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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através da Unidade Regional do Sul, realizou hoje uma ação de fiscalização direcionada a um centro de depuração com depósito de armazenamento de moluscos bivalves vivos (MBV), localizado no concelho de Palmela.

Durante a ação foi possível constatar que o operador económico se encontrava a receber moluscos bivalves vivos, de mariscadores locais, sem possuir a respetiva licença emitida pela entidade competente, autorização esta obrigatória para efeitos de encaminhamento do produto para o circuito comercial.

No local verificou-se ainda que o marisco era transportado em viaturas de uso familiar, sem qualquer documentação de acompanhamento de registo ou de rastreabilidade, sendo descarregado no local com recurso a empilhadores destinados à recetação da mercadoria.

Como balanço da ação, foram apreendidas 4,446.5 Kgs de moluscos bivalves vivos, num valor aproximado de 23.000,00€, tendo sido instaurado o respetivo processo de contraordenação por falta de rastreabilidade em MBV e ainda, falta de controlo metrológico em equipamento de pesagem.

A ASAE continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos, na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública dos consumidores.

Fonte: ASAE

As embalagens tornaram-se um elemento particularmente importante na indústria alimentar, pois são o principal elemento que garante que um alimento é seguro para consumo, evitando tanto o crescimento de microrganismos potencialmente nocivos como a deterioração do produto ou a contaminação cruzada, muito prejudicial para as pessoas com alergias ou intolerâncias. Além disso, prolongam a vida útil do produto, eliminam odores e permitem um transporte e armazenamento mais higiénicos.
 
Neste contexto, a corrida para se conseguir a embalagem perfeita começou há alguns anos e ainda não terminou. Há uma década, o fundamental era que as mesmas garantissem a segurança alimentar dos produtos e prolongassem ao máximo a sua frescura e vida útil, e a sustentabilidade era praticamente uma questão residual. Em 2013, triunfavam as embalagens de plástico ou de metal e só em 2017 é que o plástico PET reciclado (rPET) começou a aparecer de forma mais ou menos massiva no conjunto da indústria alimentar, juntamente com algum debate sobre a sua capacidade de manter a segurança alimentar.

Ultrapassado esse desafio, hoje em dia tem-se em conta sobretudo o ritmo de vida frenético dos consumidores, pelo que se torna necessário tanto a garantia de uma proteção adequada como a facilidade para que o produto possa ser consumido em qualquer lugar.

Para o conseguir, equipas constituídas por químicos, nutricionistas, chefes de cozinha, informáticos e engenheiros estão a unir esforços para dar um passo em frente, trabalhando para conceber embalagens que sejam não só seguras, práticas e que facilitem a confeção, mas que sejam também recicladas, recicláveis ou, inclusivamente, compostáveis ou reutilizáveis.

Além disso, para os consumidores é fundamental que o “packaging” respeite o ambiente, o que representa um verdadeiro desafio para a indústria alimentar e, especialmente, para os fabricantes de refeições prontas, que trabalham para se adaptar rapidamente a estas duas novas exigências.

Assim, tendências que vão desde a conceção ecológica - uma prática que procura reduzir o impacte ambiental dos produtos ao longo do seu ciclo de vida, desde a conceção até à eliminação - até à eliminação do plástico supérfluo ou à sua substituição por outros materiais como o vidro ou o cartão, ou mesmo a utilização de embalagens que utilizam plástico recuperado dos mares e oceanos, estão a tornar-se cada vez mais populares entre fabricantes e consumidores.

“Muitas das empresas do setor estão à frente da legislação no seu compromisso com o ambiente e, em particular, com a gestão adequada do plástico. De facto, a grande maioria já adotou medidas como a remodelação, a redução do peso da embalagem ou a utilização de plástico reciclado para tratar de minimizar a presença deste material nos seus formatos, demonstrando o seu firme compromisso com o cuidado do ambiente”, explica Álvaro Aguilar, secretário-geral da Associação Espanhola de Fabricantes de Refeições Prontas (Asefapre).

