Portuguese English French German Italian Spanish

  Acesso à base de dados   |   email: qualfood@idq.pt

"Foram apreendidas, até ao momento 52 toneladas de uvas que se encontravam a ser transportadas em região demarcada sem o respetivo documento de acompanhamento obrigatório e cerca de 40.000 litros de vinhos e aguardentes, num valor total que ronda os 70.000 euros", avança a ASAE em comunicado.

As ações de fiscalização realizadas pela ASAE integram-se na operação "Vinhos 18" e abrangeram 300 operadores económicos, tendo sido instaurados 25 processos de contraordenação e 14 processos-crime.

Entre as principais infrações de natureza contraordenacional, a autoridade destaca a falta de documento de acompanhamento de uvas, a indicação do lote ou das indicações obrigatórias de rotulagem em produtos vitivinícolas, a rotulagem irregular, o exercício ilegal da atividade ou a falta de estampilhas fiscais em aguardentes de vinho, bagaceiras e outras bebidas de natureza vitivinícola.

As infrações de natureza criminal referem-se à existência para venda de vinhos ou produtos vitivinícolas 'anormais', ou seja, "falsificados, corruptos, avariados, falta de requisitos", e à usurpação de denominação de origem ou de indicação geográfica.

A ASAE tem vindo a desenvolver, a nível nacional, diversas ações de fiscalização no setor vitivinícola visando o transporte de produtos vitivinícolas, as declarações obrigatórias e os controlos à atividade dos operadores económicos.

Fonte: 24.sapo.pt

São sete as tendências que estão a marcar a indústria alimentar, segundo um estudo da Orizont, a aceleradora agroalimentar da Sociedade de Desenvolvimento de Navarra (Sodena).

"Estamos num momento em que a indústria alimentar precisa de inovação constante e que aposte em novas formas de elaboração, ingredientes, sabores, formatos e apresentações, sem renunciar ao sabor, aroma, cor ou textura dos alimentos", defende Pilar Irigoien, diretora geral Sodena.

Uma destas tendências são as impressoras 3D de alimentos, que elaboram comida pronta a ser consumida através da seleção, dosagem, aquecimento, cocção e mistura de ingredientes, até conseguirem imprimir a comida.

Por outro lado, a indústria dirige-se cada vez mais a um consumidor conectado e adepto de tecnologia, pelo que o sector está a evoluir para responder a um público que procura receitas online, cozinha através de tutoriais de vídeo e programa a sua máquina de café para que tenha a sua bebida pronta e quente ao levantar-se.

É também tendência a crescente consciencialização da conservação do planeta e, consequentemente, o consumo de alimentos ecológicos, que cresceu 14% em 2017.

Nos últimos anos, surgiu também a tendência dos superalimentos, que aportam novos ingredientes e que estão a afirmar-se no mercado, com produtos cada vez mais naturais, menos processados e com muito menos aditivos.

Na lista da Sodena constam também as embalagens inteligentes, onde os sensores nelas colocados informam não só sobre o estado dos alimentos que contêm como também contribuem para a sua conservação a todo o momento.

Outra tendência, ainda, é a cozinha molecular, de que é exemplo o caviar de azeite.

Finalmente, o estudo aborda os revestimentos comestíveis, uma nova forma de melhorar a segurança alimentar e garantir a qualidade nutricional dos alimentos, além de melhorar o seu sabor, aroma e vida útil, e que são aptos para consumo.

Fonte: ANILACT

O que acontece quando deixa de comer fast food?

  • Wednesday, 03 October 2018 09:31

Já tentou parar de ingerir alimentos açucarados e gordurosos e iniciar uma dieta mais saudável, mas falhou vergonhosa e redondamente? De acordo com a ciência o motivo para tal acontecer é simples: provavelmente experienciou um efeito semelhante ao da abstinência sentida por pessoas viciadas em substâncias químicas.

A conclusão é de um estudo publicado pela publicação Appetite e divulgado pela revista Veja.

Dados de Centros de Dependência Norte-Americanos revelam que os sintomas mais comuns da abstinência são dores de cabeça, irritabilidade, ansiedade e, às vezes, até depressão. Sendo esses os processos que tornam o indivíduo mais suscetível às recaídas.

