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O presidente da Câmara de Alfândega da Fé, Eduardo Tavares, expressou a expectativa de alcançar a certificação da cereja deste concelho do distrito de Bragança até à próxima feira anual, habitualmente realizada no mês de junho.

A ambição para o produto mais emblemático deste concelho tem vários anos e o processo “é moroso”, mas o autarca local acredita que este ano será possível concretizar a atribuição de Indicação Geográfica Protegida (IGP) à cereja de Alfândega da Fé.

O selo de qualidade “valorizará ainda mais a cereja” símbolo do município de Alfândega da Fé, que não é o maior produtor nacional do fruto, mas fez dele uma atração gastronómica e turística e motivo de uma feira/festa anual há 37 anos.

Esta cultura serviu também de exemplo à aposta da autarquia em fixar jovens no concelho através da agricultura, vincando hoje numa iniciativa via internet, uma webinar sobre o setor que abriu um ciclo de sessões de reflexão e contributos para a agenda 2030 de Alfândega da Fé.

Há quatro anos, o município avançou com o arrendamento de terras a jovens agricultores para plantarem pomares de cereja e foram feitos quatro investimentos que alargaram a área de produção em mais 25 hectares.

O presidente da Câmara garantiu hoje que este projeto levou outros agricultores a investirem na cultura e quer alargar o incentivo a outros culturas e projetos.

A aposta que está a ser feita no regadio no concelho ou em parcerias com municípios vizinhos, nomeadamente no Vale da Vilariça, tem o propósito de criar condições para o desenvolvimento de projetos e atrair os jovens.

Segundo o autarca há outras culturas em desenvolvimento, desde o azeite aos frutos secos, nomeadamente a castanha com o número de soutos a aumentar no concelho.

A autarquia tem apoiado o setor também no combate a doenças e pragas e com campos de investigação para “ajudar os agricultores a investir e produzir melhor”.

O secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Rui Martinho, participou também nesta webinar, indicando que “duas linhas de ação do Governo estão centradas na valorização da pequena agricultura e na agricultura familiar”.

O governante lembrou que foram aumentados os pagamentos a estas áreas, não foram aplicados rateios às zonas desfavorecidas e as ajudas agroambientais foram alargadas a jovens agricultores que estavam impedidos de se candidatar.

O Governo promete ainda apoios à criação de agrupamentos de agricultores e majorações em linhas de créditos e seguros agrícolas para a agricultura familiar.

Fonte: Agroportal

O dia 20 de janeiro de 2021, data em que se comemora o Dia Mundial do Queijo, fica marcado pela atribuição dos prémios Vale Pastor no valor total de 355 mil euros a 129 empreendedores produtores de leite das Regiões DOP Serra da Estrela, Beira Baixa e Rabaçal. Estes prémios surgem no âmbito do Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro, financiado pelo Programa Operacional Regional CENTRO 2020.

O Vale Pastor é um incentivo no valor de 5.000 euros atribuído a 14 alunos que concluíram com sucesso a “Escola de Pastores” e que se encontram instalados ou que se pretendem instalar na atividade da agropastorícia. Por sua vez, o Vale Pastor+ é um incentivo no valor de 2.500 euros atribuído a 115 produtores de leite fornecedores de queijarias que fabricam queijo com DOP e que apresentaram a concurso o leite de melhor qualidade.

A atribuição destes prémios, visa fomentar, capacitar e desenvolver a atividade agropastorícia, como parte integrante do processo de melhoria da qualidade na produção de leite destinado ao fabrico de queijo com denominação de origem protegida (DOP).

Os Vales foram atribuídos pela Inovcluster e pelas Comunidades Intermunicipais da Beira Baixa, das Beiras e Serra da Estrela, da Região de Coimbra e de Viseu Dão Lafões, parceiras do projeto. “Esta ação vem dar um impulso positivo à Fileira do Queijo. Reflete-se numa ajuda para incrementar e valorizar a produção de leite de qualidade na Região Centro, contribuindo para a continuidade de um produto endógeno de Excelência, o queijo com DOP” refere Cláudia Domingues, Presidente da Inovcluster.

