Portuguese English French German Italian Spanish

  Acesso à base de dados   |   email: qualfood@idq.pt

Catálogo Nacional de Variedades 2018

  • Thursday, 22 February 2018 11:28

Encontra-se disponível a edição atualizada do Catálogo Nacional de Variedades. Poderão ser consultadas as variedades de espécies agrícolas e hortícolas inscritas em Portugal, incluindo 63 novas variedades de espécies agrícolas e de espécies hortícolas.

Todas as variedades de espécies comunitárias constantes no Catálogo nacional de Variedades farão parte integrante do Catálogo Comum de Variedades, possibilitando desta forma a sua comercialização em todo o território da União Europeia.

Fonte: DGAV

Informação sobre acção de formação de legislação alimentar. Inscreva-se e acrescente valor aplicável à sua atividade.

1. ENQUADRAMENTO

A legislação alimentar visa garantir, por um lado, um elevado nível de proteção da saúde e dos interesses do consumidor e por outro a competitividade das empresas e a promoção da livre circulação de produtos alimentares dentro da comunidade europeia. Os mecanismos instituídos na UE para atingir este objetivo baseiam-se na simplificação e harmonização do direito alimentar, no reconhecimento mútuo e na harmonização técnica, áreas temáticas da presente ação de formação.

2. OBJETIVOS

No final da formação os formandos serão capazes de:

- Distinguir entre legislação e normalização, objetivos, campos de aplicação e entidades emissoras

- Conhecer os princípios orientadores da legislação alimentar e sua evolução

- Conhecer a estrutura da legislação europeia e principais tipos de documentos;

- Conhecer a estrutura da legislação nacional e principais tipos de documentos;

- Saber consultar a legislação em vigor através dos portais do Diário da Republica, Eur-lex

- Conhecer os princípios e objetivos da normalização

- Saber consultar através da Internet os catálogos de normas mais importantes.

3. DESTINATÁRIOS

Quadros das empresas agroalimentares com responsabilidade na área da Qualidade e Segurança Alimentar, consultores e auditores. Outros profissionais com interesse no desenvolvimento de competências específicas nesta área

4. FORMADORA

Betina Pires Cristóvão

Licenciada em Microbiologia pela ESB/UCP (2002).

Desde 2012- desempenha funções de gestão das áreas de Inovação Alimentar e da Base de Dados –

QUALFOOD, na empresa IDQ - Inovação, Desenvolvimento e Qualidade, Lda.

Gestora da Base de Dados de Segurança Alimentar –​ ​QUALFOOD, desde 2010.

Desde 2005 que desempenha uma atividade de consultora, auditora e formadora nas áreas da qualidade e

segurança alimentar em diversas empresas de formação e instituições de ensino superior.

5. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

- Legislação alimentar: princípios, âmbito, definição e destinatários

- Estrutura da legislação europeia

- Estrutura da legislação portuguesa

- Principais etapas da evolução da legislação alimentar na UE: Do prado ao prato. Análise de legislação

- Acesso à legislação

- Definição de norma. Objetivos da normalização. Normas internacionais gerais, Internacionais sectoriais, Europeias, Nacionais. Relações CEN/ISO

- Realização de trabalho prático de análise de legislação.

6. DATA E LOCAL DE REALIZAÇÃO

DATA: ​20 de Ma​rç​o de 201​8

DURAÇÃO: ​8 h (9:​00 h às 13:00 e das 14:00 h às 1​8:​0​0 h)

LOCAL: Instalações da ​IDQ - Av. da Boavista, nº 1588 5º piso Sala 340

4100-115 Porto

7. INSCRIÇÃO

​85 €/ pessoa. Data limite ​15/0​3​/201​8​

Para mais informações contactem-nos por email: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.

Com o objetivo de ajudar os operadores do setor alimentar, as empresas de consultoria alimentar e as entidades públicas que intervêm nos licenciamentos, a DGAV elaborou um GUIA DE ORIENTAÇÃO sobre a aprovação dos estabelecimentos do setor alimentar.

