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Quem nunca leu um artigo a contestar o consumo de leite que levante o dedo. Argumentos, crenças e mitos de toda a espécie são utilizados para levar o consumidor a acreditar que deve deixar de beber leite. Mas será que é mesmo assim? Numa altura em que a informação sobre nutrição está cada vez mais disponível, importa procurar saber o que a ciência realmente nos diz antes de aceitar qualquer falsa verdade. Foi isso mesmo que fizemos e chegámos à conclusão que o leite é aquilo que, há muitos séculos, Hipócrates já nos tinha dito que é: “Um alimento muito próximo da perfeição.” Vejamos porque é que o pai da Medicina tinha razão:

1. Nove nutrientes essenciais dentro de um copo

Um simples copo com 250 ml de leite meio gordo contém nove nutrientes essenciais ao corpo humano: proteínas, hidratos de carbono, gordura, riboflavina (vitamina B2), vitamina B12, cálcio, fósforo, potássio e iodo. E ainda que muitos destes nutrientes possam ser encontrados noutros alimentos, a verdade é que o leite os apresenta a todos reunidos numa fórmula de consumo fácil e acessível, em boa quantidade.

2. Cálcio facilmente absorvido

O cálcio é um dos elementos mais importantes do corpo humano, sendo imprescindível para o bom funcionamento das células e estando presente nos ossos, dentes e também no sangue. A sua presença é fundamental para a transmissão dos estímulos nervosos, coagulação sanguínea, contracção muscular e funcionamento celular. Mas porque o corpo humano não o consegue fabricar sozinho tem de o ir buscar à alimentação. O leite é o alimento que apresenta maior quantidade de cálcio e este é muito bem absorvido pelo organismo. Este facto é particularmente importante, pois embora alguns produtos hortícolas sejam ricos em cálcio, como os espinafres ou os brócolos, a sua absorção não é fácil devido à presença de oxalatos. O mesmo acontece com os cereais, por conterem fitatos.

3.Vitamina B12 para o sangue e sistema nervoso

As vitaminas presentes no leite ajudam a reforçar a sua importância nutricional. Entre elas encontra-se a vitamina B12, essencial para o organismo humano ao ajudar na formação normal de glóbulos vermelhos e no normal funcionamento do sistema nervoso. Além disso, contribui para o normal metabolismo da homocisteína.

4. Leite para todos. Adultos também

Um dos argumentos mais comuns para o “não consumo” do leite é a de que o ser humano é o único mamífero que o consome na idade adulta. Supostamente, a partir de certa idade, não só deixaria de ser necessário, como poderia até ser prejudicial. A ciência desmente esta afirmação e o senso comum diz-nos que o ser humano é também o único que consome muitos outros alimentos que não existiam há milhares de anos. Os especialistas recomendam que seja consumido em qualquer fase da vida – incluindo na infância e na idade adulta - porque é um alimento de excelente densidade nutricional, ou seja, oferece uma extraordinária relação entre calorias e nutrientes essenciais para o organismo. Um simples copo com 250 ml de leite meio gordo contém nove nutrientes essenciais: proteínas, hidratos de carbono, gordura, riboflavina (vitamina B2), vitamina B12, cálcio, fósforo, potássio e iodo.

5. Iodo ajuda no desenvolvimento cognitivo

Outra razão por que o leite é importante na alimentação dos mais novos prende-se com o facto de ser uma boa fonte de iodo, um nutriente relevante para o crescimento normal das crianças e para uma normal função cognitiva. É de tal forma importante que se estima que o seu défice possa comprometer o coeficiente de inteligência (QI) em 15 pontos. De acordo com os resultados do estudo IoGeneration, cerca de um terço das crianças portuguesas entre os 6 e os 12 anos apresenta níveis insuficientes de iodo, melhorando a situação entre as que têm por hábito beber leite.

6. Não provoca cancro e até pode ajudar a prevenir

É outro dos mitos que aparece associado ao consumo de leite, mas não passa disso mesmo, de um mito. O estudo “Cancer Prevention & Survival” do World Cancer Research Fund International/American Institute for Cancer Research, publicado em Setembro de 2017, confirma que o leite e produtos lácteos não estão associados a um risco aumentado de cancro.

7. Faz bem ao coração

Ao contrário do que também se passou a apregoar, o leite não aumenta o risco cardiovascular. Na verdade, pode até proteger a saúde do coração. Esta foi uma das conclusões de outra revisão científica, esta publicada no “Food & Nutrition Research”. Da mesma forma, uma outra meta-análise, publicada na Cochrane (uma rede independente de investigadores, profissionais, doentes e outros parceiros), revela uma redução do risco cardiovascular associada à dieta mediterrânica, a qual inclui o consumo de lacticínios.

8. Está na roda dos alimentos. E hidrata

Se o leite não fosse um alimento saudável não estaria na Roda dos Alimentos, que é a representação gráfica daquilo que se considera ser uma alimentação equilibrada, completa e variada à luz da evidência científica disponível. Ali é aconselhada a ingestão diária de duas a três porções de leite ou derivados, o que representa cerca de 18% da nossa alimentação. Além disso, o leite dá uma excelente ajuda à hidratação diária de que todos necessitamos.

