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A Comissão Europeia cria oficialmente o Conselho Europeu para a Agricultura e a Alimentação (EBAF), dando assim seguimento a uma das recomendações do relatório final do Diálogo Estratégico sobre o Futuro da Agricultura.

Presidido pelo Comissário para a Alimentação e a Agricultura, Christophe Hansen, tem por objetivo apoiar uma nova cultura de diálogo, confiança e envolvimento de várias partes interessadas entre os intervenientes na cadeia de abastecimento alimentar e a sociedade civil, bem como com a Comissão. Espera-se que este órgão consultivo preste aconselhamento de alto nível à Comissão sobre o seguimento do relatório do diálogo estratégico sobre o futuro da agricultura da UE e contribua para o trabalho sobre a visão para a alimentação e a agricultura, a apresentar nos primeiros 100 dias do mandato.

O prazo para a apresentação de candidaturas ao EBAF termina a 8 de janeiro de 2025. A Comissão avaliará todas as candidaturas e tenciona finalizar a composição do Conselho de Administração no início de 2025. A primeira reunião do Conselho de Administração será convocada imediatamente a seguir.

 

Fonte: iALIMENTAR

A globalização tem desempenhado um papel ambivalente na alimentação mundial, conforme destaca um novo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Enquanto os preços dos alimentos foram reduzidos significativamente nos últimos 20 anos, a obesidade global quase dobrou no mesmo período. O aumento dos alimentos ultra processados é apontado como um dos fatores determinantes desse cenário.

A redução de custos na cadeia de abastecimento e a produção em larga escala tornaram os alimentos básicos mais acessíveis em diversas regiões. Contudo, isso também facilitou a proliferação de produtos ultra processados, que muitas vezes são ricos em açúcar, sal e gorduras saturadas, mas pobres em nutrientes essenciais. Estas mudanças são vistas como um reflexo direto das tendências económicas e culturais globais.

Impactos da industrialização alimentar

O relatório ressalta que os alimentos ultra processados são frequentemente projetados para serem convenientes, mas os seus efeitos na saúde pública são alarmantes. Estão associados ao aumento de doenças crónicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, que agora afetam populações anteriormente protegidas por dietas tradicionais mais equilibradas.

Diante deste panorama, a FAO enfatiza a importância de políticas que promovam uma alimentação saudável e sustentável. Estratégias como a taxação de alimentos ultra processados, incentivo à agricultura local e educação alimentar são fundamentais para equilibrar os benefícios da globalização com a necessidade de preservar a saúde pública.

Desafios futuros

A FAO destaca que, para mitigar os impactos negativos da globalização na nutrição, é essencial um esforço conjunto entre governos, indústria e sociedade civil. Iniciativas que promovam a transparência nas cadeias de produção e a regulamentação de rótulos podem ajudar os consumidores a fazer escolhas mais informadas.

Com a obesidade global em ascensão e a saúde pública sob pressão, o relatório da FAO serve como um alerta sobre as consequências não intencionais da modernização da alimentação. A busca por soluções equilibradas que aliem acessibilidade e qualidade será crucial para os próximos anos.

Fonte: Grande Consumo

O triunfo do robô e da produção biológica

  • Thursday, 05 December 2024 10:26

Se alguém pensar que inovação na agricultura é só sobre cultivar novas variedades de tomate ou batata ou aplicar fertilizantes de forma mais eficiente, está redondamente enganado. A tecnologia está a invadir os campos a uma velocidade impressionante e a ideia de que é um mundo simples e que a tecnologia ficou para trás está absolutamente errada. Quem é que disse que o agricultor não pode ser também um especialista em drones, inteligência artificial ou robôs? O futuro da agricultura já chegou — e parece que é mais tecnológico do que nunca.

E isso pode até explicar a escolha do Projeto Modular E, do INESC TEC, para vencedor do Prémio Inovação Agricultura 2024, atribuído pela Timac Agro. “Este projeto nasce num laboratório de robótica para a agricultura e floresta de precisão, dentro do instituto de investigação, que é privado mas sem fins lucrativos, e que se foca essencialmente nestas tecnologias. É aí que temos vindo a desenvolver este robô”, explica Filipe Santos, que se fez acompanhar por mais dois elementos da equipa, Luís Santos e André Aguiar.

