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Levar o cão a jantar fora... mas de trela e só se não for perigoso

  • Monday, 16 October 2017 09:33

Ter de deixar o cão ou gato em casa porque vai jantar fora vai deixar de ser uma imposição. O Parlamento aprovou, na sexta-feira, a entrada de animais em espaços fechados de restauração. "A lei ainda vai ser discutida na especialidade, mas o empresário é que vai decidir se quer ou não aceitar animais e depois vai ter de se decidir quais os animais que podem entrar e em que condições", sublinhou o deputado do CDS-PP Nuno Magalhães, ao DN. Ponto assente é o de que em momento algum seja comprometida a higiene alimentar. "Vão ter que ter uma espécie de dístico onde fica claro que aceitam a entrada de animais", aponta o deputado.

"Em abstrato parece-me uma coisa correta, parece que vai haver a hipótese dos donos de restaurantes poderem ou não aceitar animais dentro do seu estabelecimento. Parece-me uma lei acertada, mas também é preciso que haja bom senso dos tutores dos animais", alerta Jorge Cid, bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV).

O especialista aconselha ainda "bom senso". "Também é preciso respeitar o lazer, a sensibilidade e o descanso das pessoas que podem querer de estar num sítio lúdico e não serem incomodadas - e isso é válido para os animais, como para as crianças ou até outros adultos que não se saibam comportar." Para Jorge Cid, o essencial é que "os animais se comportem". "Quem viaja um bocado vê em todo o lado, no metro e restaurantes, os animais e como estes se comportam. Em Portugal, ainda estamos um bocadinho longe para que essas situações sejam pacíficas, não temos ainda uma canicultura muito desenvolvida", aponta. Se os animais não se souberem comportar o melhor é não serem aceites nos restaurantes.

Outro ponto que o médico veterinário sublinha é a limitação de movimentos dos animais. "Não podem andar à solta, os mais pequenos podem estar dentro das transportadores. Para os maiores vai depender do bom senso e se eles forem educados."

Para as regras a estipular na especialidade, Nuno Magalhães considera que "a proposta d'Os Verdes, como base de trabalho, é a mais completa". "Define cuidados básicos, que o animal deve estar com trela, acompanhado pelo dono ou as restrições aos animais na lista dos perigosos." No fundo, "o que pode mudar é que alguém que queira abrir um negócio com esta abertura o possa fazer" e esta liberdade "junta-se ao bem-estar animal" de não ficar à porta ou em casa à espera dos donos.

Fonte: Diário de Notícias

  • Last modified on Monday, 16 October 2017 09:34