A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou, através da sua Unidade Regional do Norte - Unidade Operacional de Barcelos, uma operação de fiscalização direcionada a um estabelecimento de processamento de produtos alimentares localizado no concelho de Ponte de Lima, com o objetivo de verificar o cumprimento das normas legais aplicáveis, com destaque para a garantia de segurança alimentar dos consumidores e de qualidade dos géneros alimentícios.
Durante a ação, foi detetada a presença de produtos cárneos armazenados em avançado estado de deterioração e impróprios para consumo humano, o que resultou na apreensão de 1,2 toneladas de carne de bovino, suíno e frango destinadas à comercialização ao consumidor final através das redes sociais.
Após perícia, os produtos não poderiam permanecer no circuito comercial, sendo a maioria encaminhada para destruição, enquanto uma parte foi redirecionada para consumo animal.
Em resultado desta ação de fiscalização, foi instaurado um processo-crime por detenção e comercialização de géneros alimentícios anormais, avariados e sem os requisitos exigidos, tendo a situação sido comunicada aos respetivos Serviços do Ministério Público.
Foi ainda determinada a suspensão de atividade do estabelecimento devido à ausência de condições estruturais adequadas, falta de asseio, de higiene e de licenciamento.
O valor total das apreensões ascende a 3.500,00 euros.
A operação contou ainda com a colaboração da GNR - Guarda Nacional Republicana.
Fonte: ASAE
Uma equipa de investigadores do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) desenvolveu um método inovador para garantir a autenticidade de rações e alimentos à base de insetos, assegurando qualidade e segurança na cadeia alimentar.
Este estudo foi publicado no Journal of Food Composition and Analysis e foi desenvolvido no âmbito do projeto Pep4Fish, que explora soluções nutricionais inovadoras para dietas de robalo e dourada de aquacultura, baseadas em subprodutos alimentares.
Com a crescente procura por fontes alternativas de proteína, como os insetos, o risco de fraude e rotulagem incorreta tem aumentado, levantando a preocupações sobre a segurança alimentar. Para enfrentar este desafio, os investigadores criaram um teste de PCR em tempo real que identifica com precisão duas espécies de insetos amplamente utilizadas na produção de alimentos: a larva de farinha e mosca-soldado-negra.
O novo método destaca-se pela sua sensibilidade, sendo capaz de detetar níveis muito baixos de DNA dessas espécies, mesmo em produtos processados e complexos, como rações para aquacultura ou hidrolisados proteicos (proteínas parcialmente digeridas em pequenos fragmentos (peptídeos)), tornando-as mais fáceis de absorver pelos organismos).
O teste tem capacidade para identificar inclusões de apenas 0,24% destas espécies nos produtos analisados, garantindo a autenticidade mesmo em formulações processadas.
Este avanço é especialmente relevante para a indústria de rações e alimentos, uma vez que a União Europeia tem promovido o uso de insetos como fonte sustentável de proteína, tanto para consumo humano quanto para alimentação animal. Contudo, a falta de ferramentas confiáveis para verificar a composição desses produtos tem sido uma barreira para a adoção mais ampla.
Além de garantir a transparência e qualidade, o novo método também representa um importante passo na sustentabilidade, já que permite certificar ingredientes provenientes de fontes autorizadas, alinhando-se com os princípios da economia circular e do modelo da bioeconomia azul.
De acordo com os investigadores, este protocolo de autenticação não só protege os consumidores e produtores, mas também fortalece a confiança na cadeia de valor de alimentos inovadores à base de insetos, contribuindo para uma aquacultura mais sustentável e segura.
Este trabalho integra-se no projeto Pep4Fish, desenvolvido no âmbito do Pacto da Bioeconomia Azul e financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O projeto foca-se na exploração de soluções nutricionais inovadoras, utilizando subprodutos de origem animal, como peixes, aves e suínos, bem como recursos alternativos, como insetos. O objetivo é desenvolver dietas inovadoras para robalos e douradas que promovam simultaneamente a saúde dos peixes e a qualidade nutricional para o consumo humano, contribuindo para a redução do desperdício alimentar.
O estudo, publicado no Journal of Food Composition and Analysis, uma revista científica de elevado impacto na área da ciência alimentar, é assinado por Andreia Filipa-Silva, Thaise Martins, Maria J. Mota, André Almeida, Daniel Murta, Luísa M.P. Valente e Sónia Gomes.
Liderado pelo Grupo ETSA, o projeto Pep4Fish conta com a participação de nove parceiros, incluindo centros de pesquisa e empresas: AgroGrIN Tech, B2E – CoLAB para a Bioeconomia Azul (B2E CoLAB), CIIMAR, ITS – Indústria Transformadora de Subprodutos (ETSA); Seaculture (Jerónimo Martins), Savinor e Sorgal (Soja Portugal), Sebol (ETSA) e Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa.
