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A Associação Portuguesa de Nutrição lançou a 2° Edição do Manual de Equivalentes Alimentares. 

Tendo em conta a inovação e atualização do mercado em termos de produtos alimentares disponíveis, entendeu-se revisitar este Manual, pelo que se apresenta aqui o lançamento da sua segunda edição.  

Consulte o documento aqui.

Fonte: APN - Associação Portuguesa de Nutrição

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), realizou, ontem, através da Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal com o apoio da Unidade Regional do Sul, diversas ações de fiscalização na sequência de diligências de inquérito no âmbito do combate a ilícitos criminais contra a saúde pública, direcionadas ao abate clandestino de animais, nos concelhos de Loures, Mafra e Lisboa.

Como balanço da operação, durante a qual foram cumpridos 2 mandados de busca domiciliária (incluindo uma exploração pecuária), 8 mandados de busca não domiciliária, 1 mandado de pesquisa digital (1 equipamento eletrónico) e fiscalizados 3 talhos, foram apreendidos cerca de 6.600,00 kilos de produtos cárneos, essencialmente carcaças de caprinos, no valor de cerca de 58.000,00 Euros, bem como a quantia de 11.470,00€ em numerário, suspeita de ser resultado da atividade ilícita desenvolvida.

Foi ainda apreendida uma caçadeira de calibre 12 e 37 cartuchos do mesmo calibre, bem como um revólver de calibre 22 municiado com 6 munições e 38 munições do mesmo calibre.

Após realização de perícia foi determinado tratar-se de carne proveniente de abate clandestino e/ou anormal avariado e/ou corrupto, e/ou sem rastreabilidade. Em sequência foram constituídos arguidos dois indivíduos, tendo sido sujeitos a Termo de Identidade e Residência (TIR).

A ASAE continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos, na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública dos consumidores.

Fonte: ASAE

Boas Festas!

  • Friday, 22 December 2023 11:20

Que no sapatinho tenham a leveza da Gestão documental e legislativa que o Qualfood tem para transformar o V/ 2024 num SUCESSO!smile

O azeite é um dos elementos essenciais na mesa de Natal para acompanhar o tradicional bacalhau, mas o disparar do preço em 2023 fez multiplicar a oferta de falsificações: de acordo com o ‘Jornal de Notícias’, a ASAE está a apertar a malha do controlo sobre redes que produzem e comercializam azeite falsificado na internet, nas feiras, mas também nas mercearias. Para enganar os consumidores, os criminosos misturam óleo com corante verde (clorofila) e vendem o produto em garrafões como se fosse “extra virgem” – também há casos em que é usado o bagaço de azeitona para potenciar os lucros.

Segundo o jornal diário, as redes criminosas usam cubas de 25 mil litros para misturar 95% de óleo de girassol com 5% de clorofila, o que confere um aspeto muito semelhante com o azeite, sendo que um garrafão de 5 litros custa cerca de 7 euros a produzir e é vendido como se fosse azeite a entre 15 e 30 euros. As embalagens podem ser vendidas sem rótulos, o que dificulta d distinção entre o produto genuíno e uma mistura. Mas há quem coloque etiquetas para induzir em erro os consumidores.

“Depois da produção, há um exército de vendedores e revendedores que se desdobram na Internet para contactar consumidores. São colocados à venda nas redes sociais ou em sites de venda de produtos de segunda mão, como se fosse azeite extra virgem. Também se verificam vendas nas feiras ou através de grupos de amigos”, referiu fonte da ASAE, que abriu várias investigações sobre estas redes criminosas, especialmente em Trás-os-Montes e Alentejo.

“Uma das prioridades operacionais da ASAE é o setor do azeite, dada a relevância deste produto para a economia portuguesa, bem como pelo consumo do produto no nosso país”, indicou a mesma fonte. Assim, foi reforçado o “acompanhamento e vigilância do produto desde a origem da azeitona que entra nos lagares e ajuntadores até à sua disponibilização ao consumidor final, sendo relevante defender a sua autenticidade, bem como a segurança alimentar”.