9. Bebidas vegetais não substituem o leite

As bebidas vegetais não substituem os benefícios do leite de vaca em termos nutricionais. Já quanto aos leites sem lactose, sim, são em tudo idênticos ao leite “normal”, pelo que constituem uma boa alternativa para as pessoas com intolerância.

Fonte: Público

A DGAV determinou, em 31 de julho p.p., a suspensão das AIM dos medicamentos veterinários que contêm Dietanolamina e destinados a espécies produtoras de alimentos para consumo humano, tendo, no entanto, permitido o escoamento das embalagens existentes no mercado. Tal escoamento do mercado implicava um certo período aceitável para a utilização dos medicamentos nas explorações, cujo prazo limite foi agora definido através do Ofício-Circular n.º 043/000/000, de 2018-11-05.

Complementarmente foi determinada a recolha, até 15 de janeiro de 2019, das embalagens existentes ao nível do utilizador final, as quais devem ser devolvidas aos respetivos fornecedores.

Fonte: DGAV

Foi publicada a Decisão de Execução (UE) 2018/1503 da Comissão de 8 de outubro de 2018 que estabelece medidas destinadas a impedir a introdução e a propagação na União de Aromia bungii (Faldermann) em seguimento de registo de focos deste inseto em Itália e na Alemanha.

A análise de risco efetuada pelo EPPO demonstra que este inseto tem um impacto inaceitável a nível económico, ambiental ou social no território da União , tendo sido portanto estabelecidas medidas fitossanitárias para prevenir a introdução e a e dispersão na União.

Fonte: DGAV

Cerca de 70% dos antibióticos na Europa são usados na criação de animais para consumo humano. O que exige ao sector da agro-pecuária um papel mais activo no combate ao desenvolvimento e disseminação de bactérias resistentes a estes fármacos, dizem responsáveis europeus.

Lidar com o problema da crescente resistência de bactérias a antibióticos não é apenas um desafio para os hospitais. A agro-pecuária tem uma responsabilidade central no facto de alguns destes fármacos se estarem a tornar ineficazes, pois é na criação de animais para alimentação que são usados 70% dos antibióticos consumidos na União Europeia, diz o comissário europeu para Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis. Por isso, estão na calha novas restrições à administração de antibióticos neste sector.

O que se passa é que os animais, ao serem tratados com antibióticos, podem acabar por ser portadores de bactérias resistentes a estes fármacos que, por sua vez, podem ser transmitidas aos vegetais através do estrume usado como fertilizante. E quando se consome estes alimentos — carne ou vegetais —, as ditas bactérias podem, por fim, passar para os humanos.

Alguns fármacos vão tornar-se exclusivos para uso humano, anunciou Andriukaitis, nesta quinta-feira, em Bruxelas, no evento que assinalou o Dia Europeu dos Antibióticos, promovido pelo Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC).

Na apresentação dos últimos dados sobre prevalência de infecções, consumo de antibióticos e resistência aos mesmos, dominou entre os especialistas o alerta para a necessidade de uma acção concertada entre as áreas da saúde humana, ambiental e animal. Há uma preocupação crescente quanto à presença de antibióticos no meio ambiente, com origem na pecuária, no tratamento de águas a céu aberto e na indústria.

Seguindo uma recomendação da Comissão Europeia, a Agência Europeia do Medicamento e o ECDC estão a fazer uma lista de novos antibióticos a proibir na agricultura, que deverá estar em breve em consulta pública. “Hoje é preciso perguntar aos nossos agricultores e produtores de carne se estão dispostos a contribuir” para a mitigação da crescente da resistência antimicrobiana, na origem de cerca de 33 mil mortes por ano, na Europa.

A partir de 2022, caso o Conselho da Europa dê luz verde à legislação proposta, os produtores vão ser ainda proibidos de administrar antimicrobianos de forma preventiva em animais para consumo humano. Haverá igualmente restrições à chamada medicação metafilática, ou seja, a medicação de animais doentes aos primeiros sintomas e todos os que com eles contactaram.

Na UE já é proibido, desde 2006, usar antibióticos para estimular o crescimento de animais destinados à indústria alimentar (sendo, no entanto, comum entre os grandes produtores fora da união) e é obrigatório o registo das prescrições em caso de doença.

Os últimos dados são já “animadores”: entre 2011 e 2016 as vendas de antimicrobianos veterinários caiu 20% em 30 países europeus, segundo dados da EMA citados por Nicola Holsten, directora-geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural na Comissão Europeia.

Os países fora da UE também “terão que respeitar estas proibições”, sublinhou o comissário europeu, esperando que este apertar da malha legislativa “mude o jogo” na Europa e no Mundo.

Em alternativa os produtores devem implementar medidas de reforço da higiene, de vacinação e melhores técnicas de diagnóstico. Acima de tudo, terá que haver “uma mudança cultural” na forma como se cria gado. Mas, além da legislação, a margem de manobra da Comissão Europeia é limitada. “Isto são tudo palavras vazias se não conseguirmos medidas concretas dos Estados-Membros a nível nacional e regional”, afirmou Andriukaitis.