Foi com base nesses dados, que os investigadores analisaram o comportamento de 231 participantes que tentaram reduzir ou cortar alimentos como bolos, salgados, pizzas e batatas fritas do dia a dia.

Os resultados, baseados em auto-relatos, revelaram que para aqueles indivíduos a pior fase foi precisamente entre o segundo e o quinto dia de abstinência. Nesse período, os indivíduos demonstraram sintomas físicos e psicológicos mais intensos, como tristeza, irritabilidade, cansaço e desejo.

“As implicações do estudo sugerem que os sintomas de abstinência podem tornar altamente desafiantes possíveis alterações nas dietas, contribuindo para que as pessoas voltem aos maus hábitos alimentares”, disse Ashley Gearhardt, co-autora da pesquisa.

Segundo o site especializado Medical Daily, esse é o primeiro estudo a analisar os sintomas de abstinência alimentar provocada por alimentos processados nos humanos. Pesquisas anteriores haviam se focado apenas nos efeitos nocivos do açúcar.

Os investigadores sugerem que mesmo havendo o risco de experienciar sintomas de abstinência – que passam após alguns dias – é recomendado abandonar qualquer tipo de dieta rica em gordura e iniciar uma alimentação equilibrada para evitar riscos prejudiciais para a saúde.

Fonte: Notícias ao Minuto

Se é vegetariano provavelmente já lhe disseram que vai ficar anémico, gastar imenso dinheiro na alimentação e comer a mesma coisa todos os dias. No Dia Mundial do Vegetarianismo, a TSF decidiu desmistificar estas e outras ideias para que nunca mais tenha que responder à pergunta "Onde é que vai buscar a proteína?"

Para desconstruir os preconceitos associados à dieta vegetariana, falámos com a nutricionista vegetariana Sandra Silva, que colaborou com a Direção-Geral de Saúde na criação de manuais práticos como o documento "Linhas de Orientação para uma Alimentação Vegetariana Saudável" , e com a nutricionista Teresa Carvalho, da Associação Portuguesa de Nutrição.

Mito #1: Os vegetarianos não consomem proteína suficiente

Sandra Silva é perentória: "A proteína não é nenhum problema numa alimentação vegetariana".

A nutricionista explica que "é muito fácil atingir as necessidades proteicas com uma alimentação vegetariana, quer ela seja ovo-lacto vegetariana (quando se consomem ovos e leite) ou vegetariana estrita (quando não há ingestão de nenhum alimento de origem animal)"e acrescenta que a maior parte das pessoas consome, inclusive, "o dobro das proteínas em relação àquilo que necessita".

Ainda assim, a nutricionista Teresa Carvalho aconselha a combinar alimentos "como os cereais integrais e os pseudocereais (como o trigo sarraceno) com fontes de proteína de origem vegetal, nomeadamente as leguminosas como o grão, o feijão, as lentilhas, as ervilhas e os derivados das mesmas, como é o caso do tofu."

Mito #2: É mais difícil aumentar a massa muscular numa dieta vegetariana

Desde que a alimentação seja completa e equilibrada e o treino seja bem orientado, é possível aumentar a massa muscular, seguindo uma alimentação vegetariana, garante Sandra Silva.

A nutricionista e autora do blog "O vegetariano" sublinha que "se a ingestão alimentar, no seu todo, e a ingestão proteica, em particular, estiverem adequadas e se o treino for adequado o aumento da massa muscular e o rendimento desportivo vão ser os mesmos que numa alimentação convencional."

Mito #3: A alimentação vegetariana é mais saudável

Eliminar os alimentos de origem animal do prato não chega para perder peso e ganhar saúde. Se a fruta e os vegetais são importantes para um corpo saudável, outros alimentos - ainda que sejam vegetarianos - podem prejudicar o bom funcionamento do organismo.

"Numa alimentação vegetariana, muitas vezes,nós temos disponíveis alimentos como os fritos, os folhados ou outros alimentos processados que - tanto na alimentação vegetariana como na alimentação convencional - não cabem dentro do conceito de uma alimentação saudável", ressalva Teresa Carvalho.

