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O Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) realizou quatro apreensões de cerca de 17 toneladas de uvas que terão entrado ilegalmente no Douro, durante a operação de fiscalização que decorre nesta vindima, divulgou esta terça-feira aquela entidade.

As ações de fiscalização e controlo do instituto público decorrem durante todo o ano, mas intensificam-se durante a época de vindimas naquela que é a mais antiga região demarcada e regulamentada do mundo. O presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral, fez esta terça-feira um balanço provisória da operação de fiscalização, numa altura em que as vindimas se aproximam no final. "Este ano, de uma vindima atípica e perspetivas de uma menor produção, nós aumentamos as brigadas de fiscalização. Praticamente duplicamos as brigadas de fiscalização para os 12 elementos e seis viaturas, em relação ao ano passado", afirmou aos jornalistas. De acordo com o responsável, até este momento, os fiscais do IVDP fizeram quatro apreensões, de cerca de 17 toneladas de uvas de trânsito ilegal, ou seja, que terão entrado de forma ilegal na região. Os processos foram remetidos para o Ministério Público (MP).

No ano passado, segundo Manuel Cabral, foi realizada uma apreensão. "A nossa atitude, para além de ser permanente na fiscalização da vinha e do vinho, centra-se sobretudo na dissuasão. Os nossos fiscais fazem dezenas de milhares de quilómetros durante a vindima. Andam permanentemente a visitar os centros de vinificação e a verificar o trânsito, a circulação de uvas em particular", afirmou.

O presidente do IVDP ressalvou que "não é ilegal haver trânsito de uvas", desde "que haja um acompanhamento dessas mesmas uvas por parte das entidades reguladoras". As uvas que entram no Douro de outras regiões não podem é dar lugar a vinhos com denominação de origem. Logo no início da vindima, referiu, as brigadas fizeram o acompanhamento de uvas para fora da região, e, entretanto, um camião que vinha de fora do Douro foi acompanhado pelos fiscais, acabando, depois, por descarregar num centro de vinificação também fora da região. Ainda de acordo com o responsável, em ações de fiscalização prévias à vindima foram selados cerca de 200 mil litros de vinho.

Este vinho está a ser analisado e, se comprovar a existência de irregularidades, serão levantados os respetivos autos de contraordenação. O IVDP trabalha em articulação com a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a GNR e as regiões vitícolas limítrofes, como os vinhos Verdes e o Dão. No Douro existem 1.500 centros de vinificação, dos quais 500 são de maior volume. A região prevê uma quebra de produção nesta vindima que poderá ser superior aos 30%.

O ano prometia uma boa produção, no entanto, os meses de junho e julho foram chuvosos, criando condições para a propagação do míldio, um fungo que pode infetar todos os órgãos verdes da planta - folhas, cachos e pâmpanos. Às doenças juntou-se o granizo e, no início de agosto, um escaldão provocado pelo calor, que secou o fruto.

Fonte: Correio da Manhã

Visite o leitor um qualquer mercado e sairá com uma certeza: tomate, beringela e pimentão são vegetais; morango, figo e maçã, assim como a banana são frutos. Não há misturas na banca e, na cultura popular as diferenças, se os tomarmos pelo sabor, estão bem vincadas.

Agora, fale o leitor com um botânico e perceberá que aquilo que o saber popular nos devolve há muito, cientificamente não tem a mesma resposta.

Se lhe dissermos que um tomate, uma beringela e um pimentão são um fruto, torce o nariz de ceticismo. Mais o fará se acrescentarmos que a banana, o morango, o figo e a maçã não jogam no mesmo campeonato. É verdade, banana é fruto. Os três outros alimentos são pseudofrutos. Passemos, então, a explicar.

Em rigor, seguindo a cartilha da botânica, fruto é o que nasce do ovário da planta, a parte onde vamos encontrar as sementes. É, precisamente o que acontece com o tomate, a beringela, a abobrinha, o pepino, o chucho e o pimentão, entre outros frutos.

Uma definição que, contudo, pode encontrar variações se entendida do ponto de vista nutricional. Vejamos, então: “apesar de serem frutos do ponto de vista botânico, em termos nutricionais, encaixam na categoria dos hortícolas”, explica a nutricionista Cláudia Vieira. “Isto porque são pobres em açúcar. Possuem um baixo índice glicémico. Estes frutos escondidos, são, ainda, fontes de fibras, vitaminas e minerais. Nestes casos assemelham-se aos congéneres que imediatamente associamos à fruta”.