Mais ganhos que custos

Nada disto minimiza a necessidade de actuar nos hospitais, onde a intervenção pode ser mais fácil e ter resultados mais rápidos. Os estudos divulgados esta quinta-feira pelo ECDC demonstram que as infecções por superbactérias continuam a ser um dos principais problemas dos sistemas de saúde na Europa. Muitos países – Portugal incluindo – continuam a ter níveis preocupantes de consumo de antibióticos de longo espectro, considerados de fim de linha

Entre 29 países analisados (28 do Espaço Económico Europeu mais a Sérvia), a proporção de antibióticos de largo espectro administrados nos hospitais varia entre 16 e 62%. No topo está a Bulgária, logo seguida pela Itália. Portugal aparece em oitavo lugar, perto dos 50%. O que quer dizer que quase metade dos antibióticos prescritos na amostra de hospitais e unidades de cuidados continuados portugueses analisada são fármacos que actuam sobre um grande número de espécies de bactérias (como as cefalosporinas de terceira geração, piperacilinas e inibidores da beta-lactamase).

Os custos, sociais e económicos, da resistência são elevados – “um bilião de euros em despesas anuais com saúde”, notou a directora do ECDC, Andrea Ammon. Já as medidas de prevenção e controlo nem por isso, frisou Francesca Colombo, chefe de divisão de saúde da OCDE, cujo mais recente relatório demonstrou que “três em cada quatro mortes [por bactérias resistentes a antibióticos] poderiam ser evitadas com apenas dois dólares por pessoa".

As intervenções desta quinta-feira fizeram também notar a necessidade de desenvolver os sistemas de vigilância, criar novos antibióticos e vacinas – com representantes da indústria farmacêutica presentes a pedir incentivos nos casos de sucesso na investigação.

“Alguns países estão a ser bem-sucedidos em contrariar a tendência [de disseminação e criação de novas resistências]. Outros nem tanto. Mas [a resistência antimicrobiana] não é uma situação inevitável”, frisou também a directora do ECDC. Andrea Ammon espera que, da mesma forma que surgiu, “esta epidemia demore alguns anos a desaparecer”. “Mas são precisos grandes esforços. Não há tempo para complacência”, afirmou.

Ainda assim, estes responsáveis temem que os europeus não estejam suficientemente atentos aos perigos das infecções por superbactérias. Um estudo do Eurobarómetro com opiniões de mais de 27 mil cidadãos europeus, também divulgado esta quinta-feira, mostra que, embora 85% dos inquiridos saibam que o uso desnecessário de antibióticos contribui para que estes deixem de funcionar, mais de metade desconhecia que estes são ineficazes contra vírus. Isto explica porque é que 20% dos que tomaram antibióticos no último ano o fizeram, erradamente, por causa de uma constipação ou gripe. É ainda preocupante que 7% dos que tomaram antibióticos se tenham automedicado.

Fonte: ANILACT

Defenderei sempre as vantagens de uma alimentação feita maioritariamente à base de produtos naturais, em detrimento dos produtos processados. No entanto, e porque é normal que alguns destes produtos façam parte do seu dia a dia, é importante que saiba distinguir um bom de um mau produto processado.

Neste sentido, é essencial aprender a ler os rótulos dos produtos alimentares, por forma a conseguir fazer as melhores escolhas.

Existem vários tipos de produtos processados e nem todos são necessariamente maus para a nossa saúde. A partir do momento em que um alimento ou conjunto de alimentos (matéria-prima) é transformado pelo homem, dando origem a um produto, é denominado de processado. Em suma, um produto processado é um produto produzido pelo Homem, que não encontramos naquela forma na Natureza.

Essa transformação pode ser mais ou menos natural, com ou sem branqueamento, adição de açúcares, óleos e aditivos alimentares. A melhor forma de avaliarmos a qualidade do produto que temos à nossa frente é através do rótulo, primeiro na leitura dos ingredientes e posteriormente na leitura da informação nutricional. Ambas as leituras devem ser consideradas em simultâneo para concluirmos acerca do produto.

O packaging e branding [as gestões de embalagem e de marca] daquele produto podem ser muito apelativos, e até conter informação que nos leva a deduzir quanto ao seu grau de qualidade, como “produto sem glúten”, “biológico”, “sem lactose”, “sem açúcar”, “orgânico”, “natural”, “100% vegetal”, “integral” ou “vegan”, para dar alguns exemplos.

No entanto, esta informação não reflete com exatidão a realidade sobre aquele produto, devendo por isso ser considerada também a leitura dos ingredientes e informação nutricional.

A título de exemplo, um produto “sem açúcar” e “sem glúten” não é necessariamente mais saudável quando comparado com a sua versão “original”. Tudo depende do tipo de ingredientes que foram utilizados para substituir aqueles componentes. É verdade que o açúcar branco/refinado é dos maiores venenos que podemos consumir, mas existem alternativas ao mesmo, utilizadas na indústria alimentar, que são tão más ou piores do que o açúcar convencional, como os aspartames, os edulcurantes e outros adoçantes artificiais.

A história repete-se em relação aos restantes temas: tudo depende do tipo e qualidade dos ingredientes utilizados na confeção daquele produto. Tudo o resto que possa aparecer na embalagem faz parte de uma estratégia de marketing, pensada e estudada, para vender aquele produto.

Embora essa informação tenha de ser verdadeira, é muitas vezes enganadora aos olhos dos consumidores, porque se parte do princípio que um produto “sem açúcar” ou “biológico” é por si só saudável, ou pelo menos mais saudável do que as alternativas comuns, quando nem sempre é verdade.

