Portuguese English French German Italian Spanish

  Acesso à base de dados   |   email: qualfood@idq.pt

A ERSAR disponibiliza as apresentações e conteúdos relacionados da recente sessão promovida em colaboração com a DGS e as autoridades de saúde regionais.

​​​​​No âmbito do Decreto-Lei n.º 69/2023, de 21 de agosto, que estabelece o novo regime jurídico da qualidade da água destinada ao consumo humano, a ERSAR promoveu, no passado dia 03 de julho de 2024, em colaboração com a DGS – Direção Geral da Saúde e as autoridades de saúde regionais, a realização de uma sessão dedicada, em formato webinar, com o propósito de apresentar as principais competências atribuídas às autoridades de saúde na implementação dos novos requisitos legais. 
 
Esta sessão teve como destinatários todas as autoridades de saúde regionais e locais, bem como outros profissionais de saúde pública, de Portugal Continental, da Região Autónoma da Madeira e da Região Autónoma dos Açores e, no geral, contou com uma adesão de cerca de 400 participantes. 
 
A ERSAR disponibiliza as apresentações e conteúdos relacionados da sessão “Regime legal da qualidade da água para consumo humano - Novos desafios e atribuições às autoridades de saúde.
 

A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou a Norma 003/2024, de 26/06/2024, relativa à Abordagem Diagnóstica e de Tratamento à Pessoa com Alergia ao Leite de Vaca.

 

 
Fonte: Direção-Geral da Saúde

As emissões de metano causadas pela flatulência de bovinos e suínos dinamarqueses serão tributadas em 41,06 euros .

A Dinamarca será o primeiro país do mundo a taxar arrotos e flatulências do gado, que contem o segundo gás com efeito estufa mais presente na atmosfera, uma medida inusitada com a qual pretende atingir seu objetivo de neutralidade de carbono até 2045.

A partir de 2030, as emissões de metano causadas pela flatulência de bovinos e suínos dinamarqueses serão tributadas em 41, 06 euros (300 coroas) por tonelada equivalente de CO2.

O valor aumentará para 95, 18 euros ( 750 coroas) em 2035, no âmbito de um acordo alcançado em junho entre o governo, parte da oposição e representantes dos pecuaristas, da indústria e dos sindicatos.

O parlamento do país escandinavo ainda deverá aprovar o texto.

Para Christian Fromberg, especialista em agricultura do Greenpeace, o texto "traz esperança, enquanto muitos países retrocedem nas ações climáticas".

"A taxa de carbono deveria ser mais elevada e ter sido aplicada antes, mas é um passo importante", comemorou.

Ao mesmo tempo, lamenta uma "grande oportunidade perdida" para que "a agricultura dinamarquesa tome um novo rumo", já que suas práticas ainda são muito intensivas e libertam muito nitrogénio, responsável pela desoxigenação da água.

Para a Associação Dinamarquesa para a Agricultura Sustentável, o acordo é "inútil". É "um dia triste para a agricultura", afirmou em nota.

O presidente da associação, Peter Kiaer, relembra que a Nova Zelândia abandonou uma proposta semelhante.

Para reduzir as despesas dos agricultores dinamarqueses, o plano propõe uma redução de impostos de 60%. 

No entanto, até 2.000 empregos poderão ser perdidos até 2035, segundo estimativas do Ministério da Economia.

O pousio (área de terra em repouso) de 140 mil hectares também deverá aumentar o armazenamento de carbono no solo, para reduzir a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.

"Na Dinamarca, existe o mito de que somos pioneiros ambientais", disse Fromberg, do Greenpeace. "É muito difícil dizer que este acordo é histórico. É uma continuação da intensificação da agricultura dinamarquesa ao longo dos últimos 70 anos". 

Fonte: Diário de Notícias

Certamente já ouviu a antiga expressão inglesa “uma maçã por dia mantém o médico afastado”. O original datado de 1866 e era: “Coma uma maçã ao deitar, e evitará que o médico ganhe dinheiro”. A ciência parece apoiar esta ideia.

Desde novas pesquisas médicas até conselhos de bom senso, aqui estão várias razões para comer uma maçã nutritiva todos os dias.