O porta-voz do grupo não esconde que esta distinção “é mais do que motivadora”. “Temos um mote que é ciência com impacto. Temos trazido os valores para o terreno para provar que é possível ter robótica portuguesa, tecnologia portuguesa, desenvolvida em Portugal, com impacto para a agricultura portuguesa mas também mundial. E este é o reconhecimento desse trabalho, que muito nos orgulha e motiva”, realça.

Um robô barato e flexível que abraça todas as culturas

O robô é uma solução de baixo custo que permite transportar um conjunto alargado de equipamentos de agricultura de precisão. É ainda flexível, a ponto de poder acrescentar-se equipamento que seja necessário, e também poder ser adaptado a diferentes culturas. “É um veículo com grande versatilidade e autonomia, que neste domínio da robótica é fundamental. A agricultura de precisão é a ferramenta mais poderosa que nós temos hoje em dia para o uso mais eficiente dos recursos”, comenta Nuno Canada, presidente do ­INIAV e do júri.

Portugal ao “mais alto nível”

Rui Rosa, presidente da Vitas Portugal, reconhece que a inteligência artificial já chegou à agricultura e que, embora ainda haja muito para explorar nesta matéria, é já muito utilizada na área dos seguros agrícolas. E enaltece a qualidade das candidaturas apresentadas. “Para nós é uma grata recompensa. As candidaturas foram de excelente qualidade, diversificadas e em número muito apreciável”, afirma. Nesse sentido, está já a pensar na organização da 3ª edição deste prémio.

No encerramento do certame esteve João Moura, secretário de Estado da Agricultura. O governante lembra que Portugal “é do mais alto nível que existe no mundo inteiro com as suas técnicas, regras e hábitos de produção. Aquilo que se faz hoje no país é uma agricultura amiga do am­biente, que utiliza bem os recursos naturais, que os estima, preserva e conserva, e utiliza a mais alta tecnologia, como ficou aqui bem visível”. E acrescenta: “Há uma grande evolução científica, muito conhecimento científico nas práticas agrícolas, pelo que os portugueses podem estar descansados com a qualidade dos alimentos que consomem.” Ainda assim, vinca, “é importante transmitir estas coisas boas, coisas positivas, que muitas vezes são confundidas com imagens negativas quando é completamente diferente”. João Moura reconhece que “há um caminho a percorrer para passar a mensagem boa” e lamenta que, pelo caminho trilhado, sejam cada vez menos “os que se interessam pela agricultura e pelo mundo rural.”

 

Fonte: Expresso

A produção mundial de vinho em 2024 está projetada para atingir o nível mais baixo dos últimos 60 anos, com uma estimativa média de 231 milhões de hectolitros, representando uma queda de 2% em relação ao ano anterior, diz a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).

Este declínio é atribuído a eventos meteorológicos extremos, como geadas precoces, chuvas intensas e secas prolongadas, que afetaram significativamente a produtividade das vinhas em ambos os hemisférios.

Situação na União Europeia

Na União Europeia, que abriga os três maiores produtores mundiais de vinho — França, Itália e Espanha —, a produção estimada é de 139 milhões de hectolitros, uma redução de 3% em comparação com o ano anterior e o nível mais baixo deste século.

França lidera este declínio, com uma queda prevista de cerca de 25% na produção, devido a condições climáticas adversas, incluindo chuvas torrenciais, baixa incidência de luz solar e granizo.

Por outro lado, espera-se que Itália recupere da baixa produção do ano anterior, reassumindo a posição de maior produtora mundial de vinho.

Perspectivas globais e desafios futuros

A tendência de queda na produção global de vinho destaca a vulnerabilidade do sector às mudanças climáticas. No curto prazo, a oferta reduzida pode ajudar a equilibrar um mercado que enfrenta uma diminuição no consumo e altos níveis de stock. No entanto, a persistência de condições climáticas extremas representa um desafio contínuo para a sustentabilidade e a resiliência da viticultura mundial.

Fonte: Grande Consumo

Sem que saiba disso, pode estar a pagar mais dinheiro por um peixe que é, afinal, mais barato, e que foi mal rotulado. Pode mesmo estar a consumir uma espécie protegida. Mas há formas de se precaver.

Se come marisco, pode estar a consumir, sem saber, uma espécie em vias de extinção sem se aperceber, devido à rotulagem incorreta do peixe. Este problema é mundial e acontece quando a espécie de peixe que pensamos estar a comprar não é a que realmente recebemos.