Importante é saber que podemos consumir tomate, um fruto, sem grandes restrições, sem os inconvenientes da frutose, o açúcar natural da fruta. “É claro que como em qualquer alimento há que saber equilibrar. Não vamos, só por ser saudável, consumir em doses acima do que é aconselhável. Na alimentação, tal como em tudo o mais, devemos evitar os excessos”, consubstancia a especialista.

Tomando, ainda, o caso do tomate, “há que saber que é rico em licopeno, encontrando-se este nas sementes e na polpa que tantas vezes desmerecemos. Um nutriente muito importante na prevenção do cancro, particularmente entre os homens no que respeita ao cancro da próstata”.

“Extrapolando, as ervilhas sendo leguminosas, do ponto de vista nutricional, estão mais próximas dos hortícolas, das as suas características. Nutricionalmente não são tão ricas em fibras e proteínas”, acrescenta a nutricionista. “Por exemplo, um amendoim é uma oleaginosa, mas também uma leguminosa e um fruto”.

Para complicar, os pseudofrutos

Como vimos inicialmente, o fruto desenvolve-se a partir do ovário de uma flor. Contudo, nem todas as espécies vegetais se comportam assim.

Ou seja, em certas plantas, além do ovário, há outras partes da flor que se podem tornar frutos. Chegamos, então, aos pseudofrutos. Alguns exemplos? O morango, o figo e, pasme-se, a maçã e a pêra.

No caso do morango, o fruto são os pontinhos negros que vemos no exterior, agarrados à polpa carnuda encarnada.

O figo é, na realidade, uma estrutura oca com flores no seu interior.

Já no abacaxi, o verdadeiro fruto está na casca.

No caso da maçã e da pêra, a polpa suculenta não é o fruto. Este encontra-se no seio da polpa, nas casquinhas duras onde as sementes se encontram protegidas.

Fonte: Sapo Lifestyle

Foi reportado o terceiro caso em 2018 de contaminação por Vibrio no estado do Alabama, Estados Unidos da América. Neste momento o caso está sob investigação pelo Mobile County Health Department (MCHD).

O MCHD afirma que a exposição ao microrganismo ocorreu durante uma apanha de caranguejos na baía Mobile. A espécie foi identificada como sendo Vibrio vulnificus e verificou-se a ocorrência de fasciíte necrosante - infeção que resulta na morte dos tecidos moles do organismo.

Habitualmente as bactérias Vibrio habitam em águas costeiras e apresentam maior concentração entre os meses de maio e outubro, quando as águas estão mais quentes. No entanto, este microrganismo pode surgir durante todo o ano em determinadas zonas. As bactérias Vibrio podem entrar no organismo através de abrasões na pele mas também pode fazê-lo através do consumo de marisco contaminado.

Entretanto, o Departamento de Saúde Pública do estado do Alabama já emitiu um comunicado onde desaconselha a entrada em águas da zona em questão se tiver alguma lesão na pele, e caso ocorra alguma abrasão durante o contacto com a água, deverá se proceder à limpeza e desinfeção imediata da ferida.

Existem mais de 70 espécies de Vibrio, no entanto, cerca de 12 causam doenças no ser humano - conhecidas por vibrioses.

O Centers for Disease Control and Prevention estima que todos os anos cerca de 80 000 pessoas são contaminadas com o microrganismo Vibrio e 100 indivíduos morrem da doença. 52 000 destes casos resultam do consumo de alimentos contaminados.

Fonte: FoodWorld

A condição que afeta um em cada quatro portugueses, aumenta ainda perigosamente a probabilidade de ocorrência de ataques cardíacos e de enfartes.

De modo a reduzir o risco de incidência desses elementos de risco, muitos médicos prescrevem medicação para tratar a pressão alta. Porém, adotar certas mudanças no estilo de vida e levar a avante determinadas alterações no regime alimentar, são outros fatores que contribuem para uma redução dos níveis perigosos de tensão arterial e para aliviar os sintomas daqueles que já sofrem de hipertensão.

Os especialistas recomendam assim o consumo de alimentos ricos em potássio. Já que esse nutriente ajuda a equilibrar os índices de sal presentes no organismo, promovendo ainda a saúde de órgãos vitais como os rins.