Ainda assim, a nutricionista sublinha que é possível ser saudável numa dieta vegetariana se as pessoas optarem por alimentos frescos e evitarem os processados: "Este tipo de alimentação promove o consumo de hortofrutícolas que são fontes alimentares muito importantes para a nossa saúde, uma vez que nos dão minerais e vitaminas muito importantes para o bom funcionamento do organismo."

Mito #4: Todos os vegetarianos têm que tomar suplementos de vitamina B12

Tomar vitamina B12 em suplementos é obrigatório numa alimentação vegetariana? Sandra Silva garante que não. A nutricionista defende que as pessoas podem optar por consumir alimentos enriquecidos com esta vitamina tão importante para evitar problemas físicos e mentais como a fadiga, a depressão e danos nos nervos.

Sandra Silva deixa ainda o alerta: Os suplementos alimentares não devem ser tomados sem orientação médica.

"Aquilo que realmente é uma boa ideia é as pessoas fazerem análises antes de tomar qualquer suplemento e aconselharem-se com um médico ou com um nutricionista sobre qual seria a dosagem mais adequada, consoante o resultado das análises."

Mito #5: As pessoas vegetarianas são mais propensas a ter anemia

Muitas pessoas associam o consumo de ferro a ingestão de carne vermelha, mas não é verdade que haja uma maior probabilidade de os vegetarianos terem anemia, desde que ingiram alimentos vegetais ricos em ferro como "as leguminosas, os cereais integrais e os legumes de cor verde escura", diz Sandra Silva.

Para que o ferro seja absorvido mais facilmente pelo organismo,Teresa Carvalho aconselha que se ingira, juntamente com os alimentos vegetais ricos em ferro, alimentos ricos em vitamina C e que se evite beber café e chá à refeição.

Mito #6: Os pratos vegetarianos são monótonos e repetitivos

"Muitas vezes associa-se a alimentação vegetariana a uma alimentação muito monótona, mas isso não é verdade", assegura Teresa Carvalho, que acredita, inclusive, que este tipo de dieta pode até ser mais variado.

"Uma alimentação vegetariana pode e geralmente é uma alimentação que não promove a monotonia, porque existe um vasto leque de hortofrutícolas e de leguminosas e de cereais integrais que permitem que haja uma grande combinação de sabores, de texturas e esta alimentação pode ser até menos monótona."

Mito #7: Comer vegetariano é mais caro

A ideia de que a alimentação vegetariana é só para ricos não podia estar mais longe da verdade.Teresa Carvalho defende que "a alimentação vegetariana não tem que ser necessariamente mais cara, principalmente se primar pelo consumo de alimentos que sejam locais e da época."

A nutricionista explica que, muitas vezes, "a s pessoas também pensam que vão gastar mais dinheiro em produtos alternativos à carne, como o tofu e o seitan, mas esses produtos, na verdade, custam à volta de dois euros e qualquer coisa e não têm que ser a base da alimentação."

Além disso, a especialista em nutrição adianta que, hoje em dia, a oferta de produtos vegetarianos tem vindo a ganhar um lugar de destaque nos "supermercados, hipermercados e restaurantes."

Fonte: TSF

A atmosfera modificada pode ser aplicada a uma gama variada de produtos, nomeadamente carne, peixe e queijo, mas é sobretudo na indústria dos hortícolas frescos que ela se destaca.

Recorda-se das principais barreiras da indústria de processamento mínimo destacadas no artigo Produtos fresh-cut: sabe o que são? Pois bem, esta tecnologia é uma das soluções mais utilizadas actualmente, uma vez que é capaz de desacelerar a taxa de respiração dos produtos, atrasar o amadurecimento e descoloração, prevenir o desenvolvimento de odores e sabores desagradáveis, e ainda de inibir o crescimento de microrganismos deterioradores e patogénicos.

Deste modo, esta tecnologia permite estender o tempo de vida útil dos produtos frescos, originando uma solução à atual demanda por produtos inovadores, frescos, saudáveis, nutritivos e convenientes, que globalmente tem vindo a crescer cerca de 6% por ano.