Pode não ser uma situação intencional, mas também é possível que os vendedores inflacionem o preço do produto que vendem, chamando-lhe outra coisa. E não é fácil desmascarar os mentirosos.

Um produto do mar foi considerado incorretamente rotulado se foi vendido com um nome que não consta da lista de peixes para a espécie identificada pelo ADN.

Mas a Lista de Peixes é vaga e permite a utilização de nomes ambíguos, o que significa que o mesmo nome pode ser aplicado a várias espécies. O pargo, por exemplo, pode referir-se a 96 espécies diferentes, o atum a 14 e o bacalhau a duas.

Têm sido desenvolvidos estudos variados neste sentido, que descobriram que o problema é bem mais sério do que pensávamos.

Um dos mais recentes é de setembro deste ano, e investigou a rotulagem incorreta e os nomes de mercado ambíguos em produtos de invertebrados e peixes ósseos — peixes com barbatanas, como o bacalhau, o salmão e o atum — em Calgary, no Canadá, entre 2014 e 2020.

Estudantes universitários recolheram amostras de 347 produtos de peixe e 109 de marisco — que incluem camarão, polvo e ostras — de restaurantes e mercearias de Calgary. Estas amostras foram depois testadas geneticamente utilizando um marcador específico da espécie chamado código de barras de ADN.

E as descobertas foram surpreendentes. Em Calgary, 1 em cada 5 rótulos de peixe estão mal colocados. 100% do pargo, por exemplo, estava mal rotulado.

E mais: ficaria contente ao descobrir que está a comer um peixe ameaçado? Três produtos de bacalhau do Pacífico analisados pelos jovens foram identificados como sendo bacalhau do Atlântico, que está listado como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza. Também dois produtos de enguia foram identificados como sendo a enguia europeia, em perigo crítico de extinção.

Para além de pôr em causa espécies ameaçadas e inflacionar o preço de peixe que, afinal, não é assim tão caro, esta situação pode mesmo colocar a sua saúde em risco. Um dos jovens comprou “atum branco” num buffet de sushi e acabou por ir parar ao hospital — era, afinal, escolar, um peixe prejudicial à digestão.

Como evitar ser enganado?

Se comer marisco, a situação é mais difícil de evitar, uma vez que muitos deles se encontram sob ameaça e por vezes é difícil de distinguir quais das espécies estamos a comprar.

No entanto, uma dica é comprar produtos do mar que sejam certificados como sustentáveis, uma vez que estes demonstraram ter taxas mais baixas de rotulagem incorreta.

Para além disso, é mais difícil rotular incorretamente peixes inteiros e com cabeça, pelo que deve optar por comprar estes, caso consiga.

Tente também adquirir produtos que indiquem claramente a espécie exata que está a ser comprada. Por vezes, este tipo de produtos pode sair mais caro, mas se o conseguir fazer, está a arriscar menos não apenas ser enganado, como sacrificar a sua saúde.

 

Fonte: AEIOU

A 28 de novembro de 2024, foi confirmado pelo INIAV, a presença do serotipo 8 do vírus da língua azul, em efetivo bovino do distrito de Portalegre, facto que motivou a publicação do Edital 84 que refere os seguintes pontos:

- Definição das áreas afetadas por cada serotipo;

- Regras relativas à vacinação de animais;

- Regras relativas à movimentação de animais.

- Regras relativas à vigilância da doença

Saiba mais sobre Língua Azul (Febre Catarral Ovina).

 

Fonte: DGAV

A carne cultivada in vitro é uma alternativa sustentável que pode contribuir para satisfazer a crescente procura mundial de proteínas. No âmbito do projeto SMARTFARM, a Ainia fez progressos significativos na produção eficiente de carne de cultura, reafirmando o seu compromisso com a sustentabilidade e a segurança do sistema alimentar.

A carne de cultura baseia-se no cultivo de células musculares e gorduras obtidas de animais, sem necessidade de os abater, utilizando métodos de bioengenharia e biotecnologia. No projeto SMARTFARM, uma equipa multidisciplinar do Ainia conseguiu cultivar células musculares e adiposas de bovinos extraídas por biópsia, sem necessidade de abate dos animais. Estas células são depois cultivadas no ambiente controlado de um birreator para produzir carne de cultura. Este é um passo crucial para a produção em grande escala. Por último, para reproduzir a estrutura da carne, foram utilizadas tecnologias avançadas, como a bioimpressão 3D, para simular a estrutura tridimensional da carne.