O grupo norte-americano de apoio à saúde cardiovascular American Heart Association, informa: “Os alimentos ricos em potássio são determinantes para gerir a hipertensão, já que aliviam e minimizam os efeitos do sódio no corpo”.

“Quanto mais potássio se come, mais sódio se perde através da urina”.

“O potássio ajuda ainda a aliviar a tensão nas paredes dos vasos sanguíneos, o que por sua vez contribui ainda mais para reduzir a pressão arterial”.

Eis cinco alimentos ricos em potássio que deve ingerir:

1. Bananas Consumir esta fruta duas vezes por dia pode ajudar a reduzir a pressão arterial em cerca de 10%.

2. Vegetais

Alface, couve e espinafres estão entre os alimentos que aliviam a hipertensão.

3. Cogumelos

Ricos em potássio, contém ainda uma substância denominada de ereitadenina, que segundo a comunidade médica melhora a circulação sanguínea.

4. Passas

As passas contêm 748 miligramas de potássio por cada 100 gramas.

Um estudo publicado pelo pela instituição American College of Cardiology apurou que comer uma mão cheia de passas diariamente pode ajudar a regular a pressão sanguínea.

5. Tomate

O tomate é rico em lipoceno, substância que diminui a pressão arterial. Mais ainda, este fruto é ainda uma ótima fonte de proteína, que ajuda a regular os índices de sal no corpo.

Um estudo realizado pela Universidade Ben Gurion, em Israel, analisou como o consumo de tomate impactou a saúde de 31 voluntários, durante 16 semanas. Os resultados apurados demonstraram uma redução substancial na pressão arterial sistólica.

Fonte: Notícias ao Minuto

A Autoridade da Concorrência (AdC) realizou buscas e apreensão em instalações de uma associação do setor alimentar no Porto, por indícios de fixação de preços em concertação, informou a reguladora em comunicado.

As suspeitas de infração à lei da concorrência estiveram na base das buscas, estando no âmbito de uma investigação por práticas anticoncorrenciais. As buscas foram realizadas em colaboração com o DIAP e envolveu técnicos da AdC e agentes da PSP de Lisboa.

“As diligências desta natureza configuram um meio de obtenção de prova de ilícitos jusconcorrenciais, não decorrendo da sua realização que as empresas ou associações visadas venham a ser objeto de condenação, nem implicando um juízo sobre a culpabilidade da sua conduta no mercado”, esclareceu a AdC.

A reguladora salientou que desde o início de 2017, realizou 17 diligências de busca e apreensão em 36 instalações de 37 entidades, nos setores do transporte fluvial turístico, ensino da condução, distribuição e grande distribuição, segurador, e agora, em associação do setor alimentar.

Fonte: Jornal Económico

É agricultor e está a procura de uma nova cultura para investir? Quer rentabilizar o espaço disponível da sua exploração agrícola? Não trabalha no sector, mas anda à procura de uma cultura rentável para se iniciar? Então este artigo pode ser bastante útil para si! De acordo com a Modern Farmer, estas podem ser boas alternativas de culturas de nicho para agricultores de pequena dimensão. Confira abaixo três exemplos de opções que pode “abraçar” caso esteja numa das situações acima indicadas.

Açafrão

Esta especiaria composta por pequenos filamentos é uma das mais caras do mundo (5000 e os 10 mil dólares por 0,5 kg). Segundo a Modern Farmer, para produzir cerca de meio quilo desta cultura são precisas, imagine-se, cerca de 50 mil flores. Possui a vantagem de necessitar de uma reduzida área para a sua instalação e relativamente às condições edafo-climáticas para que o seu ciclo cultural se desenvolva em pleno. Exige Invernos amenos e secos.

No entanto, possui a grande desvantagem de ser necessária mão de obra bastante exigente e com elevado grau de profissionalismo para além de um elevado investimento inicial. O açafrão está muito em alta entre os apaixonados pela alimentação saudável (por ser termogénico e anti-inflamatório) sendo utilizado na chamada “bebida dourada”.

Bagas de goji

Este super-fruto é produzido sobretudo no continente asiático (principalmente na China), mas também em Portugal há agricultores a aventurarem-se nesta cultura). As bagas de Gogi são um fruto constituído por pequenas bagas vermelhas, que são desidratadas ao sol ou a temperaturas inferiores a 40ºC e consumidas nas formas seca e crua.