Fonte: iAlimentar

O caviar legal que pode ser comercializado internacionalmente só pode provir de esturjões de aquicultura e existem normas rigorosas para proteger a espécie. No entanto, um estudo conclui que metade dos produtos de caviar examinados na Europa são ilegais, e alguns nem sequer o são.

O trabalho, que envolveu 149 amostras, foi liderado por investigadores do Instituto Leibniz, alemão, para a Investigação Zoológica e da Vida Selvagem, e as conclusões foram publicadas na revista Current Biology.

A equipa de especialistas, após realizar análises genéticas e isotópicas de amostras de caviar da Bulgária, Roménia, Sérvia e Ucrânia, países limítrofes com as populações de esturjão selvagem que restam, encontrou provas de que as normas não estão a ser cumpridas: “Metade dos produtos comerciais de caviar incluídos nas amostras são ilegais e alguns nem sequer contêm vestígios de esturjão”, garantem os investigadores.

Na Europa, restam quatro espécies de esturjão capazes de produzir caviar: beluga, russo, estrelado e esturjão-do-volga. As últimas populações selvagens que restam destas espécies protegidas encontram-se no rio Danúbio e no mar Negro.

Para averiguar a verdadeira origem dos produtos de caviar, os investigadores, liderados por Arne Ludwig, compraram caviar tanto online como presencialmente numa grande variedade de fontes, como mercados locais, lojas, restaurantes, bares e instalações de aquicultura. Incluíram também cinco amostras apreendidas pelas autoridades. No total, recolheram e analisaram 149 amostras de caviar e de carne de esturjão.

Depois de analisar o ADN e os padrões isotópicos de cada amostra, a equipa descobriu que 21% das amostras provinham de esturjão capturado no meio natural e que este peixe era vendido em todos os países estudados.

Constatou-se também que 29% das amostras violavam a regulamentação CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção) e a legislação comercial, o que incluía caviar no qual figurava a espécie de esturjão errada ou o país de origem errado.

Os investigadores classificaram outros 32% das amostras como “engano ao cliente”, como amostras declaradas como produtos selvagens que provinham, na realidade, de aquicultura: “Os nossos resultados indicam uma procura contínua de produtos selvagens de esturjão, o que é alarmante, uma vez que estes produtos põem em perigo as populações selvagens”, escrevem os cientistas.

Além disso, três das amostras, servidas na Roménia num prato chamado “sopa de esturjão”, não eram de todo esturjão. Em vez disso, foram identificados peixes como o siluro-europeu e a perca-do-nilo.

Os autores sugerem que o grande volume de atividade de pesca furtiva ilegal pode ser um indicador de que os vendedores locais não têm oportunidades de receitas adequadas, o que pode aumentar a pressão para se envolverem em atividades de pesca ilegal.

Salientam igualmente que é provável que não exista uma aplicação eficaz da lei nestas regiões, quer porque impedir a pesca furtiva ilegal não é uma prioridade para as autoridades locais, quer porque estas não dispõem das ferramentas necessárias para demonstrar a origem ilegal de um peixe. Mas, independentemente das razões, sublinham a importância de agir, e rapidamente.

Fonte: iAlimentar

Uma equipa de investigação do Centro Rancho la Merced do IFAPA e das Universidades de Sevilha, Cádis e Bordéus obteve um conservante que substitui o dióxido de enxofre, normalmente utilizado pela indústria vitivinícola, mas que pode provocar alergias a pessoas sensíveis a este composto. Confirmou que não afeta a cor nem outras propriedades e qualidades dos vinhos, pelo que já pode ser utilizado nas adegas, alargando assim o leque de possibilidades no consumo.

Uma equipa de investigação do Centro Rancho la Merced do IFAPA, em conjunto com as Universidades de Sevilha, Cádis e Bordéus, obteve um novo composto antioxidante e antimicrobiano, ao qual chamaram ST99, para ser utilizado como aditivo em vinhos rosé como alternativa ao enxofre, o conservante atualmente mais utilizado na indústria. Foi confirmado que o extrato não altera as características e qualidades dos vinhos, pelo que será adequado para pessoas com alergias aos sulfitos.