Este ano, os inspetores da ASAE já abriram 20 processos-crime, contra 18 retalhistas, três indústrias, dois embaladores e um armazenista. “A atuação da ASAE é desenvolvida tanto de forma proativa através de ações de fiscalização planeadas para verificação do cumprimento da legislação”, bem como pela “análise da rotulagem”, mas também de “forma reativa através de ações desencadeadas na sequência de denúncias rececionadas pela ASAE, procedendo à fiscalização de operadores económicos desde a indústria à restauração”.

Fonte: Executive Digest

A Iniciativa de Contagens Regressivas dos Sistemas Alimentares tem como objetivo monitorizar o estado da transformação dos sistemas alimentares através de dados relevantes, independentemente do processo de monitorização estabelecido.

Esta monitorização pode ajudar a alinhar os decisores em torno de prioridades-chave, incentivar a ação, responsabilizar as partes interessadas, manter o compromisso através da demonstração do progresso e permitir correcções de trajetória.

A Iniciativa está a elaborar publicações anuais para medir, avaliar e acompanhar o desempenho dos sistemas alimentares globais até 2030 e a conclusão dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

Este resumo - o primeiro de uma série anual planeada - apresenta os indicadores que retratam o estado atual dos sistemas alimentares nacionais. Ao fazê-lo, fornece um ponto de partida para o trabalho futuro para identificar onde as ações podem ser feitas melhor, fornecer ideias sobre como chegar lá e inspirar as partes interessadas (em particular, os formuladores de políticas) que o progresso pode e deve ser feito.

The food systems countdown report 2023

Fonte: FAO e Qualfood

De acordo com os últimos números, as infeções por Listeria atingiram níveis recorde na Europa, assim como os casos de Salmonella e E. coli, que também aumentaram em 2022.

Os dados são do relatório "One Health Zoonoses" de 2022 da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).

O maior número de mortes foi associado à listeriose, com 286, e 81 ligadas à salmonelose.

Os casos notificados de campilobacteriose, a doença zoonótica mais frequente, mantiveram-se estáveis em 2022 em relação ao ano anterior, com 137.107 casos. Registaram-se mais de 10.500 hospitalizações e 34 mortes. A carne de frango foi a fonte mais comum de infeção.

As taxas mais elevadas de notificação específica por país registaram-se no Luxemburgo, na República Checa, na Eslováquia e na Dinamarca. As mais baixas registaram-se na Polónia, na Bulgária, na Roménia e na Grécia. A Alemanha registou o maior número de casos, com quase 43.500.

Vinte e quatro Estados-Membros e a Irlanda do Norte apresentaram dados sobre o critério de higiene do processo de Campylobacter estabelecido no regulamento da UE. Dezasseis países e a Irlanda do Norte comunicaram 7.905 resultados de testes de controlos oficiais, com 19,4% acima de 1.000 UFC/g. Em vinte países, foram comunicados 58 372 resultados da monitorização de empresas, com 17,5% acima de 1 000 UFC/g. Uma dúzia de países partilhou os resultados de ambos os métodos de amostragem, mostrando que o número de amostras que excedeu o limite foi significativamente mais elevado nas amostras oficiais, 22,1%, do que nos controlos próprios, 9%.

Estatísticas sobre a salmonela

A salmonelose foi a segunda doença mais comum, com 65 208 casos, em comparação com 60 169 em 2021. Os principais serovares adquiridos na UE foram Salmonella Enteritidis, Typhimurium, Salmonella Typhimurium monofásica, Infantis, Newport e Derby.

As taxas de notificação mais elevadas registaram-se na República Checa e na Eslováquia, enquanto a Bulgária, a Grécia, a Itália, a Letónia, Portugal e a Roménia apresentaram as taxas mais baixas. A França registou o maior número de casos, com 11 162.