“Tratando-se de um projeto que concretiza uma estratégia concertada à escala regional para fortalecer e valorizar a cadeia de valor dos queijos DOP, insere-se num plano mais vasto de valorização de recursos endógenos e de dinamização dos territórios de interior e de baixa densidade da Região Centro,” refere Isabel Damasceno, Presidente da CCDRC.

Segundo a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, “Esta iniciativa é um bom exemplo de coesão territorial e traduz uma aposta clara na valorização das atividades tradicionais deste território, através da inovação, do conhecimento e do trabalho em rede, que traz frutos para os que se dedicam a este saber fazer e para os consumidores deste produto de origem protegida”.

O Projeto é cofinanciado pelo CENTRO 2020, Portugal 2020 e União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

Fonte: Agroportal

O Brasil, maior produtor e fornecedor mundial de café, exportou 44,5 milhões de sacos (de 60 quilogramas) desse grão em 2020, volume 9,4% superior ao de 2019 e um número recorde para o país, apesar da pandemia.

O dados foram divulgados na segunda-feira pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e, no total, o país sul-americano recebeu pela venda de café verde, solúvel, torrado e moído, 5.365 milhões de dólares (4,44 mil milhões de euros) no ano passado, 10,3% a mais do que em 2019.

Segundo o balanço divulgado pelo Cecafé, o montante recebido pelo Brasil equivale a cerca de 29 mil milhões de reais, o que representou um aumento de 44,1% na conversão para reais e com o qual atingiu uma participação de 5,6% nas exportações agroindustriais e 2,7% nas exportações totais do país.

Do volume total de grãos embarcado em 2020, 40,4 milhões de sacos foram de café verde, o que representa um aumento de 10,2% em comparação com 2019.

Entre os tipos de café verde, o arábica continua a liderar as vendas externas com 35,5 milhões de sacas, num aumento de 8,4% face a 2019, e uma marca histórica para esse tipo de grão.

Seguiram-se as variedades de café do tipo robusta e café solúvel, respetivamente, e ambas bateram recordes em 2020. A robusta com 4,9 milhões de sacos exportadas (24,3%) e solúvel com 4,1 milhões de sacos vendidas (2,4 %).

“Devido à pandemia de covid-19 estamos a atravessar um período desafiador, mas, ao mesmo tempo, tivemos uma das maiores colheitas e concluímos com uma exportação de 44,5 milhões de sacas, batendo um recorde histórico”, disse o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, em conferência de imprensa.

Segundo o executivo, o setor cafeeiro administra todas as medidas de higiene e segurança para que o grão chegue a mais de 130 países nas condições exigidas pela pandemia e sob as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Os resultados do mês de dezembro e de 2020 mostram, mais uma vez, que, apesar de todas as dificuldades enfrentadas pela pandemia, a cadeia agroindustrial do café manteve um excelente resultado”, acrescentou.

No último mês de 2020, o Brasil também bateu a sua marca ao exportar 4,3 milhões de sacos de café, 38,6% a mais do que no mesmo período em 2019 e o maior volume registado na história para um mês de dezembro.

As vendas do grãos em dezembro representaram uma receita para o Brasil de 541 milhões de dólares (448 milhões de euros), num aumento de 37,1%. Também as exportações em novembro foram as maiores para o mês na história.

Os Estados Unidos continuam a ser o principal destino do grãos brasileiros, com 8,1 milhões de sacos exportadas, representando 18,3% das exportações.

Em seguida surge a Alemanha, com 7,6 milhões (17,1%), a Bélgica, com 3,7 milhões (8,4%), Itália, com três milhões de sacos (6,8%) e o Japão, com 2,4 milhões de sacos (5,4%).

O Brasil tem mais de 2,2 milhões de hectares cultivados com café e, dos mais de 264 mil produtores, 72% são pequenos agricultores.

Fonte: Agroportal

Uma equipa multidisciplinar de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) descobriu que o consumo continuado de mirtilo em doses diárias de cerca de 240 gramas tem um forte impacto hepático, fornecendo pistas importantes para orientar um consumo saudável e seguro destas bagas muito ricas em antioxidantes.

A descoberta, já publicada na revista Pharmaceutics, aconteceu no decorrer de um estudo que pretende avaliar os possíveis efeitos benéficos do sumo de mirtilo no contexto da pré-diabetes, em modelo animal.