1. Maçãs contêm um composto anti-envelhecimento.

Parte de como envelhecemos é incontrolável – está nos nossos genes. Mas um pouco da rapidez com que envelhecemos – e da maneira saudável com que o fazemos – está sob o nosso controlo. Os cientistas estão sempre à procura de maneiras de retardar o envelhecimento, independentemente do nosso destino genético. Num estudo publicado na EBioMedicine pela Lancet, analisaram quais flavonóides (compostos naturais de frutas e legumes) tinham as propriedades mais antioxidantes e anti-inflamatórias.

Os cientistas descobriram que a fisetina, encontrada em maçãs, morangos, pepinos e cebolas, teve os efeitos mais fortes. “A administração de fisetina a camundongos do tipo selvagem no final da vida prolongou a media e a vida útil máxima”, escreveram os investigadores. Os testes também foram realizados no tecido adiposo humano para verificar se os resultados eram iguais, e foram.

“Estes resultados sugerem que podemos prolongar o período da saúde, denominado “healthspan”, até o final da vida”, disse o médico Paul D. Robbins, da Universidade de Minnesota, ao Medical News Today.

2. Estas frutas são embaladas com fibra solúvel.

Uma dieta rica em fibras é importante para a saúde digestiva e para manter o colesterol baixo. Também foi demonstrado que a fibra reduz o risco de doenças como doenças cardíacas, diabetes, obesidade e diverticulite. De acordo com a Clínica Mayo, uma maçã com casca tem cerca de 4,4 gramas de fibra solúvel, o que, dependendo da sua idade, representa cerca de 15% da ingestão diária recomendada.

3. Podem diminuir o risco de asma.
Um estudo na Austrália com 1.600 pessoas e outro no Reino Unido com 1.500 pessoas constatou que as maçãs aumentavam a saúde pulmonar em geral e reduziam o risco de asma, de acordo com um estudo publicado no Nutrition Journal. Os investigadores descobriram que as pessoas que comiam cinco maçãs por semana viram um maior aumento na saúde respiratória.

4. Maçãs são excelentes para matar a sede.
Sabia que as maçãs são 86% de água? Se estiver à procura de maneiras de se manter hidratado durante o dia, coloque uma maçã na sua mala para um tratamento refrescante.

5. O vinagre de maçã é incrível.
Ao longo da história, o vinagre de maçã tem sido usado como um remédio natural para tudo, desde calmantes, a solução para dores de garganta, aliviando o refluxo ácido e eliminando os soluços.

6. Maçãs podem ajudar na perda de peso.
As maçãs são uma fruta, não têm ingredientes artificiais ou gordurosos e, como mencionado anteriormente, são ricas em fibras e água. Portanto, é senso comum que comer maçãs em vez de, digamos, um saco de batatas fritas ou uma barra de chocolate é uma decisão nutricional mais inteligente que levará a menos ganho de peso. Um estudo publicado na revista Nutrition descobriu que as mulheres que comem três maçãs por dia têm maior probabilidade de perder peso do que mulheres que não comem.

7. Têm muito poucas calorias.
Dependendo do tamanho da sua maçã, ela provavelmente tem cerca de 90 calorias. Este é outro ponto em apoio à reivindicação acima sobre perda de peso.

8. Uma infinidade de vitaminas e minerais.
As maçãs têm cerca de 14% da ingestão diária recomendada de vitamina C e 5% da quantidade recomendada de vitamina B6. Têm 2% das suas necessidades diárias de vitamina A, cálcio e ferro. E com 195 miligramas de potássio, uma maçã tem 6% das suas necessidades diárias de potássio.

9. São deliciosas e versáteis!
Faça molho de maçã, manteiga ou geleia de maçã. Cozinhe uma torta ou um bolo. Prove maçãs de cores diferentes, de vermelho a verde e amarelo. Incorpore maçãs nas receitas de frango ou porco ou adicione maçãs picadas ao recheio. Ou apenas coma a fruta como está na sua forma perfeita e natural.

Não importa como escolhe comer uma maçã. Mas, de preferência deixe a pele – é onde está a maioria dos nutrientes.

Fonte: Greensavers

A DGAV publicou o Esclarecimento Técnico n.º5/DGAV/2024 referente à Circulação na União de Frutos de Citrinos com Folhas e Pedúnculos com destaque para as Zonas Demarcadas de Trioza erytreae.

