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Sistema de rótulos com cores foi suspenso

  • Thursday, 22 November 2018 10:16

Muitas das grandes marcas mundiais deixaram cair o novo sistema de rotulagem que, através de um sistema de cores, presta informação nutricional adicional sobre os produtos alimentares. O Evolved Nutrition Label (ENL) deparou-se com um semáforo vermelho para a sua implementação no mercado europeu. Em Portugal, uma conhecida marca de produção alimentar internacional suspendeu a implementação dos novos rótulos que estava previsto avançar já este ano. “Em Portugal, estávamos na fase de preparação, com a avaliação do nosso portefólio e com a definição das categorias que iriam entrar neste novo esquema de rotulagem nutricional”, refere fonte oficial dessa mesma empresa, em que ponto estava a implementação deste projeto anunciado em maio pela multinacional.

“As empresas [promotoras do ENL] reconhecem que a falta de uma definição europeia sobre porções levou a um conhecimento insuficiente e apoio ao esquema proposto. Neste contexto, e na ausência de uma definição legal de porção, as empresas decidiram suspender os testes do ENL para a comida”, dizem as empresas num comunicado conjunto. No que consiste o ENL? No mercado nacional, a marca internacional referida anteriormente já anunciado que ainda este ano pretendia implementar este sistema de rotulagem adicional nas embalagens dos seus produtos. Desde março de 2017, que a companhia, juntamente com outras grandes multinacionais do sector alimentar e das bebidas, estava a trabalhar no desenvolvimento de um esquema de rotulagem nutricional colorido baseado em porções de referência. Os atuais rótulos monocromáticos com informação nutricional apresentam os valores de lípidos, glícidos, açúcar ou sal por cada 100 g, informação que, normalmente, surge na zona lateral ou na parte de trás da embalagem.

O ENL seria apresentado logo na frente da embalagem do produto e adiciona um semáforo de cores aplicado aos nutrientes contidos numa porção de referência, definida com base no consumo numa única toma. A porção recomendada por cada categoria de produto estava a ser definida por Bruxelas, que tinha em mãos uma proposta, criada por investigadores de universidades com a colaboração da indústria alimentar, com o objetivo de se chegar a porções recomendadas uniformes em cada produto. Por exemplo, 40 g para os cereais de pequeno almoço ao qual é sobreposto o esquema de cores. Foi precisamente a dificuldade em definir legalmente o termo porção para cada produto (cereais, chocolates, bolachas, etc) que levou a este desfecho, pelo menos, no que toca à comida. “Testes de rotulagem com base num sistema de cores irão continuar. As bebidas não são consumidas em porções menores do que 100 ml, o debate sobre as porções na rotulagem não se aplica”, referem as multinacionais em comunicado.

Fonte: Dinheiro Vivo

Deteção de espécies animais em alimentos

  • Thursday, 22 November 2018 10:05

Em janeiro de 2013 foi notícia em toda a Europa o "Escândalo da Carne de Cavalo" em que a carne de cavalo estava a ser comercializada como carne de vaca e expôs a natureza complexa da cadeia de produção e comercialização de alimentos. Constatou-se contudo, que não se tratava de uma questão de segurança alimentar ou de saúde pública, mas sim de uma questão de fraude alimentar pela utilização de um produto mais barato (carne cavalo) em substituição de outro mais caro (carne vaca).

A Comissão Europeia, juntamente com as autoridades competentes dos Estados-Membros, lançou, ainda em 2013, um plano coordenado de controlo utilizando técnicas de PCR (biologia molecular) para a pesquisa da presença de ADN de cavalo em amostras de alimentos processados.

Com as técnicas utilizadas é possível "ler" o ADN das espécies e encontrar a "frase" única que permite identificar uma determinada espécie.

Com estas técnicas podemos pois responder a questões como:

Uma Lasanha ou um Hambúrguer que dizem ter apenas carne de vaca tem realmente só carne de vaca ou também carne de porco, peru ou galinha?

Um Queijo de leite de ovelha tem apenas leite de ovelha ou tem também leite de vaca?

Um Arroz de pato terá só pato ou também peru e galinha?

Acompanhando este assunto, o Laboratório de Microbiologia e Biologia molecular (LM) da ASAE, em 2014, iniciou a implementação destes métodos de deteção de espécies animais utilizando a técnica de PCR em tempo real.

Desde outubro de 2014 que o Laboratório de Segurança Alimentar, através desta valência laboratorial faz análises de deteção das espécies animais em alimentos e analisou amostras com origem em colheitas da ASAE, noutros Organismos Públicos e até Clientes Privados.

