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Os oceanos podiam fornecer seis vezes mais alimentos do que atualmente através de uma melhor gestão e com a aplicação de inovação tecnológica, segundo um artigo científico do Painel de Alto Nível para uma Economia do Mar Sustentável, apresentado no simpósio internacional sobre pesca sustentável da FAO.

Este trabalho "conclui que, através de uma melhor gestão e de inovação tecnológica, os oceanos podem fornecer seis vezes mais alimentos do que fazem atualmente - mais de dois terços da proteína animal necessária para alimentar a população mundial no futuro, segundo estimativas da FAO".

Citado no comunicado, Christopher Costello, autor principal do artigo e representante do grupo de peritos do Painel de Alto Nível, afirma que " mar tem um grande potencial por aproveitar, que pode ajudar a alimentar a população mundial nas próximas décadas".

Para o especialista, "a obtenção destes recursos pode ser feita com uma menor pegada ecológica relativamente a muitas outras fontes alimentares", sendo que Costello acredita que "se mudarmos de forma rápida e profunda a maneira como gerimos as indústrias do mar, ao mesmo tempo que protegemos a saúde dos ecossistemas, podemos melhorar a nossa salvaguarda alimentar a longo prazo e os modos de vida de milhões de pessoas".

O artigo ressalva que "com as devidas reformas, as capturas de pesca poderiam aumentar 20% em relação às pescarias atuais e 40% em relação às capturas estimadas no futuro tendo em conta as atuais pressões de pesca", mas destaca que "o grande potencial de aumento da produção alimentar encontra-se na expansão sustentável da aquacultura marinha (maricultura)".

Por sua vez, Manuel Barange, diretor do departamento de Políticas e Recursos Pesqueiros e de Aquacultura da FAO, e membro da rede de conselheiros do Painel de Alto Nível, diz que "para cumprir as nossas ambições de termos um mundo mais igualitário, mais próspero e salvaguardado em termos alimentares, a comunidade mundial tem de trabalhar em conjunto para acabar com a sobrepesca, para melhorar a gestão mundial das pescas e para dar prioridade aos métodos de maricultura de pequeno impacto".

O Painel de Alto Nível para uma Economia do Mar Sustentável é composto por um conjunto de líderes mundiais, "com a autoridade necessária para espoletar, alargar e acelerar medidas de proteção e produção dos oceanos do ponto de vista político, administrativo e financeiro", incluindo países como Austrália, Canadá, Chile, Ilhas Fiji, Gana, Indonésia, Jamaica, Japão, Quénia, México, Namíbia, Noruega, República de Palau e Portugal, explica o comunicado.

O simpósio da FAO começou no dia 18 e termina a 21 de novembro.

Fonte: Notícias ao Minuto

O Tribunal Europeu de Contas (TCE) considerou que o combate às bactérias que adquiriram resistência aos antibióticos na União Europeia (UE) tem tido "poucos progressos", e apelou para mais apoios à aplicação de medidas preventivas pelos Estados-membros.

Em causa está o relatório divulgado pelo TCE referente à "atuação contra a resistência antimicrobiana" no espaço comunitário, que revela que, "apesar dos progressos no setor animal, esta ameaça para a saúde continua a ser um desafio para a UE".

Em comunicado, aquele tribunal assinala que "o combate da UE às 'superbactérias', em especial as bactérias que adquiriram resistência aos antibióticos, registou poucos progressos até ao momento".

"Embora as ações da UE tenham conduzido a alguns avanços, sobretudo no que toca a questões veterinárias, [...] há poucas provas de que o impacto da resistência antimicrobiana na saúde tenha diminuído", precisa o TCE.

A resistência antimicrobiana ocorre quando os micróbios - tais como bactérias, vírus, parasitas ou fungos - desenvolvem resistência a medicamentos que representavam um tratamento eficaz.

Na UE, morrem cerca de 33 mil pessoas por ano devido a infeções causadas por bactérias resistentes aos medicamentos, com custos para a economia de 1,5 mil milhões de euros, que resultam de custos de saúde suplementares e de perdas de produtividade.