Fonte: Grande Consumo
A nova revolução tecnológica, os avanços da inteligência artificial, a blockchain e a Internet das Coisas (IoT), assim como a automação e o futuro do trabalho, o crescimento do e-commerce e a transição para uma economia sustentável, recorrendo a investimentos em energias renováveis, estão a marcar a indústria alimentar. Inflação, guerras e instabilidade geopolítica impulsionaram mudanças nos padrões de consumo, influenciando a forma como vivemos, nos comportamos e o que comemos. Não será diferente em 2025, diz a PortugalFoods.
Os consumidores continuam preocupados com o aumento dos preços, mas tendencialmente estão a mudar o foco no momento da compra dos alimentos, preferindo os frescos e de origem vegetal, os que trazem mais benefícios para a saúde e os que provocam experiências sensoriais diferenciadas, como texturas crocantes ou sabores exóticos.
A capacidade de melhorar a aparência física, assim como os benefícios que os alimentos podem trazer para a saúde mental e emocional, são fatores decisivos para os consumidores no momento da compra. Além disso, a procura por alimentos com base na experiência e no propósito torna os consumidores mais exigentes e atentos aos impactos das suas escolhas. O ato de comer, por si só, já não basta. Os consumidores procuram experiências únicas, com histórias para contar e partilhar nas redes sociais.
Estas são algumas das conclusões que a consultora internacional Innova Market Insights, a convite da PortugalFoods, entidade gestora do Portuguese Agrofood Cluster, apresentou no seminário Trends 2025, que juntou na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto, mais de 200 representantes da indústria agroalimentar e do sistema científico e tecnológico nacional. “Esta nova edição mostra que as tendências de consumo são, hoje, muito abrangentes e que os fatores de compra são múltiplos. Responder a este grau de exigência por parte dos consumidores é um desafio para a indústria. Sem dúvida, o sector agroalimentar português tem demonstrado uma capacidade notável de adaptação às tendências globais, mantendo-se dinâmico e inovador, investindo em tecnologia e sustentabilidade. A orientação para o mercado e a atenção às preferências dos consumidores têm sido fundamentais para o desenvolvimento de novos produtos e soluções”, refere Deolinda Silva, diretora executiva da PortugalFoods.
No seu entender, a grande revelação neste estudo é o papel que a inteligência artificial já está a ter na produção alimentar, com as empresas a começarem a identificar as possibilidades que esta ferramenta pode oferecer ao nível da segurança alimentar, bem-estar, inovação em novos sabores ou mesmo na sustentabilidade da produção. Simultaneamente, os consumidores estão cada vez mais focados na qualidade dos ingredientes, valorizando aspetos como frescura, benefícios nutricionais e naturalidade. “As marcas que enfatizam a qualidade superior das suas composições tendem a destacar-se no mercado. Adicionalmente, a conjuntura mundial e as novas formas de viver vieram alterar determinantemente a forma como nos comportamos em relação à alimentação, valorizando os momentos, junto de familiares e amigos, e reforçando a velha máxima de que menos é mais”, refere, por sua vez, Enric Tardio, da Innova Market Insights, consultora que anualmente monitoriza o comportamento do consumidor e o lançamento de novos produtos a nível global, desenvolvendo uma análise aprofundada às principais tendências de consumo e apontando as oportunidades de inovação para a indústria e para as marcas alimentares.
Num contexto em que os consumidores pretendem cuidar de si e do planeta, a indústria deve, no seu portefólio de produtos e na sua comunicação, realçar a presença de determinados ingredientes, como se pode verificar nas 10 grandes tendências que vão impactar o sector agroalimentar em 2025 e a médio prazo.
À medida que a procura de produtos de valor acrescentado aumenta, é fundamental relevar a qualidade, para além dos ingredientes. A tendência Ingredients and Beyond sublinha que a qualidade do produto é o fator mais importante para os consumidores, com 50% a 60% dos inquiridos a valorizar o preço e a frescura dos alimentos, 40% a 50% a realçar os benefícios para a saúde, 30% a 40% a atribuir importância ao prazo de validade, naturalidade e teor nutricional dos alimentos e menos de 30% a valorizar as marcas.
Já a tendência Precision Wellness mostra que a quantidade de informação ao dispor do consumidor eleva a fasquia no desenvolvimento de produtos, desafiando as marcas a satisfazerem necessidades nutricionais específicas, em qualquer fase do ciclo de vida. As marcas direcionam a sua inovação na resposta a necessidades específicas do consumidor, em termos de saúde, como, por exemplo, o controlo do peso, o que originou, no ano passado, um aumento de 10% no lançamento de novos produtos com esta finalidade.