Estes métodos foram acreditados na auditoria IPAC de maio de 2015, encontrando-se assim o Laboratório de Segurança Alimentar da ASAE apto a garantir a defesa do consumidor e da livre concorrência, também, neste âmbito.

No universo de amostras analisadas, neste período, 31,5% apresentaram resultados não foram conformes com o descrito na rotulagem.

A ASAE tem em curso novas implementações para aumentar o número de espécies detetadas, prevendo-se em 2019 a implementação da deteção da presença de cão e gato.

Fonte: ASAE

A DGAV informa que foram estabelecidos os requisitos fitossanitários para a exportação de pêra e maçã para o Panamá.

Os interessados em exportar para este país devem contactar os serviços de inspeção fitossanitária das Direções Regionais de Agricultura e Pescas.

Fonte: DGAV

Este documento é o relatório de atividades do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA) relativamente ao ano de 2017 e 2018.

Dele constam os principais resultados nas áreas de atuação do PPCIRA (Estratégia Multimodal de Promoção das Precauções Básicas em Controlo de Infeção, Vigilância Epidemiológica, Consumos de Antibióticos e Resistências aos Antibióticos), bem como são apresentadas as atividades desenvolvidas pelo Programa em 2018 e as que se prevêem desenvolver em 2019.

O documento chama a atenção para a necessidade de se melhorar a vigilância epidemiológica e de se investir na informação transmitida aos profissionais de saúde e aos cidadãos em geral.

Globalmente é possível referir que entre 2013 e 2017 os resultados melhoraram na área do controlo de infeção e resistência aos antimicrobianos em Portugal.

Para consultar o documento clique aqui.

Fonte: DGS

Um surto da bactéria E. coli em alfaces de tipo romana nos Estados Unidos levou as autoridades a aconselharem os consumidores a não consumirem este tipo de vegetal.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), 32 pessoas em 11 estados foram infetadas com o surto E. coli, que está relacionado com o consumo da alface romana. 13 delas terão sido hospitalizadas. Não há para já indicações do que pode estar na origem do surto, que parece estar espalhado por diferentes estados do país, desde a Califórnia até Nova Iorque, passando pelo Michigan ou o Ohio.

“Os consumidores que tenham qualquer tipo de alface romana em casa não devem comê-la e devem deitá-la fora, mesmo que alguém já a tenha consumido e não tenha ficado doente”, alertou o CDC esta terça-feira. “Se não tiver a certeza se a alface é de tipo romana ou se a mistura de salada que tem contém alface romana, não a coma.” Os restaurantes também estão proibidos de servir este tipo de vegetal. Isso inclui a proibição de consumo de misturas de saladas previamente embaladas, que normalmente contêm esta espécie de alface.

As entidades recomendam também a lavagem e a desinfeção dos espaços onde a alface pode ter sido guardada, como as gavetas ou as prateleiras do frigorífico.

Esta não é a primeira vez que há um surto de alface romana contaminada nos Estados Unidos. Entre março e junho deste ano, foram registados 210 casos de pessoas afetadas por alface contaminada, em 36 estados diferentes. À altura, foi detetada a origem do surto, no Arizona, mas nunca foi apurada a causa.

Fonte: Observador

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, através da Unidade Regional do Sul, procedeu, no âmbito de uma ação de fiscalização direcionada para a verificação do cumprimento das condições de armazenagem de produtos alimentares, à suspensão da atividade de dois estabelecimentos com entrepostagem frigorifica, no concelho de Faro.

Clique aqui para consultar o comunicado de imprensa.

Fonte: ASAE

A proteína é extremamente importante para a manutenção da saúde do organismo. Aliás, após a água, trata-se da substância mais abundantemente presente no corpo inteiro, desde o cabelo às unhas.

Ingerir um regime alimentar de alto teor proteico acelera o metabolismo, reduz o apetite e altera de modo positivo inúmeras hormonas que regulam o peso.

Fontes comuns de proteína incluem carne e laticínios, porém existem algumas alternativas vegan, tão ou mais eficazes.

De facto, alguns alimentos vegan tem um teor mais elevado daquele nutriente do que a carne e os produtos lácteos.

A spirulina é um desses alimentos que supera facilmente o frango, a carne de bovino e os ovos.

Eis tudo o que necessita saber sobre este superalimento:

Teor proteico – 57 gramas de proteína por 100 gramas.

A spirulina está entre um dos suplementos mais populares em todo o mundo e já foi apelidada de ‘superalimento’.

Trata-se de um tipo de cianobactéria, mais comummente conhecida por alga azul.