Dos 4 135 casos associados a viagens com informação sobre o país provável de infeção, a Turquia, o Egito, Marrocos e a Tailândia foram os destinos mais frequentemente notificados fora da UE. A Espanha e a Itália foram os principais países de infeção de casos associados a viagens na Europa.

"O número de casos humanos notificados das duas doenças de origem alimentar mais comuns continua a ser inferior ao registado antes da pandemia. No entanto, dado o impacto destas infeções na saúde humana, é necessária uma maior vigilância e esforços para reduzir o número de casos", afirmou Ole Heuer, chefe da secção de doenças de potencial epidémico do ECDC.

A yersiniose ficou em terceiro lugar, com quase 8.000 casos. Este foi o maior número de infeções nos últimos 10 anos.

Dados sobre E. coli e Listeria

Em seguida, veio a E. coli produtora de toxina Shiga (STEC) com mais de 7,100 casos e a Listeria monocytogenes com 2,738.

A STEC causou 1.130 hospitalizações e 28 mortes com infeções, contra 6.406 em 2021.

As taxas mais elevadas de notificação por país foram registadas na Irlanda, em Malta, na Suécia e na Dinamarca, enquanto as mais baixas foram registadas em Portugal, na Eslováquia e na Polónia. A Bulgária, Chipre e Lituânia não registaram qualquer infeção em 2022. A Alemanha registou o maior número de casos, com 1 873.

Com base em informações de 3 374 casos, os principais serogrupos foram O157, O26, O103 e O146.

Espanha, Grécia, Itália e Croácia foram os países europeus com maior probabilidade de infeção. Para os países não pertencentes à UE, a Turquia foi o principal país de infeção, seguida do Egipto e de Marrocos.

Foi notificado um total de 562 casos de síndrome hemolítico-urémica (SHU), afectando principalmente crianças até aos 4 anos de idade, tendo 20 delas morrido. Os principais serogrupos foram O26, O157, O80 e O145.

As infeções por Listeria causaram 1 330 hospitalizações e os casos aumentaram em relação aos 2 365 registados em 2021. Foi o maior número registado desde o início da vigilância a nível da UE em 2007.

A Dinamarca, a Finlândia, a Suécia, a Espanha, a Eslovénia e a Bélgica registaram as taxas de notificação mais elevadas. A Bulgária, a Croácia, Chipre, a Grécia, Malta e a Roménia apresentaram as taxas mais baixas. A Alemanha registou o maior número de doentes, com 548.

A República Checa teve 48 casos em 2022 contra 24 em 2021, e a Eslováquia subiu de 13 para 25. Em Itália, os casos aumentaram em 115; em Espanha, aumentaram em 82. Doze infeções associadas a viagens foram notificadas fora da UE, incluindo no Reino Unido, nos Estados Unidos e na África do Sul.

As mortes aumentaram uma centena em relação às 186 registadas em 2021. A França teve o maior número de casos fatais, com 73, seguida de 67 em Espanha, 33 na Alemanha e 22 na Polónia.

Os casos de Brucella aumentaram de 162 para 198, mas as infeções por Trichinella diminuíram de 77 para 41.

Fonte: Food Safety News e Qualfood

 

Uma criança de sete anos que estava internada desde sábado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) por suspeita de intoxicação alimentar grave faleceu na segunda-feira, confirmou esta terça-feira à agência Lusa fonte hospitalar.

A mãe, de 48 anos, continua em estado crítico, com "prognóstico clínico muito reservado", enquanto o pai, de 44 anos, e um irmão mais velho, de 12 anos, tiveram alta e estão sob vigilância depois de também terem dado entrada naquela unidade de saúde no mesmo dia.

A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) confirmou a intoxicação dos quatro elementos da família residente em Coimbra e anunciou, em comunicado, uma investigação para apurar as causas da intoxicação.

