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O 4º Fórum Mundial da Alimentação (WFF, na sigla em inglês) dedicado à transformação dos sistemas agroalimentares globais, decorreu na semana passada.

A iniciativa da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) das Nações Unidas reuniu milhares de participantes de todo o mundo que se envolveram em discussões dinâmicas e ações de colaboração numa série de questões críticas, incluindo investimento, ciência e inovação, envolvimento dos jovens, agricultura familiar, sistemas alimentares indígenas e gestão da água.

Os participantes, incluindo jovens, agricultores, decisores políticos, cientistas, empresários e comunidades indígenas, mostraram-se empenhados em enfrentar os desafios urgentes da fome, das alterações climáticas e da desigualdade, entre outros.

O Fórum deste ano, subordinado ao tema “Boa comida para todos, para hoje e amanhã”, contou com mais de 200 eventos, 8.000 participantes presenciais e um alcance digital de 1,7 mil milhões de pessoas através de campanhas nas redes sociais.

Segundo a organização, o evento destacou o poder dos esforços de colaboração para impulsionar a transformação dos sistemas agroalimentares e garantir o acesso a alimentos seguros, nutritivos e sustentáveis para todos. “Ao olharmos para o futuro, esta semana reafirmou o papel vital dos jovens, das mulheres e das diversas partes interessadas na definição do futuro dos nossos sistemas agroalimentares”, afirmou o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, na cerimónia de encerramento.

“Mostrou-nos o poder exponencial da colaboração intergeracional entre políticas, ciência, inovação, educação, cultura e investimento”, acrescentou. Qu Dongyu enfatizou ainda a importância do WFF como plataforma de ação, dizendo que “o WFF é onde a transformação dos sistemas agroalimentares pode realmente tomar forma através de ações concretas, parcerias, alianças e financiamento crucial. Vamos continuar a apoiar os nossos jovens líderes, que já estão a mobilizar-se a nível local... O seu compromisso é um farol de esperança e progresso”.

 

Fonte: iALIMENTAR

A DGAV divulga o Despacho n.º 74/G/2024 – Atualização da Zona Demarcada para Xylella fastidiosa da Área Metropolitana do Porto para implementação de medidas de confinamento (contenção).

 

Fonte: DGAV

O projeto Semear, Tratar e Plantar, iniciado há um ano pelo ICNF, em parceria com cinco escolas de outras tantas áreas protegidas da região Norte, ficou hoje concluído, com a plantação de árvores autóctones em Mogadouro.

O objetivo desta ação foi sensibilizar a comunidade escolar para a conservação da natureza e da floresta autóctone face às alterações climáticas e a prevenção de incêndios florestais.

Jorge Dias, do Departamento de Conservação da Natureza do Norte do Instituto Conservação da Natureza e Florestas, disse que este projeto inovador teve o seu início há um ano e envolveu cerca de 300 alunos em que cada um cuidou da sua espécie arbórea deste a semente à planta.

“Este projeto obriga que os alunos observem o crescimento da planta ao longo do seu ciclo inicial de desenvolvimento”, indicou o responsável.

O projeto Semear, Tratar e Plantar criou uma rede que engloba as áreas protegidas do Norte e os agrupamentos de escolas destes territórios, onde os alunos semearam plantas autóctones e acompanharam o seu crescimento ao longo de um ano, já que as sementes foram colocadas “em cuvetes “ e ficaram nas escolas durante o período letivo de 2023/24.

Findo este período, as espécies arbóreas regressaram durante o período de férias escolares a um viveiro do ICNF, onde foram cuidadas até ao passado mês de outubro, para agora serem plantadas no Parque Urbano do Juncal, em Mogadouro, num total de mais de 300 árvores.

Seguem-se agora as escolas das áreas protegidas do Parque Natural do Litoral Norte (PNLN), Parque Natural de Montesinho (PNM), Parque Natural do Alvão (PNA), Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG) e Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

Cada aluno recebeu o certificado de participação neste projeto e terá a missão de cuidar da sua árvore.

Este projeto “inovador” está inserido no Dia Nacional da Floresta Autóctones, que se assinala no sábado.

Este projeto vai prolongar-se no tempo e estende-se para já a mais três agrupamentos de escolas aderentes dos concelhos de Miranda do Douro, Bragança e Mondim de Basto.