De acordo com a Modern Farmer, 2500 m2 de terreno agrícola utilizados para esta cultura podem trazer uma rentabilidade de quase 3000 kg do fruto em fresco, o que faz desta uma das culturas mais rentáveis e procuradas pelos empresários deste sector.

Lavanda

A lavanda é sem dúvida das culturas mais atractivas, principalmente devido às diversas utilizações comerciais que podem ser dadas através desta planta. O mercado dos cosméticos incorpora-la nas suas formulações, sobretudo em loções e óleos essenciais.

De salientar, que um dos factores que a tornam tão procurada ultimamente é o facto de ser uma planta que não tem grandes exigências edafo-climáticas, o que faz com que possa ser produzida em praticamente qualquer lugar.

Se quer iniciar-se nesta cultura apenas tem de garantir que o terreno onde esta se vai desenvolver não tenha problemas de drenagem. Em climas secos, deve ser utilizada a rega para garantir o bom crescimento e desenvolvimento da cultura. Possui também a vantagem de não ter grandes necessidades nutricionais, pelo que pode poupar em questões da fertilização.

Fonte: Agroportal

A DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária promove a divulgação das Medidas de Prevenção da Peste Suína Africana em cumprimento das determinações legislativas comunitárias.

Está em causa a Decisão n.º 2018/263 de 4 de Junho que altera a Decisão n.º 2014/709 relativa a medidas de polícia sanitária contra a Peste Suína Africana em determinados Estados-membros.

Aquela decisão, determina no seu artigo n.º 15.º A), n.º 2, que todos os Estados-membros devem assegurar que em todas as principais infraestruturas rodoviárias, tais como as vias rodoviárias internacionais, e redes rodoviárias conexas, são dadas a conhecer a todos os viajantes, de forma visível e destacada, informações adequadas sobre os riscos de transmissão da peste suína africana e as medidas de controlo estabelecidas na presente decisão.

Aumento do nível de alerta

A DGAV determinou um aumento do nível de alerta para prevenir a introdução de Peste Suína Africana (PSA). Na sequência da confirmação de 4 casos de PSA em javalis no Sul da Bélgica, a DGAV publicou a Recomendação n.º 1/2018, de 14 de Setembro (ver), dando nota de um conjunto de medidas tornadas necessárias tendo em vista mitigar o risco de introdução do vírus em Portugal.

Peste Suína Africana

A Peste Suína Africana (PSA) é causada por um vírus que provoca uma doença muito grave nos suínos que se expressa por um quadro clínico com exuberantes sinais hemorrágicos sendo quase sempre mortal. As espécies sensíveis são os suínos domésticos e os selvagens (javalis) de qualquer idade.

O vírus da PSA pode difundir-se facilmente por contacto directo ou indirectamente através de fomites ou outros veículos transmissores.

Devido à sua gravidade, com rápida evolução da doença e à grande difusibilidade do vírus, a doença tem um elevado impacto social e económico, devido às perdas provocadas.

O vírus da PSA não representa qualquer perigo para a saúde humana. Também não existe vacina nem tratamento para esta doença.

Veja os folhetos informativos da DGAV aqui:

Poster público PT

Poster marinas PT

Poster aeroportos PT

Fonte: Agroportal

Os cerca de 30 jovens assistidos este domingo em Castelo do Neiva, Viana do Castelo, devido ao que se presume ter sido uma intoxicação alimentar estavam alojados numa instituição de Barcelos, revelou o presidente da junta.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de Castelo de Neiva, Paulo Torres, explicou que o Colégio La Salle de Barcelos detém, na rua do Prado, naquela freguesia, um edifício que regulamente acolhe grupos de jovens.

De acordo com informação que consta da página na internet daquele colégio, consultada pela agência Lusa, trata-se de uma instituição de Ensino Particular e Cooperativo, fundada em 1952 e pertence ao Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs.

De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viana do Castelo, o alerta foi dado pelas 07h40, sendo que os bombeiros foram acionados cerca das 08h05.

Fonte da câmara de Viana do Castelo disse à Lusa que dos 30 jovens afetados, “metade tiveram de receber assistência hospitalar, por precaução”. A mesma fonte adiantou que a intoxicação alimentar terá sido causada pela jardineira servida no jantar de sábado.