"Foram colhidas amostras biológicas dos doentes em ambiente hospitalar para investigação da causa de intoxicação", refere a nota emitida pelo departamento de saúde pública da ARSC.

 O comunicado acrescenta que, no âmbito da investigação epidemiológica, "foram feitas visitas ao domicílio pela Unidade de Saúde Pública, com recolha de amostras alimentares (refeição suspeita e outros produtos consumidos em contexto familiar) e biológicas", que foram encaminhados para os laboratórios de referência para pesquisa de agentes químicos e biológicos.
 
A agência Lusa apurou junto de fonte familiar que os sintomas surgiram após uma refeição de carne.
 
 
Fonte: Jornal de Notícias

Tal como anunciado na nossa Estratégia do Prado ao Prato, a agenda do Pacto Ecológico Europeu para uma agricultura e produção alimentar sustentáveis, a Comissão propôs hoje a maior reforma em 20 anos das regras da UE em matéria de bem-estar dos animais durante o transporte. A Comissão propõe igualmente, pela primeira vez, novas regras da UE em matéria de bem-estar e rastreabilidade de cães e gatos que são criados, detidos e comercializados, como animais de companhia, para fins económicos.

O pacote inclui uma revisão das atuais regras da UE relativas aos animais durante o transporte, o que melhorará o bem-estar dos 1,6 mil milhões de animais transportados anualmente dentro e a partir da UE. As novas regras refletem as provas e os conhecimentos científicos mais recentes, bem como a evolução tecnológica.

As novas regras em matéria de bem-estar e rastreabilidade de cães e gatos estabelecerão, pela primeira vez, normas uniformes da UE em matéria de criação, alojamento e manuseamento de cães e gatos em estabelecimentos de criação e em lojas de animais de companhia, bem como em abrigos. A rastreabilidade dos cães e dos gatos será igualmente reforçada através de identificação e registo obrigatórios nas bases de dados nacionais para combater o comércio ilegal e melhor controlar as condições de bem-estar dos animais nos estabelecimentos.

Por último, a Comissão propõe novas medidas para dar resposta à Iniciativa de Cidadania Europeia (ICE) «Fur Free Europe» (Uma Europa sem peles), que apela à proibição da produção de peles com pelo na UE e da venda de produtos que as contenham no mercado único. A Comissão saúda a iniciativa e reconhece que o bem-estar dos animais continua a ter uma grande importância para os cidadãos europeus.

Melhores regras para o transporte de animais

As regras da UE em vigor para os animais durante o transporte têm 20 anos. Já não refletem as realidades atuais, os conhecimentos e pareceres científicos mais recentes, os objetivos de sustentabilidade ou as preocupações legítimas dos nossos cidadãos no que diz respeito ao bem-estar dos animais. Assim, a proposta hoje apresentada centra-se em áreas-chave, vitais para garantir um bom bem-estar dos animais durante o transporte:

  • Os tempos de viagem serão reduzidos e, durante as viagens de longo curso, os animais devem ser descarregados para períodos de repouso, alimentação e abeberamento. Serão aplicáveis regras especiais aos animais para abate e aos animais vulneráveis, tais como os vitelos não desmamados e as fêmeas prenhes.
  • Os espaços mínimos disponíveis para os diferentes animais serão aumentados e adaptados a cada espécie.
  • O transporte a temperaturas extremas estará sujeito a condições estritas, nomeadamente efetuando apenas o transporte durante a noite se as temperaturas forem superiores a 30 graus. Além disso, quando as temperaturas forem inferiores a 0 °C, os veículos rodoviários devem ser cobertos e a circulação de ar controlada no compartimento dos animais, a fim de proteger os animais da exposição ao vento durante a viagem. Se as temperaturas descerem abaixo de -5 °C, juntamente com as medidas anteriormente mencionadas, a duração da viagem não deve exceder 9 horas.
  • As regras para as exportações de animais vivos a partir da União serão reforçadas, incluindo a realização de melhores controlos em países terceiros para que estes cumpram normas equivalentes às que existem na UE.
  • Aproveitaremos ao máximo as ferramentas digitais para facilitar a aplicação das regras em matéria de transportes (p. ex., posicionamento em tempo real dos veículos, base de dados central).