Para realizar o relatório, o TCE avaliou as medidas adotadas pela Comissão Europeia e pelas agências da UE para a redução da resistência antimicrobiana, tendo então concluído que "a Comissão Europeia e os Estados Membros devem incrementar os seus esforços para combater esta ameaça crescente".

O tribunal detetou também "lacunas no acompanhamento dos progressos alcançados e na vigilância das infeções associadas aos cuidados de saúde", argumentando que isso "poderá abrandar as ações de combate à resistência antimicrobiana".

Como recomendações, o tribunal europeu indica que as instituições europeias devem "aumentar o apoio aos Estados membros", bem como "promover a utilização prudente dos agentes antimicrobianos veterinários e uma melhor vigilância" destas 'superbactérias' e ainda "reforçar as estratégias de promoção da investigação".

O relatório pode ser consultado aqui.

Fonte: Sapo

Há boas notícias para os cozinheiros de última hora. Os bifes podem ser descongelados em menos de 10 minutos, sem comprometer a sua qualidade (ao contrário do que se pensava) e com muito pouco esforço. Só é preciso água quente, segundo um estudo publicado no Journal of Food Science.

Muitas das vezes, os alimentos são descongelados lentamente no frigorífico, que é o método recomendado pelos fornecedores e pelo Departamento de Agricultura para minimizar o crescimento bacteriano e a perda de sucos. Descongelar em água fria, a 4,5 graus ou menos, também é seguro e é muito mais rápido, uma vez que a água transfere o calor com muito mais eficiência do que o ar. No entanto, esta opção também pode demorar tempo.

Segundo o estudo do Departamento de Agricultura dos EUA que foi divulgado inicialmente pelo New York Times em 2011, há outra forma de descongelar a carne que é igualmente segura e muito mais rápida. Basta colocar os bifes envoltos em plástico em água quente e ir rodando ocasionalmente.

O estudo foi feito nos laboratórios do USDA em Beltsville, Maryland. Os investigadores Janet S. Eastridge e Brian C. Bowker descongelaram mais de 200 bifes de lombo de carne de três centímetros de espessura de três formas diferentes: alguns num frigorífico a cerca de 3/4 graus centígrados, alguns em banho-maria em circulação constante a 20 graus e outros em banho-maria a quase 39 graus.

O degelo no frigorífico demorou 18 a 20 horas e o banho de água em temperatura ambiente demorou cerca de 20 minutos. Já o banho de água quente demorou apenas 11 minutos para descongelar a carne. Segundo concluíram, os tempos de banho-maria são tão curtos que qualquer eventual crescimento bacteriano permanece dentro de limites seguros para a saúde.

Para além disto, os bifes descongelados com água perderam menos água do que os bifes descongelados no frigorífico. Os pesquisadores também grelharam os bifes, descobrindo que os bifes descongelados perderam cerca de 26% do seu peso original quando cozidos, em comparação com bifes nunca congelados, que perderam 21%. Não foi ainda detetada qualquer diferença significativa entre bifes descongelados lentamente e rapidamente.

Este método pode ser usado sem qualquer perigo em bifes (incluindo os de frango), costeletas, filet mignons e outros cortes relativamente finos, pouco antes de cozinhar. Já em relação a pedaços de carne grandes, o método torna-se perigoso, uma vez que estes demoram tempo suficiente a derreter para que possa haver um crescimento bacteriano significativo.

Fonte: Observador

 

É rica em nutrientes amigos da nossa saúde e marca presença em épocas que juntam a família à mesa, como o Natal. Já para não falar das inúmeras formas de confeção. 

Presente à mesa um pouco por todo o mundo — e Portugal não é exceção —, a carne de borrego é, nem mais nem menos, do que a carne de ovinos jovens, com menos de 1 ano. Há vários tipos de cortes — desde a mão à perna, costeleta ou cachaço, para servir todos os tipos de cozinhados — e é uma carne vermelha que deve o seu sabor intenso à gordura que contém. Conheça todos os benefícios que a carne de borrego tem para lhe oferecer, as várias utilizações que pode ter na sua cozinha e até os cuidados indispensáveis desde o ato da compra ao armazenamento.