O enxofre é um composto químico utilizado na indústria do vinho como aditivo para evitar a oxidação e o desenvolvimento de microrganismos, como bactérias ou leveduras, que podem alterar as suas qualidades e características. No entanto, algumas pessoas são sensíveis a este composto, pelo que não podem consumir produtos que o utilizem como conservante.

Desta forma, os investigadores procuram alternativas que garantam as mesmas qualidades antioxidantes e antimicrobianas do enxofre, mas que também mantenham as características próprias de cada vinho. No artigo “Grapevine shoots extract as an alternative to SO2 in rosé wines. A double approach: Classical measurements and 1H NMR metabolomics” publicado na revista Food Control propõem a utilização de um novo extrato obtido a partir de resíduos da indústria vinícola como fonte de estilbenos, uma família de polifenóis, que proporcionam as mesmas funções.

Mais concretamente, num primeiro momento, os especialistas confirmaram o seu potencial com um extrato comercial que continha 29% de estilbenos. Posteriormente, criaram um produto próprio a partir de resíduos da poda da vinha, denominado ST99, que chega a conter 99% destes polifenóis antimicrobianos. “Em estudos prévios confirmámos a sua adequação em vinhos brancos, e agora foi a vez do rosé, obtendo resultados ainda melhores. Além disso, realizámos os ensaios toxicológicos relevantes que indicam a sua inocuidade para o consumo humano”, refere Emma Cantos Villar, investigadora do Centro Rancho la Merced do IFAPA e autora do artigo.

Por conseguinte, está pronto para que a indústria vinícola o comece a utilizar e para que as pessoas alérgicas possam beber os seus vinhos.

O rosé não é apenas uma cor

A cor e a estabilidade dos vinhos rosé devem-se à variedade da uva utilizada, mas o método de fermentação, os tempos e as reações químicas que ocorrem durante a vinificação proporcionam as principais diferenças entre uns produtos e outros. Assim, as adegas diferenciam os seus vinhos nestes processos.

A modificação de qualquer dos seus componentes ou tratamento pode afetar diretamente o que caracteriza uma determinada marca ou a diferencia de outras. Em particular, o enxofre é um dos principais intervenientes na indústria devido à sua elevada capacidade de manter intactas as qualidades do vinho após o engarrafamento. No entanto, é um alergénio que pode causar problemas de saúde, desde dermatite até anafilaxia, em pessoas sensíveis ao mesmo. Além disso, a sua concentração acumula-se no organismo. Por conseguinte, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) recomendou em 2016 que não se excedesse uma ingestão diária de 0,7 mg de dióxido de enxofre por quilograma de peso corporal e por dia, e a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) fixou o limite em 200 miligramas por litro nos vinhos rosé.

Da vinha à garrafa

Para os vinhos tintos existem algumas alternativas ao enxofre, mas para os brancos e rosés ainda não existem aditivos válidos que cumpram a mesma função sem alterar as suas qualidades. De facto, o ST99 testado no branco alterou ligeiramente a cor e a durabilidade do mesmo diminuiu. “No entanto, nos ensaios com rosés, verificámos que se mantêm as principais propriedades em termos de composição e características próprias, como a cor, o aroma e o sabor”, acrescenta a investigadora.

Desta forma, os investigadores conseguiram que a indústria vinícola possa superar um obstáculo com a substituição do alergénio por outro composto seguro para a saúde de todos a partir dos próprios resíduos que gera, acrescentando assim o conceito de economia circular aos seus produtos.

Os especialistas estão concentrados no lançamento a nível comercial do novo aditivo. Concretamente, apresentaram os seus resultados com o ST99 aos principais especialistas mundiais em viticultura e enologia no 44.°Congresso Mundial da Vinha e do Vinho, realizado em junho em Jerez de la Frontera, Cádis.