Felizmente, aparecem no mercado cada vez mais marcas de produtos processados saudáveis, feitos com boas matérias-primas, no seu estado mais integral, e pouco trabalhados. No início pode parecer um desafio encontrar este tipo de produtos, mas com o tempo vai ver que facilmente os identifica na prateleira de uma superfície comercial.

De seguida enumero algumas dicas para facilitar as suas escolhas na próxima vez que for ao supermercado:

1.LEITURA DOS INGREDIENTES E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Segundo as normas de rotulagem da União Europeia, todos os ingredientes mencionados no rótulo estão listados por ordem de grandeza, ou seja, o primeiro ingrediente que aparece é aquele cuja quantidade é maior. Desta forma, consegue rapidamente perceber os ingredientes principais (ou seja, em maior quantidade) daquele produto. Como exemplo, não será um bom indicador se os açúcares simples, as farinhas refinadas (geralmente o trigo) e as gorduras refinadas aparecerem nos primeiros lugares.

Para além da ordem de menção dos ingredientes, é muito importante também que conclua acerca da sua qualidade. Por exemplo, se os ingredientes são integrais ou refinados, se contém aditivos alimentares (os famosos E’s), açúcares simples, gorduras trans e saturadas e excesso de sal. Pode verificar toda esta informação na leitura do rótulo em conjunto com a informação nutricional.

2. MENOS É MAIS

Não costuma ser bom sinal quando encontramos produtos com uma extensa lista de ingredientes na sua composição. Normalmente nesses casos existem vários aditivos alimentares que foram adicionados ao produto para evidenciar o seu sabor, melhorar o seu aspeto e textura e aumentar a sua validade.

Olhemos para o exemplo do pão. Todos sabemos que a constituição do pão resume-se a três ingredientes principais: farinha, água e sal. Pois são incontáveis os vários tipos de pão que se encontram à venda (maioritariamente em grandes superfícies comerciais) que têm dezenas de ingredientes na sua composição.

Na próxima vez que for comprar o seu pão, lembre-se de olhar para o rótulo. Mesmo que o pão não esteja embalado, pode pedir ao responsável da loja para lhe mostrar a lista de ingredientes, caso esta não esteja visível. Isto é válido para qualquer produto que queiramos adquirir e que não tenha rótulo visível. Os responsáveis pelos estabelecimentos são obrigados a guardar os rótulos relativos a todos os produtos que têm disponíveis para venda, mostrando-os ao cliente sempre que este o solicite.

3. INGREDIENTES DESCONHECIDOS

Este truque é muito simples e intuitivo. Desconfie dos produtos cuja lista de ingredientes é composta por nomes que não conheça ou que pareçam impronunciáveis. Existem vários nomes diferentes para designar os açúcares, as gorduras e todos os aditivos alimentares que se adicionam a produtos processados. Lembre-se que os produtos processados mais saudáveis são compostos por ingredientes que conseguimos reconhecer e que identificamos a alimentos que encontramos na Natureza.

Filipa Range

Fonte: Sapo Lifestyle

A 7 e 9 de novembro, foram confirmados no Laboratório de Virologia do INIAV I.P., em Oeiras, por testes moleculares, diagnósticos de mixomatose em lebres (Lepus granatensis) nos concelhos de Évora e Beja, respetivamente.

A mixomatose é uma doença viral dos leporídeos sem consequências para a saúde pública mas de declaração obrigatória.

A DGAV, recomenda o reforço das medidas de vigilância, nomeadamente a prospeção de cadáveres e de lebres doentes no campo.

Os cadáveres de lebres devem ser enviados para os pontos de recolha definidos no âmbito do projeto +Coelho (This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.) ou ser eliminados através de enterramento, após cobertura com cal viva, ou por encaminhamento para unidade de tratamento de subprodutos aprovada.

Importa ainda reforçar a adoção de medidas de higiene e de prevenção da transmissão de doenças, nomeadamente a desinfeção do calçado, dos equipamentos (incluindo bebedouros) e das rodas dos veículos nas zonas de caça, bem como a evisceração de animais em ato venatório sobre um plástico.

Aconselha-se ainda, sempre que possível, o controlo de vetores, sendo neste momento desaconselhada a suplementação de alimento, como forma de desfavorecer a proximidade entre animais.

É também desaconselhada a movimentação (captura, translocação, repovoamento) de lebres e de coelhos-bravos, provenientes das áreas afetadas (concelhos de Évora e Beja).

A DGAV relembra que qualquer introdução em território nacional de coelhos-bravos ou lebres oriundos de outros Estados Membros deve obrigatoriamente ser acompanhada da respetiva certificação sanitária.

Fonte: DGAV

Michael Ormsbee e Samantha Leyh, investigadores da Universidade do Estado da Florida, nos Estados Unidos, descobriram que ingerir 30 gramas de proteína 30 minutos antes de ir para a cama não implica qualquer aumento na gordura corporal, antes pelo contrário, beneficia o metabolismo e a saúde em geral.

Os cientistas recrutaram mulheres jovens ativas, com cerca de 20 anos, que foram convidadas a consumir amostras de queijo "cottage", um tipo de queijo muito semelhante ao queijo fresco português. A equipa pretendia analisar o impacto daquele alimento sobre a taxa metabólica e a recuperação muscular nos indivíduos.