Aumento da escala industrial

O projeto também abordou o desafio da utilização de soro fetal de bovino, um ingrediente altamente dispendioso normalmente utilizado para a cultura de carne in vitro. As proteínas presentes no soro, como os fatores de crescimento, promovem a proliferação e a diferenciação das células musculares, o que é essencial para uma cultura de carne in vitro eficiente. O centro concebeu e está a produzir fatores de crescimento recombinantes para incorporação no meio de cultura como substituto do soro fetal de bovino, tendo este processo sido ampliado com sucesso em birreatores.

Alternativa sustentável à carne tradicional

Conseguir uma produção eficiente e sustentável de carne cultivada in vitro pode transformar a indústria alimentar e contribuir para um sistema alimentar mais sustentável. Entre as principais vantagens desta forma inovadora de produzir carne está a redução das emissões de gases com efeito de estufa. De acordo com o Good Food Institute, a utilização desta tecnologia poderia reduzir as emissões climáticas até 92%, reduzir a poluição atmosférica até 94% e utilizar até 90% menos terra em comparação com as exigências da carne convencional.

Além disso, permitiria um maior bem-estar dos animais. Ao eliminar a criação em massa e o abate de animais, esta tecnologia responde às preocupações éticas de uma parte considerável da população. Além disso, ao ser produzida em ambientes controlados e sanitários, o risco de doenças de origem alimentar é reduzido, garantindo assim uma dieta mais segura e saudável. Este projeto é apoiado pela Conselleria d'Innovació, Indústria, Comerç i Turisme de la Generalitat Valenciana, através da IVACE, e é financiado pela União Europeia, através do Programa FEDER Comunitat Valenciana 2021-2027.

 

Fonte: iALIMENTAR

Perante a regulamentação europeia para reduzir o sal e os nitritos nos alimentos, uma equipa da Universidade de Córdoba está a testar o potencial de uma levedura como conservante natural no lombo de porco ibérico do Vale de Pedroches.

O consumo excessivo de nitritos está associado a efeitos negativos para a saúde. Por este motivo, um novo regulamento europeu limita a quantidade de nitritos em diferentes alimentos. Um deles é o lombo de porco ibérico, que tradicionalmente utiliza nitritos e sal como conservantes. Ao reduzir estes elementos, será possível continuar a desfrutar das propriedades deste produto? Sim, existe uma alternativa e ela está dentro do próprio lombo.

Há uma década, uma equipa do Departamento de Microbiologia da Universidade de Córdoba, liderada pelo professor José Ramos, isolou um conjunto de leveduras que cresciam no interior do lombo durante o processo de maturação. Descobriram que estes microorganismos influenciavam as caraterísticas do produto final. Agora, uma das estirpes desta família de leveduras, Debaryomyces hansenii LRC2, está a surgir como uma alternativa para manter as propriedades do lombo de porco ibérico com redução de nitritos e sal. “Vemos que com a aplicação desta levedura evitamos a chegada de outros micróbios indesejáveis”, explica José Ramos, provando assim que a segurança alimentar do lombo melhora e obtém uma vida útil mais longa graças a esta levedura.

O potencial desta estirpe foi avaliado em laboratório através de um teste de inibição de compostos voláteis. Estes compostos voláteis são responsáveis pelo odor do lombo de porco, mas também são capazes de inibir os fungos que podem danificar o produto. “Nesta fase, confrontamos a levedura com um fungo, frente a frente, sem tocar, e o fungo cresce menos. Vemos que, sem tocar, o fungo é inibido”, diz a primeira autora do estudo, Helena Chacón.

Esta proteção das leveduras foi testada no produto final, através da inoculação de uma bateria de lombos de porco ibérico da empresa Navalpedroche, situada no Vale de Pedroches, uma zona reconhecida pela qualidade dos seus produtos cárneos. “Neste processo, por se tratar de um trabalho industrial, foram seguidas as normas ISO de qualidade e microbiologia alimentar”, recorda o investigador Francisco J. Ruiz.

