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Portugueses pretendem consumir mais produtos frescos, de mercearia e de higiene e beleza após a pandemia, segundo estudo da Católica. Estudo contou com 493 participantes.

Os portugueses pretendem consumir mais produtos frescos, de mercearia e de higiene e beleza após a pandemia de Covid-19, segundo um estudo da Católica divulgado esta segunda-feira.

"Verifica-se que os participantes tencionam, depois da pandemia, consumir mais produtos frescos, produtos de mercearia e produtos de higiene e beleza”, revelou o “Estudo da Sociedade Portuguesa – Consumo pós-pandemia”. 

No sentido inverso, os inquiridos apresentam menor intenção de consumir eletrodomésticos ou gadgets, mobília ou objetos de decoração e medicamentos para a ansiedade.

Por serviço, os portugueses tencionam consumir, pós-Covid-19, os que estão ligados à restauração, espetáculos e educação.

No entanto, apresenta menor intenção de comprar e arrendar casa nova, subscrever novos serviços e produtos de proteção e serviços de decoração.

A Católica-Lisbon apresentou ainda uma análise dos padrões de consumo de produtos e serviços por clusters, através de um método que permitiu a identificação de quatro grupos de consumidores.

Posteriormente, recorreu a um método não hierárquico para a extração de quatro grupos – Ávido, Boémio, Básico e ‘Mindful’ – , que apresentam “diferenças significativas” nas intenções de consumo.

Segundo o estudo, o consumidor ávido está “altamente motivado” para voltar ao consumo de produtos e serviços.

Neste grupo, que à semelhança dos restantes é constituído maioritariamente por mulheres, 54,1% dos inquiridos apresentam entre muitas a moderadas dificuldades financeiras, enquanto 45,9% afirmam não ter dificuldades.

"O consumidor ávido é o segmente que apresenta um maior poder de compra e um estilo de vida mais consumista. Tem um nível de escolaridade e rendimento mais elevado […]. Comparativamente a outros segmentos, o consumidor ávido pretende consumir mais produtos ligados ao prazer e aos cuidados de beleza. O consumidor ávido é o consumidor com maior intenção de consumir todo o tipo de serviços, com exceção para os ligados ao desenvolvimento pessoal”, lê-se no documento."

Por sua vez, o segmento boémio inclui os consumidores com maior predisposição para o consumo de produtos e serviços de casa, como restauração, espetáculos, hotéis e aviação.

Mais de metade (56%) dos inquiridos que integram este cluster apresentam entre muitas e moderadas dificuldades financeiras, enquanto 44% não têm dificuldades.

"O consumidor boémio é um consumidor jovem, já com alguma estabilidade profissional e financeira […]. Comparativamente aos outros segmentos, pretende consumir mais produtos de higiene e beleza, bebidas alcoólicas e espirituosas e, por fim, produtos ligados ao prazer. Este consumidor está ainda mais focado nos serviços ligados ao prazer, escape e cuidados de beleza”, apontou.

O segmento básico, por seu turno, engloba o consumidor focado na compra de produtos essenciais, como mercearia e higiene, e serviços ligados a necessidades básicas, como a restauração.

Neste cluster, 67,6% dos consumidores têm entre muitas e moderadas dificuldades financeiras e 32,4% não têm dificuldades.

Por último, o cluster ‘mindful’ representa consumidores jovens, ainda estudantes ou a iniciar a atividade profissional, que se apresentam bastante satisfeitos com a vida.

"O consumidor ‘mindful’ estará mais focado em dar resposta a necessidades de estima visto que pretende consumir produtos relacionados com o seu bem estar e bem estar comum, assim como materiais educativos. Ao nível dos serviços está notoriamente focado no seu auto desenvolvimento, físico e intelectual, e também em atividades sociais. Comparativamente aos outros segmentos, o consumidor ‘mindful’ está mais focado no consumo de produtos sustentáveis e biológicos, e serviços ligados à educação e cursos especializados”, revelou.

Neste segmento, 65,1% dos inquiridos apresentam entre muitas e moderadas dificuldades financeiras, enquanto 34,9% referem não ter dificuldades.

Este estudo, realizado em maio, contou com 493 participantes do painel de estudos online da Católica-Lisbon, que foram questionados sobre as suas intenções de consumo no período pós-pandemia de Covid-19.

