Consideram-se novos alimentos aqueles cujo consumo na União Europeia (UE) era considerado raro ou inexistente antes de maio de 1997, podendo ser alimentos inovadores ou desenvolvidos recentemente, alimentos em que se usaram novos processos de produção e tecnologias ou ainda alimentos tradicionalmente consumidos fora da UE.
Os novos alimentos apenas poderão ser colocados no mercado após a devida autorização ou, no caso dos alimentos tradicionais de Países terceiros, após a realização de notificação com sucesso, sendo todos sujeitos a uma prévia avaliação de risco pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (European Food Safety Authority (EFSA).
Todos os novos alimentos deverão constar da lista da União Europeia estabelecida pelo Regulamento (UE) 2017/2470.
Fonte: ASAE
As explorações agrícolas da UE produziram cerca de 160,8 milhões de toneladas de leite cru em 2023. Isto representa um aumento de 0,8 milhões de toneladas em relação a 2022 e um aumento de 15,8 milhões de toneladas em relação a 2013.
Esta informação provém de dados sobre o leite e os produtos lácteos publicados pelo Eurostat.
A maior parte do leite é utilizado na produção de manteiga e queijo
A grande maioria do leite cru produzido em 2023 foi entregue a centrais leiteiras (149,3 milhões de toneladas) e utilizado para produzir uma gama de produtos lácteos frescos e manufaturados. Em 2023, as centrais leiteiras produziram 22,0 milhões de toneladas de leite para consumo e 7,8 milhões de toneladas de produtos lácteos acidificados (como o iogurte).
No entanto, a maior parte do leite foi utilizado para a produção de queijo e manteiga. Especificamente, foram utilizadas 58,2 milhões de toneladas de leite gordo e 17,4 milhões de toneladas de leite desnatado para produzir 10,6 milhões de toneladas de queijo. Outras 45,4 milhões de toneladas de leite gordo foram utilizadas para produzir 2,3 milhões de toneladas de manteiga.
A Alemanha foi o maior produtor de leite potável da UE, representando 19% da produção total. Foi também o maior produtor de produtos lácteos acidificados (27%), manteiga (20%) e queijo (22%).
A Espanha ficou em segundo lugar na produção de leite potável, com 15% do total da UE, seguida pela França (13%). Os Países Baixos foram o segundo maior produtor de produtos lácteos acidificados (17%), seguidos pela Polónia (10%).
A França foi o segundo maior produtor de manteiga e queijo (18% do total da UE para cada produto). A Irlanda ficou em terceiro lugar na produção de manteiga (13%), enquanto a Itália ficou em terceiro lugar na produção de queijo (13%).
Fonte: Eurostat
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou uma operação de fiscalização, de norte a sul do país, com o objetivo de verificar o cumprimento das regras aplicáveis à atividade de restauração e bebidas, incluindo a cozinha tradicional e do mundo, bem como às plataformas digitais de entrega de comida, assegurando a proteção dos consumidores. A ação decorreu no âmbito da Campanha “Portugal Sempre Seguro”, desenvolvida sob a coordenação do Sistema de Segurança Interna e cujos objetivos estratégicos visam o reforço da perceção de segurança no país.
Como balanço da ação, assinala-se a fiscalização de 305 operadores económicos, tendo sido instaurados 3 processos crime por géneros alimentícios avariados e fraude sobre mercadorias e 87 processos de contraordenação, destacando-se como principais infrações, o incumprimento dos requisitos de higiene/violação dos deveres da entidade exploradora, a inexistência ou irregularidades no sistema HACCP, a falta do Livro de Reclamações e incumprimentos na rotulagem dos géneros alimentícios.
Foi ainda determinada a suspensão da atividade de 21 estabelecimentos de restauração e bebidas, maioritariamente por violação dos deveres gerais das entidades exploradoras, e apreendidos 20 kg de géneros alimentícios, com um valor estimado de 2.250,00 Euros.
A ASAE, enquanto órgão de polícia criminal e autoridade de fiscalização de mercado, continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos e na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública para os consumidores.
Fonte: ASAE
A ASAE no âmbito das suas competências de fiscalização e em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos bem como, de garantia da segurança alimentar dos produtos disponibilizados aos consumidores, realizou uma operação de fiscalização direcionada ao setor de produção de cerveja - industriais e artesanais, para verificação do cumprimento das regras legais aplicáveis.
Como balanço foram fiscalizados 25 operadores económicos e instaurados 5 processos de contraordenação, destacando-se como principais infrações, irregularidades relacionadas com o registo do início da atividade, incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene bem como, a não atualização dos documentos que descrevem o processo ou processos baseados nos princípios do HACCP.
Fonte: ASAE
Ao longo do tempo, a comunidade científica tem tentado desenvolver materiais seguros e sustentáveis capazes de substituir os plásticos tradicionais, que prejudicam o ambiente.