 

Fonte: Agro Portal

O Comando Territorial dos Açores, através do Posto Territorial da Praia da Vitória, no dia 17 de novembro, apreendeu mais de 400 cracas (Megabalanus azoricus), no concelho de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

No decurso de uma ação de patrulhamento, no âmbito de uma operação de vigilância e controlo costeiro, os militares da Guarda identificaram dois homens a realizar a apanha de cracas, na zona costeira de Angra do Heroísmo. No decorrer da fiscalização, verificou-se que detinham 482 cracas, ultrapassando o limite diário permitido de 40 exemplares por praticante, o que levou à apreensão dos exemplares em excesso.

Da ação resultou a identificação dos dois homens, de 57 e 67 anos, e a elaboração de dois autos de contraordenação por exercer a apanha de cracas, excedendo os limites legalmente estabelecidos, infração punível com coima até aos 3 500 euros.

As cracas apreendidas foram entregues a uma instituição de solidariedade social local, após verificação higiossanitária por médico veterinário.

A GNR relembra que os recursos marítimos devem ser explorados de modo a garantir, a longo prazo, a sustentabilidade ambiental, económica e social da pescaria, dentro de uma abordagem de precaução, definida com base nos dados científicos disponíveis, procurando-se simultaneamente assegurar os rendimentos da pesca aos seus profissionais.

 

Fonte: GNR

O Conselho AGRIFISH (“Agricultura e Pesca”) da UE esteve ontem a debater estratégias para as proteínas. É amplamente reconhecido que a UE enfrenta um défice significativo na produção de proteínas vegetais e que este problema deve ser resolvido para satisfazer as necessidades em termos de alimentação humana e animal, reforçando simultaneamente a autonomia estratégica da UE.

No entanto, o documento apresentado pela Alemanha e pela Dinamarca é vago quanto ao novo conceito proposto de “proteínas verdes”. Em vez da ambição de autonomia estratégica da UE, este conceito parece mais alinhado com a agenda alternativa das proteínas. Esta agenda, frequentemente promovida por algumas ONG e empresas globais, defende as proteínas sintéticas como solução primária.

Neste contexto, o debate agrícola é mais uma vez confrontado com conceitos enganadores que tentam opor-se e dividir o sector, numa altura em que a complementaridade deve ser promovida. No documento apresentado, o termo “proteína verde” é utilizado como instrumento de marketing, com base em alegações não científicas e não fundamentadas.

Verificação de factos da alegação:

1. O aumento da produção vegetal europeia: Nas últimas três décadas, o aumento da produção vegetal europeia tem sido largamente impulsionado pelo desenvolvimento da indústria dos biocombustíveis. Na UE, existe uma relação complementar entre a produção de alimentos e a produção de biocombustíveis, com mais de 13 milhões de toneladas de proteínas de alta qualidade co-produzidas pela indústria de biocombustíveis da UE, valorizando as matérias-primas da UE e aumentando a cadeia de abastecimento de proteínas da UE, para além de reduzir as emissões dos transportes.

2. Consumo de proteínas animais: Contrariamente ao que se afirma no relatório do Diálogo Estratégico, o consumo de proteínas animais na União Europeia tem-se mantido estável, e não em declínio. De acordo com as últimas Perspetivas Agrícolas da UE, prevê-se que o consumo de carne aumente ligeiramente em 2024, atingindo 66,8 kg per capita. Tendo em conta o desperdício alimentar, este valor está em conformidade com as recomendações internacionais de saúde da UE e da OMS.

Por conseguinte, a União Europeia deve ir além das narrativas de comunicação preguiçosas relacionadas com as “proteínas alternativas” na Europa, promovendo, em vez disso, o direito dos consumidores a fazerem escolhas informadas entre fontes de proteínas vegetais e animais e a compreenderem plenamente os processos subjacentes a cada produto, incluindo a utilização potencial de OGM, hormonas, antibióticos, fatores de crescimento, nível de transformação e impactos energéticos. A definição proposta de “fontes alternativas de proteínas à soja ou aos produtos animais convencionais” apresenta o conceito como uma varinha mágica, sem qualquer avaliação tangível da sua capacidade de reduzir a utilização dos solos e as emissões e de respeitar mais a natureza e o ambiente.

