A Madeira foi o palco escolhido para a terceira reunião anual do projeto EuroCigua, que já se realizou em Madrid e Canárias, e que pretende caraterizar o risco da Ciguatera na Europa, uma intoxicação alimentar provocada pela ingestão de peixes contaminados com ciguatoxina.
Cofinanciado pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (European Food Safety Authority – EFSA), esta iniciativa junta seis estados membros – Portugal, Espanha, França, Alemanha, Grécia e Chipre – com a Madeira e as Canárias e terem especial destaque.
Esse protagonismo foi explicado por Ana Canals, coordenadora do projeto, da Agencia Española de Seguridad Alimentaria y Nutrición, que indicou que “a Ciguatera é uma intoxicação alimentar, no campo das biotoxinas, que está distribuída enormemente a nível mundial, nas zonas tropicais e subtropicais. Porém, foi em 2004 que foi registada a primeira intoxicação de ciguatera, primeiro na Madeira – nas Ilhas Selvagens, e depois nas Canárias”.
Dessa forma, os dados disponíveis revelam que, nestas ilhas, foram registados alguns surtos e contabilizados mais de 100 casos nos últimos anos apesar de existirem mais.
Existe dificuldade em referenciar a intoxicação, precisamente porque não há a perceção e métodos de referência laboratoriais para associar surto de intoxicação alimentar à causa da intoxicação por ciguatoxina.
Este projeto pretende mudar este cenário, desenvolvendo soluções e antecipando aquilo que possa a vir a ser um problema. É muito importante consumir peixe, assim como a criação de ferramentas que garantam a sua segurança.
Fonte: JM Madeira