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Deteção de espécies animais em alimentos

  • Thursday, 22 November 2018 10:05

Em janeiro de 2013 foi notícia em toda a Europa o "Escândalo da Carne de Cavalo" em que a carne de cavalo estava a ser comercializada como carne de vaca e expôs a natureza complexa da cadeia de produção e comercialização de alimentos. Constatou-se contudo, que não se tratava de uma questão de segurança alimentar ou de saúde pública, mas sim de uma questão de fraude alimentar pela utilização de um produto mais barato (carne cavalo) em substituição de outro mais caro (carne vaca).

A Comissão Europeia, juntamente com as autoridades competentes dos Estados-Membros, lançou, ainda em 2013, um plano coordenado de controlo utilizando técnicas de PCR (biologia molecular) para a pesquisa da presença de ADN de cavalo em amostras de alimentos processados.

Com as técnicas utilizadas é possível "ler" o ADN das espécies e encontrar a "frase" única que permite identificar uma determinada espécie.

Com estas técnicas podemos pois responder a questões como:

Uma Lasanha ou um Hambúrguer que dizem ter apenas carne de vaca tem realmente só carne de vaca ou também carne de porco, peru ou galinha?

Um Queijo de leite de ovelha tem apenas leite de ovelha ou tem também leite de vaca?

Um Arroz de pato terá só pato ou também peru e galinha?

Acompanhando este assunto, o Laboratório de Microbiologia e Biologia molecular (LM) da ASAE, em 2014, iniciou a implementação destes métodos de deteção de espécies animais utilizando a técnica de PCR em tempo real.

Desde outubro de 2014 que o Laboratório de Segurança Alimentar, através desta valência laboratorial faz análises de deteção das espécies animais em alimentos e analisou amostras com origem em colheitas da ASAE, noutros Organismos Públicos e até Clientes Privados.

Estes métodos foram acreditados na auditoria IPAC de maio de 2015, encontrando-se assim o Laboratório de Segurança Alimentar da ASAE apto a garantir a defesa do consumidor e da livre concorrência, também, neste âmbito.

No universo de amostras analisadas, neste período, 31,5% apresentaram resultados não foram conformes com o descrito na rotulagem.

A ASAE tem em curso novas implementações para aumentar o número de espécies detetadas, prevendo-se em 2019 a implementação da deteção da presença de cão e gato.

Fonte: ASAE