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O novo consumidor

  • Friday, 03 November 2017 10:41

A última década ficou marcada por mudanças significativas na estrutura económica, demográfica, social e tecnológica das famílias portuguesas. Essas mudanças tiveram um impacto significativo na forma como as famílias avaliam e concretizam as suas escolhas de consumo.

O novo consumidor é mais ponderado e racional nas escolhas que faz. Ajusta a sua dieta a objetivos de melhoria de qualidade de vida e saúde e procura soluções alimentares que lhe libertem tempo para se dedicar às atividades que mais valoriza. Por outro lado, está também mais consciente do impacto social e ambiental que gera com as suas escolhas, valorizando as empresas que refletem esta preocupação e estando até disposto a pagar mais pelos seus produtos ou serviços.

A transparência é, por isso, uma questão cada vez mais relevante e geradora de confiança para os consumidores, que exigem conhecer o tratamento dado aos produtos ao longo da cadeia de valor, para além dos valores e padrões éticos das empresas e do impacto que estas têm nas comunidades e no planeta.

Esta consciência é amplificada pela utilização das redes sociais, hoje a principal fonte de informação da maioria dos consumidores. As notícias polarizadoras sobre empresas e produtos, verdadeiras ou falsas, podem-se tornar rapidamente virais e as suas consequências, positivas ou negativas, são difíceis de prever.

Neste sentido, as empresas não devem ser neutras do ponto de vista ambiental, social e ético. A postura do “no harm” já não é diferenciadora aos olhos do consumidor, sendo vista como a condição mínima para entrada no mercado. Para escaparem à “armadilha da comoditização”, as empresas devem assumir, de forma ativa, posições concretas nos temas relevantes para os seus consumidores.

O consumidor não aceita ser um agente passivo nas comunicações de marketing das marcas. Quer “espreitar por trás da cortina” e conhecer as pessoas e os valores que gerem as empresas que produzem e distribuem os produtos que consome. Mantém-se atento à forma como as empresas tratam os seus fornecedores e colaboradores e é pouco tolerante a práticas que não reflitam a sua visão de uma empresa responsável.

Para se manterem relevantes, as empresas têm de saber reconhecer os valores que norteiam o seu público-alvo e garantir que a sua conduta converge com a sua promessa e posicionamento de marca. As empresas e cada um dos seus representantes, não devem ter receio de apoiar as causas próximas da organização e dos seus colaboradores. Devem ser, acima de tudo, transparentes e coerentes na prática dos princípios que as definem.

Fonte: ANILACT.pt

  • Last modified on Friday, 03 November 2017 10:43