A investigação foi financiada através do projeto “Estilbenos como alternativa sustentável ao SO2 no vinho” da Agência Estatal de Investigação e por fundos do FEDER.

Fonte: iAlimentar

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou, nos últimos dias, de norte a sul do País, uma operação no âmbito da Segurança Alimentar, com o objetivo de fiscalizar o comércio de bens alimentares mais apreciados nesta época do ano e acautelar o cumprimento dos requisitos legais gerais e específicos associados a cada setor bem como detetar eventuais práticas fraudulentas.

Como balanço da ação, foram fiscalizados cerca de 400 operadores económicos, designadamente, retalhistas do setor alimentar, mercados, pastelarias com fabrico próprio, estabelecimentos de restauração e bebidas, entre outros, tendo sido instaurados 7 processos-crime, pela prática de ilícitos relacionados com a fraude alimentar, especulação de preços e abate clandestino, com detenção de um indivíduo, nesta última situação, o qual foi sujeito a termo de identidade e residência e devidamente notificado para apresentação à Autoridade Judiciária.

No que se refere à vertente contraordenacional foram instaurados 55 processos de contraordenação, destacando-se como principais infrações, o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, inexistência de processo ou processos baseados nos princípios do HACCP, irregularidades relativas a rotulagem de géneros alimentícios, falta de mera comunicação prévia, entre outras.

Foram ainda apreendidas cerca 1,2 tonelada de géneros alimentícios, essencialmente produtos cárneos, azeite, entre outros, 14.300 rótulos de azeite, acessórios de corte, entre outros, tudo num valor global aproximado de 12.000,00€ e determinada a suspensão de atividade de 6 operadores económicos, por falta de condições de higiene e falta de condições técnico-funcionais, destacando-se ainda um estabelecimento, onde se procedia, de forma camuflada e ilicitamente, ao abate de animais.

Fonte: ASAE

 

Um grupo de investigadores da China, da Áustria e da Universidade de Southampton, no Reino Unido, manipulou o microbioma das plantas, pela primeira vez, aumentando a prevalência de bactérias que protegem as plantas de pragas.

As descobertas, publicadas na Nature Communications, podem substancialmente reduzir a necessidade de pesticidas, apontam os cientistas.

“Pela primeira vez, conseguimos mudar a composição do microbioma de uma planta de forma direcionada, aumentando o número de bactérias benéficas que podem proteger a planta de outras bactérias nocivas”, explica o coautor do artigo, Tomislav Cernava.

O avanço foi alcançado “nas culturas de arroz, mas a estrutura que criámos pode ser aplicada a outras plantas e desbloquear outras oportunidades para melhorar o seu microbioma. Por exemplo, os micróbios que aumentam o fornecimento de nutrientes às culturas podem reduzir a necessidade de fertilizantes sintéticos”.

A equipa de investigação internacional descobriu que um gene específico encontrado no aglomerado de biossíntese de lignina da planta do arroz está envolvido na formação do seu microbioma. A lignina é um polímero complexo encontrado nas paredes celulares das plantas – a biomassa de algumas espécies vegetais consiste em mais de 30% de lignina.

Em primeiro lugar, observou-se que, quando esse gene foi desativado, existiu uma diminuição na população de certas bactérias benéficas.

Depois, foi feito o oposto, para que o gene produzisse mais de um tipo específico de metabólito – uma pequena molécula produzida pela planta hospedeira durante os seus processos metabólicos. Tal aumentou a proporção de bactérias benéficas no microbioma da planta.

Quando essas plantas modificadas foram expostas à Xanthomonas oryzae – um patógeno que causa praga bacteriana em plantações de arroz – eram substancialmente mais resistentes a ele do que o arroz do tipo selvagem.

Fonte: Vida Rural

 

A água das garrafas de plástico contem até cem vezes mais partículas minúsculas de plástico do que estimado até agora, segundo um estudo divulgado na segunda-feira.