O presente esclarecimento técnico visa informar os interessados na comercialização de frutos de citrinos com folhas e pedúnculos no território da União.
As informações veiculadas neste documento relativamente aos citrinos consideram-se igualmente aplicáveis aos demais géneros mencionados no primeiro parágrafo do tópico “Movimento de folhas e pedúnculos na União”.

Consulte o Esclarecimento Técnico n.º5/DGAV/2024

Fonte: DGAV

Empresas chinesas retiraram do mercado óleo de cozinha depois de ter sido descoberto que camiões cisterna que transportavam líquidos químicos eram também usados para transportar óleo de cozinha sem uma limpeza adequada dos seus depósitos.

Várias marcas chinesas de óleo de cozinha decidiram retirar alguns dos seus produtos dos mercados na China, após ter sido descoberto um escândalo relacionado com a utilização indevida de camiões-cisterna, informou esta segunda-feira a imprensa local.

Segundo a imprensa chinesa, estes veículos, normalmente utilizados para transportar líquidos químicos como o óleo de carvão ou a gasolina, foram também alegadamente utilizados para transportar óleo de cozinha sem uma limpeza adequada dos seus depósitos.

Empresas como a Sinograin e a Hui Fu Grain and Oil Group estão alegadamente envolvidas nesta prática. Na sequência das alegações, algumas marcas de óleo alimentar, como a Jinding e a Hui Fu, começaram a apresentar os seus produtos como esgotados nas plataformas de comércio eletrónico chinesas, incluindo Taobao e JD, e vários supermercados decidiram retirar das prateleiras os produtos ligados a estas empresas.

No entanto, as empresas envolvidas garantiram em várias declarações que todos os seus produtos cumprem as normas nacionais de segurança alimentar. Tendo em conta a dimensão da controvérsia, a Sinograin, empresa-mãe de várias das empresas envolvidas, lançou investigações sobre as suas filiais.

A televisão estatal chinesa CCTV classificou a prática de utilizar camiões-cisterna contaminados para transportar óleo de cozinha como um "envenenamento" dos consumidores, instando-os a escolher marcas bem conhecidas e a evitar produtos de baixa qualidade, face à "violação flagrante da legislação alimentar". O incidente reacendeu as preocupações sobre a segurança alimentar na China, uma questão que já foi objeto de escândalos no passado, como a venda de leite para bebés adulterado com melamina em 2008.

Fonte: Sapo.pt

Esta alteração pretende valorizar a imagem e reputação da Denominação de Origem e criar valor à crescente procura deste vasilhame nos segmentos de mercado médios e altos.

Os vinhos com Denominação de Origem Vinho Verde já podem ser comercializados em grandes formatos, ou seja, em volumes nominais superiores a cinco litros, desde que isso seja em garrafas de vidro, de acordo com um aviso publicado esta segunda-feira em Diário da República.

“A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) autorizou a comercialização de garrafas de grande formato. Alguns produtores querem ter este tipo de garrafas devido à distribuição em restauração“, explica ao ECO/Local Online fonte oficial da CVRVV, acrescentando que “o estágio numa garrafa grande permite que [esses vinhos] fiquem guardados muitos anos”.

aviso assinado pelo presidente do conselho diretivo do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), Bernardo Gouvêa, impõe ainda a eliminação das restrições relativas ao tipo de vasilhame – garrafa de vidro – e aos volumes nominais autorizados – até 75 centilitros ou múltiplos – previstas para os vinhos com DO “Vinho Verde” com indicação de sub-região, indicação de casta ou designativos de qualidade.

“Perdeu sentido o espírito subjacente à criação da norma, assente na associação de limitações do tipo e volume nominal do vasilhame à qualidade organolética superior dos vinhos com aquelas menções na rotulagem”, justifica no mesmo diploma.

Por outro lado, lê-se no aviso, “será expectável que das presentes alterações às especificações da DO “Vinho Verde” resulte a valorização da imagem e da reputação da DO, bem como a criação de valor pela resposta à crescente procura deste vasilhame nos segmentos médios e altos do mercado”.

