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Perfil de risco - Streptococcus do Grupo B (GBS)/Streptococcus agalactiae com tipo de sequência (ST) 283 em peixes de água doce

  • Monday, 04 July 2022 09:31

Em Singapura, durante o ano de 2015, a bactéria Streptococcus do Grupo B (GBS) com tipo de sequência 283 (ST283) causou um surto de origem alimentar de doença invasiva por GBS, sendo os únicos casos reportados no mundo. Mais de 20% dos casos foram observados em adultos saudáveis sem comorbidades, o que é incomum para GBS. O surto foi associado ao consumo de peixes de água doce crus. Investigações subsequentes constataram que o GBS ST283 é comum entre os GBS que causam doença em humanos e tilápia em todo o Sudeste Asiático há pelo menos 20 anos, ao passo que este tem sido raramente identificado fora desta região. Considerando o caráter emergente desse surto, este perfil de risco consolida o conhecimento atual para identificar os dados e a lacunas sobre a ocorrência e dinâmica do GBS ST283 em toda a cadeia de fornecimento de peixes de água doce no Sudeste Asiático.

Apesar da infeção por GBS em peixes poder apresentar-se com poucos sinais clínicos de doença, os surtos de GBS em aquacultura de tilápia de alta densidade podem resultar numa infeção grave com mortalidades de até 80% do lote. Estes surtos são frequentemente não documentados mas provavelmente têm um amplo efeito na aquacultura, dada a sua importância económica e social no Sudeste Asiático. Adicionalmente, existe uma falta de dados sobre os padrões de consumo de peixes, incluindo a frequência, quantidade, preparação e dados demográficos de consumidores. Não obstante, o consumo de peixes de água doce sem tratamento com calor (crus ou em pratos fermentados) é comum no Sudeste Asiático. Considerando a grande lacuna de dados, o risco do GBS ST283 associado ao consumo de peixes de água doce continua a ser altamente incerto. As potenciais opções de gestão de risco começam com o uso de boas práticas de manuseio e biossegurança na aquacultura e boas práticas de segurança alimentar em toda a cadeia de fornecimento do pescado.

A FAO disponibilizou este estudo em várias línguas, incluindo português, pode consultar o documento aqui.

Fonte: FAO e Qualfood