Wildly Inventive sublinha que os consumidores procuram o extraordinário e o diferente, levando as empresas a apresentarem novos produtos com misturas surpreendentes e que proporcionam o efeito “uau”. 43% dos inquiridos afirma procurar fórmulas “fora da caixa”, que proporcionem experiências únicas e inesquecíveis, e 40% continua a privilegiar o sabor. Entre as combinações improváveis que despertam mais a atenção dos consumidores, 36% afirma serem os preparados para sobremesas, 32% os alimentos que combinam lanche e prato principal e, na mesma proporção, os alimentos que misturam o salgado e o doce.
A crescente consciencialização sobre o microbioma humano coloca a fibra no centro das atenções e da tendência Flourish From Within. No último ano, verificou-se um crescimento de 8% no lançamento de alimentos e bebidas com ligação à saúde digestiva ou intestinal. A saúde gastrointestinal é o que motiva a compra deste tipo de produtos: alimentos e bebidas funcionais, ricos em fibras, vitamina D e probióticos. Regista-se um aumento de 24% no aparecimento de novos produtos/snacks que incluem especificamente probióticos na sua composição.
Paralelamente, a falta de naturalidade percebida de alguns produtos de base vegetal tem sido uma barreira para o crescimento desta categoria, com 35% dos inquiridos a indicar este critério como determinante na hora da compra. Ainda assim, registou-se um aumento de 23% no lançamento de alimentos e bebidas vegan ou de base vegetal, que colocam a naturalidade como argumento de comunicação/venda e no centro da tendência Rethinking Plants.
Já Climate Adaptation reflete que as práticas que minimizam o impacto ambiental são valorizadas, influenciando diretamente as decisões de compra. Quase metade dos inquiridos neste estudo estão muito ou extremamente conscientes do impacto das alterações climáticas em produtos como o café, o azeite ou o chocolate e este impacto é sentido, sobretudo, no aumento dos preços, impactando as vendas. E se, no caso do café, os consumidores afirmam que continuarão a comprar mesmo num cenário de aumento do preço, o mesmo já não acontece, por exemplo, com o chocolate, em que a tendência será de reduzir ou mesmo não comprar.
Paralelamente, à medida que os consumidores procuram soluções que agreguem benefícios para a saúde e beleza, produtos que promovam benefícios para a imagem tornam-se mais populares entre os consumidores, como mostra a tendência Taste the Glow. Um em cada cinco inquiridos afirma que, no ano passado, comprou alimentos e bebidas com efeitos benéficos para a sua aparência. O foco está, sobretudo, na pele (face e corpo) e cabelo e as gerações mais jovens, com uma preocupação acrescida em termos de imagem e saúde da pele, motivaram o aumento de 15% no lançamento de alimentos, bebidas e suplementos, com atributos funcionais. Esta é uma preocupação com diferente impacto nas várias gerações de consumidores: 27% da Geração Z tem-a, 25% da Geração Y também, na Geração X são 17% e apenas 13% na geração Boomer privilegia mais a saúde do que a imagem nas suas escolhas.
Tradition Reinvented, por sua vez, mostra como num mundo em constante evolução, os consumidores desejam redescobrir sabores da sua herança culinária, abraçando a autenticidade e a tradição. Quase um em dois dos consumidores, a nível mundial, considera que é importante consumir alimentos que expressam a sua herança/tradição e a diversidade de culturas alimentares. 65% gostaria de ver mais receitas antigas e tradicionais nas prateleiras dos supermercados, ao passo que 64% afirma querer experimentar novos produtos com sabores antigos ou inspirados em receitas tradicionais. Esta é uma oportunidade para as empresas criarem ligações mais próximas com o consumidor nostálgico.
Simultaneamente, os consumidores optam, cada vez mais, por alimentos que influenciam positivamente o humor e o bem-estar mental, estabelecendo ligação direta entre dieta e saúde emocional, como refletido na tendência Mood Food: Mindful Choices. Para as marcas, este é o momento de apostar no lançamento de produtos que se ligam sentimentalmente aos consumidores. 36% dos inquiridos afirma que sentir-se bem mental ou emocionalmente é o principal objetivo de saúde. Esta é uma oportunidade para a indústria explorar a utilização de ingredientes como vitaminas e minerais, demonstrando o seu benefício. Destacam-se cinco nutrientes principais a considerar nos alimentos e bebidas que visam melhorar a saúde mental: vitaminas B6, B9 e B12, vitamina D, vitamina C, magnésio e vitamina E. 51% dos novos lançamentos de alimentos e bebidas monitorizados, que alegam benefícios para o cérebro, possui vitamina B.