Do total da amostra, 319 inquiridos são do sexo feminino e 173 do masculino, com idades compreendidas entre os 18 e os 59 anos.

Já no que se refere ao nível de escolaridade, 71,3% dos participantes possuem ensino superior, 30,8% o ensino secundário completo e 2,5% o ensino básico.

Fonte: Observador

 

Bifanas, cozido à portuguesa e enchidos ameaçados pela desinformação, defende a iniciativa. "Let's Talk About Pork" é o nome da campanha que acaba de ser lançada, em simultâneo em Portugal, Espanha e França.

São pratos comuns nas mesas nacionais, como outros que podíamos ter aqui mencionado, uma vez que são inúmeros os exemplos de iguarias que partilham uma das carnes mais consumidas em Portugal - o porco.

Segundo os produtores, a proteína animal está a ser vítima de desinformação, que será combatida com uma campanha de esclarecimento, no valor de 7.500 milhões de euros, pagos pela Comissão Europeia.

"Let's Talk About Pork" (vamos falar de porco) é o nome da iniciativa que acaba de ser lançada, em simultâneo em Portugal, Espanha e França. Vai decorrer durante três anos e dirige-se sobretudo ao público jovem, até aos 30 anos, que levados pela "desinformação" têm substituído o consumo da carne de porco por outros bens alimentares.

O objectivo é "desmistificar alguns dos mitos mais frequentes sobre a carne de porco", que apesar de ser uma das mais consumidas a nível mundial, "tem sido alvo de mensagens erradas e por vezes difamatórias, que associam negativamente a produção de porcos a temas sensíveis ligados com o ambiente, a segurança alimentar e o bem-estar animal." Uma das mais recentes chegou da China, que associou este animal a um novo vírus.

Vitor Menino, Presidente da Aligrupo, uma das entidades que vai gerir em Portugal esta iniciativa, garante que “nos próximos três anos teremos oportunidade de desmistificar e esclarecer dúvidas sobre a relação da suinicultura com o meio ambiente, e também com a segurança alimentar, o bem-estar animal, a investigação, a diversidade, os benefícios nutricionais e a alimentação animal."

"Durante a campanha, o objetivo é esclarecer, informar e comprovar que adotamos as técnicas de produção mais avançadas do mundo e que a carne de porco que se vende em Portugal obedece às mais rigorosas regras de segurança alimentar e bem-estar animal”, acrescenta.

O investimento total previsto em Portugal nesta campanha é de 1,4 milhões de euros e não é por acaso. O sector da suinicultura emprega mais de 50 mil trabalhadores no país e contribui para o PIB nacional com mais de mil milhões de euros em volume de negócios agregado. É ainda responsável pela fixação de populações em meios rurais, evitando a desertificação de algumas das regiões mais carenciadas do país.

O Porco é presença assídua nas mesas nacionais. Cada habitante consome, em média, 44 kg por ano de carne de porco, o que o torna a fonte de proteína animal preferencial dos portugueses.

A carne de porco tem um papel principal na economia local, mas também na dieta alimentar mediterrânica, considerada pela UNESCO património imaterial da humanidade.

A Comissão Europeia já veio entretanto esclarecer, em comunicado, que "não lança estas campanhas, estas são da responsabilidade de organizações de produtores". O executivo comunitário apenas seleciona os projectos apresentados, "com base em processos abertos e bem definidos envolvendo partes interessadas e os Estados Membros, tal como avaliadores externos. As organizações de produtores enviam as suas propostas de ideias para promoção e também participam no financiamento das campanhas."

A Comissão Europeia sublinha ainda que "Trata-se de promover todo o tipo de produtos europeus, incluindo carne, que é, também, uma importante produção europeia. E nada tem a ver com escolhas individuais de dieta, tem a ver com dar a informação completa para que essas escolhas sejam feitas com base em informação completa."

Fonte: Renascença

Quase 40 pessoas foram afetadas por um surto de Salmonella com origem em ovos no Reino Unido.

Um porta-voz de Saúde Pública da Inglaterra reportou à Food Safety News que não possui informações sobre a data de início da doença para todos os pacientes.

