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82% das empresas de retalho e restauração admitem despedimentos perante ausência de apoios em 2021

  • Wednesday, 03 March 2021 11:06

Um total de 82% das empresas dos setores de retalho e restauração considera “muito provável” ou “quase certo” ter de vir a reduzir o número de trabalhadores caso não sejam decididas medidas de apoio para fazer face ao encerramento das atividades, revela a AMRR (Associação de Marcas de Retalho e Restauração), em comunicado, com base em um inquérito levado a cabo junto dos seus associados, representantes de 3.500 lojas e restaurantes.

O inquérito promovido pela associação revela ainda que 97% das empresas de retalho e restauração consideram “importante ou muito importante” que seja determinada a isenção das rendas, ou um apoio ao seu pagamento, durante o período de encerramento. No mesmo sentido, 74% das empresas de ambos os setores assinalaram como “importante ou muito importante” o prolongamento das moratórias de crédito.

“Os empresários têm feito de tudo para salvarem os seus negócios e, sem receitas, continuam pagar as rendas, fornecedores, custos fixos e parte do layoff”, comenta Miguel Pina Martins, presidente da AMRR, acrescentando que “não é aceitável que os empresários tenham de recorrer aos despedimentos para manterem os seus negócios vivos, pelo que é urgente haver apoios efetivos”.

“Este confinamento ocorre após um ano absolutamente desastroso relativamente ao qual há apoios ainda por pagar por parte do Governo, levando-nos a uma situação que se torna quase impossível superar. Se a tudo isto juntarmos o facto de no final do mês de março, caso nada seja alterado, terminarem as moratórias de crédito relativo a juros (cujo prolongamento não custa um euro ao Estado) então pergunto: vale a pena investir, criar postos de trabalho e ajudar a desenvolver a economia?”, questiona o responsável.

A AMRR recorda que após três meses com as lojas fechadas em 2020, a generalidade do comércio de retalho enfrenta agora um período que se teme de cerca de três meses de novo encerramento, até ao final de março. “Isto significará que, no espaço de um ano, o comércio terá seis meses de faturação zero. Sendo que nos restantes seis meses, a faturação teve quedas médias de 40%, sendo que foram de 70% no mês de janeiro de 2021”.

Fonte: Hipersuper