O maior problema dos plásticos biodegradáveis atuais, como o PLA, é que chegam ao oceano e não podem ser degradados porque são insolúveis em água. O resultado são os conhecidos microplásticos, que têm prejudicado a vida aquática, sendo cada vez mais comuns na cadeia alimentar.
Neste novo estudo, os cientistas resolveram esse problema com plásticos supramoleculares — polímeros com estruturas que são mantidas juntas através de interações reversíveis.
Segundo o EurekAlert, estes novos plásticos surgiram da combinação de dois monómeros iónicos que formam pontes salinas reticuladas e que fornecem alta resistência e flexibilidade.
Nos primeiros testes, um dos monómeros era um aditivo alimentar comum chamado hexametafosfato de sódio e o outro era um dos vários monómeros baseados em iões de guanidínio. Ambos podem ser metabolizados por bactérias, o que garante total biodegradabilidade assim que o plástico é dissolvido.
Neste novo material, a estrutura das pontes salinas é irreversível, a menos que seja exposta a eletrólitos como os encontrados na água do mar.
Além de atóxico, o novo plástico não é inflamável, podendo ser remodelado a temperaturas acima dos 120°C .
Por fim, os cientistas investigaram a reciclabilidade e biodegradabilidade do novo plástico e, após dissolvê-lo em água salgada, conseguiram recuperar 91% do hexametafosfato e 82% do guanidínio na forma de pó, o que indica que a reciclagem é fácil e eficiente.
No solo, folhas deste novo plástico degradaram-se completamente ao longo de 10 dias, tendo fornecido ao solo fósforo e nitrogénio em quantidades semelhantes a um fertilizante.
Fonte: AEIOU
O mEATquality é um projeto de investigação do programa Horizon 2020 que analisa as atitudes, perceções e preferências dos consumidores relativamente à produção sustentável de carne para satisfazer as exigências dos cidadãos europeus. O projeto está a estudar o alojamento e a gestão de duas espécies de animais de criação intensiva: frangos e porcos.
“Esperam-se mudanças nos sistemas de alojamento dos animais nos próximos anos para cumprir as futuras atualizações da legislação da UE relativa ao bem-estar dos animais e para satisfazer a procura dos consumidores de carne de porco e de aves mais sustentável proveniente de sistemas de produção amigos do ambiente e do bem-estar”, explica Paolo Ferrari, parceiro do projeto. O projeto centra-se no impacto direto que certos fatores críticos relacionados com as práticas de criação extensiva, como a dieta, a genética e a densidade animal, podem ter na qualidade da carne.
A ambição geral do projeto mEATquality é fornecer aos consumidores carne de porco e de frango de melhor qualidade, incluindo explorações convencionais, explorações biológicas e sistemas de criação ao ar livre. O projeto pretende fazê-lo através da promoção de práticas de criação extensiva que considerem tanto a sustentabilidade como o bem-estar dos animais.
O projeto visa informar os consumidores sobre a relação entre os métodos de produção e a qualidade da carne de suíno e de frango através de tutoriais educativos, vídeos, da base de dados de carne da UE e da partilha das melhores práticas. “Os nossos sistemas alimentares estão em constante evolução, tal como a informação que os consumidores recebem sobre os produtos à base de carne. É muito importante garantir que obtêm a informação correta sobre a forma como a carne é produzida em relação à qualidade do produto: permite-lhes tomar decisões conscientes no supermercado”, afirma Hans Spoolder, coordenador do projeto.
Fonte: EU CAP NETWORK
O Algarve foi escolhido para “região-piloto” no desenvolvimento de um projeto europeu, demonstrativo das medidas a adotar no combate à seca e adaptação às alterações climáticas. A iniciativa foi dada a conhecer, esta quarta-feira, na Mexilhoeira Grande (Portimão), numa quinta de seis hectares, que deixará de produzir hortícolas e laranjas, pela falta de água. A iniciativa envolve um consórcio de 27 entidades, a nível académico (laboratórios colaborativos) e privados.
O plano de intervenção tem um horizonte de cinco anos, dos quais três destinam-se à execução do projeto e os outros dois, à avaliação dos estudos. No final, o objetivo é que o trabalho tenha continuidade e se possa multiplicar. “O nosso objetivo é que o projeto possa vir a ser replicado noutras regiões”, confirmou André Gonçalves, coordenador do projeto focado nas regiões do Algarve e Andaluzia.
Denominado CisWEFE-NEX, o projeto tem um valor global de 11,5 milhões de euros (ME), financiado em 9,5 ME por fundos comunitários através do Cluster 6 do Horizonte Europa inserido na iniciativa Circular Cities and Regions. O projeto já tem o financiamento comunitário aprovado, mas aguarda pelos licenciamentos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e, da Câmara de Portimão, referiram os responsáveis.