A DGAV divulgou também uma ÁRVORE DE DECISÃO que esquematiza os princípios e regras aplicáveis à aprovação dos estabelecimentos. Esta árvore de decisão também está integrada no Guia, mas desta forma pode ser visualizada ou impressa numa folha única.

O âmbito deste guia não abrange os estabelecimentos de subprodutos animais e produtos derivados e os estabelecimentos do setor dos alimentos para animais.

 

A aprovação dos estabelecimentos decorre, salvo casos excecionais, no âmbito dos procedimentos de licenciamento aplicáveis ao exercício das atividades económicas, estabelecidos, nomeadamente, no SIR – Sistema de Indústria Responsável, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 169/2012, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2015 e no RJACSR – Regime Jurídico de Acesso e Exercício das Atividades de Comércio, Serviços e Restauração, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 10/2015.

A interpretação e aplicação das normas constantes da legislação alimentar comunitária em matéria de aprovação de estabelecimentos e a sua articulação com as normas do direito português estabelecidas nos diplomas mencionados colocam frequentes dúvidas a todos os intervenientes neste âmbito, nomeadamente aos próprios colaboradores da DGAV, às outras entidades públicas que intervêm nos licenciamentos, aos operadores do setor alimentar e aos profissionais que exercem atividades relacionadas com o setor alimentar.

Este documento não se limita a reunir as posições que a DGAV tem assumido até ao presente, pois estabelece algumas posições inovadoras, sobre matérias em que até ao momento não houve posições formalmente estabelecidas. Como exemplo mais relevante, destaca-se a questão abrangida no n.º 8 do Guia – Termos e limites da aprovação, em que se assume que no âmbito das atividades aprovadas no estabelecimento, os operadores económicos podem introduzir novos processos tecnológicos sem necessidade de haver aprovação prévia da DGAV, mas devendo informar a DGAV sobre essas alterações.

No documento são abordados diversos aspetos relativos à aprovação dos estabelecimentos, tais como:

- Relação entre licenciamento e aprovação;

- Número de Controlo Veterinário;

- Estabelecimentos e atividades abrangidos pela aprovação;

- Flexibilidade;

- Termos e limites da aprovação;

- Aprovação condicional;

- Relação entre as atividades aprovadas e as CAE.

- São também analisadas vários casos especiais, tais como o fornecimento do consumidor final, as cozinhas centrais, os estabelecimentos retalhistas com secções acessórias, as pastelarias, as melarias, os navios-fábrica e navios-congeladores, entre outros.

Fonte: DGAV

Uma investigação científica concluiu que a presença de sucos libertados pela carne promove a formação de biofilmes bacterianos. Quando diferentes espécies bacterianas relevantes para a segurança alimentar foram cultivadas em sucos de carne de porco, verificou-se que havia um maior crescimento de Listeria monocytogenes comparativamente às outras espécies de Salmonella enterica e Staphylococcus aureus, havendo competição entre as três.

Quais as aplicações práticas deste estudo?

Deverá ser importante investigar a formação de biofilmes de Listeria monocytogenes nas superfícies de plástico onde possam surgir sucos de carne (porco, vaca e frango), assim como as interações entre as diferentes espécies bacterianas formadoras de biofilmes. O estudo efetuado em sucos de carne foi realizado com o intuito de simular as condições de um ambiente de processamento de carne, de forma a promover mais investigação que permita que a indústria esteja atenta à manipulação de carne de porco crua.

Fonte: kswfoodmicro.com

Cabrito - Uma carne a (re)descobrir

  • Tuesday, 20 February 2018 10:52

As raças autóctones de origem animal têm proveniências bem definidas e características únicas que fazem delas raças adaptadas à sua região e função. Possuem habitualmente as designações DOP (Denominação de Origem Protegida) e IGP (Indicação Geográfica Protegida) que garantem a sua autenticidade e qualidade. Em Portugal existem mais de três dezenas de raças autóctones de bovinos, ovinos, caprinos, suínos e equinos. Estas espécies têm características de únicas que fazem delas uma “carne de excelência”.