“Houve 38 casos relatados vinculados a este incidente através da análise de dados de sequenciamento do genoma. Os casos variam entre a idade de 6 meses e 85 anos; 19 são do sexo feminino e 19 são do sexo masculino. Estamos cientes de que dois casos foram hospitalizados”, afirmou o porta-voz.

Uma notificação no Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais (RASFF), do início de julho, mostra que os ovos contaminados com Salmonella Enteritidis foram submetidos a tratamento físico ou químico na Holanda, que foi uma decisão comercial do produtor.

“British Lion Code of Practice” envolvida

A Food Standards Agency (FSA), a Agência de Saúde Animal e Vegetal (APHA) e o Departamento de Saúde Pública britânico (PHE) estiveram envolvidas na investigação do surto, que começou em maio. A análise dos dados de sequenciamento do genoma completo identificou a mesma estirpe de Salmonella em amostras dos locais de produção e em pessoas infetadas.

Os ovos que são submetidos à prática “British Lion Code Practice” representam cerca de 90% da produção de ovos do Reino Unido. A “British Lion Code Practice” consiste na vacinação das galinhas contra a Salmonella. Os ovos em questão, foram produzidos sob os requisitos do Código de Boas Práticas – “British Lion Code”.

A vacinação para prevenir Salmonella em animais saudáveis ​​é apenas parcialmente protetora. O controlo da infeção também depende da administração cuidadosa da vacina via água potável e da organização do espaço destinado aos animais, de forma a minimizar o risco de contaminação.

Os ovos de locais infetados são restringidos até serem enviados para processamento ou descartados como subprodutos para animais. Não podem ser vendidos como ovos frescos. Os produtores selecionam voluntariamente as aves no local ou enviam-nas para o abate após os testes, conforme orientado pela FSA.

“Em 20 de maio de 2020, ovos sujeitos ao “British Lion Code” foram identificados como possível fonte de Salmonella e exportados para a Holanda para pasteurização. Esse processo destrói a Salmonella e evita a destruição de todos os ovos”, disse um porta-voz da Agência de Normas Alimentares.

“Medidas de controlo foram tomadas no local afetado para garantir que a Salmonella não esteja presente. Informamos a Comissão Europeia e as autoridades holandesas sobre esta situação.”

Os locais de produção são totalmente limpos e desinfetados pelo proprietário antes de procederem a novo armazenamento. Após essas medidas, são recolhidas amostras ambientais para verificar a presença de Salmonella. Os lotes de aves armazenados são então indicados pela APHA, de acordo com os requisitos do Plano Nacional de Controle.

Outros surtos relacionados com ovos

O surto não está relacionado a outros relatos de envenenamento por Salmonella com origem em ovos britânicos revelados no ano passado pelo Bureau of Investigative Journalism e The Guardian.

A investigação do caso, descobriu que houve pelo menos 100 casos registados nos últimos três anos, e 45 desde janeiro de 2019 que foram atribuídos a locais produtivos de aves contaminadas.

Após esse incidente, o Conselho Britânico da Indústria de Ovos informou que introduziu testes e auditorias adicionais e aprimoradas para minimizar o risco de acontecer novamente.

O Reino Unido também tem o maior número de casos confirmados e prováveis ​​como parte de um surto de Salmonella ligado a ovos polacos que está em marcha desde 2012 com 688, de acordo com dados de janeiro deste ano, conforme relatado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) e Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA).

Bélgica, Croácia, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Polónia, Roménia, Eslovénia, Suécia e Reino Unido registaram 1.656 infeções desde 2012.

Aconselha-se o público a seguir as boas práticas de higiene e manipulação de ovos, como guardar os ovos no frigorifico (temperatura refrigeradas) até o uso, usá-los até a data limite, limpar superfícies e equipamentos de cozinha de maneira eficaz após utilização e lavar as mãos cuidadosamente antes e depois de manipulá-los.

Infeções por Salmonella

Os alimentos contaminados com a bactéria Salmonella geralmente não aparentam, apresentam maus cheiros ou têm mau gosto. Qualquer pessoa pode ser contaminada por Salmonella. Bebés, crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico debilitado são consideradas pessoas de risco porque os sistemas imunológicos são mais frágeis, de acordo com o CDC.