Considerando a composição fitoquímica enriquecida do mirtilo, numa diversidade de compostos bioativos «que parecem poder conferir inúmeros efeitos protetores em distintas condições, pareceu-nos muito pertinente perceber igualmente qual o impacto do consumo deste “superalimento” de forma prolongada, numa condição saudável», explicam os coordenadores do estudo, Flávio Reis e Sofia Viana, do Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (iCBR), da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC).

Para tal, os investigadores avaliaram um conjunto de parâmetros metabólicos, com destaque para o fígado, e em particular para as funções mitocondriais, em ratos adultos submetidos durante 14 semanas a um consumo regular de sumo natural de mirtilo (equivalente no homem a um copo e meio de sumo por dia).

No final da experiência, ao analisar os resultados, nomeadamente ao nível da mitocôndria – a casa energética da célula – hepática, observou-se que nos ratos pré-diabéticos «havia uma proteção da esteatose hepática (acumulação de gordura no fígado) e um impacto enorme ao nível da mitocôndria», afirma Sara Nunes, aluna de doutoramento no âmbito deste projeto. No caso dos ratos saudáveis, destaca, «verificámos que o consumo de sumo de mirtilo não teve impacto no perfil metabólico e não foram registadas alterações a nível intestinal. No entanto, o impacto hepático foi surpreendente, particularmente na função mitocondrial, semelhante a um efeito de uma dieta hipercalórica».

Os resultados observados nos ratos saudáveis sugerem que o consumo continuado de mirtilo força uma reprogramação metabólica, cujas consequências (benéficas ou nefastas) permanecem por esclarecer. A equipa acredita que «o forte impacto hepático gerado pelo consumo continuado de mirtilo pode permitir prevenir ou atenuar contextos de doença, como, por exemplo, a diabetes e a obesidade, mas não podemos descartar a hipótese de poder provocar algum tipo de desequilíbrio e ter consequências nocivas para a saúde».

Por isso, o passo seguinte do estudo vai centrar-se em clarificar ambas as hipóteses, de modo a contribuir para um consumo de mirtilo seguro, «no sentido de melhor elucidar se esta resposta adaptativa resultante do consumo prolongado de mirtilo se traduzirá em benefícios ou se, pelo contrário, poderá estar associada a efeitos nefastos. No contexto dos hábitos atuais de uma parte da população, esta investigação reveste-se de particular relevância», assinalam Flávio Reis e Sofia Viana.

Os benefícios do mirtilo para a saúde estão intimamente relacionados com a atividade antioxidante, «principalmente devido ao seu alto teor em compostos fenólicos. As suas reconhecidas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias são de certa forma responsáveis pelo aumento do consumo ao longo dos últimos anos», esclarecem os investigadores, salientando, contudo, que «alguns trabalhos têm alertado para possíveis efeitos adversos resultantes de um consumo descontrolado e excessivo de certos produtos antioxidantes, incluindo os enriquecidos em compostos fenólicos».

Este estudo faz parte de um projeto de investigação mais alargado, que conta com a parceria da Cooperativa Agropecuária dos Agricultores de Mangualde (COAPE) e da MIRTILUSA (Sever do Vouga), focado no potencial terapêutico da planta do mirtilo no seu todo, ou seja, além de estudar as bagas (casca e polpa), a equipa liderada por Flávio Reis e Sofia Viana está a explorar o potencial das folhas, particularmente das folhas caducas, para acrescentar valor a uma parte do arbusto do mirtilo que neste momento é um desperdício e que cumulativamente tem uma quantidade de compostos bioativos muito maior que o fruto.

Nesse sentido, os investigadores já desenvolveram uma tecnologia de processamento das folhas, que ultrapassa as tradicionais infusões, cuja biomassa obtida se revela «muito promissora, com propriedades antioxidantes potentíssimas do ponto de vista terapêutico», rematam Flávio Reis e Sofia Viana.

Fonte: Agroportal

As autoridades chinesas anunciaram que detetaram vestígios do novo coronavírus em gelados produzidos numa fábrica no leste da China, levando ao seu encerramento.

