Aos 16 anos, Kiara criou um superabsorvente com cascas de laranja, arrecadando assim uma bolsa de estudo de 45 mil euros.
«O produto é totalmente biodegradável, de baixo custo e as suas propriedades permitem reter melhor a água do que os polímeros superabsorventes comercializados. Os únicos recursos envolvidos na conceção da ‘mistura de cascas de laranja’ foram eletricidade e tempo, nenhum equipamento ou materiais especiais foram requeridos», referiu Nirghin na sua candidatura.
A criação do superabsorvente natural surgiu numa tentativa de resposta às consequências da seca que afetam o seu país, a pior desde 1982.
A jovem sul africana demorou dois meses a desenvolver o projeto, tendo recorrido para tal ao resíduos da fruta usada na indústria.
Descobriu que a casca de laranja contém 64% de polissacáridos, tornando-as potenciais polímeros. Através de luz ultravioleta, calor e pelo natural proveniente do abacate cozeu as cascas de laranja.
Após 45 dias descobriu que a mistura absorve 76,1% mais água do que os superabsorventes atualmente utilizados na agricultura que, ao contrário da sua mistura de cascas de laranja, não são biodegradáveis.
A vencedora declarou esperar que a sua criação ajude agricultores de todo o mundo a pouparem dinheiro e a salvarem as suas plantações.
O prémio “Impacto Comunitário” distingue a melhor proposta apresentada por jovens do Médio Oriente e África, com idades entre os 13 e os 18 anos.
Fonte: AGROTEC