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A EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos) está a recolher comentários sobre o seu projeto de avaliação dos riscos para a saúde das dioxinas e bifenilos policlorados (PCBs) relacionados nos alimentos.

Estas substâncias químicas tóxicas persistem no ambiente durante anos e acumulam-se na cadeia alimentar, sobretudo nos tecidos adiposos dos animais. Apesar da redução significativa desde os anos 70, os especialistas confirmam que a exposição alimentar continua a ser uma preocupação para a saúde.

No parecer científico em consulta, a ingestão semanal tolerável (TWI) foi atualizada para 0,6 picogramas por kg de peso corporal, sendo que as estimativas mostram que este valor é excedido em todos os grupos etários na Europa.

A consulta pública decorre até 26 de janeiro de 2026, podendo registar os seus comentários através do seguinte link.

Poderá ainda assistir ao Webinar da EFSA sobre a referida temática, que ocorrerá no próximo dia 11 de dezembro, bastando efetuar o seu registo aqui.

Participe!

Fonte: EFSA

O Dia Mundial do Solo é celebrado, anualmente, a 5 de dezembro e destaca, em 2025, o papel dos solos na saúde urbana com o tema “Solos saudáveis para cidades saudáveis”.

Este dia foi proclamado pela Resolução 68/232 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 20 de dezembro de 2013. A data escolhida deve-se ao facto de corresponder ao dia de nascimento de Bhumibol Adulyadej, o antigo rei da Tailândia que foi um dos grandes impulsionadores da criação deste dia mundial.

O Dia Mundial do Solo é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) que visa aumentar a conscientização sobre a importância dos solos para a vida no planeta. Em 2025, o tema escolhido — “Solos saudáveis para cidades saudáveis” — chama atenção para o papel essencial dos solos na sustentabilidade das áreas urbanas, especialmente diante dos desafios da urbanização e da impermeabilização do solo.

A data é marcada por diversas atividades em todo o mundo, como oficinas educativas, exposições, ações de sensibilização e concursos internacionais. Entre eles, destacam-se o “Tiny Soil Detective”, voltado para crianças entre 8 e 15 anos, e o “Soil in 1 Minute”, destinado a comunicadores e educadores, ambos promovidos pela FAO.

O solo é um recurso natural vital, responsável por regular a temperatura, absorver e reter água, sustentar a biodiversidade e garantir a segurança alimentar. Em ambientes urbanos, sua gestão sustentável é crucial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, melhorar a qualidade do ar e da água, e promover o bem-estar das populações.

A FAO convida instituições, escolas, autarquias, associações e cidadãos a participarem das celebrações e a registrarem suas iniciativas no mapa mundial de eventos, contribuindo para a visibilidade das boas práticas locais.

A celebração do Dia Mundial do Solo é, portanto, uma oportunidade para refletir sobre o nosso relacionamento com este recurso essencial e para promover ações concretas em prol da sua preservação — especialmente em contextos urbanos, onde o equilíbrio entre áreas impermeabilizadas e espaços verdes depende diretamente da saúde dos solos.

Fonte: Qualfood

As inundações severas reduziram, de forma significativa, as colheitas de arroz em várias regiões do mundo nas últimas décadas, colocando em risco o abastecimento alimentar de milhares de milhões de pessoas.

Entre 1980 e 2015, as perdas anuais atingiram, em média, 4,3%, ou seja, cerca de 18 milhões de toneladas por ano, segundo uma investigação da Universidade de Stanford publicada na Science Advances.

 Os investigadores alertaram que os danos aumentaram após o ano 2000, acompanhando a maior frequência de cheias extremas nas principais zonas mundiais produtoras de arroz. A equipa concluiu ainda que as alterações climáticas irão provavelmente intensificar tanto a frequência como a gravidade destes eventos nas próximas décadas.

Secas, cheias e o equilíbrio frágil da produção de arroz
É já conhecido que as secas reduzem o rendimento das culturas, mas este estudo acrescentou novos dados e destacou um perigo menos analisado: o excesso de água. Embora o arroz beneficie de uma camada pouco profunda de água durante as primeiras fases de crescimento, cheias prolongadas podem danificar gravemente ou destruir as plantas.

 “Enquanto a comunidade científica tem-se focado nos danos provocados pelas secas, os impactos das cheias não receberam atenção suficiente,” afirmou Steven Gorelick, coautor do estudo e professor na Universidade de Stanford. E continua: “a nossa investigação documenta não só as áreas onde os rendimentos sofreram devido às cheias passadas, mas também onde podemos antecipar e preparar-nos para esta ameaça no futuro”.