Os sintomas da infeção por Salmonella podem incluir diarreia, cólicas abdominais e febre dentro de 12 a 72 horas após a ingestão de alimentos contaminados. Caso contrário, adultos saudáveis ​​geralmente ficam doentes por quatro a sete dias. No entanto, em alguns casos, a diarreia pode ser tão grave que os pacientes necessitem de ser hospitalizados.

Fonte: Food Safety News

 

 

A Câmara de Paredes informou esta quarta-feira que foi detetada a bactéria legionella na piscina municipal em Recarei, acrescentando que o equipamento entretanto encerrado só reabrirá após a descontaminação.

"Agora estão a ser feitas as verificações e procedimentos técnicos para proceder à descontaminação, cumprindo a legislação em vigor e a serem seguidas todas as indicações da delegada de saúde”, lê-se num esclarecimento enviado à agência Lusa.

O esclarecimento da autarquia de Paredes, no distrito do Porto, ocorre depois de o PSD local, através de comunicado, ter alertado para a possibilidade de haver legionella naquela piscina municipal.

Paira no ar a informação de que as Piscinas e Ginásio da Rota dos Móveis estarão fechadas após ter sido detetada a presença de legionella, por imposição da Direção-Geral da Saúde, após análises efetuadas às águas das piscinas e condutas de água”, lê-se no comunicado social-democrata.

“O presidente [da câmara] Alexandre Almeida [PS] não teme ser acusado politicamente, e não só, pelos utentes caso venham a ter problemas de saúde originados pela presença da bactéria?”, questiona aquele partido da oposição.

Contudo, para a autarquia socialista, “este caso está identificado e não representa perigo para a saúde da população”, sublinhando-se que a “Piscina Municipal Rota dos Móveis, Recarei, reabrirá quando tiver as condições indicadas pela delegada de saúde”.

No esclarecimento, recorda-se que as piscinas estiveram fechadas durante os últimos três meses e que no âmbito do “plano de ação do Município de Paredes para controlo da ‘legionella’ “foi feito o controlo e [realizadas] análises, o que permitiu detetar a presença da bactéria”.

O equipamento, assinala ainda o município, tinha reaberto no dia 16 de junho, “com todas as condições e seguindo a indicação da Direção-Geral da Saúde”.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Fonte: Observador

 

As microalgas podem ser uma fonte alternativa de ácidos gordos ómega-3, substituindo espécies de peixe e sendo mais amigas do ambiente, segundo um estudo da Universidade Martinho Lutero, de Halle-Wittenberg, Alemanha.

O estudo, publicado na revista científica “Journal of Apllied Phycology”, baseia-se em investigações feitas por cientistas alemães, que indicam que a criação de microalgas para alimentação pode ser uma boa alternativa a peixes de aquacultura como o salmão. As microalgas são investigadas há décadas, primeiro para matéria-prima para combustíveis alternativos aos fósseis e mais recentemente como fonte de nutrientes na dieta humana. Atualmente são especialmente produzidas em tanques ao ar livre na Ásia, com potenciais riscos de contaminação, sendo que algumas espécies são mais fáceis de cultivar em sistemas fechados designados fotobiorreatores.

“Queríamos saber se as microalgas produzidas em fotobiorreatores na Alemanha podiam fornecer uma fonte de nutrientes essenciais mais amiga do ambiente do que o peixe”, explicou Susann Schabe, do Instituto de Ciências Agrícolas e Nutricionais da Universidade. Os fotobiorreatores têm sido comparados aos tanques em termos de impactos ambientais e são considerados com custos mais elevados. “No entanto tem sido feita pouca investigação sobre a extensão precisa dos impactos ambientais das algas produzidas para consumo humano, especialmente em condições climatéricas como as encontradas na Alemanha”, acrescentou Susann Schabe.

Os investigadores desenvolveram um modelo para determinar os impactos ambientais num local específico e compararam a pegada de carbono dos nutrientes das microalgas e dos peixes, analisando também o quanto ambas as fontes alimentares aumentaram a acidificação e eutrofização da água, explicou Toni Meier, chefe do gabinete de inovação (nutriCARD) da Universidade.

Como resultado da investigação ficou demonstrado que a criação de microalgas tem um impacto ambiental semelhante ao da criação de peixe. “Contudo, se compararmos os efeitos ambientais em relação à quantidade de ácidos gordos ómega-3 o peixe de aquacultura fica a perder” disse Schade.