A situação de stress hídrico com que o Algarve está confrontado e a localização da propriedade, a cerca de 600 metros da ria de Alvor, foram algumas das razões invocadas para a “quinta-laboratório” aí ser instalada, projetando no terreno os desafios que se colocam à comunidade europeia: produzir água, energia e alimentos, num sistema de economia circular. O Algarve foi também a região-piloto selecionada para testar o sistema, dado estar inserida na Euroregião Alentejo-Algarve-Andaluzia e enfrentar desafios ambientais comuns, entre os quais o stress hídrico.
Por isso, está previsto instalar uma pequena central dessalinizadora e aproveitar tudo o que natureza oferece, com menores custos ambientais. “Aqui o objetivo é reaproveitar as águas salobras e do bagaço de azeitona, esta com uma percentagem grande de água, para a irrigação de um sistema de produção agrovoltaico”, explicou André Gonçalves, acrescentando que espera que “os resultados possam despertar o interesse de entidades públicas e privados”, para que o projeto possa ter repercussões positivas na comunidade.
O dono da propriedade, Manuel Águas, não revelou o preço do arrendamento das terras, mas sugeriu que o preço foi simbólico. “Se alugasse o terreno para pôr aqui, no Verão, três caravanas, ganhava mais dinheiro.” O que chegou a pensar, confidenciou, foi seguir o exemplo dos vizinhos: “Com esta vista espetacular para o mar, teria aqui uma urbanização – só que não posso porque é reserva agrícola.”
O pomar de citrinos, entretanto, foi deixado ao abandono. A água do furo deixou de ser suficiente para o regadio. Porém, a parcela dos abacateiros contínua verdejante, porque o rendimento é superior à laranja. O novo projeto, de carácter “laboratorial” prevê que a dessalinizadora, alimentada pela energia solar, venha a fornecer água potável e servir a irrigação da propriedade. Um dos objetivos, defendem os promotores, é desenvolver a “economia circular”, na qual se insere ainda uma exploração de aquacultura para produzir algas e camarão.
Fonte: Público
Investigadores criaram um sistema para gerar células sexuais clonais em plantas de tomate e usaram-nas para desenhar os genomas das descendências. A fertilização de um óvulo clonal de um progenitor por um esperma clonal de outro progenitor produziu plantas que contêm a informação genética completa de ambos os ‘pais’.
O sistema foi desenvolvido num estudo conduzido pelo Max Planck Institute for Plant Breeding Research, na Alemanha.
No sistema que o cientista Charles J. Underwood e a sua equipa desenvolveram, a meiose foi substituída pela mitose (uma simples divisão celular) no tomate. No chamado sistema MiMe (Mitose em vez de Meiose), a divisão celular imita uma mitose, evitando assim a recombinação e segregação genética, produzindo células sexuais que são clones exatos da planta progenitora.
O conceito do sistema tinha já sido estabelecido anteriormente por Raphael Mercier, diretor do Max Planck Institute for Plant Breeding Research, com a planta Arabidopsis e arroz.
No entanto, de acordo com os investigadores, pela primeira vez, conseguiram utilizar células sexuais clonais para criar descendências através de um processo chamado “design de genoma poliploide”.
Devido à estreita relação genética entre tomates e batatas, a equipa de cientistas acredita que o sistema utilizado neste estudo pode ser facilmente adaptado em batatas e, potencialmente, em outras espécies de culturas.
Os investigadores referem ainda que, tendo em vista o aumento da população e as alterações climáticas, o desenvolvimento de variedades com elevado rendimento, sustentáveis e estáveis “é crucial para garantir o abastecimento mundial de alimentos a longo prazo”. Portanto, “é fundamental cultivar plantas que apresentem maior resistência a doenças e tolerância a fatores de stress, desta forma, abordagens inovadoras no que toca a tecnologias de reprodução de plantas são essenciais”.
Fonte: Vida Rural
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A Comissão Europeia publicou hoje o Regulamento (UE) 2024/2895 que altera o Regulamento (CE) n.º 2073/2005 no que diz respeito à Listeria Monocytogenes.
O Regulamento (CE) n.º 2073/2005 foi alterado a fim de garantir o mesmo nível de proteção da saúde pública desde a produção até à distribuição de alimentos prontos para consumo, exceto os destinados a lactentes e a fins medicinais específicos, suscetíveis de permitir o crescimento de Listeria monocytogenes.
Desta forma, o critério de segurança dos géneros alimentícios «Listeria monocytogenes não detetada em 25 g» deve aplicar-se a todas as situações em que esses alimentos sejam colocados no mercado durante o seu período de vida útil e em que o operador da empresa do setor alimentar que os produziu não tenha conseguido demonstrar que o nível de Listeria monocytogenes não excederá o limite de 100 ufc/g até ao termo do seu período de vida útil.
Estas alterações só entram em vigor a partir de 1 de julho de 2026.
Fonte: Eur-lex e Qualfood
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