Quando é que uma cheia se torna fatal para o arroz?
A equipa identificou, pela primeira vez, as condições que transformam uma cheia num evento mortal para o arroz. O ponto crítico ocorre quando a plantação permanece totalmente submersa durante uma semana.

 “Quando as culturas ficam submersas pelo menos sete dias, a maioria das plantas de arroz morre,” explicou Zhi Li, autor principal do estudo. E explica: “ao definir aquilo a que chamamos ‘cheias destrutivas para o arroz’, conseguimos quantificar pela primeira vez como estas cheias estão a destruir, de forma consistente, um dos alimentos básicos mais importantes para mais de metade da população mundial”.

Como foi avaliado o impacto das cheias e das secas?
Para estimar os danos provocados por secas e cheias no passado, os cientistas combinaram dados sobre estágios de crescimento do arroz, rendimentos globais anuais, registos históricos de eventos climáticos desde 1950, modelos de inundação e simulações de humidade do solo.

 A análise mostrou que, nas próximas décadas, a semana mais intensa de precipitação nas principais bacias produtoras poderá ter 13% mais chuva do que a média registada entre 1980 e 2015, um sinal de que as condições de “cheias destrutivas” podem tornar-se mais comuns com o aquecimento global.

Variedades resistentes e regiões de maior risco
O estudo sublinhou ainda que a adoção mais ampla de variedades de arroz resistentes a cheias poderá mitigar perdas futuras, sobretudo nas regiões de maior risco. Destaca-se a bacia de Sabarmati, na Índia, onde se registam as cheias mais longas, bem como a Coreia do Norte, Indonésia, China, Filipinas e Nepal, que enfrentaram um aumento significativo dos impactos nos últimos anos. As maiores perdas totais ocorreram na Coreia do Norte, no leste da China e em Bengala Ocidental, na Índia.

Fonte: Vida Rural

 

A primeira avaliação da Diretiva 2019/633 contra práticas comerciais injustas na cadeia agrícola e alimentar mostra que o quadro legal - em vigor há pouco tempo - já está a contribuir para um ambiente de negócios mais equilibrado, mas revela lacunas em comunicação, denúncias e cooperação transfronteiriça. O relatório da Comissão, publicado em dezembro de 2025, servirá de base para a próxima revisão das regras, com foco em proteger melhor os agricultores e evitar vendas abaixo do custo de produção.

 Comissão Europeia divulgou no início de dezembro o relatório que sintetiza os resultados da primeira avaliação da diretiva comunitária sobre práticas comerciais injustas (UTPs) na cadeia agroalimentar. Para a indústria - produtores, cooperativas, distribuidores e restantes operadores - o documento traz sinais promissores de maior equidade, mas também uma lista clara de fragilidades que continuam a penalizar os elos mais vulneráveis da cadeia.

Com vista ao futuro, o documento será transmitido a instituições como o Parlamento Europeu, o Conselho e o Comité das Regiões, e serve de base para uma revisão mais ampla das regras. A Comissão pretende atualizar a legislação, como anunciado no discurso sobre o estado da União de 2025 da presidente Ursula von der Leyen.

O que muda para a indústria agroalimentar

1. Maior atenção à conformidade e às boas práticas contratuais

2. Potencial maior de intervenção por organizações de produtores

3. Incentivo à cultura de denúncia segura

4. Acompanhamento de reformas e proximidade aos reguladores

Com a revisão da legislação em curso, atores da indústria que mantêm diálogo com governos nacionais e com entidades europeias terão mais capacidade de influenciar a forma final das regras, alicerçando-as em realidades práticas e em experiências partilhadas.

Em síntese, para a cadeia agroalimentar europeia, a avaliação confirma que a diretiva está a dar passos na direção certa, mas convida a indústria a ser mais proativa - não apenas para proteger os seus próprios interesses, mas para contribuir para um mercado agrícola mais sustentável, equilibrado e resiliente.

Leia o artigo completo aqui.

 Fonte:iAlimentar

 

A presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, Dora Simões, garantiu hoje a colaboração “absoluta e interessada” com as autoridades após a instituição ter sido alvo de buscas da Polícia Judiciária (PJ), que deteve quatro funcionários.

“Colaboração absoluta a interessada. Temos interesse em que as coisas sejam averiguadas da melhor forma e o mais rapidamente possível”, disse hoje Dora Simões à Lusa, na sequência da operação Puro Verde da PJ, que levou à detenção de quatro empresários e de quatro funcionários da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), suspeitos de corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos e abuso de poder no setor.

