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Xylella fastidiosa em Madrid faz reforçar alertas em Portugal

  • Monday, 16 April 2018 10:21

Após as deteções de focos de Xylella fastidiosa em Espanha nas Ilhas Baleares, em novembro de 2016, e em Alicante – Valência, em junho de 2017, os serviços fitossanitários espanhóis notificaram na semana passada a primeira deteção da bactéria na região de Madrid, em Villarejo de Salvanés.

A bactéria foi detetada na sequência dos trabalhos de prospeção oficial a decorrer em Espanha, numa amostra de uma oliveira de oito anos, com sintomas – ramos secos e necroses (queimaduras) nas folhas – integrada num olival de 0,54 hectares.

De acordo com a informação dos serviços espanhóis, veiculada pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) em Ofício-circular, irão ser adotadas as medidas de erradicação previstas na legislação comunitária em vigor, incluindo a destruição da parcela, a delimitação da área afetada e de uma zona tampão de 5 km de raio com prospeção intensiva das culturas aí existentes. A área em causa está inserida numa das principais zonas de produção de oliveira da Região de Madrid, mas também abrange vinha, árvores de fruto, pastagens e floresta.

As plantas presentes nos viveiros e centros de jardinagem localizados a menos de 5 km da parcela infetada ficarão sujeitas a restrições de movimento previstas na legislação.

Em aditamento às informações veiculadas anteriormente relativas à presença de Xylella fastidiosa no arquipélago das Baleares e em Alicante, a DGAV faz saber que em resultado da prospeção realizada nessas regiões, até à data foram identificadas em Maiorca, Ibiza e Menorca 627 plantas infetadas com três subespécies diferentes da bactéria (subsp. fastidiosa, subsp. pauca e subsp. multiplex) pertencentes a 18 espécies vegetais, nomeadamente, oliveira, zambujeiro, amendoeira, cerejeira, ameixeira, videira, nogueira, acácia, freixo, aloendro, rosmaninho, Lavandula dentata e Polygala myrtifolia.

Por outro lado, em Alicante, os trabalhos de delimitação da área afetada conduziram, até à data, à deteção de 106 amendoais infetados com a subespécie multiplex, estando em curso medidas de erradicação. Conforme informação das autoridades espanholas, as outras espécies vegetais presentes na área circundante desses amendoais, tais como oliveira, citrinos, videira, figueira, outras prunóideas e outras espécies ornamentais e espontâneas, têm sido igualmente testadas intensivamente, até à data com resultados negativos.

Face à ameaça crescente de ocorrência no nosso território, a DGAV reitera o alerta para que caso se observem sintomas suspeitos desta bactéria, sejam imediatamente notificados os serviços de inspeção fitossanitária da Direção Regional de Agricultura e Pescas da área onde se encontra.

Clique aqui para consultar o Ofício publicado pela DGAV.

Fonte: Agroportal