Defendemos que devemos reduzir o consumo de carne em quantidade, bastando uma refeição de peixe ou carne por dia. Consumir a mais não é necessário do ponto de vista nutricional e causa um grande impacto ambiental. Mas se devemos reduzir a quantidade diária de carne ou peixe, podemos investir na sua qualidade e num tipo de consumo mais ocasional que garanta sabor, qualidade nutricional e também que proteja a nossa agricultura, os nossos agricultores e o nosso património genético e paisagístico.

Muitas destas raças autóctones estiveram próximas do desaparecimento, mas, através de um trabalho apurado de entidades oficiais e de produtores foi possível recuperar os efetivos. No entanto, a manutenção deste património passa também pela criação de condições de autossustentabilidade, ou seja, a valorização da carne e do seu consumo. Razões mais do que suficientes para darmos a conhecer as “Raças autóctones de Portugal” e como iremos ver mais à frente, o cabrito teria de iniciar esta série de textos.

Existem diferentes raças autóctones de cabrito em Portugal. O Cabrito Transmontano DOP, o Cabrito Charnequeiro, o Cabrito da Beira IGP, o Cabrito da Gralheira IGP, o Cabrito das Terras Altas do Minho IGP, o Cabrito de Barroso IGP e o Cabrito do Alentejo IGP. Todas estas variedades têm um papel importante no equilíbrio dos ecossistemas e na fixação das populações. Estas raças são criadas essencialmente em zonas do interior, com pouca população, inseridas em sistemas de produção equilibrados, sustentáveis e ecológicos e são importantes para a fixação das populações nas zonas mais desfavorecidas do mundo rural. A gestão destes recursos genéticos e a manutenção das características dos animais é da responsabilidade do Estado Português, em estreita colaboração e parceria com as Associações de Criadores, de forma a garantir eficazmente a sua conservação

Os países do mediterrânico e em particular as regiões mais secas do Sul sempre dependeram dos rebanhos de cabras e ovelhas para sobreviver. Carne, leite e lã e a possibilidade de mobilizar o rebanho para onde existia pasto e água, fizeram destes animais um dos grandes fornecedores de nutrientes, em particular de proteínas, presente na Dieta Mediterrânica. Que hoje ainda se celebra, nos nossos queijos mais saborosos e tradicionais, todos de leite de ovelha ou cabra, ou sua mistura. Ou na enorme tradição do consumo de carne de cabrito, em particular em ocasiões especiais. Como a Páscoa que agora se aproxima.

O cabrito transformou-se assim num dos maiores símbolos da gastronomia nacional, existindo receitas distintas de norte a sul do país. Do ponto de vista alimentar e nutricional vale a pena conhecer um pouco melhor a carne de cabrito.

ASPETOS NUTRICIONAIS

A carne de cabrito é uma carne vermelha, à semelhança das carnes de porco e de vaca, contudo, do pondo de vista nutricional, apresenta um menor valor energético e um menor teor de lípidos (incluindo ácidos gordos saturados e colesterol) comparativamente às restantes carnes do grupo.

Quando comparados os valores nutricionais com os valores das carnes brancas, o cabrito apresenta uma densidade energética e teor lipídico (incluindo ácidos gordos saturados) semelhantes aos da carne de coelho. Quando comparado com a carne de pato, o cabrito apresenta um teor de gordura total e saturada substancialmente inferior. Salienta-se ainda que estes valores nutricionais são inferiores nas carnes de frango e peru, pelo que o seu consumo no quotidiano deve ser privilegiado.