A fábrica Daqiaodao Food Co., situada em Tianjin, a uma centena de quilómetros de Pequim, foi encerrada, enquanto os empregados são testados, segundo um comunicado das autoridades locais, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).

A maioria dos 29 mil lotes ainda não tinham sido vendidos, segundo a mesma fonte, tendo 390 unidades vendidas em Tianjin sido recolhidas.

Dos ingredientes fazem parte leite em pó importado da Nova Zelândia e soro de leite em pó da Ucrânia.

Em 16 de dezembro, as autoridades chinesas anunciaram pela primeira vez que encontraram vestígios do novo coronavírus em embalagens de carne de frango congelada de produção doméstica, também numa cidade do leste da China.

Até aí, a China tinha anunciado vários casos de vestígios de SARS-CoV-2 em embalagens de alimentos congelados, mas oriundos de outros países, entre os quais o Brasil.

O Governo chinês tem vindo a sugerir que a doença, detetada pela primeira vez no final de dezembro de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China, chegou ao país através de mercadorias importadas, sem apresentar, contudo, provas. A alegação foi recebida com ceticismo pela comunidade internacional de cientistas.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.009.991 mortos resultantes de mais de 93,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A China somou, no total, 88.227 infetados desde o início da pandemia, além de 4.635 mortos.

Fonte: SIC Notícias

 

Ángel León, famoso chef e proprietário do Aponiente, um dos melhores restaurantes da Espanha, que está localizado na cidade de Cádiz, descobriu com a sua equipa os cereais marinhos. O projeto não se concentra apenas nas aplicações gastronómicas do cereal, mas também o de criar um banco de sementes para repovoar áreas húmidas costeiras, desenvolvendo também sistemas de plantio e colheita que se adaptem ao ambiente marinho. A cultura experimental ocupa cerca de três mil metros quadrados do Parque Natural da Bahia de Cádiz, próximo ao município de Puerto Real.

“Pretendemos criar o primeiro e único centro de I&D especializado do mundo nas culturas de plantas marinha”, diz o chef. “O objetivo é continuar a investigar este cereal marinho, pois pode dar-nos muitas chaves para mitigar os efeitos das alterações climáticas, e restaurar os ecossistemas aquáticos”, acrescenta.

O cultivo deste cereal levanta a possibilidade de criar um “jardim marinho” que permita produzir um alimento barato e nutritivo em áreas do planeta onde o acesso a água doce é escasso e ainda há água salgada. De acordo com a informação publicada no site cerealmarino.com, é uma semente ou grão muito mais denso do que outros cereais e também muito mais nutritivo, a meio caminho entre o arroz e as leguminosas.

Num estudo comparativo com outros cinco cereais (arroz, cevada, trigo, aveia e milho), foram detetadas mais proteínas de alta qualidade, hidratos de carbono e vitaminas A e E do que qualquer outro tipo de cereais, bem como elevadas concentrações de vitaminas B, ácidos gordos essenciais, ómegas 3 e 6 e aminoácidos que não existem noutros cereais comuns, o que o torna um “superalimento com qualidades excecionais para uma alimentação saudável”.
 
Fonte: Greensavers

A DGAV — Direcção Geral de Alimentação e Veterinária estabeleceu uma nova zona de restrição para os serotipos 1 e 4 da Febre Catarral Ovina (ou doença da língua azul), que abrange toda a região do Algarve, com vacinação obrigatória contra esses serotipos na região, tendo em conta a confirmação da ocorrência de focos destes serotipos.

Após um silêncio epizoótico de 2 anos, foi confirmado um resultado positivo ao serotipo 4 do vírus da língua azul em Novembro de 2020, no concelho de Faro, resultante da investigação de suspeitas clínicas, tendo sido confirmados mais focos e suspeitas clínicas na região do Algarve.

Na mesma região foi também confirmado um foco de serotipo 1 da língua azul após um silêncio epizoótico de mais de 3 anos em Portugal continental.

“Assim, tiveram de ser readaptadas as áreas sujeitas a restrições e estabelecida uma área de vacinação obrigatória para os serotipos 1 e 4 que abrange toda a região do Algarve”, refere o Edital nº 55 da DGAV.