Segundo o investigador, “a utilização desta levedura específica permite baixar os níveis de nitritos e de sal e manter a segurança alimentar e as caraterísticas do lombo de porco ibérico. No entanto, em termos de sabor, não satisfazemos totalmente as necessidades do mercado”.

Agora, o cerne da questão é o sabor. Embora para os membros do painel especializado e para os consumidores habituais que provaram o lombo ibérico com conservantes reduzidos e inoculado com levedura “era bom”, observaram uma redução da pontuação na classificação que lhe atribuíram.

Assim, uma vez preservadas as caraterísticas do lombo e aumentado o seu prazo de validade, bem como a sua conformidade com a norma europeia através da redução dos nitritos e do sal, o passo seguinte é melhorar o sabor. Para isso, a equipa está a trabalhar com outras estirpes complementares para manter 100% do sabor do lombo de porco ibérico.

Este trabalho foi realizado por uma equipa multidisciplinar com pessoal dos departamentos de Química Agrícola, Ciência do Solo e Microbiologia; Bromatologia, Química Analítica e Estatística, Econometria, Investigação Operacional, Organização Empresarial e Economia Aplicada.

 

Fonte: iALIMENTAR

Portugal não corre o risco de ter leite infetado pela gripe das aves, uma vez não se registam vacas leiteiras infetadas e que este produto só é comercializado após ser submetido a pasteurização, esclareceu a DGAV.

O vírus nunca foi detetado em alimentos em Portugal. Na Califórnia, EUA, a gripe das aves foi detetada numa amostra de leite cru da marca Raw Farm, que não está à venda em Portugal, e as autoridades já pediram aos consumidores que devolvam os produtos adquiridos.

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) precisou que “a infeção pelo vírus da gripe aviária de alta patogenicidade do subtipo H5N1 em bovinos leiteiros nunca foi detetada fora dos Estados Unidos da América”.

A estirpe em causa é a B3.13, que resultou da “recombinação de vírus da estirpe H5N1 euro-asiática com vírus de estirpes americanas que circulavam em aves selvagens”.

De acordo com a DGAV, tendo em conta que, em Portugal e na restante Europa, não se registaram vacas leiteiras infetadas, “não há risco de deteção deste vírus no leite”.

Por outro lado, em Portugal só é comercializado leite pasteurizado, não havendo o risco de conter o vírus da gripe aviária.

A pasteurização consiste em submeter determinados alimentos, nomeadamente o leite, a uma temperatura elevada, de modo a eliminar micro-organismos patogénicos. O tratamento térmico do leite inativa o vírus.

A DGAV insistiu ainda que, em Portugal, não estão a ser feitas análises ao leite porque “não existe justificação para tal”.

Na corrente época epidemiológica, que decorre até 30 de setembro de 2025, foram confirmados em Portugal dois casos de infeção pelo vírus da gripe aviária de alta patogenicidade em aves selvagens, nomeadamente numa gaivota-de-patas-amarelas, em Quarteira, Loulé, e numa gaivota-de-asa-escura, em São Jacinto, Aveiro.

 

Fonte: Agro Portal

A partir de 1 de janeiro de 2025 é introduzido um “10º dígito” nos códigos da NC, identificando com maior precisão as exportações associadas às indicações geográficas - Denominações de Origem Protegida (DOP) ou Indicações Geográficas Protegidas (IGP).

Com o objetivo de conferir maior rigor e detalhe na informação estatística disponibilizada sobre a atividade do sector vitivinícola nacional e designadamente permitir uma melhor compreensão da sua dinâmica nas diferentes regiões em matéria de exportações, fruto de insistentes e reiterados pedido do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV, I.P.), o Instituto Nacional de Estatística (INE, I.P.) irá proceder a uma atualização dos códigos da NC, para os vinhos produzidos em Portugal.

Esta atualização, muito ambicionada pelo Setor, consiste na introdução de um “10.º dígito” nos códigos da NC, e consequentemente permitirá obter informação rigorosa relativa à origem de todas as regiões vitivinícolas, no âmbito da exportação de vinho.

Para as Empresas exportadoras esta atualização implica:

• Uma adaptação do sistema informático para utilizar os novos códigos da NC a 10 dígitos no formato para UPLOAD dos dados.

• Um novo procedimento de preenchimento das declarações INTRASTAT, que passarão a usar os novos códigos NC.

 

Fonte: IVV - Instituto da Vinha e do Vinho