Não só é rica em ferro, zinco, vitamina B1, B2 e B3 e outros minerais essenciais, para além de conter cerca de 65% de proteína por dose e quatro gramas por colher.

O pó de spirulina pode ser adicionado a sumos, batidos, em molhos, sopas, no tempero de saladas e até em receitas de bolos. A substância pode ser ainda consumida em forma de comprimido.

Apenas 100 gramas daquele organismo contém 57 gramas de proteína. Comparativamente a 26 gramas de proteína por 100 gramas de carne de bovino, 31 gramas na variante de porco e no frango.

Já um ovo contém cerca de 6,5 de proteína, o que significa que o popular alimento inclui apenas 13 gramas de proteína por 100 gramas.

Não só a spirulina tem um maior índice de proteína do que a carne, como também aquele pó verde é mais facilmente absorvido pelo corpo – aliás, até quatro vezes mais.

A spirulina é ainda recomendada pela OMS, que a considera “o melhor alimento do futuro”.

Fonte: Notícias ao Minuto

O wagyu japonês, conhecido por ter uma carne macia, gordurosa e marmorizada, depende do fornecimento de palha de arroz da China, parte importante da dieta rica em proteínas e altamente calórica do gado gourmet. Depois da eclosão da peste suína africana na China, grande parte dessa ração vital foi proibida de entrar no Japão, e o Ministério da Agricultura do país teme que futuramente não haja oferta disponível devido à disseminação dessa doença fatal.

A peste suína africana, uma doença altamente contagiosa que começou a espalhar-se pela China em Agosto, gerou alarme nos países vizinhos, que implementaram uma maior vigilância de doenças e controlo das importações. Sem vacina, o vírus é 100% letal para os porcos e pode gerar prejuízos no sector agrícola de um país. A doença não afeta o gado, mas pode ser transmitida aos porcos através de alimentos contaminados, o que significa que o Japão precisa de aumentar as suas medidas de biossegurança para evitar que o vírus entre nas suas fronteiras.

"Este é um grande problema para as indústrias de gado chinesa e japonesa", disse Shinichi Igawa, vice-director da divisão de saúde animal do Ministério da Agricultura do Japão. "Talvez tenhamos que encontrar fontes de oferta alternativa de palha de arroz, ou alternativas à palha de arroz, dado o risco de a peste suína africana continuar a espalhar-se pela China".

O ministério já suspendeu encomendas de palha de arroz de 25 das 80 instalações de processamento da China aprovadas pelo Japão para importação. As 25 instalações proibidas estão dentro de um raio de 50 quilómetros das quintas de criação de porcos chinesas atingidas pela peste suína africana. As restantes instalações também estão em risco porque ficam nas províncias de Liaoning e Jilin, no nordeste do país, ambas afectadas pela doença.

O surto de peste suína africana foi confirmado em 74 pontos da China a 9 de Novembro, segundo o ministério japonês. Do total, 27 ficam em Liaoning. As importações de palha de arroz da China caíram 17% em Setembro face ao mês anterior, para 16.586 toneladas, segundo dados do Ministério da Agricultura.

O Japão importou mais de 200 mil toneladas de palha de arroz da China no ano passado, cerca de 20% do total necessário para alimentar o seu gado premium, que está a ser vendido nos supermercados por mais de 150 dólares o quilo. A palha de arroz chinesa pode ser comprada por apenas 10 ienes (cerca de 9 cêntimos de dólar) o quilo, enquanto a variedade doméstica pode ser mais cara para os criadores que não contam com produtores de arroz nas proximidades devido ao elevado custo do transporte. Pode ser mais económico comprar alternativas, como palha de trigo dos EUA ou da Austrália, disse Igawa.

Para os amantes do wagyu, o preço já elevado da carne poderá aumentar ainda mais, a menos que seja encontrado um substituto, segundo Igawa.

Fonte: Jornal de Negócios

Foi depois de ler um livro de Tristam Stuart, um activista britânico contra o desperdício alimentar, que a investigadora Iva Pires despertou para o tema. “Nunca me tinha dado conta de quão grave era a situação.” A partir daí, começou a trabalhar a questão e em 2011 obteve financiamento para estudar o desperdício alimentar em Portugal. Foi nessa altura que surgiu o PERDA — Projecto de Estudo e Reflexão sobre o Desperdício Alimentar. O grupo de investigadores que o integraram chegaram então a uma estimativa que continua hoje a ser a usada quando se fala do tema: um milhão de toneladas de alimentos são anualmente desperdiçados em Portugal.