No ano passado, as exportações de vinho verde aumentaram quase 11% em valor, para um total de 90 milhões de euros. Já em volume, ainda de acordo com dados oficiais, os produtores da região venderam 35 milhões de litros no estrangeiro, o que equivaleu a um crescimento de 8%.

Para beneficiar da Denominação de Origem Vinho Verde, os produtos vitivinícolas estão sujeitos a um “controlo rigoroso” de todas as fases do processo de produção, desde a vinha ao copo. As castas utilizadas, os métodos de vinificação e as características organoléticas são apenas alguns dos elementos cujo controlo permite a atribuição desta Denominação de Origem.

Fonte: Eco.sapo

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou, através da Brigada de Práticas Fraudulentas da Unidade Regional do Norte – Unidade Operacional I – Porto, e na sequência de uma investigação de prevenção criminal, uma operação de fiscalização no âmbito do combate à fraude alimentar, direcionada à verificação da comercialização de novos alimentos não autorizados, num estabelecimento de comércio de géneros alimentícios, situado na área metropolitana do Porto.

Como resultado da ação foram apreendidas 845 unidades de géneros alimentícios, designadamente, Gin´s, bolachas, lollipops, pastilhas-elásticas, gomas, chocolates e chás, que apresentavam na sua composição uma substância não autorizada – canabidiol (CBD), tendo sido instaurado o respetivo processo-crime por género alimentício anormal falsificado e por adição de substância não autorizada.

Nesta ação foram ainda detetadas várias tipologias de “flor de cânhamo”, cujas condições de utilização eram omissas, bem como o fim a que se destinavam e as respetivas composições analíticas.

O valor total da apreensão ascende a 1.960,00 Euros.

A ASAE salienta que, a utilização de canabinoides, nomeadamente canabidiol (CBD) e o delta-9-tetraidrocanabinol (THC), cannabigerol (CBG), cannabinol (CBN) e outros à semelhança das partes de planta e seus extratos, usados em géneros alimentícios, são considerados novos alimentos não autorizados e não tendo sido demonstrado, até à data, historial de consumo significativo e seguro na União Europeia, mantêm-se a proibição da sua comercialização em alimentos.

Fonte: ASAE

A ASAE instaurou 19 processos de contraordenação a operadores económicos de novos alimentos com insetos desde 2023, apreendeu dois quilos de alimentos à base de gafanhotos, grilos e larvas e suspendeu três estabelecimentos por falta de requisitos de higiene.

As operações de fiscalização da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) aos operadores que produzem, comercializam ou manipulam novos alimentos à base de insetos e géneros alimentícios foram iniciadas em 2023 e abrangeram, até ao momento, 135 operadores económicos, disse à Lusa o Inspetor-geral da ASAE, Luís Lourenço.

Os inspetores, em resultado das operações, instauraram 19 processos de contraordenação, um deles por incumprimento das condições de utilização dos novos alimentos à base de insetos e por falta de rastreabilidade, apreenderam cerca de dois quilos de alimentos à base de gafanhotos, grilos e larvas e ainda suspenderam três estabelecimentos por falta de higiene.

O consumo de insetos é praticado em diversos países do mundo, principalmente em regiões da Ásia, África e América Latina, mas foi nos últimos anos que o aumento da produção e consumo de alimentos à base de insetos se registou na Europa, assim como a maior aceitação dos consumidores destes produtos.

Na Europa os pedidos de autorização à introdução de novos alimentos, como insetos ou algas, são feitos à Comissão que os sujeita a parecer da Agência Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), sendo a ASAE o ponto focal nacional.

A Comissão criou uma lista dos novos alimentos - como algas ou insetos - que estão autorizados para colocação no mercado da União Europeia e que podem ser utilizados nos alimentos, desde que respeitem as condições de utilização e os requisitos de rotulagem especificados nessa lista, um cumprimento que a ASAE fiscaliza.

Em Portugal, explica Luís Lourenço, as fiscalizações revelaram que os alimentos detetados pelos inspetores são os que estão na lista e, tirando problemas de deficiência da rotulagem, a ASAE não detetou problemas associados à qualidade ou segurança do alimento, nem situações que careçam de um tratamento diferenciado.