Ao utilizarem uma tecnologia inovadora, os cientistas contabilizaram em média 240 mil fragmentos de plástico detetáveis por litro de água, depois de terem testado o produto de várias marcas populares.

Este estudo, publicado na revista PNAS, levanta questões sobre as consequências potenciais para a saúde.

"Se as pessoas estão inquietas a propósito dos nanoplásticos na água engarrafada, é racional considerar alternativas, como a água da torneira", disse um co-autor do estudo, Beizhan Yan, à AFP.

Mas acrescentou: "Não recomendamos não beber água engarrafada quando for preciso, porque o risco de desidratação pode ser maior do que o da exposição aos nanoplásticos".

Os nanoplásticos têm atraído cada vez mais as atenções nos últimos anos e estão presentes em todo o planeta. 

Os microplásticos têm menos de cinco mil micrómetros, o que representa cinco milímetros, ao passo que os nanoplásticos têm menos de um micrómetro [a milésima parte de um milímetro].

São tão pequenos que podem entrar no sistema sanguíneo e, portanto, em órgãos, como o cérebro ou o coração.

As investigações sobre as suas consequências nos ecossistemas e na saúde humana ainda são limitadas, mas alguns estudos já evidenciaram os seus efeitos nefastos, por exemplo no sistema reprodutivo.

Para o seu estudo, os investidores recorreram a uma técnica nova que recorre a lasers.

Testaram três marcas de água, sem revelar o nome: "Pensamos que todas as águas engarrafadas em plástico contêm nanoplásticos, portanto seria injusto destacar algumas", disse Beizhan Yan.

Os resultados mostraram que cada litro continha entre 110 mil e 370 mil partículas, dos quais 90% de nanoplásticos, com o resto referente a microplásticos.

O tipo mais encontrado é o nylon -- proveniente provavelmente de filtros de plásticos utilizados para purificar a água -, seguido do politereftalato de etileno (PET), de que as garrafas são feitas.

A seguir, os investigadores tencionam testar a água da torneira, que também contém microplásticos, mas á partida em menor quantidade.

Fonte: Jornal de Notícias

A Associação dos Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD) apresentou 11 queixas-crime ao Ministério Público (MP) por utilização indevida da Denominação de Origem Protegida (DOP) de azeite nesta campanha, disse hoje fonte desta organização.

A AOTAD é o agrupamento gestor da DOP Azeite de Trás-os-Montes.

Francisco Ribeiro, dirigente da AOTAD e presidente da Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Murça, afirmou à agência Lusa que durante a sua ação inspetiva, na campanha que está a terminar, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) detetou pelo menos 11 situações de usurpação da marca DOP.

Em consequência e por se tratar de um crime semipúblico, o direito de queixa foi acionado pela AOTAD, que formalizou 11 queixas-crime no MP.

Acrescentou que também a cooperativa de olivicultores, que dirige, fez uma denúncia por usurpação da marca Porca de Murça por um operador da região.

Nos últimos meses de 2023, a ASAE realizou, a nível nacional, várias ações de fiscalização e de inspeção direcionadas para a cadeia de valor do azeite, para identificar potenciais inconformidades sobre a autenticidade e qualidade do produto, dos requisitos de rotulagem que possam induzir consumidor em erro e ainda práticas de concorrência desleal.

No terreno fiscalizou operadores económicos, desde produtores, embaladores e retalhistas, nos quais se incluiu a comercialização em mercados e feiras, e entre os crimes e infrações detetadas destacam-se a fraude sobre mercadoria e a violação por utilização indevida de DOP, bem como o incumprimento das regras de rotulagem, a falta de informação ao consumidor, a falta de menções obrigatórias na rotulagem do azeite e a indução em erro ao consumidor.

Francisco Ribeiro referiu que todas as queixas foram acompanhadas com autos de apreensão de azeite e que a AOTAD está ainda a avaliar outras situações, falando em casos em que o azeite que não é certificado e estava a ser vendido como DOP Trás-os-Montes ou de azeites monovarietais (azeites feitos com uma única variedade de azeitona) também vendidos como DOP ou até azeites de mistura vendidos como virgem extra.