Mas é preciso um melhor conhecimento da realidade. “A existência de dados é muito importante para poder informar quem tem poder de decisão.” O conhecimento, diz Iva Pires, doutorada em Geografia Humana, autora do ensaio Desperdício Alimentar, recentemente publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, permite “desenhar políticas mais eficientes e eficazes”. O problema é que a cadeia “longa e complexa” dos alimentos torna “muito difícil” quantificar, por exemplo, quanto é que as famílias estão a deitar fora, ou quantas maçãs perdeu um agricultor por causa de chuvas fortes ou do granizo.

“Existem várias definições. Da FAO — Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas; da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico; do projecto Fusions na União Europeia; da nossa Comissão Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar (CNCDA), mas todas têm pequenas variações”, diz a professora e investigadora do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa, em entrevista ao PÚBLICO. Por isso, o essencial é chegar "uma definição consensual” e encontrar “formas de medir o desperdício que sejam standardizadas e que permitam, mais tarde, comparar o valor dos vários países”. Por enquanto, o que existe “são estimativas” que têm origem em diferentes metodologias e que, por isso, não são comparáveis.

O problema terá de estar solucionado até 2020 — ano a partir do qual Portugal e todos os Estados-membros da União Europeia serão obrigados a reportar as suas estatísticas sobre o desperdício alimentar. O Instituto Nacional de Estatística, que integra a CNCDA, “está em articulação com outros membros desta comissão, e em particular com o Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral, a desenvolver os trabalhos preparatórios para a operacionalização da monitorização a iniciar em 2020”, faz saber o Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral, em respostas ao PÚBLICO.

Este organismo dependente do Ministério da Agricultura informa ainda que “está, nesta altura, em discussão, ao nível da Comissão Europeia, a legislação complementar para definir a metodologia comum para medir o desperdício alimentar, que estará publicada, no máximo, no final de Março de 2019”.

Mas Iva Pires defende que não devemos esperar até lá para tomar medidas. Há vários estudos que mostram que “a dimensão do problema" é tal que se deve "começar a actuar já”.

Mais desperdício no Natal

“A maior parte dos estudos mostra que um elevado volume de desperdício acontece nas famílias”, nota. Elas "devem ser as primeiras a ser envolvidas no combate a este problema”.O potencial contributo dos consumidores é enorme. “Somos quatro milhões de famílias [em Portugal] e portanto podemos encontrar quatro milhões de soluções para reduzir o desperdício”. E "investir na consciencialização das famílias custa muito pouco”.

Iva Pires propõe que as estratégias de sensibilização “mostrem às pessoas que sempre que estão a deitar alimentos para o lixo, há implicações económicas sociais, éticas e ambientais”. Sugere ainda que se inspirem no exemplo dado pelo Reino Unido, onde foi criada uma campanha que apela ao impacto do desperdício no orçamento familiar.

Mas o trabalho não deve ser só feito junto das famílias. “É um tema que podia ser trabalhado por muitas disciplinas [na escola], para começar a consciencializar estes jovens, que um dia vão ter a sua casa, e vão ser responsáveis por comprar alimentos, para as implicações associadas a deitar alimentos para o lixo.” Além disso, "é preciso também pedir a colaboração da produção, da distribuição”.

A melhor forma de lidar com o desperdício “é a prevenção”, lembra Iva Pires. Mas “quando acontece, o melhor é valorizar os alimentos antes de os deitar para o lixo”.

“Há alguns estudos, não muitos, que contabilizaram o desperdício na época do Natal e mostraram que há um pico de desperdício nesta altura.” E o que é que se pode fazer para contornar o problema? Iva Pires deixa sugestões: congelar os alimentos para depois consumir mais tarde; doar a outras famílias que “não têm mesas tão fartas”; distribuir pelos membros da família e planear melhor aquilo que cada um leva para a ceia.

Fonte: Público

Quem nunca leu um artigo a contestar o consumo de leite que levante o dedo. Argumentos, crenças e mitos de toda a espécie são utilizados para levar o consumidor a acreditar que deve deixar de beber leite. Mas será que é mesmo assim? Numa altura em que a informação sobre nutrição está cada vez mais disponível, importa procurar saber o que a ciência realmente nos diz antes de aceitar qualquer falsa verdade. Foi isso mesmo que fizemos e chegámos à conclusão que o leite é aquilo que, há muitos séculos, Hipócrates já nos tinha dito que é: “Um alimento muito próximo da perfeição.” Vejamos porque é que o pai da Medicina tinha razão:

1. Nove nutrientes essenciais dentro de um copo

Um simples copo com 250 ml de leite meio gordo contém nove nutrientes essenciais ao corpo humano: proteínas, hidratos de carbono, gordura, riboflavina (vitamina B2), vitamina B12, cálcio, fósforo, potássio e iodo. E ainda que muitos destes nutrientes possam ser encontrados noutros alimentos, a verdade é que o leite os apresenta a todos reunidos numa fórmula de consumo fácil e acessível, em boa quantidade.