Finalmente, como mostra a tendência Bytes to Bites, as empresas começam a desbloquear todo o poder da inteligência artificial, passando do reconhecimento das suas potencialidades para aplicações concretas, que elevam as experiências dos consumidores. No ano passado, registou-se um crescimento exponencial (720%) de novos lançamentos de produtos alimentares criados pela IA. As empresas começam já a identificar as possibilidades que a inteligência artificial oferece, sobretudo, em quatro domínios: segurança alimentar, como a deteção da deterioração de sumo de fruta e leite; bem-estar, com o desenvolvimento de novas formulações, como novos adoçantes para bebidas; inovação em sabores e sustentabilidade (por exemplo, uma cadeia de distribuição alimentar passou a vender, pastinacas/cherovias cultivadas de forma autónoma, recorrendo exclusivamente ao controlo por sistemas que utilizam IA, drones, sensores e equipamentos robotizados, para garantir a eficiência do ciclo produtivo, reduzindo simultaneamente as emissões de carbono e melhorando a qualidade das culturas).
Fonte: Grande Consumo
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através das suas Unidades Regionais, realizou, uma operação de fiscalização, a nível nacional, direcionada a estabelecimentos de restauração e de “Fast Food” existentes nos Centros Comerciais, com o objetivo de verificar o cumprimento das normas legais aplicáveis, com destaque para a garantia de segurança alimentar dos consumidores e de qualidade dos géneros alimentícios, e verificar se os mesmos cumprem as normas em vigor.
Como balanço desta ação, destaca-se a fiscalização de 150 operadores económicos, que resultou na instauração de 21 processos de contraordenação.
As principais infrações detetadas incluíram a falta de envio, no prazo de 15 dias, do original da folha de reclamação à entidade competente, a violação dos deveres gerais das entidades exploradoras dos estabelecimentos de restauração e bebidas, a ausência do livro de reclamações e o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, entre outras.
Foi ainda determinada a suspensão da atividade de um estabelecimento de restauração e bebidas devido à violação dos deveres gerais da entidade exploradora.
Fonte: ASAE
Foram partilhados mais detalhes sobre o processo de desenvolvimento de modelos para melhorar o conhecimento sobre os riscos associados à Listeria monocytogenes.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) reviram os modelos de Listeria de 2004.
A Reunião Conjunta de Peritos da FAO/OMS sobre Avaliação dos Riscos Microbiológicos (JEMRA), realizada em Roma em outubro de 2022, começou a desenvolver modelos de avaliação dos riscos de Listeria monocytogenes para alface, melão cantaloupe, legumes congelados e peixe pronto a comer (RTE), abrangendo as fases desde a produção primária até ao consumo. O relatório completo desta reunião foi recentemente publicado.
Os produtos alimentares eram folhas verdes cortadas e embaladas, folhas verdes inteiras, melão cortado em cubos pronto a consumir, melão inteiro, peixe fumado e peixe marinado e legumes congelados branqueados não prontos a consumir.
Progresso do modelo
Numa segunda reunião, realizada em 2023, foram avaliados modelos de avaliação de risco para caraterizar o risco de listeriose devido ao consumo de melão cortado em cubos, legumes congelados e peixe fumado a frio. O modelo da alface não estava pronto para ser avaliado.
Os modelos precisavam de ser programados, testados e revistos. A revisão verificou se eram suficientemente flexíveis para executar diferentes cenários e incorporar novos dados para ter em conta o contexto nacional, regional e internacional.
Foram publicados numa edição especial da revista Foods estudos sobre modelos quantitativos de avaliação do risco de Listeria monocytogenes em diferentes produtos.
Com base no relatório da primeira reunião, os peritos analisaram a literatura sobre modelos de avaliação de riscos e discutiram a abordagem do modelo e a avaliação da exposição, incluindo a caraterização dos perigos e os dados relativos à dose-resposta, bem como os conhecimentos atuais sobre os dados genómicos.
Os cientistas afirmaram que o módulo de produção primária (pré-colheita) deve permitir a avaliação da introdução do agente patogénico nas matérias-primas, tendo em conta os efeitos da estação, das práticas agro-alimentares e das alterações climáticas. Também deve ser considerada a possibilidade de contaminação cruzada desde a produção até ao consumo.
Pontos específicos dos produtos
No caso dos produtos hortícolas de folha verde, as atividades de produção, incluindo a irrigação, a fertilização e outras práticas de gestão na exploração agrícola, têm um impacto na ocorrência de Listeria monocytogenes. As fases a serem representadas na avaliação do risco incluem o crescimento das folhas verdes, a colheita, o arrefecimento, a lavagem, a higienização, o corte, a embalagem, as etapas de transporte, a exposição no retalho e as práticas de consumo.