Sabia que as frutas e legumes respiram?

Antes de explicarmos em que consiste a atmosfera modificada, é necessário entender um dos processos fisiológicos mais importantes dos hortícolas e que mais impacto tem na eficácia desta tecnologia: a taxa de respiração (e transpiração).

Tal como nós, humanos, as frutas e legumes respiram e transpiram, consumindo oxigénio (O2) e libertando dióxido de carbono (CO2) e vapor de água (H2O). Cada fruto tem uma taxa de respiração específica, que por sua vez é influenciada por diferentes factores intrínsecos (tipo de cultivar, nível de maturação) e extrínsecos (temperatura, níveis de O2 e CO2, tempo de armazenamento).

Assim sendo, o desenvolvimento de uma atmosfera modificada necessita de ter em consideração todos estes aspectos.

Mas em que consiste a atmosfera modificada?

A atmosfera modificada pode ser aplicada em recipientes selados – embalagem de atmosfera modificada (MAP – Modified Atmosphere Packaging) –, ou no armazenamento em massa. Em ambos os casos, esta tecnologia é definida como um processo dinâmico, em que a composição gasosa do ar que envolve o produto é alterada. Além disso, é necessário um constante controlo de temperatura, que deve ser refrigerada.

Essa alteração da composição gasosa deve ocorrer no sentido de diminuir o nível de O2 (1 a 5%) e aumentar a percentagem de CO2 (entre 3 a 20%), uma vez que os principais processos que conduzem à deterioração do produto são potenciados pela presença do oxigénio. Assim, um nível mais baixo de O2 permite minimizar/evitar:

- Crescimento microbiológico;

- Oxidação: escurecimento/acastanhamento do produto;

- Taxa de respiração e produção de etileno, atrasando assim o amadurecimento do produto e posterior senescência.

Além disso, o próprio CO2 tem um efeito bacteriostático e fungistático, ou seja, retarda o crescimento de bactérias e fungos, respectivamente.

Contudo, é necessário avaliar os limites mínimos de oxigénio, isto é, o nível de O2 que induz a fermentação, um processo que conduz ao desenvolvimento de sabores e odores desagradáveis. Também a síntese dos compostos associados ao aroma agradável e reconhecido dos hortícolas é afectada, o que pode conduzir a uma percepção da perda de qualidade por parte do consumidor.

Deste modo, é necessário um equilíbrio entre os níveis de O2 e CO2, que sejam adaptados a cada cultivar, de modo que o objectivo último de estender o tempo de vida útil microbiológico e sensorial do produto seja alcançado.

Atmosfera modificada: o processo

O MAP é o registo mais utilizado na indústria dos produtos frescos (sobretudo no caso dos produtos minimamente processados prontos a consumir), em que os produtos são colocados numa embalagem selada com um filme/película. A modificação da atmosfera pode ocorrer de um modo passivo ou activamente.

Na modificação passiva, o desenvolvimento da atmosfera desejada ocorre naturalmente, por meio da interacção entre a respiração do produto e a permeabilidade selectiva a gases da embalagem, que após um determinado período de tempo permite que a composição atmosférica desejada seja atingida. O material da embalagem e película deve ser adequado e adaptado às necessidades de respiração do produto.

A modificação activa da atmosfera pode ocorrer de duas maneiras: através da introdução de gases na embalagem antes da selagem, ou por meio da utilização de absorvedores de gases. Ambos os casos, apesar de acarretarem custos adicionais, permitem que a mistura de gases pretendida seja estabelecida mais rápida ou quase imediatamente.

Atmosfera modificada: a embalagem

A embalagem é um dos principais factores a ter em atenção no desenvolvimento da atmosfera modificada, pois são as suas características de permeabilidade, espessura, área, existência, número e diâmetro das perfurações, que vão definir as trocas gasosas e consequente alcance da composição de gases desejada.

Como resultado da crescente necessidade de minimizar o impacto ambiental causado pelo plástico, materiais como o polietileno de baixa densidade, provenientes de petroquímicos e mais comummente utilizados, têm vindo a ser substituídos por materiais reciclados, ou até por novos materiais biodegradáveis e sustentáveis que têm surgido, como o ácido polilático.