Foram realizadas 21 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo na sede da CVRVV, no Porto, estando em causa “um alegado esquema de conluio entre funcionários da Comissão e empresários do setor vinícola, com vista ao favorecimento destes, designadamente, mediante a omissão dos deveres de fiscalização da origem e trânsito das uvas e seu depósito em adegas e produtores durante a vindima de 2025”.

Os detidos são quatro membros da Divisão de Fiscalização e Controlo da CVRVV e quatro empresários do setor de produção e distribuição de vinhos verdes, segundo a PJ, tendo ainda sido constituídos arguidos “17 pessoas singulares e coletivas e apreendidos bens em espécie e numerário”.

“Hoje de manhã, quando chegámos à Comissão, tínhamos a Polícia Judiciária na porta e estão a ser feitas buscas na comissão, e alguns elementos que trabalham na comissão foram detidos para averiguações”, descreveu Dora Simões à Lusa, que diz ter sido “absolutamente” apanhada de surpresa com a investigação.

Garantindo não ter “conhecimento de nada em particular”, Dora Simões assegurou que as autoridades terão “acesso a toda a informação de que necessitam para evoluir no processo”.

“Nós próprios também somos parte interessada em perceber o que é que existe, e se existe alguma coisa”, vincou, dizendo não ter ainda informações sobre a proveniência geográfica das empresas envolvidas.

Reconhecendo que este “é um momento exigente, difícil no setor do vinho” e que “é natural que possa haver uma situação de suspeição”, considerou que é obrigação da CVRVV “colaborar e prestar o melhor serviço para que, no melhor interesse da comissão e da Região dos Vinhos Verdes, se poder fazer essa averiguação”.

Questionada sobre se será tomada alguma medida sancionatória sobre os funcionários detidos, Dora Simões afastou, para já, essa possibilidade por desconhecer “o teor do processo”.

“Sabemos que tem a ver com a fiscalização, mas de resto não sabemos mais nada. Portanto, estamos a dar acesso a tudo o que nos é pedido para que possam averiguar o que for necessário”, concluiu.

A PJ lembra que a comissão de viticultura “tem funções de controlo da produção e comércio e de certificação dos produtos vinícolas com direito a atribuição de DO (Denominação de Origem) e à IG (Indicação Geográfica), bem como a empresas relacionadas com a produção e comercialização de vinhos”.

Assim, refere que “é colocado em risco o processo de certificação da qualidade do vinho com DO, que confere e atesta a sua origem, as castas utilizadas, os processos de tratamento da vinha, vinificação e estágios, que caracterizam os vinhos de uma determinada DO e os distinguem dos restantes”.

A investigação teve origem numa denúncia anónima e o objetivo dos suspeitos seria “beneficiar certos operadores económicos através da oferta e aceitação de vantagens, tanto em bens como em dinheiro”, e “visou detetar e recolher provas sobre o esquema referido, confirmar se houve violação das regras da certificação e impedimento do reforço da fiscalização, vindo as práticas detetadas a mostrar-se complexas e de muito difícil deteção não obstante os esforços da Direção da Comissão e de operações especiais de fiscalização conduzidas pela GNR e ASAE”.

Os detidos vão ser presentes à competente autoridade judiciária no Tribunal de Instrução Criminal do Porto para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação, informou ainda a PJ.

Fonte: Agroportal

4 de dezembro | Dia Mundial da Bolacha

  • Wednesday, 03 December 2025 14:16

Hoje comemora-se o Dia Mundial da Bolacha, uma data que homenageia um dos alimentos mais populares e versáteis do planeta. De receitas simples às versões mais elaboradas, a bolacha conquistou espaço nas mesas e memórias de diferentes gerações.

Criada originalmente como um alimento prático e duradouro para viajantes e marinheiros, a bolacha evoluiu ao longo dos séculos e tornou-se símbolo de partilha e conforto. Em Portugal, as clássicas bolachas Maria são presença obrigatória em lancheiras e cafés, enquanto em outros países destacam-se os “cookies” americanos ou as versões orientais com chá verde e sésamo.

A celebração do dia é marcada por iniciativas de padarias, confeitarias e marcas que lançam edições especiais, incentivando o consumo e a descoberta de novos sabores. Para muitos, é também uma oportunidade de revisitar tradições familiares, como preparar bolachas caseiras em casa.

Mais do que um simples snack, a bolacha representa momentos de convivência, nostalgia e criatividade culinária. O Dia Mundial da Bolacha reforça a importância de valorizar pequenos prazeres que unem culturas e gerações.