Segundo o estudo, esta é uma das primeiras investigações nutricionais em que os participantes consumiram um alimento inteiro em oposição a um batido de proteína ou alguma forma de suplemento.

Tão bom como os suplementos

"Embora os suplementos proteicos tenham já o seu lugar [no mercado], é importante começar a recolher dados sobre os alimentos em si e entender o seu papel em determinadas situações", comenta Samantha Leyh.

Michael Ormsbee explica que se presumia que os alimentos integrais atuariam de forma semelhante às proteínas em forma de suplemento. No entanto, não havia prova científica disso.

O investigador defende a importância deste estudo pois reforça a ideia que os alimentos integrais funcionam tão bem como a suplementação com proteínas.

"É importante porque acrescenta à literatura científica a informação de que os alimentos integrais funcionam tão bem como a suplementação proteica e isso dá às pessoas opções de nutrição pré-sono que vão além de pós ou batidos", conclui.

Fonte: ANILACT

Maçãs, suculentas e saudáveis

  • Thursday, 15 November 2018 11:09

A maçã é um dos alimentos com mais simbolismo - outrora sinónimo de sedução (o conhecido fruto proibido) e, agora, espelho de uma dieta saudável -, mas também dos mais consumidos e apreciados em todo o mundo, muito por conta do seu sabor que suavemente oscila entre o doce e o ácido e da sua suculência capaz de satisfazer até mesmo a maior das gulas. De forma arredondada e cores vibrantes, que variam entre o amarelo dourado e vermelho intenso, a maçã é o fruto que nasce da macieira, árvore da espécie Rosaceae(família das rosas), originária da Ásia Ocidental e que demora dois anos a dar frutos. Reineta, bravo, gala, fuji, golden, pink lady e granny smith são apenas algumas espécies de maçãs que fazem as delícias de miúdos e graúdos. Em Portugal, e dependendo da variedade, a maçã é comercializada ao longo de todo o ano, o que facilita a sua inclusão numa alimentação saudável.

Crua, com ou sem casca, assada, cozida, sob a forma de sumo, puré ou simplesmente como topping de um snack saudável, a maçã é dos alimentos com melhor potencial nutricional e que mais benefícios oferece à saúde. A versatilidade é um dos maiores trunfos da maçã na promoção de uma saúde fortalecida, razão mais do que suficiente para procurar inclui-la nas suas refeições, todos os dias.

REPLETA DE VANTAGENS

Com uma maior produção em regiões frias ou de altitude, a maçã foi desde sempre uma das maiores aliadas para a saúde, pois beneficia de temperaturas mais frias e apresenta uma maior durabilidade, conservando-se durante mais tempo e sem perder o valor nutricional. Na verdade, a maçã é um elixir de vitalidade, uma verdadeira fonte de saúde (e juventude, acredite). Com um alto poder hidratante (cada maçã é composta, em média, por 83% de água) e rica em fibra (especialmente quando consumida com casca) , é dos alimentos que concentra mais benefícios para a saúde, seja qual for a sua idade. A presença de flavonoides (um tipo de fitoquímico) faz da maçã um alimento com propriedades antivirais, anti-inflamatórias - aqui, também graças à presença de taninos, que se intensificam depois da maçã ser aberta ou ralada e antioxidantes, oferecendo, por isso, uma saúde de ferro a quem a inclui regularmente na sua alimentação. Com um teor energético moderado- uma maçã média tem entre 80 a 90 calorias - e com um teor muito reduzido em gorduras, a maçã é ainda uma das frutas que melhor encaixa num plano alimentar saudável e equilibrado, especialmente quando o objetivo é perder peso com saúde

A RAINHA DA CESTA DE FRUTA

As maçãs de Alcobaça IGP e da Beira Alta IGP são duas das protagonistas nacionais, produzidas com base no conhecimento que fruticultores passam de geração em geração. Uma vez que beneficiam de condições climatéricas diferentes, estas duas maçãs apresentam características muito próprias: as de Alcobaça, produzidas num clima mais suave e com nevoeiro matinal, têm uma cor mais intensa, e as da Beira Alta, que recebem um ar mais frio e produzem-se numa região montanhosa, apresentam uma textura mais crocante e um sabor mais adocicado. Por cá, não há cesta de fruta que não tenha maçãs. Firme e de cor acentuada, a maçã é o snack perfeito para as merendas feitas a meio da manhã ou a meio da tarde ou para os momentos que antecedem um treino ou até mesmo uma reunião fora de horas. É também a fruta ideal para uma salada fresca de verão, para um puré reconfortante de outono, uma tarte ao estilo crumble bem doce de inverno ou um sumo nutritivo de primavera. Com canela, com mel, com vinagre balsâmico, com frutos secos ou simplesmente à dentada, são muitas e deliciosas as formas de consumir esta fruta. Dê asas à imaginação e aproveite a versatilidade da maçã para tornar a sua alimentação ainda mais saborosa e saudável. À mesa, na mala ou na marmita dos mais novos, agora já sabe o bem que lhe fará comer uma maçã, todos os dias.

