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Suplemento alimentar obriga homem a transplante de fígado

  • Monday, 29 October 2018 11:06

Quando fez 50 anos, Jim começou a apostar no seu bem-estar, através do exercício e perda de peso, e alimentando-se de maneira mais saudável. Um dia, pouco tempo depois de mudar a sua vida, a mulher perguntou-lhe se ele se sentia bem, porque tinha os olhos e a pele muito amarelos. Mal sabia que um suplemento (umas cápsulas de chá verde) estava a destruir-lhe o fígado.

Na altura, Jim acabou por ir para o hospital. Os médicos afastaram as possibilidades de as lesões no fígado serem provocadas por álcool, porque ele bebia muito pouco. Também não podiam ser medicamentos, pois não tomava nenhum regularmente. O hepatologista perguntou-lhe então se tomava suplementos alimentares e ele disse que sim - cápsulas de chá verde.

Jim tomava os suplementos há dois ou três meses. Cada vez mais populares no mercado, o norte-americano ouviu dizer tinham benefícios para o coração por terem propriedades antioxidantes, ajudarem a perder peso e prevenir o cancro. "O meu pai teve um ataque cardíaco aos 59 anos e morreu. Ele perdeu muito do que vivemos enquanto família e eu estava determinado a fazer o que pudesse para tomar conta de mim, para não me acontecer nada", explicou à BBC.

O norte-americano tomava as cápsulas e sentia-se bem. "Estava a andar e correr entre 30 a 60 minutos por dia. Tinhas aulas de ginástica durante a noite dos fins-de-semana", explicou. Na altura estava a trabalhar como gestor e esperava mudar de carreira.

Depois de várias análises ao sangue, três semanas depois de ser questionado pela sua mulher, Jim recebeu a notícia de que precisaria de um transplante de fígado. "E tem de acontecer depressa. O senhor tem dias, não semanas", avisaram os médicos.

De acordo com a BBC, uma investigação da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar concluiu que as catequinas (nutrientes antioxidantes) existentes no chá verde são "seguras, de forma geral" mas em doses reguladas. Mais de 800 mg por dia "podem causar problemas de saúde".

Fonte: Sábado