Melhor bem-estar para cães e gatos

Cerca de 44 % dos agregados familiares na UE têm um animal de companhia. O comércio de cães e gatos cresceu consideravelmente nos últimos anos, com um valor anual de 1,3 mil milhões de EUR. No entanto, as normas de bem-estar dos animais para a criação, detenção e venda profissionais de cães e gatos divergem muito entre os Estados-Membros. Existem também amplas provas de práticas que não respeitam as normas e de abusos.

Além disso, o comércio ilegal de cães e gatos disparou, acelerado por um mercado em linha em crescimento, que representa atualmente 60 % de todas as vendas de cães e gatos na UE. Um novo relatório hoje publicado denuncia a dimensão do comércio ilegal de cães e gatos, bem como as atuais lacunas que permitem essa prática.

A proposta hoje apresentada não impõe nova regulamentação aos cidadãos e proprietários de animais de companhia. Estabelece regras uniformes da UE para o bem-estar dos cães e dos gatos criados ou detidos em estabelecimentos de criação e em lojas de animais de companhia, bem como em abrigos:

  • Pela primeira vez, serão aplicadas normas mínimas em matéria de criação, alojamento, cuidados e tratamento destes animais em toda a UE.
  • Requisitos rigorosos de rastreabilidade, juntamente com controlos automatizados das vendas em linha, ajudarão as autoridades a controlar a criação e o comércio de cães e gatos, bem como os compradores, para verificar se a sua identificação e registo estão corretos.
  • Os Estados-Membros terão de oferecer formação a quem manuseia os animais, e qualquer pessoa que adquira um cão ou um gato será informada da importância da propriedade responsável.
  • As importações de cães e gatos terão de cumprir normas de bem-estar equivalentes.

Resposta à Iniciativa de Cidadania Europeia «Fur Free Europe»

A Comissão também respondeu hoje a uma iniciativa de cidadania europeia. A iniciativa «Fur Free Europe» exorta a Comissão a tomar medidas para proibir: i) a detenção e a occisão de animais com o objetivo único ou principal de produzir peles com pelo e ii) a colocação no mercado da UE de peles com pelo de animais de criação e de produtos que as contenham. A iniciativa também levanta questões importantes relativas à proteção da saúde humana, da saúde animal e do ambiente, as quais a Comissão avaliará de acordo com a sua abordagem «Uma Só Saúde» que tem como princípio fundamental o reconhecimento de que a saúde humana, a saúde animal e o ambiente estão intrinsecamente associados.

A Comissão encarregou a EFSA de emitir um parecer científico sobre o bem-estar dos animais criados para a produção de peles com pelo.  Com base neste contributo científico e numa avaliação dos impactos económicos e sociais, a Comissão comunicará as medidas mais adequadas.

Próximas etapas

As duas propostas legislativas serão agora apresentadas ao Parlamento Europeu e ao Conselho. No que diz respeito à Iniciativa de Cidadania Europeia, a EFSA iniciará a sua avaliação científica com base no pedido da Comissão e emitirá o seu parecer científico até março de 2025.

A Comissão prosseguirá igualmente os seus trabalhos preparatórios sobre outras propostas relativas ao bem-estar dos animais, tal como anunciado na Estratégia do Prado ao Prato.

Fonte: Comissão Europeia

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou 19 contraordenações contra talhos, sobretudo por desrespeito das normas de higiene, e apreendeu 22 quilogramas de carne de bovino e queijos, bem como uma balança, num valor de 700 euros.

