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Será que todos os alimentos processados e ingredientes derivados de alimentos conhecidos por causarem alergias precisam de ser rotulados como tal, mesmo que os componentes causadores de alergénios dos alimentos possam ter sido alterados durante o processamento?

A comissão de peritos ad hoc da FAO/OMS sobre a avaliação do risco dos alergénios alimentares publicou um relatório que aborda esta questão e descreve um quadro para as autoridades governamentais ou operadores de empresas alimentares considerarem quando ou se a isenção destes alimentos da rotulagem de alergénios seria aceitável.

Os alergénios presentes nos alimentos são constituídos principalmente por proteínas. Quando os alimentos são processados ou refinados, a estrutura proteica do alimento original pode ser destruída, desnaturada ou alterada de tal forma que a alergenicidade do derivado alimentar resultante é significativamente reduzida, tornando-o potencialmente seguro para consumo, mesmo para pessoas com alergias ao produto alimentar original. Para determinar se estes ingredientes e derivados alimentares são seguros, deve ser considerada a qualidade dos dados disponíveis sobre o tema e o resultado das avaliações de exposição de todos os ingredientes pretendidos.

Os peritos desenvolveram uma ferramenta baseada num fluxograma que pode ser utilizada para determinar se a segurança do consumidor é mantida face às isenções de rotulagem de diferentes ingredientes alimentares e derivados de alergénios alimentares prioritários. Esta ferramenta foi validada para derivados já aprovados por países ou regiões, para os quais existe um historial estabelecido de consumo seguro. Além disso, a ferramenta pode ser utilizada para qualquer desenvolvimento futuro e avaliação de isenções de derivados, com revisão pelas autoridades nacionais competentes. Em resumo, "Quando a segurança é estabelecida, a isenção pode ser justificada".

Para mais informações

A comissão conjunta ad hoc de peritos da FAO/OMS sobre a avaliação dos riscos dos alergénios alimentares realizou uma série de reuniões desde 2020 e todos os relatórios das reuniões estão agora disponíveis.

Parte 1 Alergénios alimentares prioritários

Parte 2 Valores-limite para os alergénios alimentares prioritários

Parte 3 Rotulagem de precaução

Parte 4 Isenções

Parte 5 Valores-limite para outros alergénios alimentares

Fonte: FAO

A Autoridade de segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou, uma operação de fiscalização, de norte a sul do País, através das Unidades Regionais, direcionada a estabelecimentos retalhistas de venda de géneros alimentícios provenientes de várias regiões do Mundo e a lojas abertas fora de horas - de horário livre, entre as 0 e as 8 horas, onde é proibida a disponibilização, a venda e o consumo de bebidas alcoólicas, com o objetivo de verificar o cumprimento dos requisitos de regulação do sector.

Como balanço da operação assinala-se a fiscalização de 225 operadores económicos, tendo sido instaurados 2 processos-crime por géneros alimentícios avariados e violação e uso ilegal de denominação (DOP) e 89 processos de contraordenação, destacando-se como principais infrações, a falta de mera comunicação prévia, o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, a falta de implementação de HACCP, a falta de menções e informações obrigatórias na rotulagem, a falta de preços em bens e do livro de reclamações, entre outras.

Procedeu-se ainda, à suspensão de atividade de 5 operadores económicos pelo incumprimento dos requisitos gerais e específicos de e à apreensão de cerca de 25 toneladas de géneros alimentícios, de 550 embalagens, de 850 garrafas de vinho, e de 8 instrumentos de pesagem (balanças), tudo no valor estimado de 56.000,00 Euros.

Fonte: ASAE

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através da Unidade Regional do Norte - Unidade Operacional de Mirandela, procedeu a uma ação de fiscalização, na sequência de investigações, num estabelecimento de restauração e bebidas no distrito de Vila Real.

Na sequência da investigação, foram encontradas três arcas horizontais de congelação com diversos géneros alimentícios que apresentavam falta de marcação de salubridade, falta de marca de identificação, falta de rotulagem/rastreabilidade e deficiente acondicionamento provocando a acumulação de cristais de gelo, queimaduras e outras alterações.

Detetou-se também, num anexo do estabelecimento, uma carcaça de suíno adulto pendurada, com cerca de 200Kg, com indícios de se tratar de abate clandestino, sem qualquer marcação visível de ter sido submetido à inspeção sanitária em matadouro, obrigatória antes e após o abate, para o despiste de doenças.

Como resultado da ação, foram apreendidos cerca de 915Kg de diversos produtos de origem animal, que após serem sujeitos a perícia pelo Médico Veterinário Municipal, foram considerados anormais avariados, com falta rastreabilidade e provenientes de abate clandestino, tendo sido instaurado o respetivo procedimento criminal e detidos três arguidos, os quais foram sujeitos à medida de termo de identidade e residência (TIR) e notificados para comparência em Tribunal.

A apreensão ascendeu um valor total de € 6 617,75.

