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O Sushi pode ter parasitas, mas são evitáveis. Um especialista da UA diz-lhe como

  • Tuesday, 07 December 2021 11:32

O Sushi é um prato típico japonês que tem ganho popularidade em Portugal ao longo dos últimos anos. Com o aumento dos estabelecimentos que servem estas refeições, importa também haver uma maior fiscalização por parte das autoridades competentes, neste caso a ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, a fim de garantir a segurança dos consumidores. Isto tudo porque, efetivamente, o facto de alguns ingredientes serem servidos crus, aumenta o risco para a saúde dos consumidores.

Como refere o especialista em segurança alimentar e saúde pública, Ricardo Assunção, no âmbito da rubrica “Pergunte a um cientista do CESAM” (Laboratório Associado Centro de Estudos do Ambiente e do Mar) da Universidade de Aveiro, é possível, através do consumo de sushi, a contaminação pelo parasita Anisakis simplex (presente no peixe). “Este é um pequeno parasita esbranquiçado, e que pode estar presente no peixe de mar, e que quando acidentalmente ingerido pelos consumidores, pode provocar a anisaquidose (infeção humana decorrente da ingestão acidental de larvas vivas deste parasita)”, esclarece.

Mas afinal, o que é possível fazer para travar esta contaminação? “Em primeiro lugar, a inspeção visual”, começa por explicar o especialista. “Todos os produtos de origem animal consumidos na Europa, incluindo o peixe, têm que ser alvo de inspeção sanitária que garanta a sua salubridade. Adicionalmente, um sushiman treinado poderá identificar peixes que estejam contaminados, e desta forma, evitar que esses peixes sejam consumidos crus.”

Outra das opções mencionadas por Ricardo Assunção é a “evisceração dos peixes”, “que impede a passagem dos parasitas das vísceras (onde habitualmente se encontram) para o músculo que irá ser consumido”. A última recomendação passa pela congelação do peixe a ser consumido, “por períodos e a temperaturas adequados”, conclui.
Fonte: Greensavers