Fonte: Qualfood

Uma start-up do INESC TEC, incubada na UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, desenvolveu uma base de dados sobre sementes e grãos de cereais para otimizar a qualidade dos alimentos, reduzindo o desperdício.

O objetivo da Seedsight é apoiar empresas agroalimentares a tomar decisões mais inteligentes e baseadas em dados. Através da combinação de sensores óticos, big data e inteligência artificial, a plataforma permite obter informação sobre qualidade, segurança alimentar e rentabilidade dos cereais. Desta forma, agricultores e demais atores conseguem selecionar os grãos certos, otimizar a eficiência, reduzir desperdícios e aumentar a rentabilidade.

No seu site, a empresa promete redução de custos e aumento de eficiência: o tempo de seleção dos cereais reduz-se de 2 a 3 meses para uma semana, os custos de triagem baixam 8 % e a eficiência no processo industrial aumenta em 20 % pela redução do tempo e aumento do rendimento da farinha.

Fonte: TecnoAlimentar

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através da Brigada de Práticas Fraudulentas da Unidade Regional do Norte, detetou a venda de óleo alimentar como azeite virgem extra, na área metropolitana do Porto.

Resultados da operação:

  • 2.425 litros de azeite adulterado e 1.217 rótulos falsificados apreendidos;
  • Documentação recolhida e processo-crime instaurado por fraude sobre mercadorias.

Numa unidade industrial em Bragança, dedicada à produção e comercialização de óleos alimentares e azeite, foram ainda apreendidos 14.920 litros de óleo por irregularidades na rotulagem.

Foram ainda colhidas 3 amostras do azeite falsificado para análises físico-químicas e sensoriais no Laboratório de Segurança Alimentar da ASAE.

A ASAE alerta os consumidores para estarem atentos a ofertas de azeite com preços abaixo do expectável, que possam induzir em erro.

Fonte: ASAE

RumiPep vence o Innovator Fellowship 2025 com solução inovadora para produção animal sustentável

A RumiPep em parceria com a Egas Moniz School of Health & Science foi distinguida como vencedora da edição de 2025 do Innovator Fellowship Programme, promovido pela EIT Food, a maior iniciativa europeia de inovação no sistema agroalimentar.

A RumiPep propõe uma abordagem inovadora para a produção animal sustentável, centrada no desenvolvimento de aditivos funcionais resultantes do upcycling de subprodutos de origem animal atualmente não valorizados. Estes ingredientes, com propriedades antimicrobianas naturais, destinam-se a vacas leiteiras e procuram responder a desafios centrais do setor, como a redução do uso de antimicrobianos e das resistências associadas, a diminuição das emissões de gases com efeito de estufa e a mitigação do impacto ambiental.

A participação das investigadoras no Innovator Fellowship contou com o apoio do CiiEM – Centro de Investigação Interdisciplinar da Egas Moniz, que financiou a inscrição no programa e teve um papel relevante na maturação inicial do conceito, através da iniciativa One Health Workshop Series.

 “Este prémio representa a validação de que é possível transformar investigação académica em soluções com impacto direto no setor agroalimentar. O apoio da Egas Moniz e do CiiEM foi determinante para chegarmos aqui, e esta distinção dá-nos a motivação e os recursos necessários para darmos o próximo passo”, afirma Ana Vítor, cofundadora da RumiPep.

Já para Joana Oliveira, cofundadora do projeto “o reconhecimento internacional permitiu-nos consolidar a nossa visão estratégica e mostrou que o nosso contributo pode ajudar a responder a desafios reais da sustentabilidade e da produção animal”.

Durante o programa da EIT Food, as investigadoras receberam formação em design thinking, modelos de negócio e análise económico-financeira, integraram um bootcamp em Rimini, Itália, e beneficiaram de mentoria especializada.

Fonte: Grande Consumo

Conciliar os rebanhos de ovelhas com a produção de vinho é uma das práticas que está de regresso em algumas quintas da região do Dão. A aposta na agricultura sem químicos é cada vez mais uma realidade.

Pasto verdejante a perder de vista em terreno fácil para guiar o rebanho, em troca uma agricultura sem químicos e uma terra fertilizada - o velho Dão está a voltar em algumas quintas da região.

A região do Dão tem dado passos firmes naquilo que é o crescimento do sector vitivinícola e mais do que quantidade, salienta-se a qualidade. No caso da casta Encruzado à qualidade junta-se a versatilidade.

A aposta na agricultura sem químicos é cada vez mais uma realidade na região do Dão.

Veja aqui.

Fonte: SIC Notícias