Os decisores políticos devem seguir os passos do futuro Comissário Europeu para a Agricultura e Alimentação, Christophe Hansen, que sublinhou durante a audição no Parlamento Europeu que “é complicado impor de cima para baixo quem tem de comer o quê... os produtos à base de carne fazem parte de uma dieta equilibrada”. Tanto as proteínas vegetais como as animais são complementares e devem ser promovidas.

 

Fonte: Farm Europe

Durante o mês de dezembro, decorre mais um período obrigatório de Declarações de Existências de Suínos (DES), conforme Aviso PCEDA (Plano de Controlo e Erradicação da Doença de Aujeszky) da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

A declaração das existências de suínos poderá ser efetuada diretamente pelo operador na Área Reservada do portal do IFAP, ou em qualquer departamento dos Serviços de Alimentação e Veterinária Regionais ou ainda nas organizações de agricultores protocoladas com o IFAP, através do Mod.800/DGV desmaterializado.

Para o efeito deverão ser seguidas as instruções constantes no portal da DGAV.

 

Fonte: DGAV

A Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras, através do Posto de Controlo Costeiro da Nazaré, no dia 14 de novembro, apreendeu 201 quilos de pescada branca subdimensionada, na Nazaré.

No âmbito de uma ação de fiscalização levada a cabo com o objetivo de controlar a comercialização, transporte e armazenamento de pescado fresco, os militares da Guarda detetaram um indivíduo a transportar pescada sem as medidas regulamentares de venda, resultando na sua apreensão.

No decorrer da ação, foi identificado um homem de 47 anos, tendo sido elaborado um auto de contraordenação, cuja coima pode atingir um valor de 37 500 euros.

O pescado apreendido, depois de submetido ao controlo higiossanitário, foi entregue a várias instituições de solidariedade social.

A GNR alerta que uma medida de gestão sustentável do pescado é o respeito das medidas mínimas de captura, cujo objetivo é melhorar a rentabilidade potencial do recurso.

 

Fonte: GNR

Waste and Resources Action Programme (WRAP), uma organização não governamental, destacou na Conferência de Alterações Climáticas (COP29), no Azerbeijão, a urgência de incluir o desperdício de alimentos nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) dos países, uma medida essencial, mas largamente negligenciada, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e combater a crise climática. Segundo um novo relatório , 88% dos países presentes na conferência não incluíram metas para reduzir o desperdício e a perda de alimentos nos seus compromissos climáticos.

O relatório mostra que, dos 195 países representados, apenas 24 (12%) se comprometem a combater a perda e o desperdício de alimentos, enquanto 88% dos NDC não contemplam medidas para abordar o problema. Harriet Lamb, CEO da WRAP, alertou: “o nosso sistema alimentar tem grandes falhas e destrói o ambiente. Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, superado apenas pela China e pelos Estados Unidos”. O desperdício de alimentos contribui para 8% a 10% das emissões globais, cinco vezes mais do que a aviação.

A WRAP também alerta para os efeitos do desperdício de alimentos na sociedade e na economia global. Estima-se que a perda e o desperdício de alimentos custem cerca de 936 mil milhões de dólares por ano. Enquanto isso, mais de 783 milhões de pessoas enfrentam a fome, e um terço da população mundial está em insegurança alimentar. Segundo a WRAP, a redução de desperdício de alimentos poderia reforçar a segurança alimentar e ajudar a combater a mudança climática, criando um sistema alimentar mais sustentável.

A WRAP diz mesmo que cerca de 30% de todos os alimentos vão para o lixo todos os anos, prevendo-se que a perda e o desperdício de alimentos atinjam 2,1 mil milhões de toneladas por ano até 2030, representando um valor de 1,5 mil milhões de dólares. De facto, o Food Waste Index Report (2024), compilado pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP) em coautoria pela WARP, revela que o mundo desperdiça anualmente mais de mil milhões de toneladas de alimentos (um quinto de todos os alimentos disponíveis para os consumidores a nível do retalho, dos serviços alimentares e dos agregados familiares). A FAO diz ainda que este valor acresce aos 13% perdidos na cadeia de abastecimento.