Porque é que a carne de borrego faz bem à saúde

Rica em proteína de elevada qualidade — o que significa que contém todos os nove aminoácidos essenciais que precisamos de obter através da dieta, porque o nosso corpo não os produz —, a carne de borrego contribui para o crescimento e reparação dos músculos, ossos e pele. Já para não falar de que é uma excelente fonte de energia. Duas vitaminas que pode encontrar neste tipo de carne são a B12, que ajuda a manter uma boa saúde cardiovascular, e a B3 (niacina), que quando não é ingerida nas doses necessárias aumenta o risco de doença cardíaca. O ferro que contém é importante para o transporte de oxigénio pelo nosso organismo, para a produção de energia e para o sistema imunitário (também conhecido pelo escudo que nos protege de agressões exteriores, como bactérias). Também possui fósforo (mineral), muito benéfico para os ossos e dentes, assim como para as nossas defesas. Por fim, a carne de borrego tem um bom teor de zinco, um mineral que contribui para o bom funcionamento do sistema imunitário e reprodutivo.

Como pode utilizá-la na cozinha

Sabia que, por ser uma carne tenra, a carne de borrego é uma das primeiras carnes que os bebés comem? Mas a sua utilização não se limita a esta faixa etária; são inúmeras as receitas que este ingrediente pode protagonizar. As mais tradicionais são muito populares na Páscoa ou no Natal, em que o borrego assado no forno reclama o centro da mesa, embora o ensopado também dispute o seu lugar. Outras menos conhecidas, como o carré, têm um enorme impacto visual e tiram o melhor das partes mais nobres desta carne, como o lombo. Todavia, estas preparações podem ser complexas e exigem alguma técnica culinária, podendo afastar os menos aventureiros na cozinha. Mas a carne borrego não tem necessariamente de ser complexa a cozinhar nem demorar muito tempo. Há receitas fáceis e rápidas de serem elaboradas, com partes do borrego que o mercado já disponibiliza em embalagens, como costeletas ou bifes da alcatra. Cortados em pequenas porções e limpos, estão prontos a usar, bastando salteá-los em azeite e alho numa frigideira, ou na grelha, simplesmente com algumas pedras de sal.

Para garantir uma compra de qualidade

Acima de tudo, é importante que se certifique de que a carne de borrego que está a comprar é de boa qualidade. Por isso, da próxima vez que comprar este alimento, opte pelo que contenha o selo Quality Standard British Lamb nas cuvetes. Porquê? Porque esta carne passou por todo um processo certificado e rigoroso de controle de qualidade e manipulação, desde a seleção da matéria prima, passando pelo abate, processamento, embalamento, transporte e até à sua comercialização. Além disso, há outros sinais que poderão ser úteis para garantir que faz uma boa escolha no supermercado, assim como estratégias para conservar a carne de borrego da forma mais adequada:

  • Prefira a carne que seja firme, de textura fina e cor de rosa. O seu odor deve ser neutro e pouco pronunciado;
  • Opte pelos pedaços cuja gordura seja branca e nunca amarela;
  • Não compre carne de borrego que tenha matérias estranhas, sujidade ou sangue;
  • Armazene-a sempre a uma temperatura baixa, no frigorífico — não mais do que um a dois dias, num prato, na zona mais fresca — ou no congelador, pois esta é uma carne que perece com facilidade;
  • Antes de a cozinhar, descongele-a completamente sempre no frigorífico.

Fonte: Observador

 

Produção de carne com origem em CO2

  • Tuesday, 19 November 2019 11:27

Produtos substitutos da carne normalmente têm por base proteína derivada de soja.

Uma startup introduz agora uma nova alternativa: carne "feita de ar".

A empresa, utiliza uma técnica, descoberta pela NASA nos anos 60, para converter dióxido de carbono em proteínas, da mesma forma utilizada pelas plantas. A CEO, Lisa Dyson, é da opinião que este processo será menos prejudicial para os recursos naturais do que outros substitutos à base de plantas. Esta prática, requer 1000 vezes menos terra e água do que a produção de soja.

