Investigadores da Escola de Agricultura e Ciências Veterinárias da Universidade Estadual de São Paulo (FCAV-UNESP) procuram prevenir infeções de origem alimentar em humanos através da deteção e identificação dos genes responsáveis pela sobrevivência da Salmonella.
O estudo de sobrevivência bacteriana de estirpes de Salmonella está a ser desenvolvido no trato intestinal de aves. A Salmonella usa o processo inflamatório como fonte de energia para sobreviver e multiplicar-se no interior do mencionado trato.
O tetrationato (ttr) é usado como mediador da resposta inflamatória no hospedeiro, tornando possível o uso de propanediol (pdu) como fonte de energia.
Assim, a potencial deleção dos genes ttrA e pduA de Salmonella Enteritidis, Salmonella Typhimurium e Salmonella Heidelberg pode travar o mecanismo de infeção da bactéria.
A escolha do trato intestinal de aves prende-se pela capacidade de colonização, não causando doença. Apesar desta colonização não trazer consequência para o animal, o consumo de carne de aves contaminada com Salmonella causa doença em humanos.
A lei brasileira restringe Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium em carne de aves. Não obstante, dependendo do país para onde a carne será exportada, outros serótipos podem estar sujeiros a restrições.
No caso de Salmonella Heidelberg, é uma estirpe pouco comum, mas que tem significância no Brasil, tendo já comprometido o envio de carne de aves para a Europa.
O trabalho de investigação que iniciou ano passado, prolonga-se até meados de 2023 e promete resultados promissores.
Fonte: Food Safety News