“O INEM deslocou-se ao local e fez a triagem às vítimas, tendo determinado que dos cerca de 30 jovens, 15 teriam de ser transportados ao hospital”, adiantou.

Ao local compareceram os bombeiros voluntários e municipais de Viana do Castelo, a Cruz Vermelha e a GNR, num total de 16 operacionais e oito viaturas.

Fonte: Observador

A expectável escassez de alimentos com proteína animal dentro de 30 anos levou investigadoras da Universidade Federal do Rio Grande, no Brasil, a desenvolveram um pão com farinha de barata desidratada.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que até 2050 a população mundial aumente 32%, para um total de 9,7 mil milhões de pessoas e, por isso, passou a recomendar em 2013 a introdução de insetos na alimentação humana por existirem em abundância e por serem ricos em proteínas.

As investigadoras tiveram a recomendação em conta e decidiram pegar em baratas cinéreas (Nauphoeta cinerea), de origem africana, produzidas em cativeiro e próprias para consumo humano, em detrimento da barata doméstica comum (Periplaneta americana).

As baratas africanas são constituídas maioritariamente (70%) por proteínas - contra os 50% da carne bovina - e já existem há milhões de anos sem alteração genéticas.

"Alguma coisa muito boa elas têm para passarem pelo processo de evolução sem terem de se adaptar", afirma a engenheira alimentar Andressa Jantzen da Silva Lucas, uma das responsáveis pelo estudo, citada pela BBC. J

untamente com a também engenheira alimentar Lauren Menegon de Oliveira, as duas cientistas compraram as baratas desidratadas de um criador certificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) brasileira.

As baratas foram trituradas e o material obtido foi peneirado para ficar homogéneo. Por fim, na receita tradicional do pão, as investigadoras adicionaram 90% de farinha de trigo comum e 10% de farinha de barata desidratada. O resultado foi surpreendente: "Com a adição de 10% da farinha de barata, o teor proteico do pão aumentou 133%", afirmou Andressa.

Uma fatia de 100 gramas de pão tradicional tem 9,7 gramas de proteínas, enquanto uma fatia de 100 gramas de pão de barata contém 22,6 gramas de proteína. "Além disso, no pão feito com a farinha de barata reduzimos em 68% a quantidade de gordura adicionada, pois aproveitamos a gordura presente na farinha de barata", acrescenta.

Andressa garante que o pão de barata não tem um cheiro nem um gosto diferente quando comparado com o pão feito com farinha tradicional. "Fizemos uma análise sensorial, de textura, de odor, cor e sabor. Não houve alteração significativa. Talvez a pessoa note um leve toque com sabor a amendoim", afirmou a engenheira.

Depois do sucesso do pão de farinha de barata, as engenheiras Andressa e Lauren equacionam agora introduzir outros dois insetos na alimentação: o grilo preto (Gryllus assimilis) e o tenébrio comum (Tenébrio molitor), um tipo de larva do besouro. Além dos pães, as cientistas querem fabricar bolos e barras de cereais e até já criaram uma empresa no ramo.

Fonte: Sapo Lifestyle

Paulo Alexandre Ferreira foi ouvido na comissão de Agricultura e Mar, no âmbito de um requerimento do Bloco de Esquerda (BE) sobre qual a posição que Portugal vai defender em Bruxelas sobre o nível de redução de cádmio.

"A posição do Governo português é uma posição equilibrada", disse o secretário de Estado na audição, apontando que os ministérios da Economia, Ambiente e Agricultura estão a trabalhar nesta matéria.

Citando estudos realizados por "entidades credenciadas em Portugal", Paulo Alexandre Ferreira disse que "os níveis de cádmio no solo [português] são baixos", apontando que do ponto de vista de qualidade e segurança alimentar, as análises realizadas regularmente "nunca detetaram cádmio que violasse os limites legais".

A posição que Portugal tem vindo a defender "em termos de cádmio é a que consta na proposta inicial" da Comissão Europeia.

A proposta europeia é de 60 miligramas de cádmio por quilograma de pentóxido de fósforo, sendo que ao fim de três anos o nível baixa para 40 miligramas e em 12 anos é reduzido para 20.

"Estamos alinhados com a posição da Comissão Europeia", disse.

O cádmio está presente nos fertilizantes agrícolas e pode constituir, em determinados níveis, risco para a saúde humana e ambiente.

Fonte: Sapo24