O modelo deve ser capaz de medir a eficácia da prevenção da contaminação pelo solo/água de irrigação, a eficácia da lavagem com ou sem desinfetante, a utilização de boas práticas de higiene durante a transformação, a eficácia dos regimes de amostragem e o impacto das diferentes práticas dos consumidores relacionadas com o manuseamento e a armazenagem.
No caso dos produtos hortícolas congelados, os principais fatores de risco foram identificados nas fases de transformação e no manuseamento pelo consumidor. As fases relevantes na avaliação do risco incluem: limpeza, lavagem, branqueamento, congelação, embalagem, exposição a retalho, práticas de consumo como a descongelação e a cozedura, bem como práticas relacionadas com a utilização não intencional.
As fases relevantes para o melão são o cultivo nos campos, a colheita, o arrefecimento, a lavagem, a higienização, o corte em cubos, a exposição a retalho, as práticas de consumo e as etapas de transporte. Deve ser incluída flexibilidade para ter em conta o impacto das práticas agrícolas, fenómenos meteorológicos extremos, alterações climáticas e diversas práticas de mercado.
As fases importantes para os produtos do mar prontos para consumo são o crescimento do peixe, a colheita, a evisceração e o corte da cabeça, a filetagem, as diferentes fases de fumagem, as fases de peixe gravado, a congelação, o corte em fatias, a embalagem, as múltiplas fases de transporte, o retalho e o manuseamento pelo consumidor.
A contaminação cruzada deve ser considerada porque a produção de peixe pronto para consumo pode envolver várias etapas, por vezes em diferentes instalações em diferentes países. Os dados de sequenciação do genoma completo/tipagem de estirpes podem ser utilizados para avaliar as estirpes dominantes nas diferentes fases de produção, a fim de informar os módulos de contaminação cruzada.
Segundo os especialistas, são necessários dados adicionais sobre a Listeria monocytogenes na cadeia alimentar para melhor informar sobre a ocorrência, a virulência e a resposta à dose, de modo a que se possa efetuar uma avaliação do risco para diferentes tipos de sequência (ST) ou complexos clonais (CC) de Listeria.
Fonte: Food Safety News e Qualfood
A FAO publica um relatório exaustivo sobre a gestão sustentável do azoto nos sistemas agro-alimentares.
O aumento dos fertilizantes azotados no século passado contribuiu significativamente para aumentar a produção agrícola e reforçar a segurança alimentar e a nutrição de uma população mundial em expansão. No entanto, a utilização inadequada de azoto pode prejudicar gravemente a qualidade do ar, da água e do solo, resultando na perda de biodiversidade e agravando as alterações climáticas.
Um novo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), lançado dia 20 de janeiro num evento na sua sede em Roma, apresenta uma panorâmica abrangente da utilização do azoto e dos desafios daí resultantes nos sistemas agro-alimentares. Salienta a importância de garantir uma utilização sustentável e apresenta recomendações para atingir este objetivo.
O azoto é um componente essencial dos constituintes dos alimentos, em particular dos aminoácidos e das proteínas necessárias para o crescimento das plantas, dos animais e dos seres humanos.
Graças à invenção do processo Haber-Bosch, no início do século XX, os seres humanos conseguiram converter o azoto não reativo, abundante na atmosfera (o mesmo azoto que torna o céu azul), em substâncias úteis como o amoníaco, que é agora vulgarmente utilizado como fertilizante.
Os seres humanos acrescentam atualmente cerca de 150 teragramas (Tg) de azoto reativo à superfície terrestre todos os anos através da agricultura e da indústria. Esta quantidade é mais do dobro da taxa pré-industrial. Alguns peritos sugerem que as alterações climáticas poderão contribuir para que esta taxa aumente para cerca de 600 Tg por ano até 2100, o que poderá aumentar os níveis de perda de azoto para o ambiente.
A pecuária é o principal contribuinte para as emissões de azoto e é responsável por cerca de um terço do total das emissões de azoto produzidas pela atividade humana. Os fertilizantes sintéticos, a alteração do uso do solo e as emissões do estrume são as principais causas da poluição por azoto nesta zona.
A poluição por azoto é mais grave na América do Norte, na Europa Ocidental e em certos países asiáticos, onde os fertilizantes têm sido amplamente utilizados e mal aplicados há décadas.
Em alguns países de baixo e médio rendimento, o acesso restrito aos fertilizantes leva ao esgotamento do azoto, o que reduz os nutrientes do solo e conduz à sua degradação.