O azeite DOP Trás-os-Montes é produzido a partir das variedades de azeitona verdeal transmontana, madural, cobrançosa, cordovil e outras.

O responsável referiu que estas situações coincidiram com a subida do preço de azeite, que se verificou este ano, e que, por estar preocupada com esta situação, a AOTAD reuniu com a ASAE antes do arranque da campanha de apanha de azeitona.

“Face à escalada de preços, acaba por ser atrativo à fraude e à usurpação de denominações que, de alguma forma, estejam relacionadas com a cultura da azeitona e do azeite”, salientou.

Por exemplo, são usados nos rótulos nomes de localidades transmontanas como Mirandela, Vila Flor, Valpaços ou Murça que as pessoas identificam claramente como produtoras “de azeite de qualidade para ser mais fácil a venda”.

“É isso que fazem, quando existe regulamentação comunitária que diz que, a não ser marcas registadas antes de 1998, não podem ser usadas menções de origem geográfica”, explicou.

Francisco Ribeiro advertiu os consumidores a comprarem azeite virgem extra rotulado, com fatura e em estabelecimentos reconhecidos de venda de azeite e de produtos alimentares”, aconselhando a que sejam evitadas as compras principalmente através da Internet, em situações que não se consegue identificar o operador que está a vender.

Fonte: Agroportal

O Comando Territorial de Beja, através das suas várias valências, ontem, dia 30 de dezembro de 2023, apreendeu 9 982 quilos de azeitona e constituiu arguido um homem de 44 anos, por suspeita da prática do crime de recetação, na localidade de Montes Velhos, no concelho de Aljustrel.

Na sequência de denúncias de furtos de azeitonas, na localidade de Alfundão, foi intensificado o patrulhamento no sentido de localizar as viaturas suspeitas tendo sido verificado, em flagrante, um veículo que se encontrava a descarregar azeitona, não tendo sido apresentada qualquer declaração que justificasse a sua proveniência, no Centro de receção de azeitona em Montes Velhos.

No decorrer das diligências policiais, foi possível verificar a existência de 150 pessoas e 40 veículos, sendo que no interior das instalações do centro, foram detetados e fiscalizados 10 veículos, os quais possuíam no seu interior vários quilos de azeitona, cuja proveniência não foi provada como sendo legal, motivo que levou à identificação de 18 suspeitos e à apreensão de 6 150 quilos de azeitona.  

No seguimento da ação policial, foi constituído arguido um homem de 44 anos, por suspeita da prática de um crime de recetação de azeitona, tendo ainda sido apreendidos 3 832 quilos de azeitona, que se encontravam já no interior do centro de receção, cuja proveniência não foi legalmente provada.

No total da operação, foram apreendidos 9 982 quilos de azeitona, tendo sido empenhados vários militares do Comando Territorial de Beja, das várias valências do dispositivo territorial, Investigação Criminal e Intervenção Rápida, tendo contado ainda com o apoio de militares do Comando Territorial de Setúbal.

Durante a operação policial, foi ainda possível elaborar 08 autos de contraordenação no âmbito do Código da Estrada.

Desde o início da Operação “Campo Seguro 2023”, no distrito de Beja, já foi possível recuperar mais de 27 000 quilos de azeitona, tendo sido detidas 79 pessoas e identificados 122 suspeitos, em ocorrências relacionadas com o furto de azeitona.

Fonte: GNR

A Associação Portuguesa de Nutrição lançou a 2° Edição do Manual de Equivalentes Alimentares. 

Tendo em conta a inovação e atualização do mercado em termos de produtos alimentares disponíveis, entendeu-se revisitar este Manual, pelo que se apresenta aqui o lançamento da sua segunda edição.  

Consulte o documento aqui.

Fonte: APN - Associação Portuguesa de Nutrição