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Frango estragado e salmonela em supermercado

  • Monday, 16 July 2018 10:17

O caso mais grave é o de frango estragado à venda num grande supermercado. Os casos foram denunciados por consumidores à ARAE - Autoridade Regional das Actividades Económicas – e depois confirmados por esta autoridade. Questionada pelo DIÁRIO, a tutela da ARAE explicou como todo o processo decorreu e que consequências teve. A Vice-presidência também confirmou ter havido dois casos de detecção de salmonela, que já estarão resolvidos.

O Governo Regional confirma que a ARAE recebeu várias queixas de consumidores sobre a existência de “carne de frango com cheiro anormal”. Perante as queixas, “ARAE procedeu à competente acção inspectiva dos produtos nos espaços referenciados. Num destes espaços, foi encontrado o produto em causa confirmando-se a denúncia do consumidor.”

A ARAE fez peritagem ao produto, tendo vindo a considerar esse frango “impróprio para consumo”. É o próprio Governo que explica que isso “configura um ilícito criminal, tendo o respectivo expediente sido remetido ao Ministério Público para os subsequentes trâmites processuais, estando naturalmente sob segredo de justiça”.

O DIÁRIO questionou a Vice-presidência sobre o produtor e o comercializador do frango em causa, mas a resposta não concretizou nenhum deles, eventualmente, devido ao facto de, como explicado, o processo se encontrar em segredo de justiça. Ainda assim, é explicado que, “em acção preventiva, a ARAE fiscalizou outros agentes económicos com este produto à venda mas não foram detectadas quaisquer anomalias idênticas”. Uma afirmação que leva a crer que o problema esteja relacionado com a comercialização e não com a produção.

Sobre a presença de salmonela, a Vice-presidência admite que foi detectada em dois casos, mas não esclarece se foi em frango ou noutro alimento. É explicado que a ARAE realiza acções inspectivas, em toda a cadeira dos alimentos, o que inclui, entre outros, o controlo sobre resíduos de pesticidas. “As colheitas são recolhidas – aleatoriamente nos estabelecimentos comerciais – em estreita e articulada cooperação com a Direcção Regional de Agricultura (DRA), no caso dos pesticidas, quanto ao tipo de produtos que exigem maior controlo. Confirma-se que duas dessas colheitas tiveram resultado laboratorial positivo de salmonela.”

As análises foram realizadas pelo Laboratório Regional de Veterinária e Segurança Alimentar e os resultados também submetidos a parecer da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

No entanto, eventualmente, para sossegar os consumidores, é esclarecido que, após à identificação da salmonela nos dois casos referidos, “foram feitas colheitas de despiste do mesmo produto, mas já com resultados negativos”.

A salmonela é, na definição dos técnicos da CUF, “uma bactéria responsável por infecções no ser humano. A infecção por Salmonela é comum na criança, onde se pode manifestar de diversas formas. Quase sempre, trata-se de uma doença auto-limitada, sob a forma de gastrenterite aguda. Mais raramente, no entanto pode associar-se a quadros de infecção generalizada, artrite, meningite ou pneumonia, entre outras.”

“Na maioria dos casos, esta infecção manifesta-se por diarreia, dores abdominais e febre que se desenvolvem 12 a 72 horas após a infecção. A doença dura entre 4 a 7 dias e a maioria das pessoas recupera sem necessitar de qualquer tratamento.”

Fonte: Dnotícias.pt