BENEFÍCIOS

Rica em água, fibra e flavonoides, a maçã é um alimento com propriedades antivirais, anti-inflamatórias e antioxidantes. Por ter uma grande percentagem de água contribui para hidratação. É rica em fibra que ajuda a prolongar a sensação de saciedade e promove uma absorção gradual do açúcar natural presente.

COMO CONSERVAR

Para que o sabor, textura e propriedades não fiquem comprometidos, opte por conservar as maçãs na gaveta inferior do frigorífico.

VALOR NUTRICIONAL

64 kcal POR 100 g

LÍPIDOS - 0,5 g dos quais 0,1 g saturados

HIDRATOS DE CARBONO - 13,4g, dos quais açúcares - 13,4 g

FIBRA - 2, 1g

PROTEÍNA - 0,2 g

COMO CONSUMIR

À dentada, cortada em luas, com casca, sem casca, ralada, aos cubos, palitos, em sumo, puré, assada, cozida... São muitas as formas de consumir maçã e sempre sem comprometer o seu potencial nutricional. Por ser bastante versátil, a maçã é das frutas que mais marca presença na pastelaria, sendo protagonista de bolos e tartes.

Fonte: Jornal de Notícias

Numa noite em que a cidade estava concentrada na receção ao caloiro, a ASAE entrou em quase 90 estabelecimentos. A falta de higiene é a causa maior dos processos de contraordenação levantados em quase metade dos casos.

"Vamos à procura de várias coisas. A venda de álcool a menores é só uma delas". O desabafo de um dos inspetores da ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) a caminho da Praça Rodrigues Lobo, em Leiria, ficou por isso mesmo. Era sexta-feira à noite, dia habitual de muita gente na rua pela noite dentro, mas a festa da receção ao caloiro na periferia da cidade acabou por esvaziar a tão comum infração, pelo menos naquele local.

Sobraram outras: 40 processos de contraordenação pela falta de requisitos de higiene, falta de manutenção de HACCP, falta de afixação de preços, falta de declaração prévia, falta de requisitos em alojamento local. E sim, algumas das 13 brigadas que passaram Leiria a pente fino também foram à festa dos estudantes, onde aproveitaram para fiscalizar as roulottes de venda ambulante. E aí havia venda de álcool a menores, irregularidades relacionadas com a rotulagem de géneros alimentícios, falta de dísticos obrigatórios. Ao final da noite, a lista de infrações ainda era completada com a falta de manutenção de extintores, exposição em montra de artigos pornográficos e outras falhas.

A ASAE apelidou a operação de "Brisa do Lis", o doce regional que a cidade tanto comercializa, e faz algum sentido. Afinal, entre os 90 operadores económicos fiscalizados (dos quais resultaram 40 autos de contra ordenação), havia também pastelarias. Uma delas não se livrou da penalização maior: a suspensão parcial da unidade de fabrico e armazenamento, por falta de requisitos de higiene. A acompanhá-la, na lista dos autos, ficou também um dos restaurantes do Leiria Shopping, que até refazer as condições de confeção e armazenamento vai manter-se fechado.

Mas a operação rendeu mais do que isso à ASAE. Foram apreendidas 2 máquinas utilizadas para a prática de jogo ilícito (num valor aproximado de € 7.000 e € 47,50 em numerário) e 125 Kg de géneros alimentícios (carne, fruta e produtos hortícolas). Para lá das coimas que daí advêm, foi ainda instaurado um processo-crime por usurpação de direitos de autor e aproveitamento de obra contrafeita. Depois houve os bons exemplos, que não fazem história nos registos da ASAE. E é por isso que o Inspetor-Geral, Pedro Portugal Gaspar, insiste na ideia que considera "uma revolução mental: num estabelecimento com boas condições ficar um selo de verificação pela positiva. Isso mudaria a lógica mental da inspeção que é não ser só punitiva, mas estimular o lado positivo", como afirmou ao DN no decorrer da operação, que acompanhámos pela noite dentro.

Hostel novo, hostel velho

A cidade estava quase deserta e por isso o frenesim habitual de sexta-feira quedava-se nos restaurantes da Praça Rodrigues Lobo e nos bares circundantes. Tudo tranquilo. Foi assim também, sem grande alarido, a operação Brisa do Lis, que só num ou noutro caso encontrou gerentes nervosos e pouco colaborantes.

A contrastar, os que nem se importaram de abrir a porta ao DN, e encararam a fiscalização como oportunidade de melhoria e crescimento. É verdade que para lá da cortina invisível da cozinha se esconde muitas vezes um mundo de dimensões reduzidas e falta de condições de higiene. Na Praça, aconteceu apenas um caso. O que os inspetores encontraram foi sobretudo rapazes e raparigas novos, ao leme dos bares e restaurantes, aturdidos com a inspeção e de telefone em riste, para os patrões ausentes. "Nada de especial", comentava uma inspetora, à saída. De resto, as mulheres representam a maioria do quadro efetivo da ASAE, embora na operação de Leiria estivessem em menor número.

A fiscalização esteve a cargo da Unidade Regional do Centro, que integra os serviços de Coimbra, Tondela e Castelo Branco. Muitos já conheciam parte dos locais que agora foram alvo da operação. E por isso "foi interessante verificar que isto resulta, que a maioria retificou as falhas que na altura detetámos", como haveria de sublinhar o Inspetor-Geral.

