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Uma nova arma contra a fraude alimentar

  • Monday, 19 March 2018 15:10

Com um custo global estimado em €44,7 mil milhões, e afetando um em cada dez produtos, a fraude alimentar é uma preocupação crescente. Por causa disso, a Comissão Europeia (CE) anunciou na semana que passou o lançamento do Centro de Conhecimento sobre a Fraude Alimentar e a Qualidade dos Alimentos, gerido pelo Centro Comum de Investigação. A CE justifica a medida com os casos recentes de burlas e falsificações, que atingiram os setores do azeite, vinho, mel, peixe, leite e derivados, aves de capoeira e outras carnes.

O Centro será constituído por uma rede de peritos que dará apoio técnico aos responsáveis políticos da União Europeia (UE) e às autoridades de cada país, através da partilha de estudos científicos relacionados com a fraude e qualidade alimentar. Entre as suas competências encontra-se a coordenação das atividades de fiscalização do mercado (nomeadamente a composição de alimentos da mesma marca em países diferentes da UE) e a possibilidade de acionar um sistema de alerta precoce para a fraude alimentar a nível europeu. Esta entidade vai, ainda, produzir bases de dados, boletins informativos e relatórios, para serem disponibilizados para o público em geral.

De acordo com o Parlamento Europeu, os dez alimentos globalmente mais suscetíveis à fraude são, por esta ordem, o azeite, o peixe, os alimentos biológicos, o leite, os cereais, o mel, o café e o chá, as especiarias, o vinho e alguns sumos de fruta. Em Portugal, os mais falsificados são o peixe (espécies diferentes da declarada e o uso de aditivos que retêm a água e fazem aumentar o peso do produto), os preparados de carne (espécies diferentes da anunciada no rótulo), vinhos, produtos lácteos (sobretudo o queijo) e o azeite (mistura de outros óleos).

Fonte: Visão