Por conseguinte, uma utilização ponderada do azoto na agricultura ajuda a evitar a degradação dos solos e o esgotamento dos nutrientes, aumentando simultaneamente o rendimento das culturas. Em contrapartida, a utilização excessiva agrava o aquecimento global, degrada a qualidade do ar e da água e empobrece o ozono estratosférico. A poluição por azoto apresenta riscos para a saúde humana, aumentando a incidência de doenças respiratórias e cardíacas.
Por conseguinte, a gestão sustentável do azoto, centrada na minimização das entradas e perdas externas e na maximização da reciclagem, é mais urgente do que nunca.
“A eficiência da utilização do azoto (NUE) registou melhorias nos últimos anos, o que é encorajador. No entanto, há ainda muito trabalho a fazer. Este relatório fornece um conjunto detalhado de recomendações para melhorar ainda mais a NUE, ajudando a reduzir a poluição e promovendo simultaneamente a saúde ambiental e humana”, afirmou Thanawat Tiensin, Diretor-Geral Adjunto e Diretor da Divisão de Produção e Saúde Animal da FAO.
Ações-chave e propostas políticas
O relatório apresenta vários estudos de casos que ilustram os esforços atuais para melhorar a NUE em todo o mundo e oferece uma série de recomendações.
Estas incluem:
“A gestão sustentável do azoto é crucial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030, particularmente os relacionados com a fome, saúde, água potável, produção e consumo sustentáveis, ação climática e preservação da vida em terra e debaixo de água”, dizem os autores do relatório. “Melhorar a eficiência do uso de azoto em toda a cadeia agroalimentar e reduzir a perda de azoto pode ajudar a aumentar a produção de alimentos em países de baixo e médio rendimento, permitindo que mais recursos de azoto atinjam o fim a que se destinam, melhorar a saúde através da redução das emissões nocivas e proteger os cursos de água da poluição.”
Fonte: FAO e Qualfood
“[…] Foi confirmado um foco de infeção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP), numa exploração de pequena dimensão com aves de capoeira de várias espécies”, nomeadamente, galinhas, patos e gansos, lê-se numa nota da DGAV.
Este foco localiza-se na freguesia de São João das Lampas e Terrugem, concelho de Sintra, distrito de Lisboa, onde, no início do mês já tinha sido detetada a gripe aviária.
As medidas de controlo, já implementadas, incluem a inspeção do local, a remoção dos animais afetados e a limpeza e a desinfeção.
Soma-se a restrição da movimentação e a vigilância das explorações com aves nas zonas de restrição (num raio de 10 quilómetros em redor do foco).
A DGAV pediu que todos os proprietários de aves cumpram as medidas de biossegurança e as boas práticas de produção, de modo a evitar os contactos entre aves domésticas e selvagens.
Por outro lado, devem ser reforçados os procedimentos de higiene das instalações e equipamentos.
A notificação de qualquer suspeita deve ser comunicada à DGAV.
As aves de capoeira e em cativeiro, localizadas em Portugal continental, devem permanecer confinadas nos respetivos alojamentos devido à gripe aviária, evitando o contacto com aves selvagens, determinou a DGAV, na semana passada.
No início do mês, foi detetada gripe das aves numa exploração de galinhas poedeiras em Sintra, tendo sido aplicadas as medidas de controlo. Todas as galinhas poedeiras que integravam esta exploração (55.427) foram abatidas.
No mesmo dia em que foi confirmado o caso em Sintra, a Direção-Geral da Saúde (DGS) esclareceu que, até à data, não tinham sido identificadas pessoas com sintomas ou sinais sugestivos de infeção por este vírus (H5N1).
Fonte: Sapo24
Não há dúvida que os alimentos orgânicos são melhores para o planeta, assim como também para a nossa saúde. Mas é imperativo saber quais as suas falhas, de forma a podermos fazer uma escolha responsável e segura.
Os rótulos imprecisos
Ao olharmos para um rótulo podemos observar as certificações europeias que garantem que determinados produtos são “bio” ou “eco”. Mas a maioria destes certificados não é muito clara sobre o que significam e esse é um dos grandes pecados de alimentos orgânicos. Na realidade o que está certificado é a ausência de agroquímicos (95%) e OGMs (tolerados até 0,9%) nos ciclos de produção, processamento e embalagem dos produtos.
O que não está esclarecido é que os critérios éticos, ambientais e/ou sociais e a sua sustentabilidade não são levados em conta e que existe uma lista de produtos químicos que deveriam ser proibidos e ainda assim a sua inclusão é permitida. Muitas vezes estão identificados com nomes técnicos e não com os seus nomes mais comuns e passam despercebidos.
