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A revolução científica na produção do ketchup

  • Wednesday, 30 January 2019 11:03

O primeiro ketchup surgiu no mercado americano no século XIX e a sua lista de ingredientes era surpreendentemente diferente da dos dias de hoje.

Era comum este molho ser considerado de pouca higiene e qualidade uma vez que era feito de sobras de tomate espessadas com casca de abóbora moída, restos de maçã após esta ser espremida para sumo, amido de milho e um corante vermelho berrante e enganador. Frequentemente, este molho era o ambiente ideal para bactérias, bolor e outros micróbios.

Foi então que no final do mesmo século, os produtores começaram a recorrer ao uso de conservantes químicos para abrandar a decomposição do ketchup engarrafado. No entanto, a real mudança, a invenção do ketchup moderno, ocorreu no século XX aquando da aliança improvável entre um dos mais ricos produtores de comida e um químico federal.

O uso indiferenciado de conservantes pouco estudados e respetivo impacto na saúde humana fizeram com que os produtores de comida se interessassem pelo desenvolvimento de novas soluções de conservação, livres deste tipo de químicos.

Assim, iniciou o estudo para o desenvolvimento de condimentos que apesar de inicialmente custoso, traria muitos benefícios em termos do prazo de validade e consequente tempo de prateleira do ketchup.

Foi então que, com o propósito de atingir uma concentração de ácido que criasse um ambiente hostil para bactérias, percebeu-se que era essencial o uso de tomates de alta qualidade e ricos em polpa dada a ocorrência natural de ácido péctico.

Esta descoberta, aliada ao uso do vinagre, permitiu a criação do molho de tomate que hoje conhecemos, tão saboroso e usado como tempero de várias refeições.

Fonte: National Geographic

  • Last modified on Wednesday, 30 January 2019 11:10