Fonte: ASAE

Obrigado pelo convite! - FCNAUP

  • Thursday, 14 March 2024 16:11

Após convite da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto demos uma aula inserida na Unidade Curricular de Segurança Alimentar.

Agradecemos o convite e por nos receberem sempre tão bem :)

Ficamos à espera de nova oportunidade para voltarmos a estar juntos presencialmente, até lá, mantemos contacto pela nossa plataforma Qualfood, a qual todos os alunos e docentes da FCNAUP têm acesso!

 

Ainda não tens a plataforma Qualfood na tua faculdade? Manda-nos um e-mail e a próxima aula Qualfood poderá ser para ti :)

De acordo com os cientistas, não há nenhum método de controlo exato da Campylobacter na carne.

Foram testados vários métodos com sucesso misto. Alguns mostraram-se promissores na redução da prevalência em fases específicas da produção, enquanto outros tiveram pouco ou nenhum efeito.

O documento da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) concluiu que as intervenções eficazes contra Campylobacter ainda são mínimas.

A Reunião Conjunta de Peritos em Avaliação de Riscos Microbianos da FAO/OMS (JEMRA) publicou anteriormente um relatório sobre medidas de controlo de Salmonella na carne de aves de capoeira.

O relatório final sobre Campylobacter está também disponível na série Avaliação do Risco Microbiológico (MRA). Os cientistas analisaram os dados sobre o controlo da Campylobacter, incluindo a literatura científica publicada entre 2008 e outubro de 2022 e os dados apresentados em resposta a um pedido.

A JEMRA reuniu-se em Roma, Itália, em fevereiro de 2023, em resposta a um pedido do Comité do Codex para a Higiene Alimentar. Os objetivos eram identificar e avaliar medidas de controlo para Campylobacter na cadeia de produção de frangos de carne. O âmbito abrangia desde o ponto de colocação dos pintos nos estabelecimentos de produção até ao manuseamento pelo consumidor.

Exemplos de métodos e eficácia

As principais intervenções na produção discutidas incluíram a biossegurança, a vacinação, os bacteriófagos, os aditivos para a alimentação e água e os probióticos.

As medidas de transformação abrangeram os auxiliares químicos de transformação, o tratamento físico, como a irradiação ou a congelação da carne, e etapas como o abate logístico e a escaldagem. As intervenções pós-transformação mencionadas foram a cozedura completa e o cumprimento de boas práticas de higiene.

O vapor, ultra-sons, pulso de luz de alta intensidade, luz visível e UV-C mostraram-se promissores à escala laboratorial ou piloto, mas o seu impacto é desconhecido à escala comercial.

Os peritos afirmaram que as medidas de biossegurança continuam a ser o instrumento mais eficaz para reduzir a contaminação em todas as fases da produção primária e devem constituir a base de qualquer estratégia de intervenção.

Atualmente, não existem vacinas comerciais disponíveis para qualquer fase da produção primária, mas vários potenciais candidatos estão na fase de validação do projeto.

Os estudos revelaram diferenças na eficácia dos adjuvantes químicos de processamento, indicando factores como a contaminação inicial, a quantidade de matéria orgânica na ave e na carcaça e as condições de aplicação dos produtos químicos como responsáveis pela variação dos níveis de redução de Campylobacter.

A depenagem e a evisceração durante a transformação estão associadas a um aumento da prevalência e da concentração da contaminação da carcaça.

As boas práticas de higiene e a formação adequada dos manipuladores de alimentos em cozinhas comerciais são essenciais para reduzir o risco de contaminação cruzada entre carnes cruas e produtos acabados cozinhados. A utilização de agentes higienizantes e procedimentos de lavagem adequados para tábuas de cortar, superfícies e utensílios de cozinha pode ajudar a reduzir o risco à exposição humana.

"A utilização de uma combinação de efeitos de processamento, incluindo intervenções físicas e/ou químicas, pode aumentar o impacto das medidas de controlo de Campylobacter. É comum empregar uma abordagem multifacetada para reduzir sinergicamente a contaminação por Campylobacter no processamento de frangos", diz o relatório.

"Embora as intervenções para reduzir a Campylobacter no processamento de frangos tenham sido promissoras, é necessária mais investigação para identificar intervenções eficazes que possam ser implementadas em grande escala."

Fonte: Food Safety News

Na China, cientistas utilizaram o sistema CRISPR-Cas12 para desenvolver um biossensor que permite detetar o MON810, uma variedade de milho geneticamente modificada resistente a insetos.

Para detetar o milho MON810 (a variedade geneticamente modificada resistente a insetos mais utilizada no mundo), investigadores da Universidade de Ciência e Tecnologia da Informação de Nanjing, na China, utilizaram um tetraedro de DNA como suporte que melhorou a estabilidade e a eficiência das reações que ocorrem no elétrodo. O biossensor tem como alvo locais específicos do transgene, o que o torna mais preciso do que a reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real.

