No dia 10 de março foi apresentada no Parlamento Europeu uma resolução com o tema “Rumo a um mecanismo de ajustamento das emissões de carbono da UE compatível com a OMC”, através da qual se apela a uma taxa para as importações de países com grandes níveis de emissões de dióxido de carbono (CO2).
De acordo com o documento, em 2015 foram importadas na União Europeia (UE) 1317 mil milhões de toneladas de CO2, e em contrapartida, exportadas 424 milhões de toneladas de CO2.
A ideia é que esta taxa inclua o setor energético e o setor industrial, que tenham uma “utilização intensiva de energia”, nomeadamente “o cimento, o aço, o alumínio, a refinaria de petróleo, o papel, o vidro, os produtos químicos e os fertilizantes” – dado que representam 94% das emissões industriais da UE.
Simone Tagliapietra, analista político do Instituto Bruegel, explicou à Euronews que “O importante é que haja um acordo a nível multilateral, que tudo seja explicado de forma transparente na Organização Mundial do Comércio. A questão central é que essas licenças gratuitas terão que ser eliminadas muito rapidamente para que o preço do carbono na Europa suba ao nível necessário para incentivar as empresas a diminuírem as emissões de CO2 do continente”.
Fonte: Greensavers