“As microalgas não devem e não podem substituir completamente o peixe como fonte alimentar, mas se pudessem ser consideradas como um alimento normal seriam outra excelente fonte de ácidos gordos de ómega-3”, explicou Toni Meier.

Fonte: Observador

A revista Frutas, Legumes e Flores, em parceria com o INIAV, a (Estação Nacional de Fruticultura Vieira Natividade) e o COTR publicaram o primeiro fascículo do Manual de Boas Práticas de Fruticultura, com o tema dos citrinos.

Este Manual tem como objetivo transmitir aos produtores uma síntese dos principais tópicos associados a cada cultura. Leia a edição digital do primeiro fascículo, que foi dedicado aos citrinos, e que contou com a colaboração do Prof. Amilcar Duarte da Universidade do Algarve, aqui.

Fonte: Agroportal

Numa carta aberta dirigida à Organização Mundial de Saúde, que será publicada esta semana numa revista científica, 239 cientistas de 32 países apresentam evidências de que partículas mais pequenas suspensas no ar podem infetar pessoas — ou seja, a covid-19 também se transmite pelo ar — e pedem à organização que reveja as recomendações que tem divulgado, escreve o The New York Times.

A 29 de junho, a OMS continuava a afirmar que a transmissão do vírus pelo ar só é possível após procedimentos médicos que produzem aerossóis ou gotículas menores do que 5 micrómetros (um micrómetro é igual a um milionésimo de metro). Para esta entidade, ventilação apropriada e máscaras N95 só devem ser preocupações nestas circunstâncias — a ênfase continua a ser na lavagem das mãos enquanto estratégia primária de prevenção, muito embora o Centro de Controle e Prevenção de Doenças norte-americano afirme agora que as superfícies representam um papel minoritário no contágio.

No entanto, o The New York Times — que conduziu entrevistas com quase 20 cientistas, incluindo uma dúzia de consultores da OMS, e teve ainda acesso a emails internos — escreve que a organização, apesar das boas intenções, “não está em sintonia com a ciência”. Os peritos consultados pela publicação dizem que o novo coronavírus é transmitido pelo ar e pode infetar pessoas quando inalado.

A maior parte destes especialistas simpatiza com as dificuldades da OMS e também com as complicadas relações políticas com que tem de lidar, sobretudo com os EUA e a China, mas argumenta que o comité dedicado ao controlo e prevenção de infeções está “vinculado a uma visão rígida e excessivamente médica das evidências científicas”.

Já em abril, um grupo de 36 especialistas em qualidade do ar e aerossóis pediu à OMS para considerar as evidências crescentes tendo em conta a transmissão aérea do novo coronavírus. Apesar de ter sido marcada uma reunião para discutir o assunto, esta foi dominada por peritos defensores da lavagem de mãos. O tema tem dividido especialistas.

Caso o novo coronavírus se possa transmitir pelo ar tendo em conta pequenas partículas suspensas — a OMS considera que este encontra maior dispersão de pessoa para pessoa via gotículas provenientes do nariz e da boca (resultantes de tosse, espirros ou simplesmente da fala) —, tal implicará alterações ao nível das medidas de segurança sanitária. Máscaras poderão ser precisas em ambientes fechados, mesmo naqueles em que há distância social garantida, e sistemas de ventilação nas escolas, lares, residências ou empresas terão de minimizar a circulação do ar e adotar filtros mais eficazes.

Fonte: Observador

Uma cidade do norte da China emitiu esta segunda-feira o alerta de saúde de nível 3, o segundo mais baixo, na escala do país asiático, depois de ter sido diagnosticado um possível caso de peste bubónica, informou a imprensa oficial.

A Comissão Municipal de Saúde da cidade de Bayannur, na região autónoma da Mongólia Interior, revelou que um pastor foi internado num hospital local, onde foi diagnosticado com a doença. O doente permanece isolado e em condição “estável”, segundo a mesma fonte.

O alerta de nível 3 permanecerá em vigor, até ao final deste ano, para prevenir e controlar possíveis surtos de peste bubónica. A escala vai de 1 a 4, o nível um é o mais alto e o quatro o mais baixo.

Também conhecida como peste negra, a doença foi a pandemia mais devastadora registada na história da humanidade, dizimando cerca de metade da população europeia, segundo algumas estimativas.