Embalagens PET
A invenção do plástico PET foi uma invenção fantástica para o planeta, principalmente se o compararmos ao plástico convencional que demorava décadas a decompor. Mas nem todos são tão esplêndidos como nos querem vender e é importante saber que existem certos tipos de PET que não podem ser reciclados.
Todas as embalagens marcadas como PET e transparentes devem ser facilmente recicláveis, o problema são as embalagens que têm cores. Principalmente as que são PET opaco, pois não são recicláveis se forem deitadas fora com as que são. Interrompem a cadeia de classificação e vão tornar o processamento final mais caro.
Devemos procurar o logotipo PET na base de cada recipiente e observar a sua aparência, pois deve ser um plástico incolor, flexível e brilhante.
Biocompostável ou biodegradável
Os recipientes que indicam este tipo de classificação podem estar associados a alimentos orgânicos, mas é importante saber que são duas coisas completamente diferentes e não devem ser misturadas, pois, por serem materiais diferentes, requerem processamentos específicos.
Ao proceder à biodegradação, espera-se que os materiais se comportem de determinada forma e respondam a determinados procedimentos que lhes são aplicados. Exatamente o mesmo acontece com os que são bicompostáveis, por isso devem ser compostados e não descartados. No máximo podem ir para um eco-ponto de resíduos orgânicos.
O engano da classificação
Cada vez mais há a sensação que se um produto indicar que é “eco” ou “bio”, mesmo sem qualquer certificação, se torna automaticamente em algo sustentável. Mas muitas vezes não é esse o caso, e os produtos são mesmo produzidos por mão-de-obra ilegal, não chegam a ser biológicos ou ecológicos ou têm custos de transporte muito elevados, o que os torna pouco sustentáveis.
Há muitas lojas que aproveitam a indicação “bio” ou “eco” para inflacionar o preço e enganar o consumidor. Por isso esteja atento quando for comprar algo supostamente sustentável.
Fonte: GreenSavers
Um relatório científico concluiu que o planeta está a tornar-se mais seco e os solos mais salgados. Este facto implica profundas alterações futuras na capacidade de produzir alimentos de forma sustentável ao longo do tempo. O aumento das temperaturas acelera o problema.
Num planeta em aquecimento global, o solo está a tornar-se mais seco e mais salgado. Esta mudança tem inevitavelmente consequências para os 8 mil milhões de habitantes do planeta, como refere a Eos. Atualmente, quase um terço das pessoas já vive em locais onde a água é cada vez mais escassa e a capacidade de cultivar culturas e criar gado está a tornar-se mais difícil. Este problema está a atingir cada vez mais zonas do mundo.
O excesso de sal no solo já afeta quase 10% dos solos de todo o mundo. Um terço das pessoas já vive em zonas onde a água é cada vez mais escassa. Isto gera conflitos sociais que estão a aumentar com o tempo.
A análise dos dados mostra claramente que as alterações climáticas estão a acelerar esta tendência. Um novo trabalho de investigação concluiu que o aquecimento global tornou 77% das terras da Terra mais secas nas últimas três décadas, ao mesmo tempo que aumentou rapidamente a proporção de solos excessivamente salgados.
De acordo com um relatório histórico da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), as terras secas, ou áreas onde é difícil encontrar água, representam atualmente mais de 40% do planeta. Esta estimativa, por razões óbvias, exclui a Antártida. Além disso, outra nova análise, realizada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), concluiu que cerca de 10% dos solos do mundo estão afetados pelo excesso de sal e que outros 2,5 mil milhões de hectares estão em risco.
Um relatório abrangente divulgado pelo Grist indica que estas tendências interrelacionadas ameaçam a produtividade agrícola, a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas, ao mesmo tempo que agravam a insegurança alimentar e hídrica. Em conjunto, os dois relatórios em particular afirmam que, a menos que o mundo reduza as emissões, estas alterações continuarão, com consequências graves.
Uma das conclusões é muito clara, afirmando que “sem esforços concertados, milhares de milhões de pessoas enfrentam um futuro marcado pela fome, pela deslocação e pelo declínio económico”. Entre 1990 e 2020, as alterações climáticas transformaram cerca de 7,6% da superfície terrestre do planeta, com as áreas mais afetadas a passarem de paisagens húmidas para terras secas.
Estas terras secas são definidas como áreas onde 90% da precipitação se evapora antes de atingir o solo. No seu conjunto, cobrem uma área geográfica maior do que o Canadá, segundo os investigadores, e albergavam cerca de 30% da população mundial em 2020. Trata-se de um aumento de mais de 7% nas últimas décadas.