As medidas de controlo implementadas na sequência dos serotipos do vírus da língua azul que surgiram em Portugal continental têm sido adaptadas em função da avaliação dos resultados dos programas de vigilância e baseiam-se na delimitação de zonas de restrição, na implementação de condicionantes à movimentação animal das espécies sensíveis e de programas de vacinação.

A língua azul ou febre catarral ovina é uma doença epizoótica de etiologia viral que afecta os ruminantes, com transmissão vectorial, incluída na lista de doenças de declaração obrigatória nacional e europeia e na lista da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

A actualização da DGAV sobre a doença da língua azul destaca que:

– A área geográfica sujeita a restrições por serotipo 1 e por serotipo 4 do vírus da língua azul, (S1-4), agora sazonalmente livre, é constituída por todos os concelhos da DGAV – Algarve.

– É obrigatória a vacinação contra os serotipos 1 e 4 do vírus da língua azul, dos ovinos existentes em todos os concelhos da DGAV – Algarve, mediante a primovacinação ou revacinação anual com vacina inactivada, do efectivo ovino reprodutor adulto e dos jovens destinados à reprodução, a partir dos 6 meses de idade.

– As regiões autónomas dos Açores e da Madeira continuam zonas livres de língua azul.

Língua Azul Serotipo 4 (BTV4)

A Língua Azul ou Febre Catarral Ovina, surgiu pela primeira vez no território português em Novembro de 2004 através do serotipo 4 e circulou no território nacional continental entre Novembro de 2004 e Março de 2008.

Foi então implementado um conjunto de medidas de controlo baseadas na adaptação da área geográfica sujeita a restrições, na imposição de restrições à movimentação animal, na implementação de um programa de vigilância clínica, serológica e entomológica e em programas de vacinação, o que permitiu que Portugal se declarasse livre da doença em Março de 2010, decorridos 2 anos sobre a última evidência de circulação viral, de acordo com as regras do código da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

O último resultado positivo do serotipo 4 da língua azul tinha ocorrido em Novembro de 2018 e uma vez decorridos dois anos desde a última evidência de circulação viral, Portugal tinha intenção de se declarar agora livre deste serotipo, ao abrigo do constante do código terrestre da Organização Mundial de Saúde Animal.

Face à situação epidemiológica, com a ocorrência de focos de serotipo 4 da língua azul em Novembro de 2020, na região do Algarve, tal não será possível, no entanto cessa a obrigatoriedade de vacinação para este serotipo na área prevista no Edital nº 53 e é estabelecida uma nova área de vacinação obrigatória que abrange toda a região do Algarve.

Língua Azul Serotipo 1 (BTV1)

Em Setembro de 2007 foi confirmado em território português o primeiro foco de serotipo 1 da Língua Azul na região do Alentejo, o que determinou de igual forma a delimitação de uma área geográfica sujeita a restrições, com imposição de restrições à movimentação animal, para além dos planos de vigilância clínica, serológica e entomológica e de programas de vacinação.

A 31 de Outubro de 2008 surgiu o primeiro foco do serotipo 1 da Língua Azul na região Norte do País, através de uma suspeita clínica, o que determinou que a totalidade do território nacional continental fosse considerado área geográfica sujeita a restrição.

Durante o ano de 2012 ocorreram dois focos primários por BTV1, seguindo-se um silêncio epizoótico durante 3 anos.

A doença ressurgiu em Setembro de 2015 na região do Alentejo, com os primeiros focos identificados nos concelhos de Moura, Mértola e Serpa, com ocorrências reportadas noutros Concelhos da região e também na região do Algarve. O último foco ocorreu em Janeiro de 2017.

Em Novembro de 2020, a ocorrência de dois focos de serotipo 1 de língua azul na região do Algarve após um silêncio epizoótico de mais de 3 anos em Portugal continental, determinou uma readaptação das zonas de restrição e a obrigatoriedade de vacinação contra os serotipos 1 e 4 na região do Algarve.