Trata-se de um alimento rico em proteína de elevada qualidade sendo, deste modo, completa pois contém todos os aminoácidos essenciais. O seu elevado teor proteico contribui para o crescimento e manutenção da massa muscular e para a manutenção da massa óssea. O cabrito contem ainda uma quantidade significativa de vitamina B12 (inexistente nos produtos de origem vegetal) que apresenta vários benefícios para o organismo, dos quais se destacam o normal funcionamento do sistema nervoso e imunitário e a redução do cansaço e fadiga. Esta vitamina possui, ainda, um papel essencial na formação das células sanguíneas, na síntese de ADN e na manutenção da integridade da mielina das células nervosas.

Por ser uma carne jovem poderá apresentar uma quantidade significativa de purinas associadas à formação de ácido úrico, por isso, se apresenta condições clínicas associadas à acumulação deste ácido, como a gota e hiperuricemia, deverá limitar ou até mesmo evitar esta carne em particular.

COMO CONFECIONAR

Em Portugal o cabrito está associado a épocas festivas nas quais se inclui a Páscoa. Apesar do método de confeção de eleição ser assado, é comum ainda encontrar o cabrito grelhado, guisado ou estufado como parte da nossa gastronomia. O cabrito assado é tradicionalmente acompanhado com batata, devendo ter-se em atenção o tipo de gordura utilizada, privilegiando o azeite em quantidades moderadas em detrimento de outras como os óleos e a banha.

Para reduzir a quantidade de gordura do cabrito assado procure retirar sempre a gordura visível da carne antes da confeção. Procure fazer uma marinada na véspera para que a carne obtenha um sabor mais apurado utilizando vinho, cebola, alho, ervas aromáticas e especiarias a gosto. No próprio dia coloque a carne na assadeira e regue com um fio de azeite e com a marinada preparada. Após a confeção retire a carne e batatas (se for o caso) do molho uma vez que este contém a maior parte da gordura.

Uma marinada com cerveja ou vinho poderá ser útil para prevenir parcialmente a formação de Aminas Aromáticas Heterocíclicas (AAH). Estas substâncias potencialmente carcinogéneas são formadas nos alimentos ricos em proteínas depois de submetidos a temperaturas elevadas (180ºC – 300ºC). Outra forma de proteger as carnes ou o pescado é aquecendo previamente o forno, a cerca de 200ºC para que o alimento forme uma barreira protetora, reduzindo depois a temperatura do forno para cerca de 180ºC com a qual se deve assar. Para acompanhar os assados deve ainda privilegiar-se o consumo de alimentos ricos em substâncias com capacidade antioxidante tais como, hortícolas (salada, legumes) e frutos que possuem compostos fenólicos, que podem reduzir os efeitos das aminas aromáticas heterocíclicas. Estes cuidados, bem como a eliminação das peles ou partes queimadas permitem um consumo mais seguro deste saboroso e tradicional modo de confeção.

Em conclusão, o cabrito é um alimento com uma interessante composição nutricional, quando comparado com outros alimentos do mesmo grupo, podendo ser uma opção saudável a incluir de uma forma equilibrada nesta época festiva. Ao escolher uma variedade autóctone nacional estará ainda a contribuir para manter vivo o património genético, o nosso mundo rural e evitar a desertificação do interior.

Fonte: Nutrimento

O novo (e modificado) fruto proibido

  • Tuesday, 20 February 2018 10:37

Um só homem – de origens portuguesas – salvou as papaias do Havai. Estávamos em meados dos anos 80 quando o fitapatologista Dennis Gonsalves, filho de um emigrante português de primeira geração com raízes nos Açores e na Madeira, começou a trabalhar numa solução para um vírus que estava a dizimar as plantações do arquipélago pertencente aos EUA. Em 1998, depois de uma longa investigação, e um ainda mais longo processo de aprovação por parte do instituto regulador americano, a papaia transgénica Rainbow (arco-íris), resistente ao vírus, pôde ser adotada pelos agricultores.