Entre as conclusões, há uma indicação clara de que, a menos que o mundo limite drasticamente as emissões, essa proporção poderá mais do que duplicar até ao final do século. Nessa altura, prevê-se que mais de dois terços da terra do mundo, excluindo a Gronelândia e a Antártida, armazenem menos água. A capacidade da Gronelândia para armazenar água está a atrair uma maior atenção para esta área, como temos visto ultimamente.
Este conjunto de alterações não se limita às regiões que já são consideradas secas ou que se prevê venham a sofrer desertificação. Ao modelar cenários globais de emissões elevadas, os investigadores descobriram que poderiam ocorrer alterações semelhantes no Midwest, no México central e no Mediterrâneo, para citar três exemplos. Os investigadores não esperam que esta tendência se inverta.
O que Hannah Waterhouse, cientista do solo e da água da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, e citada pela Eos, considera “importante e desconcertante enfatizar” é que esta expansão ocorreu em condições que não são tão quentes como as que estão para vir. O que sugere que o problema só se vai intensificar e, à medida que os alimentos e a água se tornam mais escassos, vai levar a problemas como conflitos generalizados.
Fonte: Tempo.pt
Os portugueses encaminharam para reciclagem um total de 476.605 toneladas de embalagens, em 2024, o que significa um aumento de 4% face ao período homólogo. Embora estes dados sejam positivos, Portugal mantém-se longe da nova meta definida para este fluxo de resíduos urbanos e que é necessário atingir em 2025.
Durante este ano, o país terá de garantir a recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado. Em 2024, a taxa de retoma foi de 57,8% (apuramento preliminar), o que significa que é necessário tornar o sistema mais eficiente para atingir as novas metas.
Em 2025, o sistema contará com mais 113 milhões de euros que resultam da decisão do Governo de aumentar os valores das contrapartidas para financiar o SIGRE – Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens, num total estimado de 235 milhões de euros (em 2024 o valor era 122 milhões de euros) só para a gestão dos resíduos de embalagens este ano.
Este montante é pago pelas entidades gestoras de resíduos de embalagens aos Sistemas Municipais, Intermunicipais e concessões, para procederem à recolha seletiva de resíduos urbanos de embalagens, que asseguram a triagem e pré-preparação para reciclagem destes resíduos nos seus diferentes materiais (como vidro, plástico ou papel/cartão).
“Estamos, portanto, perante uma oportunidade única para aumentar a performance de todo o sistema e colocar Portugal na rota do cumprimento das metas da reciclagem de embalagens, cabendo às autoridades garantir a eficiência da operação“, afirma a Sociedade Ponto Verde em comunicado.
A injeção de mais 113 milhões tem de traduzir-se na melhoria significativa do nível de serviço que é prestado aos cidadãos por parte dos sistemas municipais e multimunicipais na recolha, numa operação que deve ser cada vez mais orientada para a conveniência, assegurando, no final, a recolha de mais embalagens e o seu encaminhamento para reciclagem.
Complementar o modelo de recolha por ecopontos com sistemas de incentivo, porta-a-porta ou “pay as you throw” (payt), permitindo este ter noção do valor pago em função do consumo, são soluções já identificadas para permitirem uma melhor capacidade de resposta, com a entrada de mais embalagens no sistema de reciclagem. Este esforço para um sistema cada vez mais eficiente significa também uma maior articulação e colaboração entre todos os parceiros e partes interessadas desta cadeia de valor, levando ao cumprimento das metas estabelecidas para 2025.
O papel/cartão e o plástico mantêm-se como os materiais com melhor desempenho, com o primeiro a ter aumentado 6%, o que se traduz em 158.146 toneladas encaminhadas para reciclagem, e o segundo 5%, ou seja, 85.548 toneladas recolhidas no último ano.
O vidro continua a merecer particular preocupação, já que o seu ritmo de crescimento continua aquém da meta, tendo-se verificado um aumento apenas de 1%, ou seja, 213.870 toneladas depositadas no vidrão. Para o aumento deste material é fundamental que sejam implementadas soluções específicas, com a adaptação de ecopontos às necessidades dos estabelecimentos HORECA, como o baldeamento assistido, que são facilitadores na deposição e envio para reciclagem.
A CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, afirma: “o ano de 2025 tem de ser de viragem na recolha seletiva das embalagens. Com mais fundos à disposição do sistema esperamos mais recolha e reciclagem destes resíduos, assim como uma atenção permanente das autoridades à forma como evolui a performance de toda a operação. É fundamental resolver os problemas existentes, que estão bem identificados, ao nível da prestação do serviço ao cidadão. A Sociedade Ponto Verde mantém a sua postura de colaboração, promovendo a economia circular e soluções com base na inovação e na conveniência para o consumidor”.
Fonte: Grande Consumo
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