A ocorrência de quatro casos de Peste Suína Africana (PSA)em javalis no sul da Bélgica, anunciada pelas autoridades oficiais a 14 de Setembro de 2018, veio alterar o perfil do risco associado à dispersão da doença, sobretudo na Europa.
A PSA é uma doença viral em porcos e javalis que é frequentemente mortal e para a qual não existe cura. Por esse motivo, acarreta consequências socioeconómicas graves para os países lesados, bem como afeta gravemente a saúde e qualidade de vida animal.
O vírus pode persistir vários meses no ambiente e nas carcaças dos animais. Além de que, numa perspetiva do consumo humano, a cura ou fumagem da carne de animais afetados pode não ser suficiente para destruir o vírus.
Apesar dos humanos não serem susceptíveis a esta doença, ajudam na disseminação da mesma através do contato direto com os animais, seja através da sua roupa ou de outro tipo de equipamento contaminado. O contágio também pode ser feito diretamente entre os porcos provenientes de áreas afetadas e através de uma alimentação à base de desperdícios alimentares (tal encontra-se regulado e proibido por Legislação EU desde 1980).
Porque os sinais da PSA nem sempre são claros, é fulcral estar alerta para alguma sintomatologia associada. Alguns dos sintomas são:
Sintomas:
• Febre;
• Fraqueza e relutância para permanecer em pé;
• Vómitos;
• Diarreia, por vezes, com sangue;
• Pele avermelhada/azulada, sobretudo na zona das orelhas e focinho;
• Tosse e dificuldade de respiração;
• Abortos;
Se detetar ou suspeitar de algum dos pontos acima referidos deve contactar imediatamente o seu veterinário oficial. É recomendável que não movimente os animais da área afetada, evitando o contato com o exterior. Além disto, deve rever a qualidade e proveniência das rações administradas, bem como mudar o seu vestuário com frequência.
Para visualizar o vídeo informativo sobre a PSA criado pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA), clique aqui.
Fonte: DGAV e EFSA