O peixe é um alimento muito saudável do ponto de vista nutritivo, sendo rico em proteínas e gorduras omêga-3. Apesar dos seus benefícios, o peixe-espada e outras espécies que contenham mercúrio em excesso devem ser consumidos com moderação. Será o mesmo verdade para lagostas, camarão ou amêijoa?
Para responder a esta questão, recorreu-se à base de dados de nutrientes do Departamento de Agricultura dos Estados-Unidos (USDA). Esta base de dados é de acesso e interpretação fácil e gratuita, no entanto poderá ser limitada pela informação que o Departamento de Agricultura escolheu incluir.
Para facilitar a comparação, as doses foram normalizadas para 85 gramas, o que representa uma porção mais pequena do que a normal no caso do marisco.
Em ambos os casos, analisou-se o teor de gorduras omêga-3, a quantidade de proteína, o colesterol, o número de calorias, as toxinas e as alergias.
Considerando as gorduras omêga-3, o peixe possuí um teor mais elevado destas, sendo que para aumentar o seu conteúdo no marisco, teria de se aumentar grandemente a porção a servir.
Relativamente à proteína, o marisco e o peixe são equivalentes, ambos ótimas fontes deste macronutriente. Em termos do colesterol, o consumo de caranguejo, amêijoas, ostras e mexilhão pode auxiliar na redução dos níveis de colesterol, parcialmente por estes incluírem esteróis na sua composição, o que interfere na absorção de gordura.
O número de calorias aumenta com o método de confeção escolhido tanto para peixe como para marisco, nomeadamente acresce aquando da fritura, por exemplo. A parte disto, o marisco é geralmente muito baixo em calorias.
Enquanto o peixe pode ser suscetível de contaminação por parasitas ou conter níveis mais elevados de histamina e outros contaminantes, as toxinas acumuladas no caso do marisco são preocupantes.
Na sua maioria, são organismos filtradores, acumulando contaminação do meio aquático. Em particular, deve-se ter em atenção ao envenenamento paralítico (PSP), ao envenenamento neurotóxico (NSP) e, por fim, envenenamento amnésico (ASP) causado por biotoxinas marinhas acumuladas em marisco.
No caso das alergias, a alergia a marisco está entre as mais comuns. Normalmente, mesmo que o indivíduo seja alérgico apenas a algumas espécies, recomenda-se evitar o consumo de todo o tipo de mariscos.
Existem ainda algumas curiosidades nutricionais em torno do marisco, tais como ostras serem excelentes fontes de zinco, amêijoas serem ricas em ferro e vitamina B12, bem como os crustáceos serem os principais providenciadores de colina.
Fonte: Harvard Medical School