O sucesso foi imediato. Uma cultura à beira de desaparecer teve um redobrado fôlego e, dois anos mais tarde, a papaia Rainbow já correspondia a metade da produção; hoje, ronda os 85 por cento. Não que a nova papaia tivesse tido vida fácil: nos primeiros anos, ativistas decidiram protestar contra os transgénicos cortando papaeiras e causando enormes prejuízos aos agricultores.

Já se passaram 20 anos sem que se conheçam efeitos nefastos no ambiente e na saúde causados pela papaia havaiana. Mas isso não aplacou a oposição aos organismos geneticamente modificados (OGM). Até hoje, apenas mudaram os métodos. Meses antes de a primeira maçã transgénica chegar ao mercado americano, já as associações ambientalistas (com a Friends of the Earth à cabeça) desenvolviam uma campanha para pressionar as cadeias de restaurantes e os supermercados a boicotá-la, alegando, tal como há duas décadas, “possíveis efeitos na saúde”, sem especificar quais.

A empresa canadiana Okanagan Specialty Fruits tem esperança que a vantagem estética da sua Arctic Golden se sobreponha às campanhas do medo. Afinal, quem não quererá uma maçã que, horas depois de cortada, mantém o seu aspeto fresco, sem o mais leve sinal da oxidação que torna as outras maçãs pouco apelativas? “Estudos demonstram que as crianças comem mais maçãs se estiverem fatiadas”, alega a empresa no seu site, piscando o olho aos pais que querem preparar lanches saudáveis para os seus filhos levarem para a escola.

Ao longo do ano se verá se a maçã se torna um sucesso – ou se tem o mesmo destino do Flavr Savr, um tomate geneticamente modificado para durar mais tempo, derrotado por uma oposição feroz de ativistas que conseguiu assustar os consumidores.

HOMEM VS DEUS

A “Arctic Golden”, em que foi “silenciado” um gene que produz a enzima responsável pelo escurecimento da fruta, representa um marco nos OGM. Até aqui, com a exceção do extinto tomate Flavr Savr (1994-1997), todos os transgénicos foram pensados exclusivamente para os agricultores: variedades mais resistentes e mais produtivas, na sua maioria. Mesmo o salmão da empresa americana AquaBounty, geneticamente modificado para crescer duas vezes mais depressa do que o normal (à venda no Canadá desde o ano passado), é uma mais-valia apenas para os produtores. A maçã, no entanto, tem os consumidores em mente. É o (re)início de um novo mundo.

“As potencialidades são infinitas”, diz Rita Batista, doutorada em biologia e investigadora do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. “Já há investigação noutros produtos a pensar no consumidor, com um aumento do valor nutricional. Em Espanha, por exemplo, está a trabalhar-se num milho multivitamínico, com mais vitamina A, C e B9. Também se tenta produzir trigo sem glúten, para os celíacos poderem comer pão”, explica a cientista, primeira autora de um estudo recente, cujas conclusões demonstram que o simples stresse ambiental (água ou luz a mais ou a menos) provoca mais alterações genéticas do que a própria engenharia genética. O arroz dourado, enriquecido com vitamina A, é outro caso, embora se destine a suprir as carências vitamínicas em países em desenvolvimento (onde os pequenos agricultores não terão de pagar as licenças).

José Feijó, especialista em biologia molecular, acredita que o estigma contra os OGM está a mudar “lentamente”. “É cada vez mais evidente que não há problemas ambientais e para a saúde. Mas continua a haver, sim, um ativismo financiado de oposição. Aliás, fiz uma pesquisa por Arctic Golden e os primeiros três resultados que apareceram foram de anúncios pagos de sites ativistas contra a maçã”, garante o professor na Universidade de Maryland, EUA. “Muita gente olha para isto como uma questão religiosa. 
A propósito dos OGM, o príncipe Carlos de Inglaterra, que por acaso é um dos maiores produtores de alimentos biológicos do Reino Unido, chegou mesmo a dizer que o Homem estava a mexer em coisas que só a Deus pertence. Mas, se pensarmos assim, toda a agricultura é um pecado. O milho foi inventado pela humanidade.” Pelo contrário, acrescenta José Feijó, os OGM podem ser um aliado do ambiente. “Fazem poupar milhões de toneladas em pesticidas.”