Mas não há nenhum proprietário ou gerente de bar que solte aplausos quando vê entrar pelo estabelecimento dentro uma brigada da ASAE. No Atlas, o hostel que se tornou o bar da moda na noite de Leiria, Hugo Domingues foi o exemplo da descontração, ainda assim. Os inspetores só não puderam visitar os quartos, porque estavam "todos ocupados, e a esta hora não vamos incomodar as pessoas", como sublinhava o responsável. Dezenas de pessoas continuaram no piso de baixo a saborear cocktails e outras especialidades, à margem da operação que decorria. No final, ficaram algumas indicações de retificação, como a substituição do piso ou a melhoria das condições na cozinha coletiva. Luís Marques, que divide com Hugo a gerência, disse ao DN que "não deixa de ser stressante, receber de repente uma visita dessas sobretudo quando temos a casa cheia e numa altura em que estamos em obras". Mas a dupla encarou a operação como "uma forma de melhorar".

Dali a brigada seguiu para o mais recente hostel da cidade, o La Palma, a 150 metros, que saiu igualdade da veia empreendedora de Hugo e Luís. Um contraste gigante, para conceitos completamente diferentes. A recuperação do edifício histórico e o cuidado com que encontraram aquele alojamento local deixou os inspetores positivamente impressionados. De resto, é por causa de exemplos como aquele que a ASAE insiste na necessidade da criação do tal selo que distinga os casos positivos.

A evolução das roulottes

À mesma hora um grupo de brigadas atuava nas redondezas, incluindo as roulottes de street food que alimentam a receção ao caloiro. Pedro Portugal Gaspar lembra que essa foi uma área que deu passos de gigante nos últimos anos, cumprindo quase sempre os requisitos. A contrastar, o Inspetor Geral manifesta a sua preocupação com os estabelecimentos de comida em centros comerciais. A ASAE soma autos de contraordenação em vários espaços, proliferam pragas de baratas.

Já passa da uma da manhã quando os inspetores entram na casa de diversão noturna mais conhecida da cidade. O movimento está fraco. Há mais raparigas sentadas ao balcão ou nos sofás em volta da pista de pole dance do que clientes. Ouve-se uma versão de um sucesso brasileiro, o que confirma as suspeitas dos inspetores: "o que acontece muitas vezes nestes casos é que a obra musical é contrafeita, ou estamos perante usurpação de direitos de autor".

A comitiva não se demora muito (deixa apenas a brigada responsável) porque há ainda uma padaria para fiscalizar, na madrugada. E segue pelo IC2, tão bem conhecido dos inspetores. À chegada ao Barracão, na freguesia de Colmeias, os irmãos Simões maldizem a sorte quando a ASAE lhes bate à porta. Afinal, ainda há dois anos ali esteve, levando à suspensão temporária e parcial de uma parte do fabrico. "Fizemos tudo o que nos pediram, como podem ver", aponta Armindo, um dos sócios, que aproveita para mostrar à brigada as obras feitas depois da fiscalização, que ainda estão a pagar. "Foram quase quatro mil euros e isto não está fácil", conclui. Lá dentro coze-se o pão de mistura que há de abastecer as casas das redondezas daqui a poucas horas. Desta vez os inspetores não têm nada a apontar. Armindo assina o auto de verificação, ainda pergunta se não querem um pãozinho. Não, obrigado. "Então que voltem só daqui a uns 50 anos", sugere o padeiro.

Pedro Portugal Gaspar é o inspetor-Geral da ASAE desde setembro de 2013, e acabou de ver a comissão de serviço renovada por mais cinco anos. Acompanhou toda a operação de Leiria, que começou na tarde de ontem e se prolongou pela madrugada.

"Tentamos não repetir o mesmo agente económico no prazo de um ano, pelo menos, salvo situações em que existam reincidências ou de risco. A fiscalização ordinária ou corrente tem esse princípio de não fustigar os agentes económicos mas sim verificar um controle de mercado", afirma ao DN.

Anualmente a ASAE promove cerca de 40 mil fiscalizações nos diversos setores, entre os grandes centros urbanos e o meio rural, de acordo com o quadro de competências, entre a restauração, o alojamento e os estabelecimentos de diversão noturna. O objetivo é só um: "melhorar a prestação do serviço económico e o cumprimento da lei". Nos últimos tempos tem enveredado pela via da sensibilização, promovendo sessões de esclarecimento dos agentes económicos, com as autarquias ou associações empresariais. Ontem, aquela que o DN acompanhou foi a fiscalização "clássica, pura e dura", como afirma Pedro Gaspar. E 13 anos depois da criação da ASAE (comemorados na semana passada) a taxa global média de incumprimento - de todas as atividades - diminuiu bastante. Situava-se acima dos 25% nos primeiros anos. Nos últimos três anos está nos 18%.

O desafio de acompanhar o negócio digital

Pedro Gaspar acredita que "há setores que ainda estão acima desses 18%. A restauração apresenta por vezes uma situação de incumprimento superior". Mas aí registam-se sempre dois tipos de infrações. As mais ligeiras, como a falta do livro de reclamações, de dístico de aviso ao consumidor; e as que apresentam mais gravidade, relacionadas sobretudo com a higiene das cozinhas, o que em casos extremos leva à suspensão da atividade. Essa é, de resto, a penalização máxima. Aconteceu duas vezes, na última madrugada.

