Várias associações (no total 24), entre as quais a CropLife Europe, a Euroseeds e a FoodDrink Europe, assinaram uma carta endereçada aos ministros do Conselho Europeu da Agricultura e Pescas a apelar para apoiar ações políticas imediatas baseadas no estudo da Comissão Europeia sobre edição genética. A carta surge no âmbito da reunião deste conselho que se irá realizar nos próximos dias 26 e 27 de maio.
Na carta, as entidades apoiam “as conclusões do estudo de que a atual legislação sobre OGM na União Europeia tem desafios de implementação óbvios e que já não é apta para o propósito”.
“Congratulamo-nos vivamente com a intenção da Comissão Europeia em iniciar a curto prazo uma ação política sobre as plantas derivadas da mutagénese direcionada e cisgénese. Esperamos que essa iniciativa política crie um ambiente mais favorável e de inovação para os produtos resultantes destes métodos de reprodução, mantendo ao mesmo tempo os elevados padrões de produção alimentar e alimentar da União Europeia”, referem as associações.
Para estas entidades é necessário que a nova legislação tenha em conta os benefícios destas técnicas e dos produtos resultantes, assim como os desafios relacionados com as trocas comerciais no mundo, principalmente face à “desvantagem competitiva [europeia] comparada com os seus homólogos num grupo de países cada vez maior com regulações mais permissivas”.
“Embora nos congratulemos com a perspetiva de novas ações políticas na área das plantas, também gostaríamos de encorajar a Comissão a iniciar oportunamente discussões com as partes interessadas relevantes na revisão da abordagem regulamentar noutros setores”, afirmam as associações na carta.
“Estas técnicas têm um grande potencial para o setor da reprodução animal e para o desenvolvimento de novos/mais desenvolvimentos e melhoria das estirpes existentes de microrganismos para apoiar a transição para sistemas alimentares mais sustentáveis”, explicam.
Fonte: Agroportal