Atmosfera modificada: principais tecnologias inovadoras

São várias as novas tecnologias que têm vindo a ser desenvolvidas, com o objectivo de melhorar continuamente a eficácia da atmosfera modificada. Em seguida destacamos duas que consideramos como principais, interessantes e úteis.

Embalagem activa

É um tipo de embalagem desenvolvida para absorver e/ou libertar compostos bioativos de ou para o interior da embalagem. Um exemplo são os captadores/absorvedores de oxigénio e etileno, cujos níveis mais baixos minimizam o crescimento microbiano e desaceleram o amadurecimento, respectivamente.

Outras tecnologias de embalagem activa envolvem bandejas ou películas absorventes que removem o excesso de vapor de água e de fluido dos produtos, filmes antioxidantes para minimizar a oxidação, ou materiais de embalagem com aditivos anti-microbianos.

Embalagem inteligente

No caso da embalagem inteligente, esta incorpora sensores que monitorizam e comunicam ao consumidor a qualidade, segurança, temperatura e/ou o estado dos alimentos.

Alguns exemplos incluem indicadores/biossensores que detetam alterações na composição gasosa, presença de etileno, ou outros compostos associados à deterioração do produto. Ao fazerem este tipo de deteções, os biossensores têm uma resposta visual, através de uma mudança de cor cujo significado é apresentado na embalagem e por isso compreendido pelo consumidor.

Fonte: Agroportal

Exportação de maçã para El Salvador

  • Wednesday, 03 October 2018 08:43

A DGAV informa que foram estabelecidos os requisitos fitossanitários para a exportação de maçã para El Salvador. Os interessados em exportar maçã para este país deverão contatar os serviços de inspeção fitossanitária das Direções Regionais de Agricultura e Pescas.

A expedição de maçã ficará pendente da verificação pelo inspetor fitossanitário da conformidade da mercadoria com os requisitos estabelecidos.

Fonte: DGAV

Três em cada quatro crianças portuguesas, entre os dois e os 10 anos, comem menos de cinco porções de fruta e legumes diárias, não cumprindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo um estudo divulgado na passada quinta-feira.

Realizado por investigadores da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI), do Instituto de Saúde Ambiental e da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, o estudo observou diferenças entre os vários distritos e regiões relativamente à ingestão diária de fruta e legumes.

Bragança foi o distrito que apresentou a maior percentagem de crianças (96,7%) que não ingeriam a dose diária recomendada pela OMS, de ingerir pelo menos cinco peças de frutas e legumes, seguido da Guarda (91,9%), dos Açores (86,6%) e da Madeira (85,7%), adiantam os dados preliminares do estudo, que envolveu uma amostra de 12.764 alunos no ano letivo 2017/2018.

Viana do Castelo também registou valores muito elevados (82,1%), assim como Vila Real (81,5%), Santarém e Viseu (ambos com 80,4%), Coimbra (78,6%), Portalegre e Setúbal (78,1%), Porto (77,5%), Braga (74%), Aveiro (73,1%), Lisboa (68,1%), Leiria (66,5%), Faro (66,3%), Castelo Branco (64,3%), Beja com 61,6% e por último Évora (59%), adiantam os dados divulgados pela APCOI em comunicado.

A investigação também analisou os efeitos da sétima edição do projeto “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável”, um programa gratuito de educação para a saúde, que promove o consumo de fruta na escola, nas alterações de hábitos alimentares dos alunos, tendo concluído que, globalmente, 41,9% das crianças aumentou o seu consumo diário de fruta após 12 semanas de participação no projeto.

A recolha de dados, através da aplicação de um questionário antes e depois das 12 semanas de intervenção do projeto, foi reportada pelos professores e conta com uma amostra global composta por 12.764 crianças, com idades entre os 2 e os 10 anos, de 626 escolas de todo o país.

“Em todos os distritos e regiões verificou-se um aumento do consumo diário de porções de fruta após a implementação do projeto, tendo sido o distrito de Portalegre a registar a maior subida com uma percentagem de aumento de 60,5%”, refere a APCOI.