Fonte: Agroportal

A EFSA lançou uma iniciativa Hackathon sob o título “Design of an Artificial Intelligence solution to detect fake news using EFSA’s body of scientific opinions to safeguard the credibility of information in EU about food and feed safety” – Referência: CONTEST/EFSA/AMU/2020/01

O objetivo geral deste Prémio de Inovação é aumentar alguns dos valores-chave da EFSA, como abertura e inovação, a fim de permitir que as partes interessadas compreendam a base do trabalho científico da EFSA de uma forma inovadora. O objetivo específico da presente competição é apresentar um protótipo de solução de Inteligência Artificial para detetar notícias falsas na área da Segurança Alimentar humana e animal, aproveitando todo o corpo de Pareceres Científicos da EFSA, desde a sua fundação até aos dias atuais.

O prazo para inscrição dos candidatos é 28 de janeiro de 2021 às 14:30 CET. O desafio Hackathon será lançado a 19/02/2021 16:00 CET e terminará a 22/02/2021 14:30 CET.

O link para a página da EFSA com mais informações sobre o objetivo e regras é https://www.efsa.europa.eu/en/procurement/contests
Em caso de dúvidas, poderá contactar This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it..

Fonte: ASAE

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou, hoje, no âmbito das suas competências, uma operação de fiscalização com vista à verificação do cumprimento das medidas adicionais previstas no exercício de determinadas atividades económicas, com o intuito de conter a transmissão do vírus e diminuir a expansão da pandemia da doença COVID -19 durante o atual estado de emergência.

As ações de fiscalização que contaram com o empenhamento de cerca de 30 inspetores, decorreram nos concelhos de Lisboa, Porto, Matosinhos, Guimarães, Lamego, Coimbra, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Santarém, Faro e Évora, tendo sido direcionadas a operadores económicos cuja atividade se encontra sujeita a novas regras de funcionamento, tendo como principal objetivo a verificação do cumprimento integral das regras de lotação, ocupação, permanência e distanciamento físico em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, bem como o cumprimento da determinação de suspensão de determinados tipos de instalações, estabelecimentos e atividades.

Como resultado das ações destaca-se o seguinte: foram fiscalizados 198 operadores económicos, tendo sido instaurado 1 processo-crime por especulação de preços e 19 processos de contraordenação dos quais se destaca a falta de cumprimento das regras de ocupação, permanência e distanciamento físico nos locais abertos ao público e a falta de cumprimento das regras relativas a restrição, suspensão ou encerramento de atividades.

Foi ainda determinada a suspensão de atividade em 4 operadores económicos (restauração e bebidas) pela existência de clientes no seu interior uma vez que esta atividade apenas poderá ser exercida para efeitos de confeção destinada ao consumo fora do estabelecimento, seja através de entrega ao domicílio, diretamente ou através de intermediário, ou para disponibilização de refeições ou produtos embalados à porta do estabelecimento ou ao postigo (take -away).

A ASAE continuará a desenvolver ações de fiscalização no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, para garantia do cumprimento das regras de saúde pública determinadas pela presente situação pandémica.

Fonte: ASAE

É desperdiçada proteína suficiente para satisfazer as necessidades anuais de 72 milhões de pessoas, devido à sobrepesca, afirma o Marine Stewardship Council (MSC) – uma organização ambiental sem fins lucrativos.

Segundo a organização, o consumo global de produtos do mar aumentou 122% nos últimos 30 anos. Mais de um terço das unidades populacionais de peixes a nível mundial foram pescadas para além dos limites sustentáveis. As últimas estimativas da MSC apontam que poderiam ter sido capturadas mais 16 milhões de toneladas de peixe e marisco por ano, se as pescarias globais fossem mais bem geridas.

O dr. Rohan Currey, diretor de ciência e normas do Marine Stewardship Council, declara que “combater a sobrepesca é um benefício mútuo para o nosso planeta. Ao conservarmos os nossos abundantes recursos marinhos, permitimos também que mais pessoas tenham acesso à proteína de que necessitam para uma vida saudável”.

Em comunicado, a MSC revela que “as práticas de pesca sustentáveis aumentariam a proteína adicional disponível para satisfazer as necessidades anuais de uma população equivalente a seis vezes a população do nosso país”.

Em 2020, havia 409 pescarias em todo o mundo certificadas de acordo com a norma de sustentabilidade do MSC, estando outras 89 em processo de avaliação.

Fonte: Distribuição Hoje