Só o tempo dirá se a maçã Arctic Golden conseguirá vingar onde o tomate sucumbiu. Para já, o presidente da empresa canadiana que criou a maçã, contactado pela VISÃO, assegura que a reação dos consumidores tem sido “muito positiva”. “Além de a maioria preferir as nossas fatias de maçã a outras marcas, 95% dos que provaram as nossas Arctic Golden ficaram satisfeitos ou muito satisfeitos, e 92% disseram que as comprariam, se as encontrassem nas lojas”, atesta Neal Carter.

O alegado sucesso nos EUA é suficiente, diz o presidente da Okanagan Specialty Fruits, para estar já a preparar a expansão para o Canadá, e daí para outros países. Mas a Europa, onde a resistência aos OGM é muito maior do que do outro lado do Atlântico, continua fora do horizonte. “Não temos planos para pedir a aprovação da maçã em países europeus, embora seja uma possibilidade para o futuro.”

Até lá, podemos sempre usar um velho truque para evitar que a maçã escureça depois de cortada: umas gotas de limão. Não é alta tecnologia, mas também resulta.

Fonte: Visão

Uma mulher residente no leste da China foi confirmada como o primeiro caso humano da gripe aviária H7N4, de acordo com autoridades chinesas.

Funcionários de Hong Kong aconselharam os cidadãos a evitar mercados húmidos, mercados de aves de capoeira ou explorações vivas.

A paciente de 68 anos, natural da da província de Jiangsu, já está recuperada. Tinha desenvolvido sintomas a 25 de dezembro, foi internada no hospital a 1 de janeiro e recebeu alta no dia 22 de janeiro.

"Ela teve contacto com aves vivas antes do início dos sintomas", disse uma fonte do centro de proteção de saúde de Hong Kong (CHP), num alerta lançado na noite de quarta-feira, citado pelo jornal The Guardian.

"De acordo com um relatório do centro chinês para controle e prevenção de doenças, após uma análise, os genes do vírus foram determinados como de origem aviária".

Um porta-voz da CHP disse que o diagnóstico foi confirmado no início desta semana e acrescentou: "Os viajantes no continente ou de outras áreas afetadas devem evitar visitar mercados húmidos, mercados de aves vivas ou fazendas. Devem estar atentos à presença de aves no quintal quando visitarem parentes e amigos".

"Também devem evitar a compra de aves de capoeira vivas ou recém-abatidas, e evitar tocar em aves de capoeira ou nos seus excrementos"

"Os viajantes que regressam das áreas afetadas devem consultar um médico imediatamente se os sintomas se desenvolverem e informar o médico do histórico de suas viagens para um diagnóstico imediato e tratamento de doenças potenciais", disse o alerta da CHP.

De acordo com os centros do governo dos EUA para o controle e prevenção de doenças (CDC), os subtipos mais frequentemente identificados de gripe aviária conhecidos por terem infetado humanos são os vírus H5, H7 e H9, embora essas transmissões sejam raras. Existem nove subtipos conhecidos de vírus H7, dos quais o H7N4 é um e, na maioria dos casos, a infecção humana é incomum.

"Os vírus H7 mais frequentemente identificados associados à infeção humana são vírus da linhagem asiática da gripe aviária A (H7N9), que foram detetados pela primeira vez na China em 2013. Embora as infeções humanas sejam raras, estas geralmente resultaram em doenças respiratórias graves e em morte", lê-se no site do CDC.

As autoridades estão preocupadas com a possibilidade de uma pandemia de gripe aviária potencialmente devastadora em Hong Kong desde o final de 1997, quando 18 pessoas foram infetadas com o vírus H5N1, seis das quais morreram.