Os testes confirmaram que a utilização do biossensor conduz a uma elevada especificidade, deteção rápida e resultados precisos, fornecendo soluções promissoras para a deteção in situ de culturas geneticamente modificadas.

De acordo com um artigo publicado no jornal Analytica Chimica Acta, este novo biossensor permite a deteção rápida, sensível e altamente específica de culturas GM.

Leia o artigo aqui.

Fonte: CiB - Centro de informação de biotecnologia

A Autoridade de segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou, uma operação de fiscalização, de norte a sul do país, no âmbito das suas competências, com o objetivo de verificar o cumprimento dos requisitos legais estabelecidos para a comercialização de produtos fitofarmacêuticos de uso profissional, incluindo adubos e corretivos agrícolas, com enfoque na segurança dos circuitos comerciais, a rotulagem e embalagem de substâncias e misturas.
 
Como balanço da operação, assinala-se a fiscalização de 79 operadores económicos, tendo sido instaurados 6 processos de contraordenação, destacando-se como principais infrações:
- a colocação no mercado de produtos fitofarmacêuticos e de adjuvantes não autorizados pela DGAV;
- a falta de manual de procedimentos operativos aprovado em cada local autorizado, e;
- a exposição para venda ou venda de produtos fitofarmacêuticos que não obedecem aos requisitos de embalagem e rotulagem.
 
Foi ainda determinada a apreensão de 176 kg, de 16 litros e 46 unidades de produtos fitofarmacêuticos, tudo num valor estimado de 6.060,00 Euros.
 
Fonte: ASAE

ASAE - Comunicação de Risco - Morangos

  • Friday, 08 March 2024 17:16

Tem sido veiculado pela comunicação social nos últimos dias, a existência de um caso de  morangos contaminados por vírus eventualmente provenientes de Marrocos para Espanha. 

Não existem até ao momento quaisquer evidencias de distribuição para Portugal destes produtos e no âmbito das competências da ASAE na Comunicação dos Riscos na cadeia Alimentar, importa informar o seguinte:

1. O Sistema Europeu de Segurança Alimentar está bem implementado e funciona, razão pela qual, o problema dos morangos distribuídos em Espanha e provenientes de Marrocos foi detetado e circunscrito. 

2. Não foram identificados morangos contaminados no circuito comercial em Portugal.

3. Ainda assim, a ASAE manter-se-á atenta e a monitorizar a situação, tomando, se for caso disso as devidas medidas cautelares.

Apesar de não haver motivo para preocupação em Portugal em relação ao consumo de morangos, é importante relembrar algumas práticas que ajudam a controlar a possibilidade de haver contaminação humana por via alimentar, como sejam a higiene frequente das mãos, limpeza e desinfeção de superfícies que contactem com os alimentos e o correto manuseamento de alimentos, com especial atenção para a lavagem cuidada dos alimentos que são consumidos crus.

Fonte: ASAE

A DGAV declara período sazonalmente livre de vetor nas Regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo

No seguimento da avaliação dos indicadores meteorológicos e dos resultados entretanto obtidos no plano entomológico implementado nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo, e ao abrigo do disposto no capítulo 5 do Anexo V e na secção 5, capítulo 1, Parte 2 do Anexo V do Regulamento Delegado (UE) 2020/689 de 17 de dezembro de 2019, para a Língua Azul e também ao abrigo do disposto no ponto 1 da parte 1 e na parte 2, do Anexo IX Regulamento Delegado (UE) 2020/688 de 17 de dezembro de 2019, para a doença hemorrágica epizoótica, determina-se a área geográfica correspondente a estas duas regiões como sazonalmente livre de vetor para as referidas doenças.

Doença Hemorrágica Viral – Edital n.º 5

Febre Catarral Ovina/Língua Azul – Edital n.º 79

Fonte: DGAV

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, realizou uma operação de fiscalização, de norte a sul do País, direcionada aos operadores económicos especializados na venda de Suplementos Alimentares, designadamente ervanárias, lojas de “produtos naturais”, supermercados, entre outros, e ainda websites dedicados á venda on-line de suplementos alimentares, com o objetivo de verificar as normas aplicáveis e identificar eventuais práticas fraudulentas no setor.
 
 
Como balanço da ação, assinala-se a fiscalização de 115 operadores económicos, tendo sido instaurados 11 processos-crime por falsificação de géneros alimentícios e tráfico de estupefacientes e ainda 12 processos de contraordenação destacando-se, como principais infrações:
- o incumprimento das regras relativas à apresentação das menções obrigatórias em suplementos alimentares;
- o desrespeito das regras do anúncio de venda com redução de preços.
 
Procedeu-se ainda à apreensão de 3.457 embalagens de suplementos alimentares por indícios da infração de géneros alimentícios falsificados, tudo num valor estimado de 50.000,00 Euros.
 
Fonte: ASAE