Além disso, Harriet Lamb enfatiza que enfrentar o desperdício de alimentos é um passo fundamental para uma economia circular. “Alimentos, têxteis e produtos manufaturados representam quase metade das emissões globais de gases de efeito estufa. Adotar uma economia circular é essencial para combater esses grandes emissores, e essa mudança deve ser abraçada em todas as empresas e lares”.

A inclusão do desperdício alimentar nas NDC pode fortalecer o compromisso global na luta contra a crise climática, enquanto promove um uso mais eficiente e ético dos recursos alimentares.

 

Fonte: iALIMENTAR

Representantes de governos, do setor agrícola e especialistas destacaram quinta-feira, durante a cimeira ambiental COP29, a importância da agricultura para alimentar a população mundial, manter a paz social e contribuir para o combate à crise climática.

O diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, afirmou, durante um fórum no pavilhão da Casa da Agricultura das Américas, instalado em Baku, no Azerbaijão, no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), que uma grande cidade com uma média de 10 milhões de habitantes necessita diariamente de 6.000 toneladas de alimentos.

Daí o caráter estratégico que a agricultura sustentável, produtiva, eficiente e inclusiva representa para a preservação da paz social, sublinhou.

“Temos de produzir mais alimentos com menos natureza, reconhecendo os novos desafios que a agricultura enfrenta, e [tendo consciência de que], para os ultrapassar, é fundamental aproveitar a ciência, a tecnologia e a inovação, e facilitar o seu acesso aos agricultores familiares”, referiu Otero.

Segundo o diretor-geral do IICA, os próximos 25 anos serão dos mais decisivos da história da agricultura porque o setor terá de alimentar mais 2.000 milhões de pessoas.

Por sua vez, o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar do Belize, José Abelardo Mai, defendeu “a importância de educar agora os jovens sobre o futuro e formular políticas fortes para apoiar uma agricultura inteligente e sustentável” do ponto de vista climático.

O cientista especialista em solos e vencedor do Prémio Mundial da Alimentação, Rattan Lal, enumerou como maiores desafios globais a degradação do solo e a necessidade de o restaurar, assim como o “respeito pela profissão agrícola e pelos seus serviços nos ecossistemas”.

Outro aspeto analisado na Casa da Agricultura das Américas foi o dos biocombustíveis renováveis e o seu contributo para a mitigação das alterações climáticas.

O presidente da organização Solutions from the Land, Ernie Shea, salientou que, além da redução dos gases com efeito de estufa, um dos focos recentes dos benefícios dos biocombustíveis renováveis é a saúde pública.

“Os combustíveis renováveis também contribuem decisivamente para a redução da poluição e as oportunidades para a produção agrícola são múltiplas”, disse Shea.

Durante as discussões, foi proposto que a utilização do etanol fosse considerada pelos países como parte dos seus compromissos de redução das emissões de gases com efeito de estufa, no âmbito do Acordo de Paris.

A COP29 começou na segunda-feira em Baku e vai decorrer até dia 22, devendo ficar marcada por um novo objetivo de financiamento para os países em desenvolvimento para os ajudar a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e a adaptarem-se às alterações climáticas.

O novo objetivo substituirá, a partir de 2025, o que obrigava os países ricos a conceder 100 mil milhões de dólares (cerca de 950 milhões de euros) de financiamento por ano aos países em desenvolvimento.

Os países em desenvolvimento pedem que o objetivo seja multiplicado por mais de dez, para 1.300 mil milhões (1,2 mil milhões de euros), valor essencialmente da responsabilidade dos países ricos.

 

Fonte: Agro Portal

A ASAE através da Unidade Regional do Sul - Unidade Operacional de Évora, colaborou no dia 13 em Campo Maior, numa ação de fiscalização com a Polícia Judiciária no âmbito de um inquérito a decorrer trâmites neste serviço de segurança, que resultou na apreensão de cerca de 13.650 litros de óleo alimentar e azeite suspeitos de fraude e adulteração.

A ASAE permanecerá atenta no combate à economia paralela e em cooperação estreita com as Forças e Serviços de Segurança, no âmbito das suas competências de autoridade de segurança alimentar.

 

Fonte: ASAE