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Resistência anti-microbiana não exibe sinais de desaceleração

  • Wednesday, 27 February 2019 11:22

Dados recentes publicados pelo Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doença (ECDC) e a Autoridade de Segurança Alimentar Europeia (EFSA) revelam que os anti-microbianos usados no tratamento de doenças que podem ser transmitidas entre animais e humanos, tais como campilobacteriose e salmonelose, estão a tornar-se menos eficazes.

De acordo com o relatório, que refere dados de 2017, a resistência a fluoroquinonolonas, como a ciprofloxacina, é tão alta em bactérias Campylobacterque em alguns países este já não funciona como tratamento de casos severos de campilobacteriose. Altas proporções de bactérias também se tornaram resistentes a tetraciclinas.

Do mesmo modo, a maioria dos países reportou o aumento da resistência a fluoroquinolonas no tratamento de Salmonella em humanos. A multiresistência desta bactéria, isto é, a resistência a três ou mais anti-microbianos, é também um fenómeno emergente encontrado em humanos (28,3%) e animais, particularmente S. Typhimurium.

O relatório reúne informação colecionada de 28 estados-membros da UE relativamente a humanos, porcos e bezerros com menos de um ano, confirmando a ascensão da resistência antibiótica já identificada em anos anteriores.

A Comissão Europeia adotou o plano de ação One Health em 2017, reconhecendo que ações efetivas contra esta ameaça devem ser tomadas nas diversas áreas da saúde humana, animal e ambiente. A sensibilização para o uso prudente de anti-microbianos é fundamental para que se possa limitar a disseminação de resistência bacteriana.

Fonte: EFSA