Na quarta-feira, a CHP disse que "permanecerá vigilante e trabalhará em estreita colaboração com a Organização Mundial da Saúde e as autoridades sanitárias relevantes para monitorar os últimos desenvolvimentos". Instou ainda os cidadãos a "manterem uma higiene pessoal, alimentar e ambiental rigorosas".

Fonte: Diário de Notícias

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) identificou no último sábado 20 menores, entre os 15 e os 17 anos de idade, a consumir bebidas alcoólicas em estabelecimentos de diversão noturna no Porto.

Em comunicado, a ASAE explica que levou a cabo “uma operação dirigida a estabelecimentos de restauração e bebidas e de diversão noturna situados na zona urbana do Porto, com vista à fiscalização do cumprimento das restrições ao consumo e venda de bebidas alcoólicas em locais públicos e em locais abertos ao público”.

Recordando que “de acordo com a legislação em vigor é proibida a disponibilização e venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos e a quem se apresente notoriamente embriagado ou aparente possuir anomalia psíquica”, a ASAE informa também que identificou “quatro indivíduos, responsáveis pela venda e disponibilização de bebidas alcoólicas aos menores de idade”.

“Na mesma operação, foram também identificados sete indivíduos a fumar em local proibido, sendo que três deles eram menores de idade”, acrescenta ainda a nota da ASAE.

Fonte: Observador

Foi apresentado ao Governo no dia 6 de fevereiro pelas estruturas representativas do setor agroalimentar e da distribuição, que fazem parte da Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar (PARCA), o Portal que visa operacionalizar o Código de Boas Práticas Comerciais na Cadeia de Agroalimentar (CBPC).

Este Código de Boas Práticas vem complementar o enquadramento legal já existente, sendo o resultado de um compromisso entre seis entidades representativas de todos os elos da cadeia agroalimentar. Tem como objetivo promover comportamentos comerciais leais e justos entre os agentes económicos.

O CBPC integra a colaboração de todos os setores da cadeira de valor, desde a produção agrícola, representada pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e pela Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI); a indústria agroalimentar, representada pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP); e a distribuição representada pela Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e pela Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED).

Inclui um conjunto de regras e procedimentos que proporcionam uma maior efetividade do processo de autorregulação, designadamente através da criação de um mecanismo eficaz de resolução de litígios entre os associados das Partes Subscritoras.

Fortalece também a cooperação e a transparência no setor agroalimentar, assegurando simultaneamente a promoção da equidade e da reciprocidade entre os principais agentes de toda a cadeia de abastecimento envolvidos na produção, processamento e distribuição de bens de consumo.

A adesão ao CBPC é gratuita e voluntária e as empresas aderentes comprometem-se a respeitar os princípios de boas práticas nas relações comerciais e os requisitos que visam a integração destes nas suas operações diárias.

Aceda aqui ao portal do código de boas práticas.

Fonte: Agroportal

A venda de ovos frescos produzidos por galinhas em gaiolas vai ser proibida em França a partir de 2022, permitindo-se apenas a compra de ovos de animais criados ao ar livre, anunciou este domingo o Governo francês.

“Em 2022, os ovos frescos vendidos serão de galinhas criadas ao ar livre e não em gaiolas. Trata-se de um compromisso da nossa campanha eleitoral e vamos mantê-lo”, afirmou o ministro da Agricultura francês, Stéphane Travert, numa entrevista aos meios de comunicação franceses Europe 1, CNews e Les Echos.

Algumas cadeias de supermercado em França adiantaram-se já à entrada em vigor desta proposta – que ainda está por aprovar – e apenas vendem ovos de galinhas criadas ao ar livre.

Ainda assim, a produção em massa dos criadores de gaiolas não vai parar em França, já que os ovos criados dessa forma continuarão a ser utilizados para produtos processados à base de ovos.

De acordo com as organizações ambientais, os ovos provenientes de galinhas criadas em gaiolas são prejudiciais aos animais, pois vivem amontoados em espaços fechados sem luz natural, e para a saúde humana, pois as galinhas estão mais expostas a doenças.

Fonte: Agroportal