Os investigadores, utilizam microorganismos hidrogenotróficos que convertem CO2 em proteína numa forma de pó sensabor. A substância pode ser utilizada para todos os tipos de comidas, como massas e batidos.

Por enquanto, a startup está focada no uso desse pó para desenvolver uma alternativa à carne. A empresa espera anunciar um produto aos seus consumidores no próximo ano.

Para já, existe alguma competição. Uma empresa finlandesa, está a investigar algo similar onde microrganismos processam hidrogénio e CO2 e produzem uma mistura de proteína, hidratos de carbono e gordura.

De qualquer das formas o maior desafio ainda está por chegar e centra-se na aprovação do sabor pelo consumidor final.

 

Autoridade de Segurança Alimentar e Económica informa que a ação foi dirigida a industriais de produtos de pesca.

Seis toneladas e meia de pescado congelado foram aprendidas pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) na zona centro do país, num valor superior a 50.000 euros, foi anunciado este sábado. Em comunicado, a ASAE informa que a ação foi dirigida a industriais de produtos de pesca e decorreu nas últimas semanas.

Foram apreendidos 5.956 quilogramas de alimentos congelados (bacalhau, dourada, pescada, perca, tintureira, maruca, mariscada, caldeirada, salmão, entre outros), acondicionados em plástico sem marca de identificação, bem como 576 quilos de miolo mexilhão e 51 quilogramas de enguias evisceradas, num valor total aproximado de 52.000 euros, revelou a ASAE.

"Foram instaurados dois processos de contraordenação, tendo ainda sido determinada a suspensão da atividade de preparação de produtos da pesca e da aquicultura e a de congelação de produtos da pesca e da aquicultura nas indústrias, uma vez que esta atividade carece de autorização obrigatória da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, não se encontrando aprovada", lê-se no documento.

Fonte: TSF

A direção do Colégio, disse este sábado que não se confirmaram as suspeitas de intoxicação alimentar, assim como não foi detetada nenhuma causa para os sintomas que levaram na sexta-feira um grupo de alunos ao hospital.

"Após os alunos terem sido examinados no Hospital São João, no Porto, e pelo relatório médico apresentado, não houve intoxicação alimentar e não se detetou nenhuma causa para estes sintomas", afirma a direção do colégio, em comunicado enviado à Lusa.

 De acordo com a mesma nota, "todos os alunos tiveram alta e encontram-se bem".

Nove alunos deram entrada na sexta-feira no Hospital de São João com suspeitas de intoxicação alimentar.

Os alunos do 4.º ano ter-se-ão sentido mal ao início da tarde, na aula de Educação Física, tendo sido requisitada a presença do INEM para uma primeira avaliação.

De acordo com a direção do colégio, "alguns alunos tinham almoçado em casa e, dos que almoçaram no colégio, uns tinham comido o prato de carne e outros o prato de peixe, pelo que, à partida, não seria uma intoxicação alimentar".

Fonte: JN

“O EntoValor demonstra que a introdução de insetos permite manter um setor agroalimentar a funcionar através de uma reconversão economicamente favorável e com melhorias em termos de sustentabilidade ambiental bastante significativas. Outra das conclusões aferidas é que é possível comer de forma saudável e tradicional, respeitando o meio ambiente”, avançaram, em comunicado, os responsáveis deste projeto, que teve a duração de três anos e um investimento de 750 mil euros.

O projeto liderado pela EntoGreen, Consulai, Rações Zêzere e AgromaisPlus teve como objetivo promover a economia circular, incidindo na utilização de subprodutos da agricultura e agroindústria para a produção de larvas, que depois de biodegradados serão usados como fertilizantes orgânicos.

Através do EntoValor foi possível produzir carne e ovos “com um menor impacto ambiental”, devido à aplicação de processos de valorização de subprodutos que permitem maximizar a utilização dos recursos e gerar novas oportunidades de negócio para o setor agroalimentar, em particular para as zonas rurais.