Setúbal registou um aumento de 57,6%, Viana do Castelo de 56,4%, Viseu 46,9%, Porto 46,1%, Guarda 43,1%, Coimbra 41,5%, Faro 41,2%, Vila Real 39%, Lisboa 37,8%, Castelo Branco 37,6%), Aveiro 37,4%, Leiria 37,2%, Madeira 36,2%, Bragança 35,8%, Évora 35,6%, Açores 35,5%, Beja 33,9% e Santarém 29,8%.

Para o presidente e fundador da APCOI, Mário Silva, “estes números vêm comprovar a importância do projeto Heróis da Fruta enquanto ferramenta de educação para a saúde”.

“O sucesso desta fórmula vencedora” prende-se com a utilização de “personagens com que as crianças se identificam combinados com desafios diários” que “ajudam a transmitir as mensagens e os comportamentos-modelo”, com “recompensas capazes de manter os alunos e os professores motivados”, explicou Mário Silva no comunicado.

Neste ano letivo, haverá prémios de participação para todas as crianças que serão enviados por correio para cada escola. Para se candidatarem aos prémios, basta inscreverem-se no site www.heroisdafruta.com.

Fonte: Agroportal

A DGAV informa que Portugal está habilitado a exportar leite e produtos láteos para o México.

As autoridades congéneres do México transmitiram recentemente a confirmação da aceitação do modelo de certificado para exportação proposto pela DGAV.

As empresas interessadas deverão contactar as Direções de Serviços de Alimentação e Veterinária da sua Região (DSAVR) ou os serviços competentes das Regiões Autónomas (RA), a fim de conhecerem os requisitos aplicáveis à exportação.

Fonte: DGAV

A conclusão é da Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO): a produção alimentar global terá que aumentar cerca de 70% se a população mundial atingir os 9 mil milhões em 2050, de acordo com o previsto.

A FAO vai mais longe e diz ainda que no caso dos países desenvolvidos, a produção alimentar terá que duplicar para dar resposta às necessidades alimentares da população.

Na União Europeia, a previsão é de que a população aumente cerca de 3,9% até 2040, com países como a Grécia, a Lituânia e a Bulgária a deverem registar quebras populacionais e outros como a Suécia, a Áustria e a Irlanda com previsões de crescimento de 23,1%, 17,6% e 16,6%, respetivamente.

Que desafios para o setor agroalimentar?

De acordo com a publicação Food Navigator, estes números mostram que o setor agrícola deverá enfrentar desafios acrescidos, nomeadamente a deterioração da qualidade da água, alterações climáticas, degradação dos solos e perda de terrenos agrícolas para urbanização.

Charles Sissens, analista na empresa GlobalData, explica à publicação que todos estes constrangimentos poderão resultar na perda de qualidade na produção alimentar, sobretudo na produção agrícola.

“A principal ameaça identificada tem mais a ver com a diminuição de standards de qualidade alimentar ao longo do tempo impulsionada pelo aumento da procura por alimentos e pela pressão nos recursos naturais”, defende.

Consciente deste problema, alguns dos maiores players da cadeia de abastecimento já reconheceram a necessidade de reduzir o desperdício alimentar para, assim, garantir a segurança alimentar. Atualmente, cerca de um terço da produção alimentar mundial é perdida ou desperdiçada. Todos os anos. Uma tendência que tem um impacto económico de cerca de 940 mil milhões de dólares anuais.

Fonte: Vida Rural

10 tendências da comida do futuro

  • Monday, 01 October 2018 09:20

No futuro, vamos ter de reduzir o consumo per capita de alimentos. Vamos comer menos, mas melhor”, garante Rui Rosa Dias, professor do IPAM – Instituto Português de Administração de Marketing, coordenador do estudo sobre as grandes tendências alimentares dos próximos 10 anos.