Em termos de rotulagem, os novos produtos têm de estar identificados com as mesmas condições de qualquer produto alimentar e não podem induzir o consumidor em erro nem conter alguma alegação nutricional ou de saúde que não esteja de acordo com o previsto no regulamento europeu.

Comum a todos os países, o catálogo de novos produtos - disponível na internet - regista um aumento de autorizações que somaram aproximadamente 80 novas entradas de produtos e a atualização de cerca de 60 entradas entre dezembro de 2023 e março último.

Acompanhando a tendência, Portugal regista também um aumento da oferta de géneros alimentícios com insetos nos estabelecimentos retalhistas e nos estabelecimentos de restauração e bebidas, segundo o inspetor-geral.

Um aumento que é acompanhado por um crescimento da indústria que produz géneros alimentícios com insetos ou parte de insetos e dos operadores que criam insetos para fins de venda posterior a indústrias alimentares.

Fonte: Jornal de Notícias

A startup finlandesa Solar Foods criou uma nova proteína natural em pó, que pode resolver os problemas ambientais causados pela indústria de produção alimentar. Tem o perfil nutricional da carne seca, e o sabor que quiser.

O mundo está a debater-se com as alterações climáticas e o aumento da população. A agricultura vegetal e animal tradicional tem-se esforçado para acompanhar o ritmo, agravando frequentemente os problemas ambientais.

Como tal, são necessárias soluções para a produção alimentar. Uma dessas soluções vem da startup finlandesa Solar Foods, que desenvolveu um produto inovador chamado Solein.

Este pó nutritivo, semelhante a carne seca no seu perfil nutricional, poderá revolucionar a produção alimentar.

O Solein contém todos os aminoácidos essenciais, fibra alimentar e uma série de vitaminas vitais.

A sua produção requer apenas uma fração da energia utilizada na agricultura convencional, tem uma pegada ambiental mínima e pode, teoricamente, proporcionar um fornecimento infinito de alimentos utilizando apenas eletricidade e ar.

Pode parecer ficção científica, mas o Solein já está a ser produzido e poderá estar disponível para os consumidores até ao final do ano, escreve o Interesting Engineering.

Pasi Vainikka, cofundador e CEO da Solar Foods, explica que a inspiração veio de um microorganismo que utiliza hidrogénio em vez de açúcar para metabolizar o dióxido de carbono.

A equipa percebeu que a eletricidade poderia gerar o hidrogénio necessário, permitindo que estes organismos produzissem alimentos a partir da água e do ar. “Se os organismos fossem comestíveis, poderíamos converter a eletricidade em alimentos”, diz Vainikka.

A empresa investiu mais de 42 milhões de euros na construção da sua primeira fábrica de biomassa, a Fábrica 01, que serve como prova de conceito. Esta instalação alberga um tanque de fermentação de 20 mil litros capaz de produzir 160 toneladas de biomassa comestível por ano, o suficiente para seis milhões de refeições.

O processo envolve o crescimento de micróbios oxidantes de hidrogénio em tanques de fermentação. Estes micróbios utilizam o hidrogénio dissolvido e o dióxido de carbono, reproduzindo-se rapidamente e produzindo uma biomassa rica em proteínas, fibras, gorduras e vitaminas. Esta biomassa é depois seca até se tornar um pó fino.

Os benefícios ambientais são significativos, uma vez que a agricultura é um dos principais contribuintes para a perda de habitats e para as emissões de gases com efeito de estufa.

A agricultura animal industrializada é particularmente prejudicial, sendo responsável por 80% do impacto ambiental do sistema alimentar. O processo de produção da Solein utiliza apenas 1% da energia necessária para a mesma quantidade de alimentos provenientes da pecuária industrial.

Embora o consumo de energia continue a ser uma preocupação para aumentar a produção, o impacto ambiental global do Solein é muito inferior ao da agricultura tradicional.

Até 2026, a empresa pretende operar uma instalação com vários fermentadores, cada um com uma capacidade de 200 metros cúbicos ou mais.

A Solar Foods está concentrada agora em aperfeiçoar o sabor e a textura do Solein. A empresa investiu mesmo num restaurante na sua fábrica para permitir aos clientes provar produtos feitos com Solein, como o gelado, que já está a ser servido num restaurante com estrela Michelin em Singapura.

Fonte: Zap.aeiou