"Não tenho dúvidas nenhumas que há um crescente nível de cumprimento em todos os setores que a ASAE fiscaliza, e que são muitos: ginásios, restauração, alojamento, funerárias, é uma vastidão grande", sublinha o Inspetor-Geral.

A restauração continua a ser a área em que mais autos de contra ordenação são levantados. O Inspetor-Geral utiliza até uma comparação simples, para explicar a incidência: "veja nas nossas casas, se não arrumamos logo a cozinha. Num restaurante, se não houver um acompanhamento constante, uma cozinha que serve 50 ou 100 refeições depressa se transforma num local onde parece não haver qualquer higiene. Daí a importância desse cuidado contínuo e permanente".

Já o alojamento, por exemplo, não tem uma dinâmica tão "massacrante", como costuma dizer. Mas o fenómeno do alojamento local levanta agora outras questões à ASAE.

A operação "Brisa do Lis" centrou-se no retalho, no comércio testado pelo consumidor final. Mas a montante há um trabalho que é feito nas indústrias, no transporte, ao longo de toda a cadeia. Pedro Portugal Gaspar acredita que o panorama português é muito satisfatório, sobretudo quando comparado com muitos países europeus. "Qualquer pessoa que viaje um pouco pela Europa tem essa noção, e faz uma comparação entre os nossos estabelecimentos e os outros".

E no futuro? "O ideal seria haver nível de incumprimento zero. Como na sinistralidade rodoviária, em que se premeia o condutor com pontos". De resto, Pedro Gaspar fala de outra preocupação, que estará a ser corrigida em projeto na lei-quadro das contraordenações: "Constatei alguma desproporção no que respeita às coimas. Desde a venda de tabaco a menores, cuja coima pode chegar aos 30 mil euros, ou situações de falta de higiene com coimas muito mais baixas". De resto, o grande objetivo é conseguir que o cidadão e o agente económico "olhem para a ASAE como um aliado e não como o polícia mau".

Fonte: Diário de Notícias

Como reduzir o consumo de açúcar?

  • Monday, 12 November 2018 11:00

A OMS indicou que o açúcar não deve contribuir com mais de 10% das calorias diárias. Saiba como reduzir o consumo deste ingrediente.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu uma nova recomendação sobre o consumo de produtos livres de açúcar, alertando que estes contém um aumento na quantidade calórica, por isso que aconselham o consumo de outros produtos com calorias mais adequadas.

Nesta recomendação, a OMS indicou, que o açúcar não deve contribuir com mais de 10% das calorias diárias (tanto em crianças como em adultos). Ou seja, numa dieta de 2 mil calorias, seriam cerca de 50 gramas de açúcar, o equivalente a cerca de 12 colheres de chá de café. No caso das crianças, o consumo não deve exceder as 37 gramas numa dieta de 1.750 calorias.

O que são os produtos livres de açúcares?

A OMS indica que são monossacarídeos (como glicose e frutose) e dissacarídeos (como sacarose ou açúcar de mesa) e que acrescem aos açúcares naturalmente presentes no mel, xaropes e frutas e sumos à base de concentrado, explica Elena Gascón Villacampa, presidente do Grupo Oficial de Nutricionistas em Espanha.

Consequências

Apesar do açúcar cumprir algumas funções importantes no nosso corpo, como a ativação da energia essencial para atividades diárias, é essencial conhecer os efeitos negativos que o excesso de glicose pode ter no corpo.

* Aumento de peso, ou obesidade, que pode resultar em hipertensão, diabetes, colesterol alto, entre outros problemas cardiovasculares;

* Cáries dentárias, pois as bactérias da boca são alimentadas por açúcares que se transformam em ácido e que podem danificar o esmalte;

* Fome descontrolada. O consumo diário de açúcares implica que se cria uma resistência à leptina, ou seja, a resitência a um agente que controla a sensação de fome.

* Insuficiência renal crónica, se seguir uma dieta de açucares em excesso, eventualmente, vai começar a detectar a presença de albumina na urina. Isto indica-nos que o rim está a produzir falhas.

* Vício ou dependência.

Por onde começar?

* Faça uma redução progressiva do açúcar, invés de optar por uma redução repentina, de modo a que o seu paladar fique acostumado à mudança;

* Reduzir a adição de açúcar em iogurtes e bebidas (cafés e chás);

* Redução de consumo de doces, pastéis, bolos e milkshakes;

* Esteja atento aos rótulos dos produtos e aos ingredietes que integram. É aconselhado evitar aspartamo, glucitol, acessulfame K ou xarope de glucose e frutose.

Como substituir o uso de açúcar?

* Frutas secas e/ou frescas são uma boa alternativa para usar na culinária devido aos açucares naturais, fibras, vitaminas e minerais.

* Use especiarias e sementes, como noz-moscada e canela, que tenham um sabor levemente adocicado e possam ser usadas para bebidas como café, chá ou leite.

* As bebidas vegetais de coco e a amêndoa, proporcionam uma leve doçura;

* O óleo de coco também tem um leve sabor açucarado que é transferido para o alimento em que é cozido. Pode ser usado para substituir outros óleos e manteiga.

Fonte: ANILACT