Nas mesas portuguesas, dentro de uma década, haverá desde logo mais alimentos biológicos e regionais, escolhidos numa lógica de proximidade e redução da pegada de carbono. E haverá, também, menos desperdício, garante este trabalho que definiu “as 10 tendências agrolimentares em Portugal para 2027” com base num painel de especialistas do sector público e privado que reuniu, entre outros, professores universitários, chefes de cozinha e empresários agroalimentares.

O mundo, em 2027, não será perfeito, mas as 10 tendências avançadas neste trabalho do IPAM indicam que o consumidor vai estar cada vez mais atento ao que come. No final, as culturas e tradições nacionais serão cada vez mais valorizadas na gastronomia:

1) REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO ALIMENTAR

Portugal terá de encontrar “políticas eficazes que conduzam à redução do desperdício alimentar”, diz Rui Rosa Dias. O estudo prevê, nesta área, uma evolução significativa. Atualmente, a percentagem de desperdício ao longo de toda a cadeia logística alimentar anda nos 30% e, até 2017, esta percentagem deve cair para os 15%.

2) MAIOR CONSUMO PER CAPITA DE PRODUTOS BIOLÓGICOS

O painel de especialistas acredita que o mercado de consumo de produtos biológicos em Portugal, atualmente avaliado em 40 milhões de euros, pode saltar para os 100 milhões de euros. Assim, o consumo per capita de 4 euros passará para os 10 euros.

3) GASTRONOMIA REGIONAL CERTIFICADA COMO RESERVA GASTRONÓMICA MUNDIAL

A valorização dos produtos autóctones e da gastronomia regional está a emergir. A valorização de pratos tradicionais como os rojões à moda do Minho ou o pica no chão passará pela sua certificação como Reserva Gastronómica Mundial.

4) CRESCIMENTO DA AGRICULTURA SINTRÓPICA

Nas práticas agrícolas e modo de produção, vão surgir produtos de excelência com base nas práticas da agricultura sintrópica, um conceito inspirado na dinâmica dos ecossistemas virgens, caracterizado pela organização, integração, equilíbrio e preservação de energia no ambiente.

5) CANAL HORECA NACIONAL COM CERTIFICAÇÃO SLOW FOOD

Hotéis, restaurantes e atividades de catering vão procurar uma aproximação ao modelo Slow Food, com projetos diferenciadores e, até com certificação. Em contraposição ao movimento de massificação e padronização oferecido pelo fast-food, os consumidores vão valorizar o produto/comida, o meio ambiente e a qualidade das suas refeições.

6) PEGADA DE CARBONO GANHA PESO NA HORA DE ESCOLHER ALIMENTOS

É uma mudança comportamental. Os consumidores vão estar mais empenhados na redução da pegada de carbono e, na hora de ir às compras, selecionarão cada vez mais os produtos guiados por fatores como a distância que o alimento percorreu até chegar à sua mesa. Para responder a esta tendência de consumo, os fornecedores/distribuição, vão procurar encurtar os circuitos e oferecer produtos de proximidade.

7) “COMFORT FOOD” COMO OPÇÃO DE MENU

Quem vai ao restaurante está disponível para procurar cada vez mais ambientes familiares e comida que “conforta a alma”, aconchegante, a remeter para memórias da infância. E isto significa, mais uma vez, gastronomia regional de qualidade.

8) ROTULAGEM CLARA E OBJETIVA

Em nome da verdade e transparência agroalimentares, as embalagens tendem a conter informação clara e objetiva sobre a composição dos alimentos e o grau de dependência. Açúcar, sal, intensificadores de sabor “ e outras artimanhas” usadas nos alimentos, a par de aditivos conservantes vão, assim, tornar-se mais visíveis.

9) APARECE O GASTRÓNOMO REGIONAL

O novo modelo de consumo conduz à criação da nova figura de Gastrónomo regional, para aconselhar os consumidores sobre os alimentos e o território.

10) CONSUMIDOR VAI COCRIAR OS ALIMENTOS

Para conferir mais confiabilidade aos alimentos, o sector agroalimentar nacional vai abrir as portas à cocriação, o que significa que o consumidor pode ajudar a definir o produto e, no limite, passar a controlar pormenores como o local onde pastam as vacas que deram o leite que está a beber.

Fonte: Expresso