2. Cálcio facilmente absorvido

O cálcio é um dos elementos mais importantes do corpo humano, sendo imprescindível para o bom funcionamento das células e estando presente nos ossos, dentes e também no sangue. A sua presença é fundamental para a transmissão dos estímulos nervosos, coagulação sanguínea, contracção muscular e funcionamento celular. Mas porque o corpo humano não o consegue fabricar sozinho tem de o ir buscar à alimentação. O leite é o alimento que apresenta maior quantidade de cálcio e este é muito bem absorvido pelo organismo. Este facto é particularmente importante, pois embora alguns produtos hortícolas sejam ricos em cálcio, como os espinafres ou os brócolos, a sua absorção não é fácil devido à presença de oxalatos. O mesmo acontece com os cereais, por conterem fitatos.

3.Vitamina B12 para o sangue e sistema nervoso

As vitaminas presentes no leite ajudam a reforçar a sua importância nutricional. Entre elas encontra-se a vitamina B12, essencial para o organismo humano ao ajudar na formação normal de glóbulos vermelhos e no normal funcionamento do sistema nervoso. Além disso, contribui para o normal metabolismo da homocisteína.

4. Leite para todos. Adultos também

Um dos argumentos mais comuns para o “não consumo” do leite é a de que o ser humano é o único mamífero que o consome na idade adulta. Supostamente, a partir de certa idade, não só deixaria de ser necessário, como poderia até ser prejudicial. A ciência desmente esta afirmação e o senso comum diz-nos que o ser humano é também o único que consome muitos outros alimentos que não existiam há milhares de anos. Os especialistas recomendam que seja consumido em qualquer fase da vida – incluindo na infância e na idade adulta - porque é um alimento de excelente densidade nutricional, ou seja, oferece uma extraordinária relação entre calorias e nutrientes essenciais para o organismo. Um simples copo com 250 ml de leite meio gordo contém nove nutrientes essenciais: proteínas, hidratos de carbono, gordura, riboflavina (vitamina B2), vitamina B12, cálcio, fósforo, potássio e iodo.

5. Iodo ajuda no desenvolvimento cognitivo

Outra razão por que o leite é importante na alimentação dos mais novos prende-se com o facto de ser uma boa fonte de iodo, um nutriente relevante para o crescimento normal das crianças e para uma normal função cognitiva. É de tal forma importante que se estima que o seu défice possa comprometer o coeficiente de inteligência (QI) em 15 pontos. De acordo com os resultados do estudo IoGeneration, cerca de um terço das crianças portuguesas entre os 6 e os 12 anos apresenta níveis insuficientes de iodo, melhorando a situação entre as que têm por hábito beber leite.

6. Não provoca cancro e até pode ajudar a prevenir

É outro dos mitos que aparece associado ao consumo de leite, mas não passa disso mesmo, de um mito. O estudo “Cancer Prevention & Survival” do World Cancer Research Fund International/American Institute for Cancer Research, publicado em Setembro de 2017, confirma que o leite e produtos lácteos não estão associados a um risco aumentado de cancro.

7. Faz bem ao coração

Ao contrário do que também se passou a apregoar, o leite não aumenta o risco cardiovascular. Na verdade, pode até proteger a saúde do coração. Esta foi uma das conclusões de outra revisão científica, esta publicada no “Food & Nutrition Research”. Da mesma forma, uma outra meta-análise, publicada na Cochrane (uma rede independente de investigadores, profissionais, doentes e outros parceiros), revela uma redução do risco cardiovascular associada à dieta mediterrânica, a qual inclui o consumo de lacticínios.

8. Está na roda dos alimentos. E hidrata

Se o leite não fosse um alimento saudável não estaria na Roda dos Alimentos, que é a representação gráfica daquilo que se considera ser uma alimentação equilibrada, completa e variada à luz da evidência científica disponível. Ali é aconselhada a ingestão diária de duas a três porções de leite ou derivados, o que representa cerca de 18% da nossa alimentação. Além disso, o leite dá uma excelente ajuda à hidratação diária de que todos necessitamos.

9. Bebidas vegetais não substituem o leite

As bebidas vegetais não substituem os benefícios do leite de vaca em termos nutricionais. Já quanto aos leites sem lactose, sim, são em tudo idênticos ao leite “normal”, pelo que constituem uma boa alternativa para as pessoas com intolerância.

Fonte: Público