Assim, substitui-se o bagaço e óleo de soja por insetos na alimentação de galinhas poedeiras, não se tendo verificado alterações produtivas ou ao nível do sabor dos ovos.

Por outro lado, foi possível substituir parcialmente o bagaço e óleo de soja por insetos na alimentação dos frangos, sem que esta alteração afete a produtividade ou a qualidade da carne.

“Importa referir que 95 por cento do bagaço de soja é importado, desta forma Portugal conseguirá reduzir a sua dependência do mercado internacional”, destacou o EntoValor.

Citado no mesmo documento, o fundador da EntoGreen, Daniel Murta, defendeu que as regras para uma alimentação sustentável “passam por consumir com moderação, de fonte local e de produtores que assegurem o natural ciclo dos nutrientes, maximizando a eficiência de utilização dos recursos naturais e respeito pela natureza”.

Daniel Murta assegurou ainda que o projeto permite verificar “que é possível tornar a nossa agricultura sustentável sem com isso acabar com os setores de atividade considerados tradicionais, mantendo a qualidade dos nossos produtos e o respeito pelo meio ambiente”.

De acordo com as informações disponibilizadas pelo projeto, que teve como parceiro o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), mais de um milhão de toneladas de alimentos são desperdiçadas anualmente em Portugal e a utilização de insetos “na conversão de desperdícios nutricionais permite” criar nutrientes alternativos para os animais e plantas, gerando “produtos finais de elevado valor nutricional e económico”.

A isto acresce que a utilização destes fertilizantes nas culturas permite “reduzir a utilização de fertilizantes químicos e minerais”, contribuindo para melhorar o solo, favorecendo a sua estrutura, fixação de água e a atividade de microrganismos benéficos.

Fonte: PTJornal

A citrinina é uma micotoxina que pode ser encontrada em géneros alimentícios. É um metabolito secundário produzido por fungos pertencentes aos géneros Aspergillus e Penicillium. Frequentemente é acompanhada de outras micotoxinas como a ocratoxina A e a aflatoxina B1 produzidas por um dos géneros.

As informações existentes sobre a ocorrência de citrinina nos alimentos sugerem que as maiores concentrações podem ser encontradas em cereais e produtos à base de cereais. Devido ao alto consumo destes alimentos, o painel de peritos de Contaminantes da Cadeia Alimentar da EFSA considerou que estes seriam os principais expositores alimentares da micotoxina. A 2 de Março de 2012, o Painel emitiu um parecer sobre os riscos para a saúde pública e animal concluindo que, com base nos dados disponíveis, não se pode excluir uma preocupação relativamente à genotoxicidade e à carcinogenicidade da citrinina. Os dados disponíveis revelaram teores elevados de citrinina presente em determinadas preparações de arroz vermelho fermentado.

Assim, o Regulamento (CE) nº 1881/2006 estabeleceu um teor máximo de citrinina nas preparações de arroz vermelho fermentado.

Atendendo à falta de conhecimentos acerca da presença de citrinina nestas preparações e noutros géneros alimentícios e às incertezas que subsistem no que se refere à sua carcinogenicidade e genotoxicidade, considerou-se adequado rever o teor máximo.

Desta forma, é necessário, para a proteção da saúde pública, que os teores de citrinina nos alimentos sejam tão baixos quanto razoavelmente possível.

Dadas as incertezas que subsistem no que diz respeito à toxicidade da citrinina e à viabilidade de atingir teores baixos de citrinina através da aplicação de boas práticas de fabrico, é adequado baixar o teor máximo de citrinina nos suplementos alimentares à base de arroz fermentado com levedura vermelha Monascus purpureus para assegurar um maior nível de proteção da saúde humana.

O Regulamento (UE) 2019/1901 divulgado hoje altera os teores máximos de citrinina em suplementos alimentares à base de arroz fermentado com levedura vermelha Monascus purpureus para 100 µg/kg, alterando o Regulamento (CE) nº 1881/2006 em conformidade.

