [‘Atlantic Iberian Waters’], verifica-se que a quota de pesca atribuída a Portugal se encontra esgotada”, lê-se numa nota divulgada pela DGRM.

Assim, a partir das 00:00 desta sexta-feira, é interdita a pesca, manutenção a bordo, transbordo e descarga de capturas desta espécie nas zonas referidas.

Em 9 de junho passado, a DGRM tinha já avisado que Portugal tinha atingido 80% da quota de pesca de goraz, pelo que poderia vir a ser necessário proceder ao encerramento das capturas desta espécie.

A DGRM é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa, que tem por objetivo o desenvolvimento da segurança e serviços marítimos, a execução das políticas de pesca e a preservação dos recursos.

Fonte: Executive Digest

A Comissão Europeia aprovou hoje a inclusão dos vinhos portugueses «Terras de Cister» e «Terras do Dão» no registo das Indicações Geográficas Protegidas (IGP).

A indicação geográfica protegida «Terras de Cister» está ligada não só às características geográficas da região, mas também à instalação dos monges cistercienses na região no século XII. Os monges construíram mosteiros e igrejas e plantaram as primeiras vinhas na região que hoje se designa por «Terras de Cister». As castas contribuem igualmente para a especificidade dos produtos vínicos com direito a esta indicação geográfica em conjugação com outros fatores naturais e humanos. São vinhos frescos, em que as notas ácidas se encontram equilibradas com o álcool e a perceção doce. De aromas e estrutura delicados, caracterizam-se por uma elevada acidez natural, mineralidade e baixo teor alcoólico, evidenciando ainda uma boa expressão aromática das castas. Os vinhos brancos e rosados denotam frescura e acidez relevante e equilibrada. Os vinhos tintos são leves, suaves e com boa frescura.

indicação geográfica protegida «Terras do Dão» abrange o vinho e o vinho espumante. A proteção conferida pelas características orográficas é elemento caracterizador da área geográfica e influencia o clima. Este, por sua vez, tem implicação no desempenho vitícola e na maturação de uvas, com influência direta na qualidade dos vinhos. Esta influência revela-se muito na suavidade e expressão aromática dos vinhos. Os vinhos são aromáticos, minerais e frescos, com acidez equilibrada devido às condições de maturação das uvas: com verões quentes com grandes amplitudes térmicas diárias. Os verões quentes e soalheiros garantem a plena maturação das uvas. Por outro lado, as amplitudes térmicas diárias significativas traduzem-se num correto desenvolvimento dos açúcares, aliado a uma ótima manutenção do nível de acidez. As maturações, relativamente longas e suaves, permitem obter vinhos com boa expressividade dos aromas das castas que constituem o encepamento.

O título de Indicação Geográfica Protegida realça a relação entre a região geográfica delimitada e o nome do produto, que se junta à lista de mais de 200 produtos portugueses que a União Europeia protege como indicações geográficas (as Indicações Geográficas Protegidas – IGP e as Denominações de Origem Protegida – DOP).

A lista de todas as indicações geográficas protegidas está disponível na base de dados eAmbrosia.

Fonte: Comissão Europeia (Representação em Portugal)