A ASAE realizou, nas últimas semanas, uma operação de fiscalização de talhos, de Norte a Sul do País, para verificar o cumprimento dos requisitos do setor, como o controlo de origem e rotulagem, circunstâncias de conservação e exposição, bem como as condições higiénicas e sanitárias das instalações.

“Como balanço da operação assinala-se a fiscalização de 100 operadores económicos, maioritariamente retalhistas, tendo sido instaurados 19 processos contraordenacionais”, indicou, em comunicado.

Entre as principais infrações estão a distribuição, preparação e venda de carnes e seus produtos “com desrespeito das normas higiénicas e técnicas aplicáveis, a falta de mera comunicação prévia, o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, a falta de requisitos e a falta, inexatidão ou deficiência de rotulagem”.

Foram ainda apreendidos cerca de 22 kg de carne de bovino e queijos e uma balança, com um valor de, aproximadamente, 700 euros.

Fonte: Sapo.pt

Os peritos científicos da EFSA investigaram as causas da doença celíaca e desenvolveram uma ferramenta para o rastreio de proteínas nos alimentos e ingredientes alimentares que podem causar sintomas nos pacientes. Estas ferramentas têm potencial para serem utilizadas numa série de áreas da segurança alimentar.

A doença celíaca é causada por uma reação imunitária desencadeada pelo glúten, proteínas presentes nos alimentos que contêm trigo, cevada ou centeio. Os sintomas variam muito e incluem dores de estômago, diarreia, desnutrição, deficiência de ferro (anemia) e/ou osteoporose. O único tratamento é uma dieta sem glúten para toda a vida.

Estudos indicam que cerca de 0,7% da população da UE sofre de doença celíaca, mas muitos casos não são registados.

Liderança internacional especializada

O Prof. Frits Koning, que investigou a forma como a doença celíaca se desenvolve e se comporta na sua investigação, é membro do grupo de trabalho da EFSA que ajuda a avaliar a alergenicidade das plantas geneticamente modificadas (GM).

O Prof. Koning explicou: "Todos os doentes celíacos partilham uma ou duas moléculas chamadas HLA-DQ2 e HLA-DQ8. Tratam-se de receptores que se ligam eficazmente a fragmentos de proteínas do glúten. Esta ligação permite o reconhecimento do fragmento de glúten pelo sistema imunitário, desencadeando a doença celíaca".

Uma ferramenta para a previsão da ligação de péptidos

"No nosso grupo de trabalho, desenvolvemos um modelo matemático e uma aplicação para prever a forma como o glúten dos alimentos se liga a estes receptores - conhecida como 'ligação peptídica'. A ferramenta permite-nos avaliar as proteínas de plantas, animais ou microrganismos presentes nos nossos alimentos antes de serem autorizadas na nossa dieta".

A ferramenta da EFSA chama-se "preDQ". Pode ser utilizada em qualquer proteína destinada à alimentação.

O Prof. Koning afirmou: "Utilizamos a ferramenta para analisar a sequência primária de aminoácidos da proteína e prever se haverá ou não ligação de fragmentos da proteína. Se se prever a ligação, a proteína pode representar um risco para os doentes celíacos".

Possível utilização noutros domínios da segurança alimentar

Os peritos da EFSA estão atualmente a utilizar a preDQ nas suas avaliações de plantas GM, mas esta ferramenta poderia ser eventualmente utilizada para o rastreio de quaisquer proteínas, por exemplo, em novos alimentos, enzimas de alimentos para consumo humano/animal, contaminantes e alimentos GM para consumo humano ou animal. A ferramenta poderia também ser utilizada fora da EFSA pelos produtores para o rastreio prévio de plantas cultivadas através de técnicas de melhoramento vegetal.

O Prof. Koning declarou: "Estou satisfeito por, mais de uma década depois, a minha investigação e o trabalho da comunidade científica estarem a ajudar a proteger os doentes celíacos europeus da exposição a produtos alimentares nocivos".

Fonte: EFSA