O Regulamento (UE) 2019/1901 pode ser consultado aqui.

Fonte: Qualfood

A assinalar o Dia Mundial da Diabetes, o estudo da Apifarma pretende sensibilizar a opinião pública para a importância das análises clínicas e do diagnóstico precoce desta doença.

Cerca de 80% dos casos de diabetes são diagnosticados sem qualquer suspeita prévia, segundo as conclusões preliminares de um estudo esta quinta-feira reveladas pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma).

A assinalar o Dia Mundial da Diabetes, a Apifarma recorda que as análises clínicas integram uma longa cadeia de cuidados que vai desde a identificação precoce da predisposição genética até à monitorização dos tratamentos prescritos aos diabéticos.

Os resultados preliminares indicam que os meios de diagnóstico aportam um triplo benefício: primeiro clínico, ao dotarem os médicos de informação de suporte à decisão — cerca de 66% das decisões clínicas são influenciadas pelos resultados das análises; segundo económico, ao permitirem poupanças resultantes de melhores decisões por parte dos prestadores de cuidados de saúde; e por último qualidade de vida dos doentes, ao permitirem comparar os resultados de diferentes terapêuticas.

O estudo, que integra um painel de especialistas de Medicina Geral e Familiar com larga experiência no acompanhamento de doentes diabéticos, indica que em cerca de 80% dos casos o diagnóstico laboratorial positivo da Diabetes foi feito sem existir qualquer suspeita clínica prévia.

As primeiras conclusões indicam que o contributo do Diagnóstico in vitro para a prevenção das complicações crónicas da Diabetes varia entre os 35% (no caso do pé diabético e no acidente vascular cerebral isquémico) e os 80% (no caso da doença renal diabética). No caso da doença cardiovascular isquémica, o valor situa-se nos 45%.

Este contributo, designado Fator Atribuível (FA), foi avaliado tendo em conta medidas preventivas das complicações da diabetes, como os rastreios para a retinopatia e a neuropatia diabética, o exame dos pés e o controlo de outros fatores de risco cardiovascular como a hipertensão arterial e o tabagismo, por exemplo.

O estudo indica ainda que cerca de 65% dos doentes com diabetes tipo 2 realizam Automonitorização da Glicemia Capilar (AMG), cerca de 20% dos quais atuam de acordo com os resultados da AMG.

Na avaliação do controlo metabólico (glicémico), no contexto dos cuidados de saúde primários, o doseamento da hemoglobina glicada A1c é realizado em média duas vezes por ano e influencia a modificação/intensificação terapêutica e a consequente melhoria do controlo glicémico em 75% das situações com controlo glicémico.

O estudo, cujos resultados serão apresentados integralmente no primeiro trimestre de 2020, dedica ainda um capítulo aos benefícios económicos do controlo da diabetes que permitirá calcular os custos evitados apenas com a diminuição dos internamentos e tratamentos em ambulatório, resultantes do controle da glicemia na diabetes tipo 1 e tipo 2, independentemente da medicação utilizada.

Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal é o país da Europa com a mais alta taxa de prevalência da doença.

Estima-se que a diabetes afete 13,3% da população com idades entre os 20 e os 79 anos, das quais 44% desconhecem ter a doença. Diariamente são diagnosticados com diabetes em Portugal cerca de 200 novos doentes. Os dados sugerem que a doença afete mais de um milhão de portugueses, enquanto a “pré-diabetes” afetará cerca de dois milhões (Estudo Prevadiab 2009).

O Programa Nacional para a Diabetes estabelece como metas evitar que 30.000 pessoas com maior risco de ter diabetes venham a ter a doença; que 30 mil pessoas que têm a diabetes saibam que têm a doença; diminuir em 5% o número de pessoas com diabetes que morrem antes dos 70 anos.

Instituído pela International Diabetes Federation (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em resposta à crescente prevalência da diabetes no mundo, o Dia Mundial da Diabetes foi adotado pelas Nações Unidas no âmbito de um movimento a que foi dado o nome Unidos pela Diabetes, em 2006.

Fonte: Observador