Em comunicado, o executivo municipal pediu aos cidadãos que fossem mais cautelosos na prevenção do contágio entre seres humanos e exigiu que não consumissem animais que possam causar infeções pela doença. As autoridades apelaram ainda que sejam relatados casos de pacientes que apresentem febre alta sem motivo aparente ou que morram repentinamente.

A Comissão Municipal de Saúde também pediu aos cidadãos que informem se encontrarem marmotas ou outros animais doentes ou mortos, e lembrou que a caça de animais que podem transportar a doença está proibida. A menção específica de marmotas pode estar relacionada a dois casos confirmados de peste bubónica na Mongólia, na semana passada.

Nesse caso, dois irmãos foram hospitalizados com a doença, após terem comido carne de marmota. Estes animais e outros pequenos mamíferos carregam pulgas infetadas com a bactéria yersinia pestis, que causa a peste bubónica e pneumónica.

No caso da peste bubónica, os sintomas geralmente aparecem após um período de um a sete dias e, sem tratamento com antibióticos, a doença apresenta uma taxa de letalidade entre 30% e 60%.

Os três países mais afetados, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são o Madagáscar, República Democrática do Congo e Peru.

Fonte: Observador

Uma doença letal que se espalha silienciosamente. É conhecida como mal-do-panamá e causada pelo fungo Fusarium oxysporum, que continua a alastrar-se por todo o mundo. “Se o mal-do-panamá alastrar para a América Latina, poderá exterminar a Cavendish num prazo de dez anos” — a notícia da autoria de David Grimm​, publicada na revista Science em 2008, alertava para uma possibilidade que, na altura, ainda era ignorada por muitos.

Na última década, a epidemia alastrou-se da Ásia para Austrália, Médio Oriente, África e, mais recentemente, América Latina, de onde vem a maioria das bananas enviadas para os supermercados de todo o mundo. Os especialistas não têm dúvidas: a pandemia das bananas poderá colocar em causa o abastecimento dos mercados. Este fungo infiltra-se nas plantas através das raízes, bloqueando os vasos que carregam água e nutrientes. No caso das bananeiras, as folhas amarelecem, secam e ficam coladas, algo que resulta na morte destas plantas.

“O que temos neste momento é um cenário quase apocalíptico em que provavelmente vamos perder as bananas Cavendish” explica Sarah Gurr, professora de segurança alimentar da Universidade de Exeter, à revista Wired. Preocupados com o problema, alguns cientistas começaram já a tentar arranjar uma forma para evitar a extinção do fruto. A solução passa por criar uma nova planta resistente à infeção causada pela doença do Panamá. Há ainda uma banana selvagem, que só existe em Madagáscar, que pode ser crucial para a proteção das plantações de banana. No entanto, esta espécie foi colocada na lista de espécies ameaçadas de extinção.

Fonte: Green Savers 

Regulamento nº 1169/2011, relativo à Informação aos Consumidores, considera que a indicação da origem de um género alimentício pode ser importante ou mesmo determinante na opção de compra. No entanto, na inexistência de harmonização, poderá induzir o consumidor em erro. O Regulamento de Execução (UE) 2018/775, da Comissão, veio estabelecer regras no que respeita à indicação do país de origem ou do local de proveniência do ingrediente primário dos géneros alimentícios, em que se incluem os suplementos alimentares.

As regras estabelecidas neste diploma aplicam-se à rotulagem de suplementos alimentares sempre que exista uma indicação do país de origem ou o local de proveniência, qualquer que seja a forma que assuma – menções, imagens, símbolos ou termos referentes a locais ou zonas geográficas. Assim, o operador deverá sempre verificar se a rotulagem contém informações que, de algum modo, remetam, para a origem ou proveniência. Está neste caso, por exemplo, a menção “Produzido na UE”, a qual obriga à indicação da origem do(s) ingrediente(s) primário(s).

Neste contexto, importa definir o que se deve entender por ingrediente primário. Dadas as especificidades dos suplementos alimentares, a abordagem meramente quantitativa deste conceito (mais de 50% do total de ingredientes) nem sempre é aplicável, sendo mais adequado, na maioria dos casos, adotar a abordagem qualitativa (ingredientes caracterizadores, com efeito nutricional ou fisiológico).

Fonte: DGAV/Qualfood